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História A Filha do Palhaço - O Retorno


Escrita por: KayaSheffield

Notas do Autor


Narradores do Capitulo: Harley Quinzell (Arlequina) e Bruce Wayne (Batman)
Boa Leitura!

Capítulo 14 - O Retorno


Fanfic / Fanfiction A Filha do Palhaço - O Retorno

POV Harley Quinzell:

Virando a esquina encontrei Batgirl, ao que parece ela estava triste. Oh, pois eu nao admitiria aquilo, devia colocar um sorriso em seu rosto, a contragosto ou nao. Ri com certo desdém e logo ela pôs-se em pé. Levantei meu martelo ameaçndo guerra, ela correu em minha direção, mas antes que pudesse atacar-me, saltei para o auto. Ela pareceu perdida ao nao me ver, virou tentando me procurar, estava atrás de uma parede e quando ela menos esperou a surpreendi. Logo em seguida começamos um confronto, ela acabou por me nocautear e eu acabei por perder o equilibrio, mas em seguida retomei. E nao demorou muito para eu apagá-la, a deixei da maneira que estava. Me distrai ao vir um vulto sobre os prédios, segui aquilo, pois perseguia a sombra que percorria pelo chão. Cheguei ao final de um beco e não vi mais nada, ao que parece a sombra havia sumido. Eu nao sei exatamente o que me levou a olhar e peseguir aquilo, só sei que estava curiosa. Reparei que a mesma sombra tornou a refletir no solo, foi quando me virei para trás. Olhando, me lembrei de algo que aconteceu há alguns anos, aquele era o mesmo beco, mesmo lugar, e a mesma pessoa para quem entreguei... minha filha. Era Selina quem estava a minha frente.

-Selina? -questionei assustada.

-Vejo que ainda se lembra de mim. -comentou sorrindo.

Por um momento tudo se calou. Por que ela havia retornado? Pelo que fiquei sabendo havia afastado-se da cidade por algum tempo. Não consegui evitar de pensar em Lucy, precisava saber o que ela havia feito. Eu queria perguntar sobre a garota. Mas meu espanto fora tanto, as lembranças retornaram a minha mente e comecei a sentir uma imensa culpa que nem conseguia falar.

-Fico feliz por ter te trazido um pouco da culpa que também senti. -falou como se percebesse meu tormento.

-O que fez com ela? -perguntei me referindo a menina.

-Dei para alguém de minha confiança. -cruzou os braços.

-Alguém de sua confiança não pode ser alguém bom! -cuspi essas palavras.

-Bruce Wayne lhe parece uma pessoa má? 

Imediatamente larguei o martelo e segurei seu braço. Que absurdo ela estava dizendo? Sabia que aquilo era uma provocação. Ela não podia estar falando a verdade. Bruce Wayne, não! Qualquer um,  menos ele! O que eu fiz? -perguntei enquanto colocava as maos sobre a cabeça. Se Coringa soubesse nunca me perdoaria.

-Está mentindo! -assegurei.

-Estou? Porque a garota tem a sua cara! -balançou a cabeça.

-Por que fez isso? -perguntei enquanto a soltava.

-Isso é o de menos. Mas ela está segura com ele!

Calei-me, diante dessa afirmação não consegui dizer mais nada.

 

POV Bruce Wayne:

Depois daquela noiite conturbada veio um novo amanhecer. Assim que acordei recebi uma ligação de Barbara por coincidência. Foi muito educada ao me desejar "Bom Dia", mas o que ela me disse em seguida foi muito preocupante. Não se tratava de nenhum assunto com vilões, se tratava de minha filha, entao alem de o assunto ser delicado era também mais importante. Ela me disse que Lucy havia agido estranhamente, que precisava de uma consulta com um psicólogo, a princípio desacreditei,  mas decidi fazê-lo por precaução. Apesar de resistente a princípio, ela aceitou, durante o trajeto não disse nada. Comecei a me preocupar, pois parecia distante da realidade. Quando cheguei ao consultório sentei-me em uma poltrona ao lado dela, ela parecia nao querer dizer nada, mas eu precisava. Precisava lhe dar conselhos e... Isso era difícil, não tínhamos muito essa coisa de conversa. Eu quase não conseguia me manter em casa e nunca sabia o que ocorria, as vezes me sentia culpado por isso.

-Lucy. -quis começar um diálogo. -Quando for lá, diga tudo o que sente e pensa, não hesite, ele apenas quer lhe ajudar! 

Subitamente voltou o olhar para mim. 

-Não se preocupe, papai. -assegurou.

Logo ele a chamou para dentro, dei um beijo em sua testa e disse que estaria a esperando aqui, do lado de fora. E enquanto eles conversavam lá dentro, ficava passeando de um lado para o outro, tentando advinhar o que acontecia, preocupado  com o resultado. E isso demorou em torno de meia hora.

Assim que vi a porta abrir, levantei-me da poltrona, Lucy parecia calma, mas saiu do consultório cabisbaixa, como se estivesse preocupada, como se percebesse que algo não estava bem.

-Me espera no carro. -sussurrei e ela assentiu, em seguida saiu da clínica.

Entrei no consultório, sentei-me a frente do Dr. Estava curioso e ao mesmo tempo preocupado em saber o resultado.

-Então Dr. Ela está bem, não é? -eu disse aquilo com receio, desconfiando que a resposta fosse não.

-Vou ser sincero com você. -juntou os dedos -A garota tem grandes problemas psicológicos.

Aquilo me fez soltar meu peso na cadeira, como podia? Ela parecia-me tão bem! 

-O que ela tem? -perguntei ainda com medo da resposta.

- Sr. Wayne, a  garota sofre de alguns transtornos. Como por exemplo, o da ansiedade, que a impede de ter uma vida social normal. -suspirou -Ela está sempre sozinha e fechada em seu mundo, ao que me pareceu.

-Mas... eu pensei que tudo isso fosse timidez, jamais encarei como algo deste tipo. -falei desacreditado. 

-Mas nao é so isso. -afirmou. -Há um transtorno maior! 

-Qual? -perguntei de imediato, retomando minha postura.

-Infelizmente ela sofre de princípio de esquizofrenia.

Logo após o Dr. me dizer isso, meu mundo desabou. Esquizofrenia? Porque eu nao estava entendendo mais nada, como minha filha podia sofrer disso? Além de ser uma doença terrível, era também muito grave.

-Como isso pode ser? -estava mais apavorado que de costume, embora não demonstrasse.

-Ao que parece, no caso dela, é uma doença genética.

Doença genética? Entendia menos agora, por que isso estava acontecendo? De quem ela havia herdado isso? Eu nao me conformava. Não consegui escutar mais nada, saí dali. Começou a chover então armei o guarda-chuva e prosseguei até o carro. Lucy estava quieta, permanecia cabisbaixa, com seus cabelos loiros sobre o rosto. Olhando-a assim parecia uma garota perfeita, mas nao era. Tentei fingir que isso não estava me afetando, mas a verdade era que eu havia fracassado como pai. Eu nao cuidei dela, não existia ninguém mais culpado que eu nesta história toda. Suspirei e desarmei o guarda-chuva, entrei no carro, e ainda assim limpando a janela olhei para fora, pois estranhamente tive a sensação de estar sendo observado.



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