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História A Filha do Presidente - Capítulo 15


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva da Monick <3

Recadinho da ~Fanfics_Monick

É uma grande felicidade saber que "A Filha do Presidente" está sendo tão amanda <3 É uma honra saber que tenho um fundindo de colaboração nisso tudo, rsrsr ~gente ela está sendo modesta ;)~

(Ps: Mesmo sabendo de tudo que vai rolar na história, estou relendo pra matar saudades hahaha)

Agradecimentos a: ~CristynneSLG, ~Anna_Lutteo, ~Soltteo, ~liviaiung, ~Epic_Love, ~Cris_Silva, ~kah_Izzy, ~raura_forever29, ~SimbarIsLife, ~LutteoEver, ~Sophiavalente, ~LutteoIsLife, ~DnLima, ~Lunatica4ever, ~Ali_McGarden. Amei, adorei cada comentário <3

Capítulo 15 - Capítulo 15


– É o seguinte Sr. Balsano. – falou o gerente do banco. Os dois conversavam de frente um para o outro. – Com o falecimento da sua mãe, a conta pode ser trancada ou ser administrada por outra pessoa. – informou.

– Prefiro trancá-la.

– Certo, porém terá muito trâmites para isso. Teremos que informar a senhorita Argento de que...

– Epa, o que a Ada se interfere nisso? – perguntou Matteo.

– Ora, enquanto sua mãe esteve internada, esteve havendo a retirada do dinheiro depositado. Isto estava sendo feito pela senhorita Argento a mando da sua mãe. – explicou o homem. – A partir de agora, o senhor que sabe.

– Ainda prefiro que tranque a conta.

– Mas...

– Tranca essa porcaria, ela está se aproveitando. – diz em tom alto.

– Ela está com a guarda da sua irmã, precisa de uma renda para bancar as despesas da garota.

– Eu quero a guarda.

– O seu trabalho não permite isso, senhor Balsano.

– Está bem, mas posso ao menos fazer a retirada dos depósitos, não?

– Pode sim, mas não há depósito algum. O senhor está no vermelho. – o gerente avisou.

– Ela tirou tudo?

– Sim, todo mês ela retirava a quantia total. Juliana sempre retirava parcialmente, porém ela retirou tudo. Deixava a conta vazia todo mês.

– Eu vou te matar, sua ruiva desgraçada. – sussurrou para si mesmo, enquanto fechava as mãos em punhos.

– Disse alguma coisa?

– Não, não disse nada. – o homem assentiu então voltaram a conversar sobre a atual situação financeira do moreno.

[...]

Depois do almoço, por volta da uma e meia da tarde, Ada arrumava a antiga casa que era de Matteo. A moça considerava como sendo sua.

– Não acredito que você fez isso. – disse Matteo em tom forte, ao adentrar a casa, o mesmo bateu com força a porta.

– Fiz o que? – ela parou de organizar a sala e o olhou.

– Ainda dá uma de tonta? Sua... – se controlou ao ver que a irmã estava ali e a filha de Ada também. – Flor vai para seu quarto e leve a Cecília junto, por favor. – pediu tentando transmitir calma, mas não conseguia.

– O que vai fazer? – pergunta Ada levemente assustada.

– Subam. – ordenou para a irmã.

– Vem Lia. – chamou Flor saindo da sala junto da menininha, a qual olhou assustada para Matteo.

– Onde você anda gastando meu dinheiro? – a encarou assim que as garotas se retiraram.

– Seu nada, é meu também. Sua mãe me destinava muito pouco – retruca cínica.

– E você foi lá e pegou tudo sua vagabunda. – estava irritado. – Você vai devolver centavo por centavo, ouviu bem? – apontou com o dedo indicador para a ruiva.

– Como irei fazer isso? Não posso...

– Isso eu não sei, mas eu quero. E só para constar fui demitido, ou seja, não terá mais quatro mil reais para você torrar no mês que vem.

– Não diga isso Matteo. Eu apenas acertei minhas contas referentes à Cecília. – cruzou os braços. – Me desculpa por gastá-lo, não fiz por mal.

– Suas desculpas não ajudarão em nada. E com certeza vai sobrar para mim. – ele suspirou.

– Pode pedir ajuda ao seu primo, o que acha? – sugeriu.

– O que eu acho? O que eu acho! – explodiu grosso. – Eu acho que você e ele deveriam se ferrar, estão fazendo da minha vida um inferno. Não basta a responsabilidade que tenho diariamente e você só traz mais problemas.

– Não tive a intenção, perdão.

– Sai daqui antes que eu te mate Ada.

– Mas...

– Vá fazer algo de útil, mas não encha minha paciência.

– E Cecília? – perguntou com uma voz fraca.

– A deixe aí, a coitadinha não tem culpa de ter uma mãe desvirtuada como você. – deu de ombros.

– Não me ofenda.

– E não me infernize. – rebateu saindo da sala. Passou pelo corredor e quase trombou na irmã, a menina se encolheu assustada ao ver o irmão assim.

[...]

Enquanto havia nervosismo na casa de Matteo, na do presidente não era diferente. Luna não tinha ânimo para nada e até mesmo seu progresso na visão não a animava. Yam estava dando uma organizada nas coisas da garota, enquanto a mesma estava sentada na cama encarando o nada.

– O que foi? Está tão tristinha. – comenta a loira quebrando o silêncio.

– Não é nada.

– É a ida da Ámbar, não é?

– Sim. – na verdade, Luna queria dizer “também”, afinal a ida de Matteo também a machucava.

– Quer dar uma volta para espairecer?

– Acho que sim, mas... – fez uma pausa.

– Mas?

– O turno é de quem?

– Do Nico, antigo segurança da Ámbar. – responde Yam.

– Hum, então tudo bem. – fala Luna, a outra não diz nada, embora estranhasse as atitudes da garota.

[...]

Minutos depois, a morena caminhava pelos corredores na companhia de Nico, ambos estavam em silêncio.

– Aonde quer ir senhorita?

– A qualquer lugar que não me faça lembrar de certas coisas. – usou um tom baixo.

– Perdão, não ouvi.

– A qualquer lugar. – ele concordou e a levou ao jardim. Lá ela se sentou em um dos bancos de madeira na tentativa falha de esquecer o que a atormentava. Respirava fundo, para melhorar os ânimos e devagar ia conseguindo. Luna via somente a claridade do ambiente e sentia que estava movimentado. – O que está acontecendo aqui? – perguntou.

– Ah não a avisaram. – a morena nega com a cabeça. – Bem, um amigo do seu pai, o senhor Bernie Benson virá jantar, junto da esposa e do filho. Desculpa a pergunta, mas como sabe que está movimentado aqui?

– Estou ouvindo um “zum zum” daqui e também vejo uns vultos escuros. – sorri de leve.

– Está melhorando, que bom. – comenta o segurança, calando-se em seguida.

Luna se lembrou de que Simón sempre fazia perguntas e ela se incomodava com este ato. Mas com Nico ou com Matteo, não se importava “O problema é o Simón, só pode, mas por quê?”

– Filha que bom que está aqui. Venha, quero que conheça uma pessoa. – disse o presidente aproximando-se da filha e a pegando pelo braço com pressa. Ela entrelaçou o seu braço com o do pai. – Acho que irá gostar, pelo menos terá com quem conversar além da Nina ou da Yamila.

Depois de caminhar mais ou menos cinco minutos, eles entraram na sala de visitas e logo Luna ouviu alguém dizer seu nome:

– Nossa como você mudou, lembra-se de mim? – a mulher perguntou.

– Não posso vê-la. – responde a acastanhada sorrindo.

– Ah é mesmo, perdão tinha me esquecido. – riu. – Não reconhece nem mesmo minha voz Luna?

– Não.

– Sou eu, Lili.

– Ah sim, tia Lili. Como vai? – se abraçaram.

– Vou bem, obrigada.

– Pois é, mas quem eu queria que conhecesse, não era ela. Essa você já conhece filha. – comenta Rey. – Quero que conheça o Xabi, filho adotivo da Lili.

– Adotivo. – repetiu, já estava associando tudo. “Ai pai, só você mesmo, cada ideia” pensou.

– Tudo bem Luna? Prazer, Xabi. – disse o rapaz se aproximando. – Falaram muito de você.

– Prazer é meu. – sorriu. – Espero que tenham dito coisas boas.

– O seu bom humor foi citado. – brincou. – O que acha de darmos uma volta? – sugere.

– Acho que...

– O que tem a perder minha filha. – Rey colocou a mão da filha nos braços de Xabi, a mesma corou com isso. Eles caminharam devagar até a saída. – Hey rapaz? – chamou o presidente os fazendo parar. – Cuide da minha filha, hein?

– Pode deixar seu Reinaldo. – sorriu e os dois saíram. Eles caminharam em silêncio pelo corredor. – Onde gosta de ir?

– No jardim, fica no meu...

– Digo fora daqui.

– Sou dependente dos seguranças, então quase não saio. Não sei se reparou, mas sou cega.

– Achei que mesmo cega saísse, mas talvez esteja na hora, não acha? – pergunta a olhando.

– Está pensando em que?

– Topa dar uma volta comigo, senhorita? – disse Xabi. – Sem guardas, sem muletas, só você e... Nós.

– Hum, não sei.

– Ah vai, que mal tem?

– E por que deveria aceitar? – sorriu brincalhona.

– Você parece ser tão legal e... – ele interrompeu a própria fala.

– O que foi?

– Nada, nada. Um dos seus seguranças está me encarando, nada de mais. – responde. – E então, qual sua resposta?

– Que guarda? – indaga curiosa.

– Não sei, não dá pra ler o crachá. Acho que é Álvarez ou algo assim.

– Simón. – murmura enquanto revira os olhos. – Enfim, eu aceito seu convite.

Ela somente aceitou, pois pensava que seria mais divertido se distrair do que ficar remoendo a partida de pessoas que gostava. Contudo ela não podia deixar de assumir a si mesma que as atitudes de Simón andavam a incomodando.

– Que bom. Vamos no meu carro mesmo. – falou o rapaz. Ela se sentiu um pouco insegura, embora no fim tenha cedido, decidindo embarcar em tal aventura.

[...]

As coisas na casa de Matteo estavam um pouco mais tranquilas. Ada havia saído após a discussão e ainda não tinha retornado. O moreno estava no quarto vendo o laudo da morte da mãe, até que desviou o olhar para porta e viu a irmã de pé o olhando.

– O que foi pequena?

– Não sou pequena, já sou grande. – o corrigiu. – O que está fazendo? – entrou no cômodo e sentou-se ao seu lado na cama.

– Nada. – não tirou os olhos do papel.

– Matt. – o chamou e ele resmungou um “hum” sem olhá-la. – Promete que não vai mais embora? – a garota estava séria.

– Olha Flor, vou ser bem sincero com você. – largou o que estava fazendo e a olhou, a mesma o encarava. – Eu não tenho a mínima ideia do que fazer conosco, estamos sem dinheiro, bem... – suspirou e sorriu forçado. – Não se preocupe, vamos dar um jeito.

– Acredito em você. Tenho certeza que vai e que não irá mais me deixar com a Ada, não é? – pergunta com um brilho no olhar.

– Em relação à Ada, ela é o menor dos problemas, mas a gente se acostume com a presença dela. – a puxou para perto e beijou a testa da garota que sorria.

[...]

Enquanto isso Luna vivia sua aventura. Jamais saiu de casa sem a presença de um segurança, sentia-se livre. Porém ainda sentia falta da meia irmã e de Matteo. Xabi e ela caminhavam sem pressa, ao mesmo tempo em que conversavam sobre assuntos diversos. A castanha divertia-se, embora no fundo não estivesse totalmente animada.

– O que gosta de ouvir geralmente? – questiona o mais velho.

– Isso varia com meu humor, mas geralmente estou ouvindo mais os clássicos. Digamos que ando ouvindo as músicas do meu pai.

Luna conversava com Xabi como se conversasse com um amigo, com um colega, e não tinha um nível de interesse no diálogo compartilhado por eles. Ela sabia que ele queria algo mais do que amizade, podia sentir na voz e nas pequenas atitudes, mas tentava se passar por desentendida. Os dois se sentaram em um dos vários bancos da praça central da cidade, continuaram conversando e comendo soverte. Tudo ia bem, até que Xabi decidiu investir na morena que estava sentada ao seu lado.

– Não é por nada, mas não me surpreenderia se me dissesse que tem um namorado. – ele disse. – Uma moça tão bonita não tem como não receber cantadas, não é?

– Não tenho, nem amigos possuo, quem dirá namorado.

– Hum então nada me impede. – sussurrou.

O rapaz se aproximou lentamente de Luna, passou os dedos entre os cabelos castanhos e macios da moça que estava sem reação. Aproximava-se cada vez mais e isso causava desconforto na jovem.

– Acho que... – ele a silencia colocando o dedo indicador nos lábios dela.

– Shiu. – fala baixinho no ouvido da garota. – Não vou te forçar a nada, apenas quero que saiba que te compreendo e não será por você ser cega que vou ignorar sua beleza.

– Espera. – se afastou sem se importar com seus movimentos bruscos. – Está mais interessado em minhas feições do que no meu jeito de ser? Que fútil. – concluiu.

– Realista minha querida. É uma lei, todos são assim. – responde naturalmente, dando de ombros. Xabi se afastou da moça e desviou o olhar, nisso notou a presença de um rapaz que já tinha visto minutos antes. – Pediu pro seu guardinha vir junto, é?

– Do que está falando?

– O tal Álvarez está aqui. E está vindo para nossa direção.

“Ah não, só comigo mesmo” disse para si mesma. Xabi sorriu de lado, sabia que seria divertido o que viria a acontecer, embora Luna não pensasse assim.

– Por que veio? – começa ela, já supondo ser Simón.

– Como sabe que estou aqui senhorita? – o segurança estava surpreso.

– Sou cega e não burra Simón. – falou sem se mover, seu foco ainda era o “nada” como sempre.


Notas Finais


Link da fic original: https://fanfiction.com.br/historia/602723/A_Filha_do_Presidente

Link do perfil da autora no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/543490/

Link do perfil da autora no Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/nicolly_coletta

Obrigada a quem leu, comentou, favoritou... E Feliz Natal atrasado amores <3


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