Uma semana depois.
POV JUSTIN.
Era início da tarde, estava no Jardim da minha casa, sentado na grama enquanto observava os meus irmãos jogarem bola e rirem alto . Os dois estavam se divertindo muito, e ver eles bem me fazia bem.
O sol estava se pondo, mas não era como de costume, aquele por do Sol era melancólico, e aumentava ainda mais vazio que estava em meu peito. Eu precisava fazer alguma coisa, para não ficar tão para baixo com aquela situação que era algo passageira, ou talvez não fosse passageira, talvez aquilo durasse por muito tempo, ou por alguns segundos, mas não segundo não era, estava mais para uma eternidade.
Fiquei dependente da presença dela em minha vida, durante o tempo em que estávamos juntos, era o seu sorriso que me acalmava, era o seu jeito esquentado que me deixava a alegre, mas agora ela está recebendo alta depois do acidente que sofreu em sua casa... Até agora tentava entender como tudo aconteceu, porém não conseguia… A Isabelle se machucou se machucou muito… Mas felizmente ela já estava em casa, bem aparentemente, entretanto…
- Justin. –a voz da Jazz me tirou dos meus pensamentos. – O que foi? – ela perguntou me abraçando assim como o Jaxon fez.
Ri nasalado retribuindo o abraço.
- Não fica assim... A Isa vai ficar boa. – Jaxon falou se afastando e sentando ao meu lado, assim como fez a Jazz.
- Espero mesmo que ela fique. – digo.
A Isabelle estava bem, como eu disse, porém era apenas fisicamente, segundo os médicos, ter batido a cabeça com a força que ela bateu deixou sequelas, uma delas foi a perda de parte da memória, e isso fez com ela se esquecesse de mim, de tudo o que vivemos, ela se lembra de quase todos… Sem nenhuma exceção, mas de mim não.
Quando fui vê-la no hospital e ela acordou, e disse que não se lembrava de mim, foi como se o meu mundo fosse desmoronando na medida em que ela afirmava que não me conhecia.
FLASHBACK ON.
- Ela ainda está dormindo, mas caso queria vê-la, pode ir lá. – Scooter disse ao chegar á recepção, lugar do qual eu não sair desde quando cheguei ao hospital.
Assenti então me levantei. Uma enfermeira me levou até o quarto onde ela estava.
Entrei no quarto, então me aproximei da sua cama, entrelacei meus dedos nos seus, e dei um beijo estalado em sua testa. Ela estava tão frágil daquele jeito.
A Isabelle se mexeu na cama de forma lenta, gemendo baixo, provavelmente por ter sentido algum desconforto. Ela apertou forte a minha mão, então abriu lentamente os olhos. Ela piscou várias vezes para se acostumar com a claridade então o seu olhar se voltou para mim.
- Oi, angel. – digo, sentia-me feliz por saber que ela estava bem, e não ficaria dormindo por tempo indeterminado com os médicos haviam previsto.
- O-Oi. – ela disse com voz um pouco falha.
- Está tudo bem? – falei então ela desentrelaçou nossos dedos, e ficou me olhando confusa.
- Mais ou menos, estou com uma dorzinha na cabeça... Ahn, mas... É quem é você? - ela questionou confusa.
Agora quem estava confuso era eu.
- Como assim quem sou eu? – perguntei deixando transparecer toda a minha confusão.
- É algum doutor? Bem diferente, nunca pensei que doutores usassem roupas assim. – ela disse me analisando.
- Eu não sou um médico… E-Eu sou o Justin, lembra? – digo começando a me desesperar com aquilo tudo.
- Justin? – ela perguntou logo depois se mexeu, mas parou ao vê que iria doer. – Eu não conheço nenhum Justin. – ela afirmou convicta.
- Isabelle, essa brincadeira não tem graça. – a repreendi seriamente.
- Mas… E-eu não estou brincando, eu não te conheço. – ela falou me aproximei dela, mas voltei quando notei que ela estava ficando assustada.
- Você está falando sério?
- Sim, desculpe-me, mas eu realmente não te conheço. – ela falou.
Meu mundo parou, eu parei literalmente, a encarava incrédulo, como se cada canto do meu mundo estivessem sendo destruídos. Meu coração se apertou a mais olhos se encheram e lágrimas.
- Isa, por favor, diz para mim que isso é apenas uma brincadeira. – implorei para ela com voz de choro e a mesma estava muito mais confusa do que antes.
- Onde está meu pai? – ela perguntou me encarando assustada ou confusa?
Na verdade sua expressão facial estava inexplicável, assim como o sentimento que preenchia o meu peito naquele momento.
Deixei que uma lágrima rolasse, não a impedi, mesmo sabendo que depois dela as outras viriam como se meus olhos fossem cachoeira.
- Olha, não chora. – ela pediu preocupada. – talvez… você esteja me confundido com outra pessoa. – ela explicou com carinho.
- Não tem como te confundir com outra pessoa, você é única Isabelle.
- Mas…
- Fala para mim que você não se esqueceu de tudo, diz para mim, por favor. – eu estava me destroçado por dentro.
Como ela pode esquecer-se de tudo o que tivemos? Tudo o que vivemos?
- Me desculpe, mas eu não posso mentir para você assim. – ela falou.
Olhei para ela e procurei uma explicação do por que o destino estava sendo tão cruel conosco, do porque ele quis me machucar tanto. Foi só então que notei que ela perguntou pelo seu pai, quer dizer que ela se lembrava dele, então por que não se lembrava de mim?
Não falei nada para ela, apenas dei as costas de sair do quarto. Estava arrasado, sem conseguir entender direito o que tinha acontecido, por que de ela não se lembrar de mim. Parei no meio do corredor, e me encostei-me à parede, fechei meus olhos e comecei a chorar como um garotinho mantinha os olhos levemente fechados enquanto o meu choro silencioso, tentava acalmar as minhas dores gritantes.
- Justin. – ouvir o Scooter me chamar, porém permaneci do mesmo jeito. – Justin o que houve? – ele perguntou preocupado colocando as mãos em meus ombros e me virando para ele. – Me diz o que está acontecendo?
Olhei em seus olhos.
- A Isa acordou. – digo com a voz embargada por causa do choro.
- Mas isso é bom. – ele disse sorrindo.
Balancei a cabeça levemente em negação.
- Ela não se lembra de mim, Scooter. – desabafei.
Scooter me encarou pasmo, estupefato sem crer no que eu acabava de lhe dizer.
- Como assim ela não é lembra? – ele perguntou confuso.
- Não sei, e-eu estava com ela… mas… ela… por que ela não se lembrar? – perguntei sem ligar para o meu choro que estava cada vez mais intenso, me fazendo soluçar.
Scooter não pensou duas vezes então me puxou para um abraço apertado. Ele me conhecia muito bem, sabia o quão difícil estava sendo para mim, lidar com aquilo tudo.
Era realmente verdade que toda a nosso história foi apagada da mente dela?
FLASHEBACK OFF.
Eu não conseguiria lidar com isso, pois eu amo muito a Isabelle, e não é só saber que ela me esqueceu, que fará com que eu me esqueça dela. Sei que isso é impossível, pois sei que você não consegue tirar da sua mente aquela pessoa que nunca iria sair do seu coração.
O cheiro dela está grudado em mim, assim como em minhas roupas, na minha cama, então estava sendo torturante para mim, sentir o seu cheiro e ter a certeza de que a única coisa que teria dela seria o cheiro.
Os médicos falaram que aquilo era algo normal, mas também não poderia ficar parados, pois no dizer deles, a pessoa não perdeu a memória, ela apenas deixou a parte do cérebro que contei todas as informações de alguns acontecimentos dormentes. Ela poderia até poderia voltar a se lembrar de mim, mas nunca como antes. Tanto que de muitas pessoas ela se lembra, mas não se lembra como eles eram em sua vida, um exemplo e o Nolan e a Sofia, ela está agindo como se fosse amiga deles e tudo mais, já com Ryan, Cait, Chaz e Chris, ela se comporta como se eles fossem pessoas que ela viu em uma padaria depois se encontraram em uma praia.
Se ela se esquecer de mim para sempre eu não sei o que será da minha vida, pois sinto que não tenho vida sem ela.
Levantei-me do Jardim e levei os meus irmãos para dentro, eles tinham que tomar banho para poderem ir embora. Enquanto a Mary arrumava a Jazz eu fui dá um jeito no Jaxon que era o mais bagunceiro e o que estava mais sujo.
Não tinha como não ri do estado em que eles sempre ficam quando vem em minha casa, e quando não os devolvo do mesmo jeito em que chegaram, sobra bronca do papai, Jeremy para mim.
- Justin, podemos ficar com você? – Jaxon perguntou quando terminava de vesti-lo.
- Se o papai deixar pode. – digo e ele sorriu.
- Você está triste por causa da Isa? – ele perguntou fazendo um carinho em meu rosto.
Assenti então me ergui, pegando o no colo.
- Eu amo muito ela... E ela não se lembrar de mim me deixa dodói. – desabafei enquanto saía do quarto com ele.
- Olha, mas ela também te ama um montão! – ele falou animado. – ela deve tá só com um probleminha, ela também não sabe quem sou eu… nem Jazz. – ele me consolou de maneira fofa. – então não fica triste. – ele disse me dando um abraço.
- Tá bom. – falei então o coloquei no chão quando chegamos à sala.
O meu pai estava sentado no sofá com a Jazz em seu colo, a mesma ao me vê correu até mim me abraçando, era tão bom receber o carinho dos meus pimpolhos.
Sentei-me ao lado do meu pai e nós conversamos por bastante tempo, ele me deu alguns conselhos e como resolve as coisas com Isabelle, ou para pelo menos diminuir a minha dor.
Meu pai era o meu segundo melhor conselheiro, sempre que algo estava ruim para mim, ou algo me fazia sofrer ele me ajudava a passar por aquilo de maneira muito fácil.
- Agora eu já vou, está tarde. – ele quando se levantou. – Jaxon e Jazz. – ele gritou sério e em pouco tempo, ambos entraram na sala.
- Ahn… Deixe-os ficarem aqui? – pedi fazendo os dois menores darem pulinhos de alegria.
Conheço muito bem o meu pai sem que aquele olhar que estava em seu rosto, significava que ele iria negar, mas não para elas.
- Deixa papai. – a Jazz disse vindo para perto de mim. – O Drew tá triste. – ela falou.
Meu pai sorriu de lado então assentiu. A comemoração dos pimpolhos foi ainda maior.
Despedi-me do meu pai então voltei para a sala onde meus irmãos estavam. Os dois estavam pulando no sofá enquanto jogavam as almofadas no outro. A Mary não iria gostar nada disso.
Ri nasalado, então fui para junto dos dois.
- Alguém aí quer fazer brigadeiro? – perguntei como quem não quer nada e eles fizeram ainda mais barulho para dizerem um simples sim.
A Isabelle me deixou louco por brigadeiro, depois que prometi para ela tentar passar a gostar de chocolate.
Como devem imaginar meus irmãos e eu fizemos uma bagunça e tanto na cozinha, e quanto a Mary entrou ela me encarou boquiaberta. Normalmente eu era um garoto organizado e tudo mais, então era uma surpresa para ela vê que eu estava sendo o responsável por toda aquela bagunça.
- Vocês estão tentando destruir a minha cozinha? – ela perguntou com seriedade.
- A culpa é dos dois. – Jazz acusou o Jaxon e eu
Mary nos olhou em busca de explicações. Então riu das nossas caras e balançou a cabeça em negação.
- Deixa que eu faça isso. – ela falou risonha então assenti.
Ajudei os meus irmãos a se sentarem em cima da bancada, então também me sentei assim como eles, fazendo a Mary ri.
Era bom está me divertindo um pouco.
Depois que a Mary terminou com o brigadeiro, ela aproveitou para fazer um bolo então nos serviu. Lógico que comemos fazendo bagunça e sobrou até para a Mary.
Tempos mais tarde levei os meus irmãos para o quarto para poderem escovar. Depois disto coloquei os para dormi, então fui para o meu quarto. Fiz minhas higienes então me deitei. Vira-me de um lado para o outro tentando dormi, porém não conseguia, não procurei saber o porquê disso, pois sabia muito bem o que era. Meu corpo estava sentindo falta dela ao meu lado e das suas palavras de carinho.
Droga, Isa!
Por que você não se lembra de mim amor? Por que se esqueceu de tudo o que vivemos?
Como não conseguia dormi, peguei o meu celular, e fui para minha galeria de fotos, fiquei um bom tempo olhando todas as fotos que havia tirado com a Isabelle e dela também. Olhava as nossas em Cancun, quando a porta do meu quarto foi aberta, olhei para lá e tinha dois pimpolhos sorrindo amarelo para mim.
- Podemos dormi com você? – Jazz perguntou.
Eles amam dormir comigo.
- Podem. – digo logo bloquei o meu celular, o coloquei sobre o criado mudo e me ajeitei na cama.
Em pouco tempo meus irmãos estavam deitados comigo, ou melhor, em cima de mim, eles não dormiam ficavam se mexendo toda hora, então começaram a me fazer cafuné, suas mãozinhas delicadas deslocavam- se pelos meus fios loiros e em pouco tempo eu já estava dormindo.
POV ISABELLE.
Minha cabeça estava uma confusão, tantas coisas perdidas, tanta coisa das quais não conseguia me lembrar, por mais que me esforçasse.
Maldita hora em que eu me machuquei!
Estava sentindo um vazio em meu peito, vazio este que não tinha explicação. Meus amigos estão ao meu lado, isso é bom, estão me ajudando aos poucos recordar tudo o que aconteceu.
Entre eles está Nolan, ele está sendo tão gentil comigo, falando de como era nossa relação, e ao poucos fui me recordando de tudo, depois a Sofia, ela disse que estava comigo quando eu escorreguei e cair da escada, e disso eu me lembrava, mas algo me dizia que não era bem assim a história. Tinha também a Maia, ela às vezes agia estranha, principalmente quando me falava sobre o Nolan e Sofia, mas não me importei com isso, pois ficava concentrada demais no seu neném que está cada vez maior.
Existem algumas pessoas das quais tenho vagas lembranças, são lembranças boas, dentre elas está o namorado do Maia, Ryan e seus amigos. Porém existem outras que dizem me conhecer, porém não há nada em minha mente que me prove isso. É por isso que tenho quase rural certeza de que o vazio que sinto em meu peito está relacionado a isso.
Era nove da manhã quando acordei, me espreguicei na cama, então procurei levantar-me, a final eu sou uma garota de dezoito anos que trabalha, ou melhor, que vai ter o seu primeiro dia e trabalho, pois estava de repouso, tendo que descasar ao máximo, segundo os médicos.
Entrei no banheiro e tomei um banho bem relaxante, enrolei uma toalha em meu corpo e sair do banheiro, fui até o closet, vesti uma roupa confortável para ficar tirando fotos, passei um pouco de maquiagem, algo bem simples e fui arrumar o meu cabelo. Encarava-me de frente ao espelho, e logo pensei que deveria mudar o meu corte de cabelo, ele daquele jeito que ataca me deixava com cara de menininha, mas antes disso, teria que pedi opinião para todos, pois sou uma pessoa muito insegura.
Depois de me arrumar, peguei a minha bolsa então sair do quarto. Desci as escadas com cuidado para não cair de novo, quando fechei os olhos para inspirar o ar para que aquele medo sumisse, lembrei-me do momento em que eu cair.
- Eu não tenho medo de você, Isabelle. – ela falou olhando em meus olhos. – E eu não vou desistir até que vocês dois estarem separados. – ela falou logo segurou forte o meu braço.
Eu quando tentei me soltar das suas mãos, puxei o meu braço, mas isso não foi uma boa ideia, visto que estava próxima a escada e acabei me desequilibrando. Senti uma dor consumir o meu corpo à medida que rolava escada a baixo.
Quando finalmente cheguei ao último degrau, o meu corpo doía muito principalmente a minha cabeça.
- Isabelle! – ouvi a Sofia gritar.
Mas por mais que tentasse me levantar ou dizer algo não conseguia, minha visão estava turva e o ar entrava com dificuldades em meu pulmão.
- Isabelle, Isabelle fala alguma coisa, por favor. – a Sofia implorava desesperada, mas não tinha nenhuma força para falar nada. – Isabelle, pelo amor de Deus!
Fiquei levemente assustada ao me lembrar disso, quer dizer que eu cair por culpa dela? E ela estava mentindo para mim sobre o que realmente aconteceu. Agh! Que ódio eu estava dela, na medida em que conversas desconexas com ela vinham em minha mente um ódio e uma raiva inexplicáveis cresciam em mim me deixando realmente assustada. Como e por que eu odeio tanto ela?
Respirei fundo, então desci os últimos degraus, iria deixar aquela idiota pensar que me engana talvez ela me fale algo que eu fazia para me dá pista do porque está sendo tão difícil para mim.
Entrei na cozinha e meu pai e a Madison estavam sentados a mesa já tomando café.
- Bom dia pessoal. – falei então me sentei ao lado do meu pai, era o lugar que a Sofia sempre sentava, mas eu iria mudar isso.
- Bom dia princesa! – eles falaram em uníssono.
- Estou mais para uma plebeia. – digo com tom de voz humorado fazendo os dois rir. – Pai, o senhor me leva até a casa da minha mãe?
Sim, minha mãe resolveu se mudar para Los Angeles, tornando as coisas mais fáceis para mim, que, por algum motivo desconhecido, não queria de maneira nenhum voltar para New York.
- Claro. – ele disse.
Assenti então voltei a comer a minha salada de fruta que estava deliciosa. Alguns minutos depois a Sofia entrou na cozinha, ela cumprimentou todos, principalmente a mim, com uma simplicidade forçada.
Terminei o meu café rápido para me retirar, ou eu iria voar no pescoço dela. Sair da cozinha e logo o meu pai veio atrás de mim, então fomos até a garagem, entramos no carro e ele deu partida em direção à casa da minha mãe.
Durante o caminho, fui pensando no Justin, eu vi ele apenas uma vez e algo me dizia que deveria falar algo com ele, ou ao menos me lembrar de algo entre nós, mas não vinha nada, então achei que as apenas impressão minha. Acho que ele ficou em minha mente por ser tão bonito.
Desde que o vi no hospital, não o vi mais, então ele provavelmente não era tão presente em minha vida assim. Mesmo o meu pai sendo empresário dele.
Sim, ele é cantor, e acho que já sabem. Ele canta tão bem, tem uma voz tão doce, e eu me apaixonei pelas músicas dele. Acreditam?
- Pai, aquele garoto do hospital mora aonde? – perguntei quando ela parou o carro por conta do sinal.
Ele me olhou meio triste a respirou fundo, como se eu devesse saber onde era.
- Em outro bairro. – ele disse. – Por quê?
- Nada, e-eu só… Deixa para lá. – digo então voltei o meu olhar para olhar pela janela.
Por que a algo em você que eu preciso descobrir?
(…)
Depois que o Scooter me deixou na casa da minha mãe, demorou uma hora e meia para que pudéssemos sair em direção ao estúdio de fotografia do Matt. E tudo por que a minha mãe, não encontrava a roupa certa para usar… Minha mãe, desde que morávamos em New York, age como se fosse a adolescente da nossa relação entre mãe e filha, e eu logicamente tentava agir como a adulta responsável, mas isso era quase impossível.
Durante o caminho, ela e o Matt fora discutindo, e maneira saudável para qualquer casal, sobre qual era a melhor maneira de atrair clientes para o estúdio que já tinha vários.
Pensei por um tempo para ter certeza se deveria ou não me intrometer na discussão deles, e a conclusão que cheguei, foi que não. Pois eu estava rindo muito com aquilo tudo.
Entretanto, mesmo rindo, mesmo me sentindo bem eu sabia que algo faltava a esse vazio estava me machucando de uma forma silenciosa.
Chegamos ao estúdio e de lá minha mãe foi para o seu trabalho que ficava no prédio em frente ao estúdio. Entrei com o Matt e todos me complementaram de maneira simpática e carinhosamente me perguntaram se eu estava bem, respondi que sim a agradeci a eles por se preocuparem tanto comigo, mesmo que eu não me lembrasse de exatamente quem era quem.
Comecei o meu trabalho que de início foi bem simples, pois, segundo o Matt, eu ainda tinha que manter repouso para que não tivesse nenhuma consequência grave mais tarde.
- Isa, você quer me ajudar à tira fotos de uns gatinhos muito fofos? – Ivana, uma das fotografas, me perguntou.
Assenti sorrindo pelo jeito com ela falou então peguei a minha câmera e fui para a sala doze, onde havia vários gatos. Quando entrei na sala, entendi o porquê de ela me chamar, o Júlio que era o seu ajudante estava tudo vermelho e espirando muito, acho que alguém tem alergia.
- Se você não sair, vai ficar pior. – avisei a ele que concordou a correu para fora da sala, fazendo os demais ali presentes riram.
Ajudei a Ivana com as fotos e mesmo não sendo aquela profissional de dá orgulho, devo ressaltar que as fotos ficaram maravilhosas e não foi apenas eu que achei.
Três horas mais tarde, voltei para casa. Estava tão cansada, acho que ter rolado de uma escada não te deixa muito forte para fazer as tarefas do cotidiano.
Assim que entrei em casa, estava subindo a escada quando a campainha tocou. Voltei e fui até e abrir. Sentir meu coração acelerar assim quando vi o Justin parado lá.
- Oi, Isabelle. – ele disse, não sei se foi apenas impressão, mas acho que ele estava magoado e muito triste.
- Oi Justin. - digo sorrindo. – É… Ahn… Entra. – falei, então cheguei o meu corpo para o lado dando a ele passagem.
-Seu pai está aqui? – ele perguntou.
Assenti.
Ele sorriu levemente em agradecimento. Então foi em direção ao escritório do meu pai.
- Justin... – chamei o que se virou para mim. – Você está com raiva de mim?
Ele me olhou confuso então voltou até mim.
- Ahn, por que a pergunta? – ele perguntou.
- Porque todos me chamam de ‘’Isa’’, mas você me chama de ‘’Isabelle’’ e é assim que o meu pai me chama quando está irritado comigo. –expliquei enquanto balançava o meu corpo, pois eu estava muito nervosa.
- Mas é que eu sempre... – ele se interrompeu. – Eu não estou com raiva, só…
- Só o que?
Ele respirou fundo, como se fosse realmente difícil falar comigo.
-Eu posso te chamar por um apelido que eu acho que combina muito com você? – ele perguntou meio tímido.
- Ahn, é… Pode. – digo.
- Está bem, posso te chamar de esquentadinha?
- Esquentadinha? – perguntei confusa. Então ele assentiu. – Ah, eu gostei… Você fala de uma forma tão meiga que eu gostei. – digo e ele sorriu.
Ele tinha um sorriso tão lindo, que apenas por vê-lo sorrindo, eu sorri. Era como se ele tivesse algum poder sobre mim. Como se alguma força anormal agisse sobre os nossos corpos.
- Você tem um sorriso tão lindo, esquentadinha. – ele falou fazendo um carinho em meu rosto.
Fechei os olhos ao sentir suas carinhas, era como se o meu corpo estivesse acostumando com ele.
- Posso te abraçar? – ele perguntou. Assenti, logo em me puxou para um abraço.
Seu corpo era quente, seu cheiro era bom, algo que me passava tranquilidade.
Quando nos afastamos ele me deu um beijinho na bochecha, sorriu então foi para o escritório do meu pai. Fiquei olhando ele se afastar e era como se eu precisasse me lembrar dele.
Quem é você em minha vida Justin?
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