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História A Filha do Presidente - Capítulo 17


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva da Monick <3

Agradecimentos a: ~Epic_Love, ~CristynneSLG, ~Cris_Silva, ~nickbenson, ~Soltteo, ~Mayah_Balsano, ~Anna_Lutteo, ~MagicTurtle13, ~Sabrinators, ~Miin_CryBaby, ~deboraasousa, ~Sophiavalente, ~raura_forever29, ~CoalinhaGamer, ~Maryklara1, ~Ali_McGarden, ~LutteoEver, ~Mar_Uzumaki, ~LutteoIsLife, ~CamilaLuiz, ~Ju_Pasquarelli, ~Lunatica4ever, ~Simbar_Lutteo, ~Dudinha_Scott, ~SimbarIsLife. Muitíssimo obrigada, amei cada comentário <3

Capítulo 17 - Capítulo 17


– Então, aceita ou não rapaz? – pergunta Miguel.

– Eu bom, teria que pensar e...

– Pelo amor de Deus, diga que sim. – Flor interrompe o irmão toda animada.

– Florencia. – Matteo repreendeu a irmã e a olhou de um jeito que fez a menina se calar.

– Vamos Matteo, é agora ou nunca. Vai voltar ou não? – Miguel ofereceu a última oportunidade.

– Pensando bem, eu acho que...

– Então aceita um café ou um chá, senhor Miguel? – pergunta Ada, cortando o rapaz propositalmente.

– Não quero nada, muito obrigado. – responde o homem. – Preciso de uma resposta Matteo.

– Acho que não deveria ir. – se manifestou a mulher outra vez. – Mas se você fosse, deveria deixar a Flor comigo. Afinal, eu e ela.

– Com você não fico mais nenhum segundo, jamais. Você é irritante e sempre ignorante com os outros. – pronunciou-se a mais nova cruzando os braços. – Fico até sozinha, mas não com ela. – terminou com uma cara nada amigável.

– Chega as duas. – falou Matteo após um breve suspiro. – Tem certeza que isso pode acontecer? Digo, o presidente aceita a ida da Flor?

– Se isso for fazer você voltar. – confirmou.

– Tenho minhas dúvidas. Serei bem sincero, não confio muito nele.

– Por quê?

– Primeiro, nem sequer me informaram sobre o estado de saúde de minha mãe. Segundo, disseram que havia pessoas responsáveis pela Flor aqui, e desculpe-me, mas não acho que essa senhorita aqui, seja lá muito responsável. – disse o moreno, fazendo um maneio com a cabeça em direção a Ada. A ruiva somente arregalou os olhos incrédula, depois de ouvir o comentário do rapaz.

– Está me chamando de irresponsável? – solta brava. – Seu mal agradecido!

– Por favor, não discutam. – se interpôs Miguel. – Olha Matteo, não informamos antes, pois só agora ficamos sabendo. E bem, o presidente deve ter se confundido, porque sua irmã estava tendo cuidados da senhorita aqui, não precisava de auxilio em nada. – explicou.

– Tudo bem, tudo bem. Mas, só irei se me garantir a aprovação do presidente.

– Fique tranquilo, esta semana mesmo você já vai estar lá de volta ao seu cargo. Os homens apertaram as mãos em forma de despedida.

[...]

– Ai, não consigo acreditar! – brandiu a garota de cabelos negros. – Não acredito que voou morar na casa do presidente. – sorria boba.

– Menos Flor, não é certeza. – advertiu Matteo vendo a empolgação da irmã.

– Sabe que é um erro isso, não sabe? – falou Ada. Tanto Flor como Matteo e Cecília, que por sinal não entendia uma palavra, olharam para a ruiva.

– Sei que vai ser péssimo para você não poder receber mais nada por não ter mais a guarda da Flor, meus pêsames. – sorriu o rapaz justamente para provocá-la.

– Não penso no dinheiro, Matteo. Penso que ela irá deixar os amigos, a escola, tudo. – despeja tentando manter a pose de boa moça.

– Desde quando se importa com ela? Diga-me, quando aconteceu esse milagre, esse acontecimento divino? – ironizou. – Vá se danar Ada. – cuspiu, começando a caminhar em direção as escadas.

– Depois eu sou a estúpida. – resmungou, olhando para o lado oposto dele.

– É sim, sempre será. – disse firme a encarando. – Se acaso não notou, você depende de mim agora. E infelizmente, estou tendo que arcar com as consequências das suas burradas.

– Você realmente não perde a oportunidade de me humilhar, não é? – acusou.

– Você sempre me dá motivos. Um deles é aquela menina bem ali. – apontou para a garotinha que não dizia nada. – E aí, já arrumou trabalho? Algum lugar para ficar? – pausou, esperando por uma resposta que nunca receberia. – Mas claro que não. – a olhou com desprezo explícito. – Sinceramente, não sei onde estive com a cabeça quando eu te pedi em namoro, porque mais parece que assinei minha sentença de morte.

– Pare, pare com isso. – gritou, a mesma batia com o pé no chão, parecia uma criança quando faz birra. – Você nunca pensa em mim. – lágrimas escorriam de seus olhos. – E a Cecília, como ela fica em meio a isso tudo? Serei...

– Depois conversamos sobre isso. – interrompeu, olhou para ruiva, depois para as duas meninas que presenciavam a discussão, a mais nova o olhava assustada. – Agora não é o momento. – e finalmente subiu as escadas.

Ada suspirou e decidiu terminar seus afazeres em silêncio, sabia que não estava na vantagem. “A cada dia que passa, cada segundo que continuo com isso, só piora tudo. Não sei onde estive com a cabeça no momento em que decidi trocar um cara tão responsável por um vagabundo” pensou a ruiva, esfregou o rosto como se aquilo aliviasse a situação “Ai Ada, você estará morta se Matteo não for bonzinho e aceitar a Cecília”. Pelo resto do dia, nenhuma palavra mais fora trocada pelos dois. E ambos esperavam as coisas se acalmarem para tomarem as devidas escolhas.

[...]

Eram quase oito da manhã e Yam acordou Luna como sempre, mas não era uma quarta-feira qualquer. Era a quarta-feira que poderia mudar a vida de Luna por completo.

– Calma Yam. – falou a morena. – Por que está tão apresada? Não me lembro de nenhum compromisso.

– Mas eu sim me lembro. Não lembra que vai novamente à clínica? – a empregada a ajudou a se levantar.

– Ah, isso pra mim virou rotina. – ela riu e começou a se arrumar.

[...]

Algumas horas depois, Luna já estava na clínica, desta vez acompanhada por Nico.

– Onde quer que eu a espere, senhorita?

– Pode ser aqui fora mesmo. – o responde e entra no consultório com a ajuda da bengala.

[...]

– Que bom que está se tornando independente. – comenta o médico ao ver a paciente entrar na sala. Ela com pouca dificuldade sentou-se na cadeira defronte ao homem. – Notou melhora?

– Estou como na última vez que vim. – dobra a bengala.

– Hum, tenho uma coisinha para te dizer, mas não sei se vai se agradar. – começa, se ajeitando na cadeira que estava sentado.

– Diga, por favor.

– O que acha de arriscarmos mais uma cirurgia?

– Que dia? – uma chama de esperança a consumiu.

– Amanhã, preciso arrumar tudo certinho. Nada pode dar errado.

– É muito arriscado, doutor?

– É uma mudança na córnea. É um pouco complicada, mas não é nada que não possa ser superado ou enfrentado. – disse ele. – Se tivermos sucesso, no mínimo, você sem ajuda de nenhum óculos ou coisa do tipo. Terá de cinquenta a sessenta por cento da sua visão recuperada.

– Para quem nunca se viu no espelho, essa é uma proposta muito tentadora.

– Então, qual sua resposta?

– O que tenho a perder? Aceito sim. – responde convicta.

– Perfeito. Amanhã, nove da manhã quero você aqui, certo?

– Sim. – sorriu confiante.

[...]

Enquanto isso Matteo arrumava suas coisas, pois decidiu que realmente iria voltar a trabalhar. Como era de manhã, Flor estava na escola e Cecília via desenhos infantis na simples televisão da sala. Ada mais do que nunca, queria consertar seus erros cometidos a Matteo.

– Podemos conversar agora? – a ruiva perguntou na porta do quarto do rapaz. Ela o observava arrumar o pouco das coisas que o pertenciam.

– Não vai parar de encher minha paciência, não é? – disse. Ada não o respondeu e continuou a observá-lo. – O que quer tanto dizer?

– É sobre a Cecília. Vou mesmo ter que ser mãe solteira? Ter que viver sozinha? – estava com o olhar triste.

– Peça ajuda ao animal com quem me traiu. Não foi fácil me trair? Aposto que será também muito fácil ele te ajudar. – responde com frieza.

– Já falei que não gosto que me trate assim. Eu não o trai. – murmurou as últimas palavras.

– Olha... – respirou fundo para se controlar. – Estou sendo legal com você, ao ponto de deixar ficar aqui.

– Quer dizer que me vai por na rua, é isso? – ainda estava escorada na porta.

– Não te coloco, porque a Cecília não merece viver assim, mas se fosse só você, não estava aqui a muito tempo.

– Grosso. Mas então, o que faço? – se aproximou dele. Matteo não a olhava.

– E eu irei saber? Ada faça algo que colabore com a situação e não o contrário.

– Nem vem, Matteo. – bufou. – Cuidei de sua irmã enquanto você não esteve aqui, enquanto sua mãe esteve internada.

– Não interessa, isso não passava do seu dever. – retrucou. – Eu vou pensar muito no seu caso, não sei nem se merece ajuda.

– Pelo amor de Deus para com isso. Ajude-me, eu só tenho você. – ela se aproximou mais dele e tocou levemente no ombro do moreno. Ele a olhou de lado. – Por favor, me ajuda. – pediu em tom de voz baixo.

– Quer o que? A casa? Dinheiro? Quer que...

– Queria que me desse uma chance. – falou de presa o interrompendo. – Uma oportunidade de te mostrar que estou muito arrependida por tudo. Eu ontem pensei no quanto fui hipócrita, egocêntrica e outras milhares de coisas.

– Chance? Oportunidade? Para que? – riu com deboche. Parou o que estava fazendo, ficando de frente a ela e dedicou-se mais a conversa.

– Deixe-me consertar meus erros. – segurou no rosto do moreno com as duas mãos, demonstrando carinho. – Eu fui muito tola de desperdiçar um homem como você, para ficar com um moleque.

– Deveria pensar nisso antes. – tirou as mãos dela de seu rosto e a olhou nos olhos. – Agradeça por eu entender que sua situação não é fácil.

– Mais sincera do que eu estou sendo impossível, Matteo. Só quero o apoio de quem ainda não me pôs na rua. – tentou controlar as lágrimas. – Eu não estou mais pedindo, estou implorando, implorando Matteo. – gritou.

– Se controle Ada. Seus gritos e choro não vão ajudar em nada. – disse firme. – Estou cansado de você se fazer de inocente e vítima.

– O que vou ter que fazer para você notar que estou arrependida. – gritou novamente com seu tom de voz histérico.

– Quer que eu assuma a Cecília? Está bem, assumirei. – fala a olhando de cima a baixo.

– Irá mesmo? – os olhos da moça brilharam ao ouvirem tais palavras.

[...]

Luna estava em casa e na companhia de Xabi.

– E então, como foi lá? – pergunta ele, referindo-se a consulta em que a morena havia ido.

– Foi normal, tirando o fato que amanhã vou novamente para o bisturi. – responde. Estavam sentados no jardim dos fundos.

– Faz parte, mas verá que vai valer à pena. – pegou na mão da garota, dando leves batidinhas na mesma. – Tem meu apoio, certo.

– Obrigada. – sorriu. – Mas seja sincero, meu pai queria mesmo que você e eu tivéssemos um relacionamento.

– Mais ou menos. Homem nenhum quer perder a filha para outro cara, isso é fato. Mas como ele conhece meu pai, eu tinha meio caminho andado.

– Ah sim, mas não fique bravo por eu ter...

– Fica tranquila, Lu. Entendo, me aproveitei totalmente da situação e não pensei no seu lado. E só para deixar claro, a tenho como uma irmã, então se alguns desses caras por aí quiser se aproximar de você, terá de passar por mim primeiro. – Luna riu.

– E me fala, como é ser filho adotivo?

– Não é ruim, quando seus novos pais são boas pessoas. Enquanto eu fiquei no orfanato, vi milhares de casos em que as crianças decidiam voltar para lá do que se mudarem.

– Nossa. E não tem vontade de encontrar seus pais biológicos?

– Sinceramente não, estou bem assim.

– Mas por que não? – indaga curiosa.

– Pelo simples fato, de me terem dito que me encontraram em uma rua com um bêbado. Parece que ele era separado, tinha largado a mulher e saiu de casa comigo junto.

– Será que você tem irmãos? Nossa, como eu sou intrometida. – comentou ao notar como estava se envolvendo na conversa.

– Pode perguntar, sem problema. É bom de vez quando relembrar de algumas coisas, mas te respondendo, eu não sei. – respirou fundo. – Disseram para mim que ele foi me procurar, mas não deixaram que nos reencontrássemos, porque ele estava bêbado e eu ainda era pequeno. Mas pelo que parece, não tenho irmãos.

– Ah sim, desculpe se te incomodei com isso. É que eu fiquei curiosa.

– Tem nada não, já falei Luluzita. – ele riu de como a chamara.

– Ai, não começa com isso. – brincou fingindo estar brava. Os dois continuaram conversando por um bom tempo, Xabi iria almoçar junto da morena naquele dia.

[...]

Ada ainda insistia na conversa com o ex-namorado.

– Vai mesmo assumir a Lia, Matt? – o olhou fixamente. – Faria dela sua...

– Acha que sou trouxa, garota? – disse retoricamente. – Pelo amor de Deus, é lógico que não assumirei nada.

– Vai me abandonar, então? Terminará comigo?

– Achava que estávamos juntos? – questionou e ela assentiu com lágrimas nos olhos. – Ah, mas é só que me faltava. Acha que eu continuaria com isso sabendo o que você fez? – riu irônico. – Só por Deus.

– Mas Matt, eu te amo. – atirou-se nos braços do moreno. Matteo a segurou pela cintura, devido a atitude repentina da jovem.

– Me solte, acho que já deu de seus showzinhos, não acha?

– Não. – gritou e encarou os seus olhos. – Preciso de você Matteo. Necessito, na verdade. – sussurrou, encostando seu nariz no dele.

– Ada, por favor, pare com isso. – ele dizia tentando afastá-la. – Precisa de dinheiro, isso sim. – ela negou com a cabeça.

– Não, não. Só quero você, quero apenas que me satisfaça. – sussurrou novamente.

– Ada, você não está bem, não é? Andou bebendo ou se drogando? – se soltou dela, sem qualquer delicadeza.

– Estou com abstinência, abstinência de você. – finalizou, iria se aproximar dele outra vez.

– Chega! – gritou a fazendo recuar assustada. – Não se cansa, não? Pare com isso, não vou assumir porcaria nenhuma e pronto. – pegou a mala que terminara de arrumar e desceu as escadas. Ada o acompanhou.

– Então será assim? Vai me deixar?

– Só irei esperar a Flor chegar e vou embora, assim com você também vai. – põe suas coisas em cima sofá da sala.

– Vai me tirar a casa? – ela estava no topo da escada.

– Vou te tirar o que nunca foi seu, só isso. – disse rígido.

– Se fizer isso, cometo suicídio. – o advertiu.

– Está louca mulher? Pare de brincadeira. – a repreendeu, sabia que aquilo não tinha cabimento. Logo lembrou vagamente das atitudes de Luna.

– É sério. – desceu apenas um degrau e pisou com força no mesmo, uma lasca da madeira desceu. – Juro que me mato. – dizia convicta, Matteo apenas deu de ombros a ignorando. – Não se importa mesmo comigo, não é? – foi até a cozinha e pegou uma das várias facas que estava sobre o escorredor de louça. O objeto aparentava estar bastante afiado. – E agora, está ciente? Vai me deixar morrer? – perguntou, apertando a lâmina contra seu abdome.

– Cheguei. – falou Flor eufórica, ela entrou correndo pela porta da sala. – Tem um carro caríssimo a nossa espera. – sorriu e subiu as escadas.

– Ótimo, agora pegue suas coisas rapidinho e vamos. – disse Matteo virando-se para a garota. Como ele estava entre a escada e a cozinha, pôde ver a irmã subir depressa os degraus.

– Certo. – fora o que ouviu em resposta.

– Se você sair por aquela porta eu juro, juro que me mato. Na frente da Cecília se for preciso. – ameaça Ada. – Cecília vem cá. – gritou.

– Cala essa boca. – cuspiu irritado. – Pare de agir como criança, tente consertar seus erros, quem sabe um dia eu tenha consideração pelo seu esforço.

– Vamos? – Flor chamou sua atenção voltando ao andar de baixo. O moreno assentiu, deu as costas a Ada e pegou seus pertences.

– Matteo! Matteo! – gritou sem resposta. Matteo simplesmente saiu com a irmã e a deixou falando sozinha.

– Por que estava gritando, mamãe? – Cecília entrou assustada na cozinha.

– Nada, pode voltar a brincar. – responde a mulher de forma tranquila. A menina se afastou sem hesitar ou fazer mais perguntas. “Droga, quando eu falar para o Sebastián que perdi tudo, ele vai me matar” seus pensamentos estavam a mil, logo se recompôs, guardando a faca na gaveta de utensílios.

[...]

Uma nova vida começava para Matteo e Flor. Luna finalmente estava se tornando uma pessoa de bem consigo mesma. E Ada, bem, esta aí só se afogava ainda mais em seus erros.


Notas Finais


Link da fic original: https://fanfiction.com.br/historia/602723/A_Filha_do_Presidente

Link do perfil da autora no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/543490/

Link do perfil da autora no Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/nicolly_coletta

Obrigada a quem leu, comentou, favoritou...

Feliz Ano Novo Meus Amores!!!! E aí pessoal viram o trailer de Soy Luna 2? O que acharam?


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