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História A Filha do Presidente - Capítulo 10


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva da Monick <3

Obrigada a todos que comentaram no capítulo anterior, vocês não deixaram só a mim feliz como a Monick também. Agradecimentos a: ~LutteoIsLife, ~Soltteo, ~grimmjowvs, ~gvanda, ~Lunatica4ever, ~emilly100, ~Epic_Love, ~CristynneSLG, ~moonysun, ~Carooline_C, ~LutteoEver, ~liviaiung, ~kah_Izzy, ~Cris_Silva, ~Byyahh, ~Simbar_Lutteo, ~Mar_Uzumaki, ~Ali_McGarden, ~Dudinha_Scott, ~SimbarIsLife; Amei cada comentário! ~Fanfics_Monick <3

Capítulo 10 - Capítulo 10


Ámbar levou à mão a boca, ainda não acreditava na declaração da mãe.

– Sou filha de uma louca. – dizia para si mesma. – Ela, ela me mataria se eu nascesse como a Luna. – passava as mãos pelos cabelos, tentava se acalmar, entretanto era em vão.

Ela se afastou devagar e foi para seu quarto, enquanto caminhava lágrimas discretas escorriam involuntariamente. A garota começou a conhecer um lado de sua mãe que nunca vira antes. A moça colocou na cabeça que daqui para frente, tentaria não agir como a mãe e sim tentaria se entender com Luna.

[...]

Enquanto isso a filha do presidente estava sentada em uma cadeira que para ela era bastante confortável, o médico já finalizava a cirurgia.

– Bem, você não vai enxergar do dia para a noite. Vai levar alguns dias, faremos estimulações visuais e isso ajudará. – comentou o homem de jaleco. Ela concordou com a afirmação do médico sem dizer sequer uma palavra.

Simón ainda estava ali, o homem não se importava, porém achava diferente tal atitude. Para ele não era normal tanta proximidade entre patroa e funcionário. Dentre os quatro anos em que ele atendia Luna, nunca viu um segurança agir daquela forma com a garota, decidiu ficar em silêncio perante as tantas perguntas que se fazia sobre isso. A moça não sabia exatamente como era a situação, mas na verdade a preocupação do moreno era outra. Em poucas horas o rapaz daria “Boa noite” a garota que povoava seus sonhos.

[...]

Horas mais tarde, por volta das seis e meia da noite, Nina fazia companhia a Luna.

– Luna você precisava ver como o tal Simón olhava para você. – Nina riu maliciosa. – Não é um olhar de proteção, como profissional e tal, é como proteção com carinho.

– Ah para Nina, ele não é tudo o que parece ser.

– O que quer dizer?

– Quero dizer que ele não é pessoa para mim, sabe. Parece ser bonzinho, gentil, mas também não sei se seria correta essa nossa amizade.

– Oras Luna, não fique pensando que vai encontrar o príncipe encantado. – brinca.

– Ai Nina, só quero alguém que me ame, que goste de mim pelo que sou e não pelo dinheiro que tenho. – suspirou a morena se jogando de costas na cama. – E que de preferência não trabalhe para mim. – completa.

– O que você tem contra os caras que trabalham para você? Eles são...

– Não tenho nada contra Nina, as leis sim tem algo contra. – disse. – É proibido um relacionamento assim.

– Ah desde quando você segue regras? – pergunta cruzando os braços.

– Desde sempre. – fala de imediato.

– Só as segue porque não consegue ver o mundo e não percebe que o que te faz bem não é errado.

– Pode até ser, mas...

– Senhorita Luna. – Simón bate de leve na porta entreaberta. – São quase sete da noite e haverá a troca de turnos, quer algo antes que eu vá? – mantêm metade do corpo para dentro do cômodo.

– Não, não Simón, obrigada.

– Como quiser, tenha uma boa noite. – deixou o quarto, mas não resistiu em dar uma última olhada detalhada em Luna.

– Igualmente. – Nina somente observava os olhares de Simón para Luna, desconfiava de algum sentimento vindo do rapaz. As duas continuaram a conversar dessa vez a porta do quarto permaneceu aberta.

– Acredite em mim, esse tal Simón gosta de você. – insistiu a garota vendo que o segurança já estava longe.

– Ai Nina desencana. Não daria certo e outra que ele não faz nem um pouco meu tipo.

– Pode até ser, porém... – fez uma pausa ao ver que outro rapaz chegava. – Ai meu Deus, quem é esse? – perguntou baixinho, a mesma não tirava os olhos da figura que se aproximava.

– Esse quem menina? – Luna não entendia o que estava acontecendo com a amiga.

– É que ele, vamos dizer que... – Nina não soube como se expressar e logo fora interrompida.

– Com licença senhorita. – disse o segurança educado assim que parou diante da porta do quarto. Luna então descobriu pela voz a quem a amiga se referia e sem notar estava sorrindo – A senhorita Ámbar quer falar com a senhorita. – avisou Matteo.

– Comigo? – pergunta séria, seu simples sorriso sumiu ao receber a informação que o moreno trouxera.

– Sim, ela está a esperando na sala de visitas.

– Diga que não quero falar com ela, me recuso. Aquela arrogante só diz besteiras.

– Se me permite dizer. – usa um tom suave. Luna focou a atenção em direção a voz e Nina o encarou a espera de que ele continuasse. – A senhorita Ámbar estava nervosa, inquieta, parecia ansiosa. Acho que é sobre algo importante.

– Viu Luna? – manifestou-se Nina. – Fale com ela.

– Não.

– Fala. – insistiu.

– Não.

– Então não fala. – dá de ombros.

– Está bem, eu irei. – disse derrotada.

Nina sorriu ao ver que acabou convencendo Luna, a morena observou que a amiga se acalmou ao entrelaçar seu braço ao do segurança. Novamente a mais nova sentiu aquele frio na barriga que tanto a agradava. Luna caminhava calada pelos corredores na companhia de Matteo.

– Sei que não é certo intervir nesses assuntos, mas achei que se dissesse que era importante iria aceitar conversar com a senhorita Ámbar, é um erro...

– Tudo bem, seu colega já fez isso e ele foi bem mais intrometido, se assim posso dizer.

– É, esse é o defeito do Simón, mas o compreenda é o jeito dele. Digamos se preocupar com o que é importante. – sentiu-se mal ao ouvir isso. – Novamente estou cometendo um erro em dizer essas coisas. Perdão senhorita.

– Não tem problema. É, qual seu nome mesmo?

– Matteo Balsano. – responde fracamente.

– Ah sim. Sr. Balsano. – ela ainda se lembrava do nome do segurança, porém queria o ouvir novamente. Aquele simples nome a causava uma tranquilidade. Depois disso ambos se calaram e em menos de dez minutos chegaram ao destino.

– Ainda bem que veio. – disse Ámbar ao ver Matteo abrir a porta com Luna. – Preciso muito falar com você, de preferência em particular.

– Não se preocupe senhorita, estou de saída.

– Não temos o que conversar em particular. Na verdade não temos o que conversar de qualquer forma. – Luna não estava de bom humor. – Ele não vai sair por conta de seus caprichos Ámbar.

– Estou tentando ser gentil, se acalme. – declarou ela, a outra somente revirou os olhos diante daquelas palavras, que para ela eram falsas. – Me ouça, por favor, Luna. – pediu com delicadeza.

– Se fosse menos estúpida, ela te ouviria com certeza minha cara. – murmura Matteo para si mesmo de forma involuntária, somente Luna o ouviu.

– Se fosse menos estúpida, eu te ouviria com certeza. – disse Luna, Matteo a olhou disfarçadamente ao reconhecer tais palavras.

– Eu estúpida? A mamãe é estúpida não eu. – defendeu-se.

– Olha você é uma... – piscou os olhos se dando conta ao que Ámbar havia dito. – Espera aí, não está defendendo a mamãe? – se surpreendeu.

– Não. – fala em tom baixo, pois se lembrou das palavras da mãe.

– Nossa essa é nova. – Luna sorriu com ironia.

– Me ouça, por favor. – pediu novamente. – Um minuto, me dê só um minuto.

– Fala logo vai. – acabou cedendo, ela ainda estava de braços dados ao moreno.

– Quero falar em particular, já disse.

– Está pedindo demais. Fale de uma vez.

– Ouvi a mamãe discutindo com o Rey e... – começou Ámbar.

– E...? – estava interessada nas palavras da irmã.

– Ela disse que... – um nó se formou em sua garganta, não conseguia prosseguir.

– Que...?

– Que se soubesse, que... Ai não consigo falar! – esbravejou, estava brava consigo mesma.

– Que se ela soubesse que eu, ou até você, fossemos cega, teria nos abortado, não é? – Matteo manteve a atenção na conversa, as duas acabaram até esquecendo-se da presença do rapaz no local.

– Como sabe?

– Ela me disse na minha cara, com todas as letras e sem culpa. – Luna estava com lágrimas nos olhos. – Ela disse numa naturalidade indescritível, acho que até sorria ao dizer isso.

– Olha Luna, não me interprete mal, por favor, eu não sabia que passava por tudo isso.

– Sabia sim Ámbar. – afirma, a loira abaixou a cabeça. – Sabia e como sabia. Ámbar você não se importava com o que ela dizia de forma alguma.

– Te peço perdão.

– Não quero o seu maldito perdão! – grita Luna, apertando com mais força o braço de Matteo. – Você precisou sentir na pele para poder cair na real, não é? Isso não é nada perto do que já ouvi.

– Lu me deixa...

– Não me chama de Lu, não tem intimidade para isso. – disse firme. – Não me procure, está bem. Não quero ouvir suas desculpas esfarrapadas.

– Luna eu te peço, deixe-me consertar tudo isso. – tenta mais uma vez.

– Cala boca Ámbar, chega! – o tom de voz de Luna surpreendeu Matteo.

– Pelo amor de Deus, ouça-me. – pede sincera. – Vamos faça algo. – Ámbar virou-se para Matteo. – Diga a ela se não estou mesmo arrependida.

– Olha não posso...

– Fala logo merda. – a garota estava irritada. – Caramba, venho aqui, humilho-me para essa ingrata e é isso que eu recebo, os gritos dela. – falou em tom alto.

– Pedir desculpas para mim é humilhante? Então é isso, você está se humilhando? Bom saber Ámbar.

– Não foi isso que eu quis dizer Luna. Vai ficar aí parado? – voltou a olhar para Matteo. – Me ajuda.

– Ele não pode intervir Ámbar. A conversa é entre você e eu. – Luna limpa as lágrimas que não conseguia segurar. Sua voz estava tranquila, não aparentava ter gritado segundos atrás.

– Já te falei tudo, basta você acreditar em mim.

– Não acredito em ninguém que se sinta humilhado por pedir desculpas por um erro que realmente, de verdade me machucou.

– Mas...

– Mas nada. – gritou de novo. – Me leve daqui. – pediu em tom baixo para Matteo.

– Sim senhorita. – ele assentiu. Os dois deram as costas à moça e foram em direção da porta.

– Se você sair por essa porta, eu vou embora sem me desculpar e não volto mais. Não adianta me implorar depois. – advertiu Ámbar, Luna parou de caminhar.

– Orgulhosa. – ela disse sem se mover.

– Ingrata. – a morena passou pela meia irmã e saiu depressa da sala, em seguida bateu a porta com força.

[...]

– Vagabunda. – gritou Luna. Os olhos da garota estavam vermelhos e uma fraqueza a invadiu.

– Senhorita se acalme. Não adianta xingá-la nada vai mudar. – comenta Matteo. – E olhe só, eu disse que não ia me envolver e estou te dando conselhos.

– Bons conselhos Matteo. – responde Luna com um suspiro. – Tem razão, nada vai mudar, ela foi mesmo e foi tarde, sabia?

Luna, de forma involuntária encostou a cabeça nos ombros de Matteo. Ele sentiu a camisa de seu uniforme molhar devido às lágrimas que a garota soltava, ela soltou-se do braço dele e o abraçou de lado. No começo ele se incomodou, mas percebeu que ela estava ficando mais calma. Para ela aquele perfume amadeirado a entorpecia como uma droga e o efeito nela era uma tranquilidade instantânea. A moça fechou os olhos, porém o segurança estava de mau jeito e então passou o braço esquerdo por trás dela, este ato a fez deitar a cabeça em seu peito a deixando mais confortável e próxima a ele. Ele estava basicamente quebrando uma regra, mas se for ver bem, não estava quebrando regra nenhuma, entretanto mesmo assim não estava confortável com a situação.

– Senhorita, eu acho que deveria conversar novamente com... – começou o rapaz. – Senhorita? – sentiu o peso do corpo de Luna e não era para menos, a filha do presidente havia acabado de desmaiar.


Notas Finais


Link da fic original: https://fanfiction.com.br/historia/602723/A_Filha_do_Presidente

Link do perfil da autora no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/543490/

Link do perfil da autora no Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/nicolly_coletta

Obrigada a quem leu, comentou, favoritou... Amo vocês!!!


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