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História A Filha do Pastor - A Prima Sem Noção


Escrita por: Sh_Nanna

Notas do Autor


Desculpa a demora gente, minha internet resolveu bugar e eu tava só no 3g do celular

O cap não foi revisado, e não to muito satisfeita com a escrita dele mas no próximo eu compenso, boa leitura povo ;D

Capítulo 2 - A Prima Sem Noção


Fanfic / Fanfiction A Filha do Pastor - A Prima Sem Noção

Como explicar a situação que minha querida priminha se meteu e pretende me puxar junto?

Tinha acabado de conversar com Jessica fazia pouco mais que dez minutos e agora estava sentada na minha cama tentando pensar em uma forma de convencer meus pais a trazerem minha melhor amiga para morar aqui.

Sabe, eu sempre soube que Jessica era meio louca das ideias. Basicamente se algo era errado ela queria fazer, isso nos rendeu umas boas confusões na infância. Mas dessa vez até eu tinha que concordar com sua família que ela passou dos limites. Se já era difícil de acreditar quando ela me contou, imagina para a família dela que presenciou toda a confusão.

Vamos voltar um pouco.

“Jessica, fala mais devagar como assim?” Falei totalmente confusa com o desespero de minha prima.

“Fiz besteira das grandes Tiff, meus pais querem me mandar pra morar no Tennessee!” Ótimo, para quererem mandar ela para fora a coisa era séria mesmo.

“No Tennessee?! Como assim, o que diabos você fez mulher?”

Jessica fez uma pausa antes de voltar a falar

“Isso não vem ao caso, o que eu preciso é que você convença seus pais a me deixarem morar aí com vocês.” Ela tinha perdido o juízo de vez.

“Jessica você não lembra que minha família não gosta de você? Como que você me pede uma coisa dessas?” Falei ainda me perguntando o que diabos aquela menina tinha feito.

“Nossa Tiff, jogou na cara mesmo” Se fez de ofendida.

“Jessica!”

“Tá, tá, claro que eu lembro. Mas dessa vez eles vão até querer que eu vá aí porque você, minha prima linda e maravilhosa, vai convencer eles com essa sua carinha e pose de santa que eles tanto amam.” Pensei um pouco, não acreditando na escolha que faria.

“Eu faço” Ela começou a comemorar do outro lado da linha. “Mas com uma condição!”

“Pô Tiffany, eu já tava aqui felizona e você me vem com essa? Que tipo de pessoa você é ein. Tudo bem, qual é?” Reclamou como se ainda estivesse em posição de exigir algo.

“Você me conta o que foi que você fez pra eu saber como falar com meus pais.”

Jessica ficou em silêncio por um tempo, como se tentasse achar um jeito de me falar o que acontecera. Os 30 segundos sem falar foram o suficiente para me deixar preocupada, basicamente, a merda foi das grandes.

“Primeiro que eu fugi de casa e fui passar o mês na casa da Sam…” Não a deixei continuar e interrompi.

“Aquela garota da festa? Jessica você foge de casa e espera que seus pais fiquem de boa?” Outro silêncio.

“Se fosse por isso tava é bom... Então acontece que os pais da Sam são donos de um cassino, então a gente resolveu ir pra lá.”

“Você é menor de idade, não pode ir pra cassino caramba!” Falei surpresa com a falta de noção da menina.

“Stephanie se você quiser ouvir o resto da história é bom calar a boca e me deixar acabar de uma vez!” Fiz cara feia para o nome. “Como eu ia dizendo, então lá estava eu, na casa da Sam, quando resolvemos ir pra Las Vegas no jatinho super luxuoso da família dela. Foi aí que a Krys me ligou e ,palavras dela, ‘Você não pode ir pra Vegas e abandonar sua irmãzinha querida sozinha com a mãe e com o pai’ então eu, como a boa irmã que sou, pensei: Nossa é verdade, eu não gostaria que fizessem isso comigo. Então no fim eu meio que levei ela junto...

“JUNG SOOYEON VOCÊ LEVOU SUA IRMÃ CAÇULA PRA LAS VEGAS?!” Gritei já pensando em todas as coisas que poderiam ter acontecido com as duas.

“Olha aqui Miyoung, não to precisando de bronca, isso já levei bastante. Mas agora que já falei tudo.... Você tem que me ajudar Tiff.”

E foi assim que eu cheguei onde estou agora, sentada na minha cama tentando pensar em um jeito de impedir que minha melhor amiga tenha que morar no lugar com o pior senso de moda dos Estados Unidos, coisa que não desejo nem para o pior dos meus inimigos.

Enquanto estava distraída pensando Prince saiu do meu colo e correu para o primeiro andar, indicando a chegada de alguém na casa. Desci sem muita pressa apenas para ver meu irmão, Leo, tirando a calça coberta de lama até os joelhos. Me cumprimentou rapidamente e subiu para seu próprio quarto. Quando desceu outra vez eu já estava na cozinha preparando uma jarra de suco de laranja.

Me deu um beijo na bochecha e fomos para a sala ver um pouco de televisão. Decidi perguntar para ele o porquê de ter chegado em casa completamente sujo. Me explicou que para pegar os melhores ângulos de fotos tinha que entrar em diversas posições estranhas e como o ensaio que ele havia fotografado era em um campo ele e o resto da equipe acabaram cheios de lama.

O emprego do meu irmão é bem legal, ele está estagiando em uma revista local com foco em moda. Papai fala que não é emprego decente, principalmente por algumas fotos polêmicas que a revista tinha lançado em uma de suas mais novas edições sobre roupas sem gênero, o tema está na moda aparentemente. Até me mostrou algumas das fotos que tinha tirado hoje, foi um ensaio teste para escolher os modelos que participarão da campanha de dia dos namorados então as fotos tinham um toque mais romântico.

Quando me perguntou como foi meu dia contei sobre as meninas que tinha conhecido. Ele riu bastante quando eu falei de Yoona mas prometeu não contar aos nossos pais sobre a situação em que eu a conheci, depois falou para trazê-las em casa um dia que ele estivesse de folga, só para conhecer as figuras mesmo.

Falei também da situação de Jessica, sem muitos detalhes, e ele falou que me ajudaria a convencer nossos pais. Conversamos sobre mais coisas aleatórias, como o programa sobre acasalamento dos pinguins que passava na televisão, até que a porta se abriu indicando a chegada de nossos pais.

Continuei sentada observando minha mãe e meu irmão começarem a botar a mesa. Mamãe parecia feliz, sorria bastante enquanto conversava com Leo. Papai também estava calmo, organizando alguns papéis de trabalho em cima de uma prateleira na sala. Momentos assim não eram tão comuns com todo o estresse do trabalho, ver a família unida e feliz é algo bom de se observar então aproveitei aquele pequeno momento para fazer uma foto mental de todos.

Mamãe nos chamou para sentar na grande mesa retangular que tínhamos na copa. Desliguei a televisão antes de ir me sentar para que esta não atrapalhasse o momento família. Antes de comer meu pai chamou todos para darmos as mãos e rezarmos como sempre, enquanto ele falava ou outros ficavam quietos e só respondemos quando tínhamos que falar algum “amém”.

Nunca gostei muito do costume de jantar, achava a comida pesada demais para ir dormir em seguida, mas como era costume da família nós sempre nos reunimos assim. Minha mãe havia preparado um frango assado com batatas. O cheiro era delicioso e eu tinha a impressão que ele se espalhava por grande parte da vizinhança, sem exageros. Decidi que o meio da refeição era o momento perfeito para eu tocar no assunto Jessica Jung.

“Papai, sabe a Jessica do tio Jung?” Olhei para o meu pai que limpava a boca com um guardanapo de pano. Fez que sim com a cabeça para eu continuar. “Ela está em uma fase perdida da vida e acabou fazendo besteira, agora a tia e o tio Jung querem mandar ela para morar no Tennessee.” Mamãe arregalou os olhos antes de falar.

“Mas o que foi que ela fez desta vez para que eles queiram mandar ela para longe?!” Falou surpresa.

“Então mãe” Continuei minha encenação de quem não quer nada “Ela acabou se relacionando com uma menina e fugiu para a casa dela” Meu pai fez um som de espanto.  “E no meio disso tudo ainda levou a irmã junto.”

“Aquela menina é uma desnaturada, os Jung fazem é bem de afastá-la da pequena Krystal.” Krystal essa que era tratada assim por ser sempre considerada o bebê da família, apesar de apenas dois anos mais nova que nós.

“Mas pai, você não acha que ela sozinha e longe da família pode se distanciar mais ainda do caminho de Deus?” Falei o deixando pensativo, essa era a minha deixa. “Então eu tava aqui pensando em como podemos ajudar ela e se não seria melhor ela vir morar em um país mais tranquilo, com pessoas que guiarão ela para um caminho mais correto.” Todos ficaram em silêncio. Se tinha alguma chance deste plano funcionar eu saberia agora.

“Você está me dizendo que acha que deveríamos falar com os Jung para Jessica vir morar conosco?” Questionou com uma sobrancelha arqueada.

“Acho uma ótima ideia pai, talvez ela seja assim por falta de um guia.” Falou Leo piscando para mim sem que os outros notassem. Papai se mostrava pensativo.

“No começo achei precipitado, mas agora que Leo se mostrou a favor  acho que Stephanie está certa, amor.” Minha mãe se pronunciou pela primeira vez. Papai acenou porém não falou mais nada.

Continuamos a comer quietos e o assunto morreu aí. Quando acabamos fiquei com a tarefa de lavar a louça e meu irmão decidiu ficar para me ajudar a secar. Esperamos nossos pais subirem para conversar mais livremente.

Leo, depois de várias piadas com minha atuação impecável de boa samaritana, me contou sobre as meninas que ele fotografou, falando de como eram todas muito lindas e que ele se apaixonava de cinco em cinco minutos. Fiquei rindo das besteiras que meu irmão falava até que concluímos já ser tarde e fomos dormir.

Tive um sonho estranho no qual eu estava em um lugar lotado de gente, parecia um tipo de desfile com carros alegóricos e coisas do tipo, lá eu era levada por alguém para algum lugar. Eu não conseguia ver exatamente quem me puxava e nem para onde nós estávamos indo. Só sabia que era uma garota pelos seus cabelos loiros e compridos. Acordei logo antes de ela se virar e revelar sua aparência.

Abrindo os olhos fitei o teto branco, como fazia todas as manhãs. Acordar nunca era uma tarefa muito fácil para mim, mas sabia que se eu demorasse demais meus pais subiriam para me chamar.

Fiz minha higiene e desci para dar bom dia aos meus pais como costume. Já passava das nove horas da manhã e Leo já tinha saído para trabalhar, deixou um bilhete avisando que voltaria logo depois do almoço hoje, então eu teria companhia para esta tarde. Encontrei minha mãe lavando a louça do café da manhã e meu pai já se preparando para sair, eles iriam em horários diferentes hoje. Dei um beijo em cada um e fui preparar uma tigela de cereal.

Enquanto comia minha mãe se preparou e também saiu para o trabalho, olhei para Prince deitadinho no tapete todo tristonho e decidi que hoje iria leva-lo para passear. Logo que mostrei a coleira a reação dele foi instantânea, começou a correr e pular ao meu redor, animado para o passeio na nova vizinhança.

"Faz tempo que você não sai né bebê?" Falei com o cachorrinho que me deu uma espécie de resposta sentando e abanando o rabinho para mim.

Vesti Prince no colete coleira e saí sem me preocupar em trancar a casa já que todos diziam ser uma rua extremamente segura. Senti o filhotinho me puxar em direção a um gramado bem cuidado. Logo lembrei do senhor que tinha nos dado uma bronca no dia anterior e procurei por seu terreno.

Demorei um pouco para identificar qual casa era a dele e quando consegui vi uma garota, alta, que parecia ter a mesma idade que eu cuidando do jardim. A garota cantava enquanto regava as folhas, me lembrou um pouco a inocência que eu via nas meninas da igreja. Ela notou meu olhar e depois de estranhar por alguns segundos abriu um sorriso e acenou para mim. Correspondi seu aceno e continuei andando com Prince.

Entre puxões do filhotinho que mais me guiava que o contrário, e não saber direito dizer onde eu estava, achei a casa das irmãs.

Fiquei pensando na possibilidade de bater na porta delas e esperar ser atendida, mas no fim não tive coragem o suficiente para isso. Quando já ia voltando para casa vi uma moto estacionando na frente da calçada e Yuri descendo dela. Ela agradeceu o piloto que logo deu a partida e seguiu seu caminho.

“Tiffany!” Me cumprimentou. “Que bom que está aqui, eu e minha irmã vamos dar uma festa esse final de semana de agora, você tem que ir.” Falou animada

Todos os avisos dos meus pais sobre os jovens da rua e sobre festas de adolescentes passaram na minha cabeça como um flash, eu tinha certeza que não conseguiria permissão para aparecer na festa.

“A festa é do mesmo estilo da que deixou sua casa daquele jeito ontem? Porque eu adoraria, mas acho difícil meu pai me liberar.” Terminei triste.

“Ah qual é, sua primeira festa na vizinhança, tem que ser com estilo.”

Ergui uma sobrancelha para ela questionando o que esse ‘tem que ser com estilo’ significava, ela notou e logo se justificou.

“Calma, vai ser mais tranquila que a outra, a gente sabe se comportar moça.”

“Ok, não prometo nada mas vou tentar falar com meus pais. A festa vai ser na rua mesmo, acho que tem chances de ele deixar.”

“Isso!” Falou animada. “Vai ser tão legal, vou entrar e acordar logo minha irmãzinha que a gente tem que sair, até outro dia Tiffany.” Dei um tchau e ela logo entrou na casa.

Notei que Prince já estava cansado e com a língua de fora então decidi que era hora de voltar para casa. Percebi que a menina de antes já não se encontrava mais no jardim e a rua estava bastante calma.

Chegando, botei água fresca para meu filho e o deixei descansando. Procurei algo para comer nos armários, aquelas besteiras que toda mãe compra para quando o filho estiver sozinho sabe, e achei um pacote de biscoitos. Levei para o andar de cima e me joguei na cama já ligando o computador. Entrei no Face e logo encontrei quinhentas mil notificações - ok  pode ser exagero - com o nome Jessica. Abri o chat e encontrei diversas mensagens animadas vindas da minha prima.

Jessica Jung:

TIFFANY VOCÊ É A MELHOR AMIGA QUE ALGUÉM PODERIA TER

EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ MESMO ISSO POR MIM

EU TE AMO

I LOVE YOOOOOOOOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUUUU

Papai acabou de receber uma ligação do tio querendo saber da situação e se ofereceu para cuidar de mim, nem acredito que deu certo, agora só falta eu arrumar minhas coisas mesmo que vou morar com você.

Já tá tarde e amanhã tenho aula, te mando att depois para saber quando eu vou mesmo

BEIJO NA BUNDA GATA, AMO VC <3

Depois de ler as mensagens mais importantes, me deitei pensando em como diabos a gente tinha conseguido fazer isso dar certo

 

Tiffany Hwang:

Sério que funcionou?

Mal posso esperar pra você vir morar comigo!

Vai dormir vai, amanhã nos falamos.

Beijos miga, até qualquer dia!!!

Fechei meu note e me deitei ainda sorrindo. Para quem estava reclamando ontem mesmo de não ter amiga nenhuma aqui e sentir saudade de casa eu estava indo muito bem.

Movi meu note da cama para a mesinha do outro lado do quarto e me deitei pensando em tirar uma soneca até que Leo chegasse e viesse me acordar.

Dormi pensando no quão bom seria esse mês.


Notas Finais


É isso aí galera, espero que eu consiga postar no dia certo próximo domingo.

Beijo procês *3*


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