1. Spirit Fanfics >
  2. A filha do Mestre Pokemon >
  3. 2 Temporada - Capítulo 09 - Mariene é Ameaçada?

História A filha do Mestre Pokemon - 2 Temporada - Capítulo 09 - Mariene é Ameaçada?


Escrita por: BVCamacho

Notas do Autor


E aí, tudo beleza?

Mais um capítulo com algumas revelações, e estamos chegando ao fim do arco do "trauma" da Mariene. Acho que mais um ou dois capítulos serão suficientes para "encerrar" essa questão.

Espero que gostem :)

Capítulo 89 - 2 Temporada - Capítulo 09 - Mariene é Ameaçada?


Alguns dias se passaram desde que o Yudi reencontrou seu pai, e graças à influência do Ash, Brock conseguiu atender ao pedido de sua ex… ou melhor, de sua esposa. Ele foi transferido para o Centro Pokémon de Alola, podendo trabalhar perto de sua família.

Mallow não podia estar mais feliz, reencontrou seu primeiro e único amor, que praticamente “se sacrificou” para a salvá-la e salvar seu filho. Porém não era só Mallow quem estava feliz. Brock também estava muito feliz, como há muito tempo não se via. Por mais que ele, assim como o Ash, tentasse não demonstrar tristeza, a saudades de seu filho e sua esposa o machucava, e agora que estava novamente junto das duas pessoas que mais ama, a felicidade tomou conta do moreno mulherengo.

Aliás, o estilo mulherengo do Brock também havia mudado. Embora quando estivesse longe da Mallow ele ainda agisse dessa forma mais… atrevida, era apenas para tentar superar a dor da distância e saudades que o perturbava.

Porém, nem só de felicidade vive Alola. Ao norte da ilha de Melemele, Lílian chorava em seu quarto, imaginando o porquê que seu pai não apareceu. Ash havia dito que provavelmente ele voltaria em uma semana ou menos, mas já haviam passado mais de dez dias e seu pai não tinha aparecido ainda.

Será que o papai não gosta mais da gente?” — pensava Lílian, com o rosto afundado em seu travesseiro.

Mesmo sem uma palavra da filha, Lillie imaginava o que ela sentia, já que ela mesma não teve a presença do pai e sua mãe se mostrou ser uma pessoa desprezível, portanto a maior parte do tempo ela esteve sozinha, pelo menos até conhecer o pessoal da Escola Pokémon, assim como o Ash e seus amigos.

Porém Lillie conhecia seu marido e sabia que para ele estar demorando, haveria uma boa explicação. Mal sabiam elas que Mark já estava em Alola e teria uma surpresa para as duas.

Do outro lado da ilha, na casa mais famosa de Alola, Mariene e Klauss estavam treinando. Mariene queria voltar a batalhar de qualquer forma, ela adorava fazer isso e seus Pokémon também, e ela percebeu que não seria justo com ela e com os Pokémon dela abandonar tudo.

Porém, como era de se esperar, ela sempre acabava se desconcentrando durante a batalha e com isso era vencida facilmente. E dessa vez não foi diferente, algo incomodou Mariene durante a batalha, fazendo com que sua Espeon fosse atingida pelo Fire Punch do Magmar do Klauss.

Droga… por que justo comigo?”

Mariene estava triste e decepcionada com ela mesma, e algumas lágrimas começaram a escorrer por seu rosto.

Espeon, Pikachu, Charizard e Mawile se aproximaram de sua treinadora, preocupados. Pikachu subiu no seu ombro, e até mesmo Espeon, que raramente ficava em seu ombro, subiu também e ambos começaram a esfregar seus rostos no rosto da Mariene, enquanto Charizard apoiou sua garra no pequeno espaço que sobrava no ombro da treinadora e Mawile se agarrava em sua perna.

Mariene sorriu de leve com o apoio de seus Pokémon, e logo depois Klauss também se aproximou da namorada, preocupado e determinado a saber o que estava acontecendo com ela.

— Mazita, me diz o que está havendo.

— Eu… prefiro não falar sobre isso.

— Mas eu quero te ajudar, e não vou conseguir fazer nada se você não falar.

— Mas…

— Olhe para os seus Pokémon. Todos sentem que você está com medo e preocupada, e todos querem ajudar. Você pode ser uma Portadora da Aura e ter a Aura do Arceus em você, mas não precisa encarar tudo sozinha.

Ela está sendo ameaçada.

— Q… Quem disse isso?

De repente, um Pokémon bípede de cor roxa entra no campo de batalha, usando uma esfera de Aura para explodir a entrada e forçar sua passagem.

— MEWTWO?! O que faz aqui?

Não achou que seu pai ia ficar de braços cruzados vendo que você parou de batalhar sem motivo, achou? Não sei os detalhes, mas sei que Arceus está te ameaçando de alguma forma. É melhor falar, ou eu vou invadir sua mente e você sabe que tenho poder de sobra para isso.

— É verdade Mazita?

A garota apenas baixou a cabeça, deixando seu namorado e seus Pokémon sem reação. Uma mistura de raiva e compaixão tomaram conta de Klauss. Raiva pois não podia aceitar que sua namorada escondesse algo tão importante assim, mas também tinha compaixão pois sabia o medo que Arceus pode causar em alguém, afinal, ele tem o poder de destruir e criar o mundo quando quiser.

— É… mais ou menos.

Já que não vai falar — Mewtwo falou num tom ameaçador, enquanto uma aura azul envolvia seu corpo e seus olhos brilhavam na mesma cor.

— T… Tudo bem…

Melhor assim. Seria chato ter que enfrentar o Ash por ler sua mente.

O que quer saber?

Como Arceus te ameaçou em primeiro lugar.

— Como sabe disso, Mewtwo?

Achou que seu pai ficaria sem fazer nada vendo que você estava cada vez mais triste e se afastando das batalhas? Ele foi com o Dialga para outra linha temporal para conversar com outro Arceus, e descobriu que era possível que o Arceus da nossa realidade estivesse te ameaçando. Parece que ele acertou. Quando e como foi a primeira ameaça que ele te fez?

— Foi um pouco depois de todos irem embora de Pallet. Numa noite surgiu um clarão no meu quarto, e quando abri os olhos estava num lugar vazio, de frente para o Arceus.

Maldito… Ele te levou para a dimensão dele então.

— Acho que sim. Eu não conseguia usar minha Aura lá e não tinha nenhum Pokémon comigo. Ele disse que se eu quisesse que as pessoas que amo continuassem vivas eu deveria parar de batalhar e de desenvolver minha Aura.

— É sério Mazita?

— Sim… Eu não levei muito a sério e continuei treinando com meus Pokémon, foi quando eu comecei a ter algumas visões.

Visões?

— Sim… Sempre que estou batalhando, às vezes vejo algo que parece ser o futuro e… e eu sempre estou destruindo tudo, totalmente dominada pela Aura Maligna.

E você já se viu matando o Klauss, certo?

— Aham…

Mariene concordou de cabeça baixa, com lágrimas nos olhos.

Mariene, eu preciso ler sua mente para tirar uma dúvida.

Mas você disse…

Apenas se concentre na visão em que você matou o Klauss. Vou usar pouco do meu poder, não devo conseguir ler o resto da sua mente, só o que você estiver pensando no momento.

O corpo do Mewtwo novamente começou a emanar uma Aura azul, e seus olhos brilhavam na mesma cor. Mariene percebeu que não teria como evitar que Mewtwo invadisse sua mente e então se concentrou no que se lembrava da visão.

Seu corpo começou a tremer, e lágrimas escorriam de seus olhos sem parar. Só de lembrar da cena ela entrava em desespero, e seu corpo reagia a isso involuntariamente.

De repente, Mewtwo parou de ler a mente da Mariene e se afastou, totalmente assustado.

MALDITO!!! ARCEUS ESTÁ PASSANDO DOS LIMITES!!! EU MESMO VOU DERRUBAR AQUELE POKÉMON!!!

Alguém me explica o que está acontecendo?!

Mewtwo, ao invés de responder, usou seus poderes psíquicos para transmitir para o Klauss a visão que a Mariene teve.

Mariene estava em Pallet, voando com seu Charizard acima da casa de seus pais. A cidade inteira estava em chamas, totalmente destruída. Ash, Gary e Klauss tentavam impedir Mariene de continuar com a destruição, porém ela estava totalmente dominada por sua Aura Maligna. O poder da Aura aumentou tanto que não era mais roxa, cor normal para a Aura Maligna, e estava agora na cor negra, dando uma aparência muito mais sombria. Ash estava voando com o Rayquaza, Mega Evoluído, Gary voava em um Moltres e Klauss em um Latios, também Mega Evoluído.

— Rayquaza, não temos escolha, precisamos parar minha filha, nem que para isso…

— “Ash, sinto muito… Nenhum de nós, lendários, gostaríamos de ter que fazer isso.”

— Eu sei Rayquaza. Eu sei… Sinto muito por deixar chegar nesse ponto. Gary, Klauss, conto com vocês.

— Vamos lá Moltres!

— Latios, temos que parar a Ma… Ela não é assim!!!

— KLAUSS!!! NÃO ADIANTA!!! A MARIENE NÃO EXISTE MAIS!!! RAYQUAZA, HYPER BEAM NA MARIENE!

— MOLTRES, FLAMETHROWER!

— ME PERDOA MARIENE! DRAGON PULSE LATIOS!

Os três lendários atacaram ao mesmo tempo, unindo seus golpes numa enorme energia destrutiva.

— HAHAHA!!! SÓ ISSO?! AURA FLAMETHROWER!

O Charizard da Mariene lançou um forte Flamethrower negro em direção ao ataque combinado dos lendários e conseguiu aniquilar totalmente o golpe.

— AURA DRAGON CLAW NO KETCHUM! AURA DRAGON TAIL NO CARVALHO! O KLAUSS É MEU!

Charizard voou numa velocidade absurda, superando e muito a velocidade do Mega Rayquaza e do Mega Latios. Ash foi atingido em cheio pelo Dragon Claw, que assim como o Flamethrower, estava totalmente negro. E logo depois foi a vez do Gary ser atingido. Ambos caíram de seus Pokémon, porém Rayquaza e Moltres conseguiram resgatar os dois e olhavam incrédulos para o poder do Charizard.

— Já eliminei seu Pikachu idiota, agora falta você, Ash Ketchum! Charizard, AURA SEISMIC TOSS NO KETCHUM!

— LATIOS, DRAGON PULSE!

Mariene ouviu o comando do Klauss e usou sua Aura para criar uma barreira em volta do Charizard, parecida com as barreiras de Aura que Mew e Mewtwo usaram em sua batalha no passado.

— Mudança de planos… Por garantia, mate o Latios agora. AURA DRAGON CLAW!

 

Klauss já tinha visto o suficiente, e não podia acreditar que era dessa forma que Arceus ameaçava Mariene.

— JÁ CHEGA MEWTWO!!! JÁ ENTENDI!!!

Mewtwo para de usar seus poderes psíquicos, para alívio de Klauss que não presenciou o momento em que o Charizard matou seu Latios com um só golpe.

Parece que a suspeita do Ash estava certa.

— O que quer dizer Mewtwo?

Isso não é só uma visão… Um dos futuros que o Ash visitou teve esse acontecimento…

— Mas até onde eu sei, o Arceus não consegue saber o que aconteceu no futuro, consegue?

Se ele obrigou o Celebi a levá-lo junto, sim. Mas isso também significa uma coisa. Ele está com medo da Mariene. Ele não quer que ela desenvolva a Aura pois sabe que aprendeu a controlar. Se sendo dominada pela Aura ela deixou o Charizard mais forte que três lendários juntos, dois mega evoluídos, imaginem com o controle que ela tem hoje.

Mas e se… Eu fizer isso mesmo?

Não vai. Isso aconteceu quando você iniciou sua jornada com onze anos. Arceus está manipulando a gente de novo, mas a vantagem é que sabemos disso agora.

— Mas ele deve saber que a gente sabe.

Talvez, mas isso não é o problema agora. Você precisa voltar a treinar e batalhar, todas as visões que você tem são de outros futuros que não existem mais, mas Arceus vai continuar te torturando com isso.

— Mewtwo, como ele consegue fazer isso com a Mariene?

Ela tem a Aura dele dentro dela. Mesmo estando selada, ainda é a Aura dele, e ele usa essa Aura para afetar a mente da Mariene. Vou avisar ao Ash sobre isso. Mariene, deixe esse medo de lado e volte a treinar. Somente fortalecendo seu controle da Aura e seus Pokémon você vai poder salvar quem é importante para você. Talvez os Tapus possam ajudar, eu vou tentar avisá-los.

Enquanto terminava de falar, Mewtwo já saiu da casa do Ash em Alola, voando rápido em direção à Sinnoh.

Assim que Mewtwo saiu, Mariene caiu de joelhos, chorando exageradamente. Seus Pokémon se assustaram com aquilo e quiseram ajudar a treinadora, mas Klauss fez um sinal de negativo que Espeon entendeu e repassou para os outros, deixando o Klauss e a Mariene à sós.

Klauss se agachou, de frente para Mariene, mas ela nem percebeu.

— Mazita… Nós vamos parar Arceus, nada de mal vai acontecer.

Mariene continuava chorando, e mesmo ouvindo o que Klauss falou, não conseguia parar de chorar. Klauss delicadamente levantou o rosto de sua namorada, com a expressão mais acolhedora que conseguia fazer. Ao ver o rosto do seu namorado, Mariene apenas se jogou nele, o abraçando fortemente.

— Me perdoa…

— P… Pelo quê? — perguntou totalmente confuso, se soltando do abraço e olhando nos olhos da namorada.

— E...Eu te… Eu te matei no futuro…

— Ainda bem… Pelo menos foi num tempo que não existe mais.

— Eu… não quero te perder… O Arceus…

— Ele vai fazer de tudo para você perder o controle da Aura Maligna. Ou pior, vai vir atrás de mim.

— É por isso… Que eu…

— Não consegue batalhar? Eu entendi isso. Mas o Mewtwo disse que essas visões são coisas que aconteceram em um dos futuros que seu pai visitou, e pelo que vi, você tinha menos de catorze anos quando me atacou, o que significa que isso não vai acontecer dessa vez.

— Mas eu… Já te ataquei quando enfrentamos a Equipe Shadow.

— E daí? Eu estou vivo, não estou?

— Sim, mas…

— E quem me manteve vivo?

— …

— Você… Você usou sua Aura para me manter vivo. Não importa o que aconteceu naqueles futuros, o presente é diferente. Aliás, você ameaçou Arceus durante a batalha contra o Xerosic, por quê?

— Ele não é um Pokémon deus, não para mim. Ele é só um Pokémon egoísta que está brincando com a gente. Para ele, não passamos de experimentos.

 

◼◼◼

 

Em algum lugar de Melemele Tapu Koko observava tudo que acontecia, e quando viu Mewtwo sair da casa do Ash, soube que havia algo de errado.

No entanto, não era isso que o preocupava no momento. Sendo um Pokémon divindade e Guardião da Ilha, o que o preocupava agora era a sutil alteração no espaço-tempo que ele sentia.

Essa mesma alteração ele sentiu há vários anos, mais especificamente quando houve o ataque das Ultra Beasts. Tapu Koko sabia que para o espaço-tempo estar se alterando dessa forma, só podia ser um buraco de minhoca se formando em Alola.

Da última vez, Tapu Koko teve ajuda do Ash e de seus amigos, mas agora era diferente. Ele não poderia contar com a ajuda do Ash, pois sabia que ele estava envolvido com algo muito maior e perigoso.

Ele sabia, se quisesse ter chance de vencer as Ultra Beasts precisaria ficar ainda mais forte, e somente duas pessoas poderiam fazer isso por ele agora.

Em uma grande velocidade, Tapu Koko se move de onde está e parte em direção à casa dos Ketchum, e em questão de segundos já estava lá. Ele ficou procurando uma forma de entrar, até que viu a porta do campo de batalha destruída e aproveitou para invadir a casa por ali.

Ele começou a voar devagar pela casa, procurando por Mariene e Klauss. Depois de algum tempo, ele encontra a porta de um dos quartos aberta e decide entrar, encontrando Klauss apoiado na janela, olhando para o lado de fora, e Mariene deitada na cama, de olhos fechados.

Ele olha confuso para aquilo, e curioso decide cutucar Klauss, que se assusta e dá um pulo, para então se virar e dar de cara com o Tapu Koko, que também se assustou com a reação do jovem treinador e se afastou um pouco.

— Hahaha, o que está fazendo aqui Tapu Koko?

Tapu Koko deu um pequeno grito, porém Klauss não conseguiu entender.

— Eu… telepatia…

— Está tentando falar por telepatia?

Tapu Koko assentiu, mas Klauss percebeu que o Tapu Koko ainda não sabia usar a telepatia para conversar com humanos.

— Não precisa se esforçar Tapu Koko, a Mariene pode te entender.

Klauss passou por Tapu Koko e mexeu no ombro da Mariene, que estava cochilando na cama. Ela resmungou alguma coisa que nem Klauss entendeu e se virou.

— ESPEON! PIKACHU!

Nem com o grito do Klauss a Mariene acordou, e Tapu Koko observava tudo atentamente, curioso com o que Klauss iria fazer em seguida. Assim que Espeon e Pikachu entraram no quarto se surpreenderam ao ver Tapu Koko, e Pikachu já queria batalhar, porém Tapu Koko respondeu negativamente ao ratinho elétrico, que baixou as orelhas, triste por ter a batalha recusada.

— Poderiam fazer o favor de acordar a preguiçosa da treinadora de vocês? O Tapu Koko quer falar com a gente, mas eu não entendo os Pokémon como ela.

Pikachu e Espeon se olham e dão um sorriso meio maléfico, deixando Tapu Koko ainda mais confuso.

Espeon então usa seus poderes psíquicos para fazer a Mariene levitar para fora da cama, e então começa a chacoalhar a garota no ar. Aos poucos ela começou a abrir os olhos, mas ainda estava mais dormindo que acordada.

— PIIIII-KAAAA-CHUUUUUU!!!!

Tapu Koko arregalou os olhos ao ver o Pikachu atacar a própria treinadora com um Thunderbolt.

— AAAAAAHHHHHHHH!!! ONDE ESTOU?!?!

— Hahahaha, finalmente acordou Mazita.

— Muito engraçado Klauss.

— O Tapu Koko quer falar alguma coisa, mas eu não entendo os Pokémon e ele ainda não consegue usar a telepatia para falar com a gente.

— Tapu Koko? Mas o que ele quer com a gente?

Preciso da ajuda de vocês.

— Da nossa ajuda?

Ufa, você consegue realmente me entender sem eu usar telepatia. Ainda estou aprendendo e não sou muito bom nisso.

Consigo sim. Mas por que precisa da nossa ajuda?

Eu pediria ajuda para o seu pai, mas ele está envolvido em um assunto mais importante. Preciso treinar contra oponentes fortes, como o Magmar e o Latios do Klauss, ou seu Charizard e seu Pikachu.

— Klauss, ele quer que a gente ajude ele a treinar.

— É claro que ajudaremos Tapu Koko. Mas por quê?

Eu sou um dos Guardiões de Alola, mas não sou páreo para as Ultra Beasts. E sinto que em breve elas vão surgir novamente.

— O QUÊ? AS ULTRA BEASTS?!

Sim… Sinto que em breve um buraco de minhoca irá se abrir. Não acho que elas irão atacar dessa vez, mas preciso estar preparado para proteger Alola.

— Mas… Eu não tenho conseguido batalhar.

Eu sei, tenho observado você desde que chegou em Alola. O Mewtwo já me avisou algumas coisas com os poderes psíquicos dele. Acho que Tapu Lele pode te ajudar, mas antes preciso tirar uma dúvida. Quero uma batalha contra você, me sigam.

— Mas…

Antes que Mariene terminasse, Tapu Koko se aproximou do rosto da jovem Ketchum e a olhou de uma forma desafiadora, deixando tanto ela quanto Klauss com medo do que faria.

— Ahn… Tudo bem Tapu Koko… Vamos. Klauss, você vem também.

— Claro. Mas o que ele quer?

— Batalhar comigo — respondeu enquanto seguiam o Tapu.

Eles caminharam por vários minutos até chegar à praia, o local mais aberto e seguro para batalharem. Porém, no caminho, atraíram a atenção de algumas pessoas, principalmente Aiko e Yudi que estavam brincando na rua com seus Pokémon.

Do Centro Pokémon, Brock pôde ver que Mariene e Klauss seguiam o Tapu, e pediu para a Enfermeira Joy cuidar de tudo por um tempo e também foi ver o que acontecia.

Quero que batalhe com o Charizard.

— Mas ele ainda não está 100% recuperado.

Não se preocupe. Eu sou um guardião, não quero machucá-lo.

— Boa sorte Mazita — disse dando um beijo em sua namorada.

— Obrigada Klaussito. CHARIZARD, EU ESCOLHO VOCÊ!!!

Brock sorriu ao ver a determinação da Mariene, e Aiko e Yudi se animaram para ver a batalha. Enquanto isso, uma onda de energia amarela se espalhou pela praia, revelando o Electric Terrain criado por Tapu Koko.

O Guardião não quis esperar, queria pressionar Mariene para ver o que acontecia de fato para ela não conseguir batalhar, então já começou com um fortíssimo Thunder.

— EVASIVA!

O Charizard sorriu com a determinação de sua treinadora, mas sabia que isso poderia acabar a qualquer momento. Num movimento rápido ele desviou do raio que vinha contra ele.

— FLAMETHROWER!

Charizard respirou fundo e então lançou uma grande rajada de fogo no Tapu Koko, que praticamente desapareceu da visão do Charizard e reapareceu atrás dele.

— DRAGON CLAW! ATRÁS DE VOCÊ!

Charizard tentou se virar, mas Tapu Koko foi mais rápido e acertou uma pancada nas costas do grande Charizard Shiny da Mariene.

Batalhe a sério Mariene. Estou ficando entediado.

— CHARIZARD!

Charizard se virou e assentiu para a treinadora, mostrando estar bem.

— SEISMIC TOSS!

Charizard voou rápido em direção ao Tapu Koko, mas sua asa ainda não estava 100% e ele estava mais lento que o normal, deixando fácil para o Tapu Koko desviar. Assim que viu que o Tapu Koko iria começar a se mover, Mariene mudou o ataque.

— OVERHEAT PARA A DIREITA!

Ela… está usando a Aura novamente?” — se questionou Klauss.

Assim como previsto por Mariene, o Tapu Koko voou para a direita e acabou indo de encontro com o Overheat do Charizard.

Mesmo atingido, parecia que nem tinha sofrido dano, ele apenas deu um grito alegre e contra-atacou com um Wild Charge, acertando o tórax do Charizard e jogando ele vários metros para trás.

Porém Charizard não caiu, mesmo com dor na asa se esforçou e se manteve voando, e encarava Tapu Koko como um rival a ser vencido, embora respeitasse o guardião.

— Charizard! HORA DE MOSTRAR NOSSA FORÇA!!! — falou cerrando os punhos, movimento repetido por Charizard, enquanto uma enorme chama envolvia o corpo dos dois.

Agora vamos descobrir o que acontece de verdade. Tapu Lele, conto com você!

Após dar o recado para o outro guardião de Alola, Tapu Koko tenta atacar Charizard antes do sincronismo se completar, usando um Aerial Ace. Porém, as chamas no corpo do Charizard estavam tão quentes que Tapu Koko precisou se afastar para não se machucar, tendo que interromper o ataque.

— VAMOS LÁ CHARIZARDENE!

Mariene gritou e socou o ar, com Charizard fazendo o mesmo. As chamas que envolviam Mariene foram em direção ao Charizard, que ficou envolvido nas chamas e ninguém conseguia ver a transformação que ocorria, até que as chamas começaram a se concentrar nas costas do Charizard formando espinhos de fogo.

Só que a transformação estava diferente. Seus olhos assumiram a cor castanho claro, suas asas estavam mais pontiagudas e sua chama mudou de vermelho/laranja para a cor… negra. A mesma cor da chama do Charizard na visão dela em que ela atacou o Klauss.

Ao ver isso, Mariene ficou em choque e as mesmas visões voltaram a inundar sua mente. Ela caiu de joelhos, chorando, enquanto Klauss tentava entender o que estava ocorrendo.

Aiko e Yudi queriam correr até a amiga, mas o Brock viu o que iam fazer e correu para impedir. Ele já tinha visto algo parecido, pois viajou com o Ash para os futuros alternativos, e sabia que era perigoso.

Nesse momento, Tapu Lele voou até a Mariene e uma energia começou a emanar de seu corpo e cobrir Mariene.

Charizard tentou se aproximar, mas Tapu Koko o impediu. Espeon usou seus poderes psíquicos para tentar entender o que acontecia, e quando viu Pikachu correndo até a Mariene, o impediu com o Confusion.

Tapu Lele usava todas suas energias para tentar ajudar Mariene, e após vários minutos já demonstrava sinais de cansaço.

Klauss não aguentava mais ficar parado e se aproximou, mesmo com Tapu Koko tentando impedir. Ele se agachou ao lado da namorada e segurou em sua mão. Esse simples gesto foi suficiente para fazer Mariene levantar um pouco o rosto e olhar para ele, antes de novamente se jogar no namorado, quase sufocando ele com o abraço.

— Se acalme Mariene. É só uma coincidência.

Pelo menos era o que Klauss queria acreditar. As chamas negras nas costas do Charizard se assemelhavam muito às chamas daquele Charizard do futuro.

Espero que seja só uma coincidência mesmo.”

Depois de um tempo, Mariene acabou desmaiando, e o Battle Bond acabou sendo desfeito, com Charizard voltando à sua forma original.

Imediatamente os dois Tapus se colocaram ao lado da Mariene e do Klauss, e quando Tapu Lele finalmente assentiu, Tapu Koko chamou o Charizard, que voou imediatamente para perto de sua treinadora.

Espeon e Pikachu também correram até lá e ficaram próximos ao Klauss. Aiko e Yudi também queriam ir, mas Brock não permitiu.

Assim que Klauss colocou sua namorada nas costas do Charizard, ele também subiu, e Pikachu e Espeon subiram também. Espeon ficou no colo do Klauss e Pikachu pela primeira vez subiu em seu ombro.

Charizard saiu voando rapidamente, na maior velocidade que sua asa ainda dolorida permitia, e os dois Tapus decidiram acompanhar. Eles pousaram em frente da casa e então Klauss carregou sua namorada para dentro, sendo acompanhado por Espeon, Pikachu, Charizard e os Tapus.

 

◼◼◼

 

Mark estava finalmente se preparando para voltar para casa. Ele mal podia segurar a ansiedade de rever sua filha e sua esposa. Enquanto caminhava, ele olhava sorridente para duas Ultra Ball em suas mãos.

Espero que vocês gostem de suas novas treinadoras.”

Uma das Pokébolas balançou um pouco em sua mão, algo que era novidade para o Mark, já que ele nunca viu essa reação antes, mas assumiu que era o Pokémon concordando com ele.

Mesmo sua filha tendo apenas nove anos, um daqueles Pokémon era um presente para ela. Através do Ash ele ficou sabendo que ela adorava batalhar, diferente da mãe que não gostava disso, embora gostasse de ver as batalhas.

Quando finalmente chegou em casa, ele guardou as Ultra Ball no bolso, foi até a entrada e tocou a campainha. Logo depois correu dando a volta na mansão para entrar pelos fundos.

Como imaginou, sua filha foi ver quem era e ficou confusa quando não viu ninguém. Ela ficou alguns segundos procurando e quando se convenceu que não havia ninguém, retornou para dentro de casa.

Esse tempo foi mais que suficiente para o Mark entrar na casa sem que ninguém visse e ir para o quarto da filha, ficando na janela observando a movimentação externa.

Lílian subiu as escadas e foi direto para o quarto. Quando não tinha o que fazer, ela ficava lendo algum dos vários livros sobre Pokémon que sua mãe lhe deu, alguns com anotações pessoais sobre as coisas inesperadas que o Ash conseguia fazer e que ela descobriu ser possível, mesmo que todos os outros livros falassem o contrário.

Assim que entrou no quarto, se assustou com a figura em sua frente.

— QUEM É VOCÊ?!

Ela gritou desesperada. Ela não lembrava muito bem do seu pai, ele saiu quando ela tinha apenas três anos e nunca mais apareceu, e para piorar seu visual tinha mudado. Ele estava mais magro e seu cabelo cresceu bastante, indo quase até o meio das costas. Também tinha uma tatuagem em seu braço direito, um desenho de um escudo e dentro do escudo tinha “L & L”.

Aos poucos ele se virou, sorrindo. Ele já esperava que a filha não fosse se lembrar dele e não a culpava por isso, afinal, ele saiu em jornada há mais de 6 anos e nunca veio visitá-la depois disso.

Assim que viu o rosto do Mark, os olhos da Lílian se encheram de lágrimas. Mesmo não tendo o reconhecido de costas, ao ver o rosto ela soube quem aquele homem era.

— PAAAAAAIIIIIII!!!!

A garota correu até o homem, que se abaixou para receber o abraço da filha. Lílian pulou nos braços do pai e quase derrubou os dois, mas Mark conseguiu se manter firme e apenas retribuiu o abraço, com lágrimas nos olhos.

Ele perdeu grande parte do crescimento de sua filha e ao ver que ela era quase uma mocinha, se sentiu o pior pai do mundo por ter ficado tão distante, mas então ele viu sua própria tatuagem e se lembrou do motivo disso.

Foi para proteger minhas princesas que eu parti. Eu sou o escudo que irá protegê-las. Me desculpem por ter ficado tanto tempo longe.”

Sua filha então se soltou do abraço, com um enorme sorriso no rosto enquanto lágrimas de felicidade escorriam por sua face. Mark enxugou as lágrimas da filha, embora ele mesmo também estivesse chorando com um sorriso no rosto.

— Pai, por que demorou tanto? O Ash falou que você viria em cerca de uma semana e já fazem mais de dez dias que ele falou isso.

— Me desculpe princesa. Tive um pequeno imprevisto — mentiu da melhor forma possível. — Sua mãe está aqui em casa?

— Tá sim, deve estar na biblioteca.

— Ela nunca muda — falou rindo. — Espero que ela não esteja brava por eu ficar tanto tempo longe.

Pai e filha foram até a biblioteca, e como era de se esperar, Lillie estava lendo algum livro recém lançado sobre Pokémon, e esse era sobre os Pokémon Lendários.

— Mãe…

— Oi Lílian — respondeu sem tirar os olhos do livro.

— Acha que fico bonita nessa roupa? — Lílian precisava se segurar para não rir, afinal estava com a mesma roupa de sempre.

— Por acaso está tent… — Enquanto Lillie se virava, finalmente percebeu o homem ao lado da filha.

Ela abriu um enorme sorriso ao ver Mark, mas diferente de sua filha caminhou lentamente até o marido. Quando estava próxima o suficiente, deu um forte tapa no rosto do Mark, que se espantou com a reação da mulher, já que ela sempre foi contra a violência. Até Lílian ficou surpresa com sua mãe.

— Isso é por nunca ter dado notícias, não ligou nem para dar os parabéns nos aniversários da nossa filha…

Logo depois, Lillie puxou seu marido para si, lhe dando um longo e caloroso beijo, o que fez Lílian sorrir novamente.

— E isso é por ter voltado. Bem-vindo de volta, amor.

— Podia ter pulado a parte do tapa, não acha?

— Hihihi, podia, mas você devia ter ligado pelo menos nos aniversários da Lílian.

— Eu sei, mas…

— Não se preocupe, o Ash já nos contou o que você fez. Obrigada por nos proteger.

— Ah… ENTÃO POR QUE ME BATEU?

— Porque você podia ter me avisado que iria se infiltrar na Equipe Shadow. Mas agora não importa mais. O importante é que você está de volta.

— Embora tenha atrasado, era para ele ter chego antes.

— Bom… Como eu disse, eu tive um imprevisto… Venham comigo, acho que vão gostar.

Mark então levou as duas até o campo de batalha do lado de fora da casa, deixando as duas confusas.

— Eu atrasei porque queria trazer algo especial para vocês. Depois de tanto tempo longe, eu não podia voltar sem nada.

Lillie e a filha se olharam, confusas, enquanto Mark colocou as mãos nos bolsos da calça.

— Primeiro para minha princesa… Lílian, sei que está na escola Pokémon. Você já sabe cuidar dos Pokémon sozinha?

— Claro!!! Na verdade a escola nos deu um Rowlet e estou cuidando dele há algum tempo.

— Legal… Então, prometa cuidar bem dela, tá?

— Cuidar?

Mark assentiu, e então tirou a Ultra Ball do bolso. Os olhos da Lílian brilharam, mesmo sem saber que Pokémon era.

— Eu esperava te dar seu primeiro Pokémon, mas espero que não se importe de ser o segundo.

— Claro que não pai!!!

Lílian pulou nos braços do pai novamente, o abraçando muito forte. Logo depois pegou a Ultra Ball e ficou olhando para ela.

— Vamos, libere ela. Acho que você vai adorar.

Lílian concordou e liberou o Pokémon. Um Pokémon azul, de barriga branca, que mais parecia uma enguia surgiu em sua frente.

Era uma Pokémon meiga e muito fofa, que logo começou rodear sua nova treinadora.

— AAIIIII!!! QUE FOFINHO!!!!

Lílian não se aguentou e abraçou o Pokémon, fazendo seus pais sorrirem com a reação dela.

— Princesa, na verdade esse Pokémon é fêmea, tá?

— Sério?

— Sim… Cuide bem dela.

— Tá!!! Mas, que Pokémon é?

Mesmo conhecendo centenas de Pokémon, aquele não era um deles, já que não era fácil capturar um por ser muito difícil de encontrar, e também não era um Pokémon nativo de Alola.

— Esse é um Dratini, querida. Sua forma final é considerada como Pseudo-Lendário.

— Dratini? Eu nunca ouvi falar…

— Ele é nativo de Kanto, princesa. Como soube que você gosta de batalhar, decidi que não voltaria para casa antes de capturar um Dratini para você. Ainda bem que o Gary me ajudou, senão eu ainda estaria procurando por um.

— Obrigada pai!!!

— Agora… Falta o seu minha rainha.

— Não precisava amor.

— Eu sei… Mas sei que você sempre quis ter um desses. E como você prefere as Performances ao invés das batalhas, acho que vai combinar muito.

Mark entrega a Ultra Ball para Lillie, que assim que recebe já solta o Pokémon. Seus olhos se enchem de lágrimas quando um Milotic surge na sua frente.

O Pokémon então vai rapidamente até sua treinadora e se enrola no seu corpo, colando seu rosto no da Lillie, que sorria feito criança.


Notas Finais


Por hoje é só :)

Espero que tenham gostado do capítulo.

Vocês acham que as chamas negras do Charizard tem alguma relação com o que aconteceu em um dos futuros, ou é só coincidência? Deixem suas teorias aí, quero ver quem chega mais perto de acertar hehehe


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...