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História A Filha do Presidente - Capítulo 12


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva da Monick <3

Agradecimentos a: ~MaaySantos12, ~Anna_Lutteo, ~amo_souluna, ~nicollyvalente, ~Dudinha_Scott, ~Girl_Aluada, ~Epic_Love, ~AnaValente, ~gvanda, ~LutteoIsLife, ~Dark-yuki, ~Miin_Winck12, ~Ali_McGarden, ~SimbarIsLife, ~LutteoEver, ~Maryklara1, ~raura_forever29, ~emilly100, ~Mar_Uzumaki, ~Soltteo, ~Cris_Silva, ~4EverLutteo, ~darkcloudd, ~kah_Izzy, ~wainevivi, ~Simbar_Lutteo. Adorei cada comentário!!!! ~Fanfics_Monick <3

Capítulo 12 - Capítulo 12


Como o mesmo não obteve resposta, abriu lentamente a porta. Ficou sem ação ao ver as mãos e pulsos sujos de sangue, notou que a pia e o chão também estavam com sangue respingado. – O que deu em você? – disse ele afoito, assustando a morena. Ela somente virou em direção da voz com seus olhos vermelhos por conta das lágrimas. – Ficou louca, é? Dê-me isso. – tomou a tesoura suja das mãos dela.

– Me devolve. – pede em tom baixo.

– Por que estava fazendo isso? – pergunta preocupado com a resposta que teria a seguir.

– Porque, porque sim oras. – ela não pôde evitar chorar.

– Não precisa chorar, só me responda o porquê.

– Você está se intrometendo demais, não acha? Vai perder o emprego se eu contar o que está fazendo para o meu pai. – ela o chantageou.

– Não terei mais emprego se algo te acontecer. – ele cruzou os braços. – Anda, conte. – ela não controlou as lágrimas, ele suspirou, sentiu-se um pouco impotente. O segurança largou a tesoura no chão e pegou as mãos da garota com delicadeza. – Vai arder um pouco, mas vai ajudar.

– O que vai fazer? – pergunta ainda com a voz fraca.

Ele não a respondeu, e ela em poucos segundos sentiu uma ardência nos cortes. Matteo colocou os pulsos e as mãos da garota na água corrente para limpar, depois pegou uma das toalhas que estava próxima a ele, secou os ferimentos com cuidado. O moreno a olhava com reprovação.

– Não faça mais isso, ouviu? – ele a admoestou pela atitude.

– Uhum. – não soube o que dizer, tinha ficado envergonhada por ele a ter pego no flagra

 – Promete? – ele a olhou tentando encontrar firmeza nas próximas palavras dela.

– Está invadindo meu espaço pessoal, sabia?

– Não interessa. No momento o importante não é meu emprego, senhorita.

– Está bem, te prometo. – responde fingindo desinteresse, mas no fundo gostou. Ele a levou de volta para a cama, à mesma se cobriu com a leve manta que tinha em seus pés – Não vai contar ao meu pai, não é?

– Por que eu deveria não contar? – se acomoda na cadeira que estava sentado minutos atrás. Matteo a olhava com censura, embora ainda a preocupação o rondasse. Ela não o respondeu, abaixou a cabeça e ele reparou que ela estava chateada, o rapaz a compreendia em certo ponto, sua vida não era fácil. – Não vou contar nada, somente porque você realmente é especial.

– Vai ser nosso segredinho? – ela sorri fraco. Ele gostou de vê-la se animar com a notícia.

– É, será, mas vai ter que fazer uma coisa. – sorriu ao dizer.

– Que coisa? – estava curiosa.

– Não vai mais chegar perto de uma tesoura, entendido?

– Sim. – assentiu.

– Vou até avisar ao Simón para que...

– Não conte a ele sobre isso, por favor. – ela o interrompe de imediato ao ouvir o nome do segurança.

– Por quê? Ele vai querer saber o porquê de ficar mais atento com a senhorita.

– Não quero que diga, e nem que ele trabalhe para mim. – Matteo se calou. Luna se ajeitou na cama, após alguns minutos pegou no sono.

 

Oito meses depois

 

– Desista Sharon, agora é sério, as coisas passaram dos limites.

– Ah que isso, podemos conversar Rey.

Os dois discutiam e esse fato se repetia com bastante frequência nas últimas semanas. O casal brigava em seu quarto, mas a “conversa” poderia ser ouvida do corredor do quarto dos dois. Muitos funcionários pararam de fazer suas tarefas para poderem escutar atentamente a briga. Matteo era um deles – ele estava desocupado já que o turno naquela manhã era de Simón.

– Não aguento mais, você não é uma mãe, é uma psicopata.

– Pare de ser criança. – disse ela. – Eu não sou psicopata, sou realista.

– Assina essa porcaria e acaba com esse inferno, pelo amor de Deus Sharon.

– Então é isso, vamos mesmo nos divorciar? – cruzou os braços o encarando.

– Está mais do que na hora, não acha.

– Não vou voltar atrás depois, hein. – avisou.

– Não me importo, será até bom que vá.

– Seu animal, tomara que apodreça no inferno. – e saiu do quarto batendo a porta com força.

– Igualmente. – retruca alto. Assim que a mulher saiu do cômodo, os funcionários se espalham rapidamente.

– Seus ratos de esgoto, ouvindo a conversa dos outros, não é. – ela estava nervosa e caminhava com pressa.

[...]

Enquanto isso Luna estava em um parque pouco movimentado na companhia de Nina, as duas eram observadas por Simón.

– E como anda a sua convivência com a Ámbar? – a mais velha pergunta. – Andei notando que vocês estão se dando bem, não é?

– Pois é, ela é uma ótima irmã quando quer. – responde. – Ela não aprova mais a maneira que a nossa mãe age.

– Que bom. – a garota sorriu.

– Depois que ela e eu discutimos um dia, acabamos por perceber que estávamos sendo imaturas. Ela era a orgulhosa e eu a rancorosa. – explicou. – Mas mudando de assunto, descobriu quem é a menina que o Pedro engravidou?

– E não, as fofocas correm rápido, menina. – falou. – É uma tal de Ada, mostraram-me uma foto dela. Ela é bonita, mas tem cara de ser bem mesquinha. Parece que a criança é uma menininha e tem acho que uns quatro ou cinco anos. – as duas conversaram mais alguns minutos.

[...]

Na hora do almoço, Luna sentou-se a mesa acompanhada do pai e da meia irmã.

– Cadê a mamãe? – Ámbar quebra o silêncio.

– Ela não está aqui? – perguntou Luna.

– Não, e também não sei onde ela está. Nós dois brigamos e... – respondeu Rey em seguida fez uma pausa. – E acabamos divorciando. – ele entregou o jogo. – Não sei se você vai me entender minha filha, mas... – ele dirigiu a palavra para Luna, porém fora interrompido.

– É claro que ela vai te entender Rey. – falou Sharon. – Ela é contra mim desde que nasceu. – completa adentrando o salão onde os três almoçavam.

– Vai mesmo divorciar-se? Onde vai morar? – a filha mais velha questiona.

– Vou embora para Chicago. – ela se aproximou. – Decida onde vai querer ficar Ámbar, aqui ou vai comigo, entretanto se ficar não me peça para ir a Chicago, e se vir comigo, não vai voltar para cá.

Ámbar estava pressa em um paradoxo: Ela amava a irmã, não queria abandoná-la, mas mesmo a mãe agindo daquelas formas inaceitáveis, ela ainda a amava.

– Não posso pensar com calma? – a garota já tinha perdido totalmente o apetite.

– Tem até às três da tarde para me responder.

– Acho bom que vá embora mesmo. – pronunciou-se Luna chamando a atenção de todos. – E não me refiro a Ámbar, refiro-me a você Sharon.

– Luna que isso. – censurou o pai.

– Estou apenas sendo sincera. – disse em defesa.

– Por que não sai daqui, sua presença me incomoda. – disse Sharon.

– Não seja por isso. – a morena se levantou e chamou pelo segurança. – Simón, me leve para meu quarto, por favor.

– Como quiser. – os dois entrelaçaram os braços.

– Espere! – chamou Sharon, fazendo os dois pararem de caminhar. – Já que sua guarda não me pertence mais, não sou mais nada sua. – a mulher ficou frente a frente com Luna. – Então isso me dá o direito de fazer uma coisinha.

– Que coisi... – Luna não terminou a frase, pois sentira o rosto ser atingido por um tapa, desferido por Sharon. – Sua louca! – levou uma das mãos a face, o mesmo ardia.

– Isso é o que você merece por me tratar todos esses anos como uma colega e não como uma mãe. – retrucou a loira exaltada.

– Faria mais sentido eu lhe bater. Afinal, é a senhora que vem pecando comigo.

– Ai que dramática. – ironizou. Sharon saiu da sala e todos ficaram inertes, ainda não acreditavam no que tinham acabado de presenciar.

– Me leve para meu quarto, Simón. – ela pede novamente, sua voz estava chorosa.

– Sim, senhorita. – respondeu o rapaz. – Fico triste por você e... – dizia durante o percurso. – Perdão por não evitar o tapa que sua mãe te deu, ela foi bem mais rápida do que eu.

– Fique quieto, por favor, minha cabeça está doendo.

Ele calou-se e a levou para o quarto. Simón ainda gostava de Luna e cada dia que se passava, seu amor pela garota só aumentava. Ele a deixou no seu quarto e a avisou da troca de turnos. Luna decidiu deitar-se um pouco enquanto esperava a vinda do outro segurança. Em sua mente ficava o acontecido de minutos atrás e isso fez que ela não controlasse as lágrimas.

[...]

Enquanto uma garota chorava, um rapaz sofria por amor não correspondido e outro rapaz sentia uma dor fortíssima no peito. Novamente, Matteo sentia aquelas sensações ruins, as quais vieram mais forte do que nunca. Milhares de coisas passavam por sua cabeça, mas nenhuma delas era o que ele realmente iria descobrir. Matteo caminhava pelos corredores, estava a caminho do quarto da filha do presidente, era raro ele fazer os turnos da tarde. Seus pensamentos focavam-se na mãe e na irmã, sua distração fizera que trombasse com o colega de trabalho.

– Onde ela está? – perguntou Matteo a Simón, referindo-se a Luna.

– No quarto dela. – limitou-se a responder.

– Por que essa cara?

– Só tenho essa. – retrucou grosseiramente.

– Precisa falar assim? Mal educado. – se afastou, porém Simón o parou.

– Por que age assim? Sabe que gosto dela e ao invés de me ajudar, você só piora tudo.

– Não fiz nada, Simón. – Matteo deu de ombros. – Como posso piorar algo sem dizer ou fazer nada?

– Vejo nos olhos dela a preferência de ficar com você do que comigo.

– Não tenho culpa se não sou intrometido como você em relação à vida dela. – cruzou os braços.

– Cala a sua boca, você não sabe os verdadeiros motivos para eu ser assim. – estava irritado.

– Sei sim, é por pura burrice. Já lhe falei milhares de vezes para você esquecê-la, e você sempre faz o contrário. O azar é seu, estou sendo seu amigo e te avisando que se continuar agindo desse modo abusivo ou alimentando esse sentimento, você vai sair perdendo. – declarou Matteo, Simón apenas abaixou a cabeça. – Bom descanso para você. – bateu de leve no ombro do moreno e se afastou.

[...]

Em poucos minutos ele estava ao lado da porta do quarto de Luna, não demorou mais do que dez minutos e a empregada saiu do cômodo.

– Sugiro que cuide melhor dela, os cortes no pulso andam cada dia piores. – recomendou. – E vê se consegue descobrir o porquê dela fazer isso. Estou preocupada e ela não quer me contar nada sobre este assunto. – ele concordou com a cabeça e ela se afastou.

[...]

– Matteo, é você? – perguntou Luna ao ouvir o barulho da porta, assim que o moreno entrou.

– Deveria parar de perguntar sempre se sou eu quem está entrando ou algo do tipo. Soa estranho, não acha? – comentou em resposta.

– Não, você trabalha para mim. – responde. – Qual o problema?

– Nenhum. – ele percebeu o vermelho dos olhos e rosto da garota. – O que aconteceu com a senhorita? – questionou sentando-se ao lado da moça na cama.

– Discuti novamente com minha mãe. – disse cabisbaixa.

– Não parece ter sido só isso. – ergueu delicadamente o rosto de Luna.

– Está invadindo a minha intimidade, lembra-se?

– Não estou me importando. – pegou a mão dela. – Vou dizer algo que quero que guarde em sua memória.

– Pode dizer.

– Minha mãe sempre dizia que pensamentos ruins, atraem coisas ruins. Pensamentos positivos atraem coisas boas, então, seja lá o que esteja acontecendo com você, ignore isso ou peça ajuda e verá que é bem melhor sorrir do que chorar. Uma garota como você não merece passar por essas coisas.

– Obrigada. – diz ao sorrir. A garota sentiu um arrepio ao apreciar ele acariciando sua mão com o polegar. Porém, o momento que estava sendo tranquilo se transformaria em algo não tão bom. Uma batida na porta fez com que Matteo se afastasse de Luna. O moreno ficou de pé próximo à garota como se nada tivesse acontecido. A porta se abriu lentamente, era Ámbar quem estava ali.

– Matteo, o Rey está te chamando no escritório dele, é importante. – falou. – Pode ir tranquilo, eu fico com a Lu até você voltar. – ele assentiu e deixou as duas a sós. Ámbar se sentou ao lado da meia irmã, suas feições não eram uma das melhores.

– Pensou na proposta da Sharon? – começou Luna.

– Pensei, e decidi que vou com ela. – disse de uma vez. – Vou porque querendo ou não, ela ainda é minha mãe e eu a amo.

– Te entendo. – Luna secou algumas lágrimas que temiam cair de seus olhos. – Sentirei muito a sua falta. – as duas se abraçaram forte como se aquela fosse à última vez que se veriam.

[...]

Matteo estava na sala do presidente.

– Sente-se aí rapaz, a nossa conversa é breve, mas recomendo que se sente. – apontou Rey, o moreno o obedeceu sentando-se a sua frente. – Bom, antes de qualquer coisa, quero dizer que o acho um ótimo profissional. – Matteo assentiu calado. – Mas é que para início de conversa, descobrimos que se envolveu com uma moça e a mesma tem um filho que ela diz ser seu. Ela vem insistindo há alguns anos para poder ter a autorização de registrar a criança em seu nome.

– Primeiramente, eu gostaria de um teste de DNA para saber se realmente essa criança é... – o presidente o interrompeu.

– Certo, entendo, providenciaremos. E esse é o menor de seus problemas, meu jovem.

– Diga logo, por favor. – pediu, estava estranhando o rumo da conversa.

– Infelizmente, tenha meus pêsames, mas sua mãe faleceu.

– Ela o que? – estava estupefato com a notícia.

– Parece que ela esteve internada por uns sete ou oito meses. Durante esse tempo, sua irmã esteve sendo cuidada por algumas empregadas daqui.

– Por que não disseram antes? – não estava compreendendo muito.

– Não podíamos, e tenho outra coisa para dizer.

– Ai meu Deus, mais uma coisa. – sussurrou para si mesmo.

– Está demitido. – informou o homem.

– O que? Por quê? – indaga arregalando os olhos.

– Você vai ter que resolver esses assuntos e não posso liberá-lo ou dar-lhe férias. Por isso está sendo demitido, Sr. Balsano.


Notas Finais


Link da fic original: https://fanfiction.com.br/historia/602723/A_Filha_do_Presidente

Link do perfil da autora no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/543490/

Link do perfil da autora no Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/nicolly_coletta

Obrigada a quem leu, comentou, favoritou... Fantasminhas apareçam <3


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