História A Filha do Palhaço - A Vingança de Babs

Minha vista foi tomando cores e aos poucos fui percebendo o mundo a minha volta. Logo me deparei com o meu pai, ele chamou pelo o meu nome. Aos poucos percebi onde estava, aquela era uma cama de hospital e havia muitos aparelhos a minha volta, mas eu nao estava nescessitando de nenhum deles. Por um momento estranhei, mas assim que retomei minha visao, recobrei a memória e me lembrei do que havia acontecido.

-Como se sente? -perguntou papai.

-Mal. Meu estômago está revirando. -me ajustei na cama.

Percebi que estava recebendo soro nas veias e tocando o meu rosto descobri que tinha alguns curativos sobre o mesmo.

-O que os médicos disseram? Foi muito grave? -perguntei ainda atordoada.

-Não. Mas você deve tomar cuidado da próxima vez. -advertiu meu pai.

-Quando eu volto para casa? 

-Hoje a tarde se estiver disposta!

-Não vejo a hora! -suspirei

-O que aconteceu, Barbara? Por que bateu com o carro? -meu pai permanecia preocupado.

-Eu me distraí olhando um homem... 

-O que?! -agora ele estava pasmo.

-Não é o qué você está pensando. Parecia ser alguém muito perigoso e conhecido. -confessei.

-Quem?

-Eu não sei! Não tenho ideia de quem ele possa ser.

Logo o nosso assunto sessou, passou a tarde e já pude voltar para casa. Meu pai estava na cozinha conversando com Bruce novamente. Eu me escondi atrás da porta, queria escutar mais. Meu pai não sabia da minha identidade secreta, então não podia permanecer na reunião.

-A história está se repetindo, Gordon. -foi a voz de Bruce que ouvira. -As cartas, o Coringa está ameaçando a todos novamente, e há algo a mais...

-O que? -perguntou meu pai.

-Ao que tudo indica, Harvey voltou. 

-O que?! -percebi um tom de espantado na voz de meu pai. -Mas ele havia morrido!

-Não. Não morreu, Gordon. É o que ele queria que nós acreditassemos. Certamente tinha um plano com Coringa.

-Talvez fosse ele quem Barbara viu mais cedo. -ao escutar meu pai dizer meu nome me interessei mais pela conversa.

-Como?

-Ela disse que viu um homem que talvez conhecesse, foi por isso que se distraiu e bateu com o carro. -contou.

-Apropósito,como ela está?

-Bem. -assegurou papai.

-Bom,seja como for. Se ele está aqui de novo é porque vai atacar. -afirmou Bruce.

Nesse momento tudo calou. De repente eles foram para a sala, observei sorrateiramente enquanto sentavam-se no sofá, era um noticiario na televisao. Decidi ir até lá também.

-O que estão vendo? -perguntei.

-Barbara, escute isso! -pediu meu pai.

Sentei-me ao sofá e comecei a prestar atenção no noticiário. Nele dizia que haviam muitos homens mortos, todos com um sorriso manchado em seus rostos, talvez um sorriso desenhado por latas de Spray. Isso foi suficiente para que Bruce se levantasse.

-Temos que agir! -ele saiu seguido por meu pai.

-Espere! -eles voltaram-se para mim. Afinl eu tambem queria ir, queria aparecer mais tarde como a Batgirl.

-Acho melhor ir para o seu quarto, Barbara. -Bruce piscou para mim, e eu entendi o que ele quis dizer. "Você nao deve ir hoje, Batgirl.", essa era a tradução de sua frase.

Assim que eles saíram segui para o quarto. Comecei a pensar em tudo o que havia ocorrido mais cedo. - meu estômago ainda doia, coloquei a mão sobre a  barriga. -Ah, o que mais me intrigou foi aquele cara. Não sei quem ele era, mas ele parecia me conhecer, parecia estar me afrontando com seu olhar. Meu pai citou algo como Harvey, esse devia ser seu nome. Será que ele era alguem reconhecido? -me veio uma ideia absurda na cabeça de pesquisar na internet. Peguei meu nootbook e coloquei seu nome no Google. Apareceram muitos Harvey's, até que veio a descrição de um como: "O herói de Gotham". Cliquei, pois devia ser esse. Ao rolar para baixo do site, logo apareceu uma foto sua, coloquei as maos sobre a boca quando vi, tratava-se do mesmo homem. Falavam-se coisas boas sobre ele, dizia-se que ele era um homem respeitável. Mas quando olhei de novo para a sua foto, minha mente pode associar alguma espécie de fragmento de lembrança. Sim, agora me lembro...

Foi uma vez, quando eu tinha doze anos. Ele fez a mamãe , Jim e eu de refém. Papai tentou nos salvar. Ele apontou a arma para nós, depois pegou Jim de refém, mas Bruce o salvou! Sim, é ele mesmo! Ele possui um dos rostos queimados, isso eu consegui indentificar. -só de lembrar, um ódio imenso toma conta de meu corpo. - E eu tive que ficar aqui! Por conta deste maldito acidente, ah, como queria encará-lo, ele nem me reconheceria agora.

Aquela sede de vingança estava me matando. Tentava deitar, mas tudo o que conseguia era revirar de um lado para o outro. Nao podia ficar assim! Peguei meu uniforme e pulei a janela, eu iria rever Harvey, chegaria lá e para a surpresa de todos, até mesmo de meu pai.

Cheguei até o local em que estavam todas as pessoas mortas, depois passei por uma rua e atravessei um beco. Lá estava ele, ao que parece Batman estava tirando satisfação com o mesmo. De repente eles partiram para a luta. Eu os avistei de uma certa distância, mas estava louca para participar daquele conflito. Foi quando Harvey conseguiu deter Batman e apontou uma arma para a sua cabeça, aparentemente ele já tinha um plano de como escapar dali, afinal ela era o Batman. Mas decidi intervir. Eu me aproximei e apontei a arma para a cabeça dele, antes mesmo que ele pudesse jogar a moeda.

-Jogando a sorte? Porque não estou acostumada a lidar com ela! -dei a volta e o encarei.

-Quem é você? -perguntou ele.

-Você não se lembra? -perguntei ironica. -Será que é porque eu nao estou mais com medo de você?

-Batgirl, chega! -Batman pediu, mas nao o escutei.

-Você se lembra, do maldito dia em que apontou uma arma para a minha família? Do dia que fez meu pai implorar ao meu irmao que ia ficar tudo bem,achando que ia matá-lo? Você se lembra?! - minha voz estava autiva.

-Barbara Gordon? -ele riu com desdem.

-Seu desgraçado! -meu ódio era tao grande que comecei a espancá-lo.

Eu bati nele consecultivamente, sem pena alguma. Porém, continava a rir com grande deboche e isso me irritava ainda mais. Foi quando Batman me segurou pela cintura e impediu que eu continuasse.

-Barbara, pare com isso! -sussurou.

-Você sabia que era eu naquele carro. Por que você estava me observando?! -o confrontei.

-Eu só achei você interessante! Diferente da menina que era e tremia e medo de mim. -soltou uma gargalhada.

-Maldito! -eu tentei chutá-lo, mas Batman me afastou dali.

-Vá para casa e se calma! -disse apontando o dedo para mim.

Eu corri pela ladeira. Sentei-me a beira da estrada, cruzei os braços chateada. Queria o ter matado, na Bruce não permitiu! -chutei uma garrafa que estava por perto. - De repente percebi uma sombra de algo no chao, era um martelo daqueles de circo, quando olhei para trás me deparei com outro rosto conhecido. Aquela era... Harley Quinzell.