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História A Filha do Presidente - Capítulo 20


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva da Monick <3

Agradecimentos a: ~Sabrinators, ~iamsobwr, ~Epic_Love, ~Cris_Silva, ~DnLima, ~kah_Izzy, ~MaaySantos12, ~ColorStar, ~Soltteo, ~Anna_Lutteo, ~CamilaLuiz, ~Sophiavalente, ~SraFelicity, ~Ju_Pasquarelli, ~Lunatica4ever, ~Ruggarol_4ever, ~LutteoIsLife, ~raura_forever29, ~Ali_McGarden, ~Mar_Uzumaki Obrigada suas lindas <3

Capítulo 20 - Capítulo 20


Ada e Lorenzo ainda continuavam ali, a ruiva olhou de um lado para o outro, hesitava em dizer.

– Hoje uma mulher me procurou, disse que me tiraria a casa.

– E eu com isso? – retrucou com frieza dando uma tragada no cigarro entre os dedos, em seguida soltando a fumaça no rosto da moça para incomodá-la.

– Não quer nem ao menos saber quem a mandou que fizesse isso? – arqueou uma das sobrancelhas. Sua pergunta despertou um pouco de curiosidade no homem de cabelos castanhos e olhos vazios.

– Hum, tanto faz. – é tudo que ele manifestou.

– O desgraçado do seu filho quer me ver na rua. O que eu faço, hein? – indagou indignada cruzando os braços na espera de uma resposta.

– Matteo ainda está vivo, é?

– Sim, está. O que faço em relação a casa? Vou ficar na rua se depender dele.

– Ela não é sua, Ada. E se for mesmo dele, ele pode fazer o que quiser, até mesmo te expulsar de lá. – a provocou. – Sebastián sabe disso? – tragou o cigarro outra vez. Ainda sim não dava muita importância para a ruiva.

– Não. – negou olhando para o chão.

– Deveria contar a ele. – sugeriu.

– Essa nem é a pior coisa, Sebastián vai me matar.

– É óbvio que ele vai te matar. Uma hora ou outra isso vai acontecer. – comenta Lorenzo. – O que você aprontou dessa vez? Engravidou de novo, é?

– Ai, que preocupação a sua, fico lisonjeada. – ironizou. – Mas acontece que daqui para frente não terei mais o dinheiro do Matteo, perdi tudo graças a aquela cega maldita.

– Não sei de nada, isso é problema de vocês. – ele ainda desfrutava do tabaco, o mesmo exalava uma fumaça incomoda no ambiente. – Mas ninguém mandou se envolver com um louco, sofra as consequências. – soltou. – Mas me diga, quando foi a última vez que o viu? – referiu-se ao filho.

– Há uns dois meses, quando sua ex-mulher morreu, lembra-se?

– Ah é, tinha até esquecido. Ele aceitou a Cecília? – questionou.

– Mas é claro que não, Lorenzo! – exclamou. – Porque se ele tivesse aceitado, eu não estaria aqui implorando por ajuda de dois drogados. – disse irritada.

– Drogados, né? – a olhou torto. – Ele sabe que o Sebastián é o pai da Cecília? Ao menos sabe quem é o Sebastián?

– Não, eu disse que o pai da Cecília era um primo de segundo grau dele, o Pedro, sabe? – assentiu.

– Me conte as novidades. – pediu enquanto jogava o cigarro no chão e pisava sobre o mesmo para apagá-lo. – Por que não vamos mais receber nossa mesada vinda do Matteo?

– Eu cuidei da irmã dele enquanto a Juliana esteve internada. – começou ela. – Pelo que entendi ela teve um envolvimento uns anos atrás com um homem, que acho que nem mais mora aqui em Otherside, hoje a menina já tem doze anos. Então nem vale a pena ir atrás disso. – explicou.

– E se Matteo por na cabeça que eu e a menina temos que nos ver? – ficou bravo de repente. – Nem tenho nenhuma ligação com ela e nem quero ter.

– Relaxa, ele quer é distância de você. – recostou-se no sofá.

– Conheço o filho que tenho, sei que insistirá para que isso aconteça.

– O conhece tanto que o abandonou. – disse sem olhá-lo.

– Não os abandonei. Acha que eu queria abandonar meus dois filhos? É claro que não, mas fui obrigado. – defendeu-se exaltado.

– Opa, seu dois filhos? – perguntou com curiosidade. Agora sim ela olhava fixa para o homem a sua frente.

– Digo, acha que eu quis largar ele e Juliana? – respirou fundo. – Não, mas como eu era jovem e sem nenhuma responsabilidade, eu não quis assumir. Arrependo-me por isso, mas acho que não seria bom o reencontro. – concluiu.

– Já eu, acho que seria perfeito. – sorriu.

– Cala essa boca. Não quero vê-lo. – protesta, pegando outro cigarro na caixa que estava ao seu lado.

– Você que sabe, eu acho que deveria fazer isso, seria bom para ambos.

– Desapareça garota. – explodiu, acendendo o novo tabaco.

– Já vou, credo. – resmungou e saiu da sala. – Vamos embora Cecília. – chamou pela filha. A garotinha brincava na área junto do verdadeiro pai, sem saber deste fato, claro.

– Ah, temos mesmo que ir, mamãe? Queria brincar mais com a Daniela. – a menina se levantou do chão a contra gosto. – Mamãe, me dá um cachorrinho? – pediu com os olhinhos brilhando.

– Ai Cecília, não comece. – Ada não se agradou com o pedido.

– Quando vai me trazer o dinheiro? – indagou Sebastián, fazendo as duas paparem a caminhada em direção do portão.

– Hã, não sei, não recebi nada. – justificou nervosa.

– Estou começando a estranhar isso, dona Ada. É bom que não esteja aprontando algo ou acobertando o Balsano.

– Não estou, fica tranquilo. – balbuciou.

– Hum, espero. – resmunga desconfiado. Entrou novamente na casa após ver Ada dobrar a esquina junto de Cecília. O rapaz filho do irmão de Lorenzo, apenas encarou o tio e adentrou por entre os outros cômodos da casa.

[...]

Enquanto tudo saia do controle de Ada, Luna jantava na companhia do pai e de Lili.

– E então, quando o Xabi volta de viagem? – pergunta a jovem.

– Amanhã, se Deus quiser. – respondeu a mulher. – E volto a agradecer, fico grata pelo que me pediram.

– Nós é que agradecemos Lili. Sabemos que ela não passa de uma parente de nosso funcionário, mas mesmo assim, acho que ela merece algo do tipo e você será perfeita para realizar isso.

– Fico lisonjeada por lembrarem de mim. – Lili comenta. – Enfim, já a avisaram?

– Não dissemos nada ainda, mas imagino que ela vai adorar saber que pode finalmente aprender a andar de salto.

– Do que está falando? – questionou o pai da garota.

– Nada, esqueça. – riu. – Daqui a pouco já a aviso e peço para que arrume tudo, mas a escola? Digo, os estudos serão...

– Milhares de meninas estão neste ramo, juro que as passarelas não atrapalharam os estudos dela. – garantiu Lili.

– Se for assim não vejo nada de errado. – disse. Para Luna, o amor pela menina crescia cada vez mais e não era a toa que pediu para Lili realizar um desejo de Flor. A menina de cabelos negros sempre dizia que queria ser modelo e como sua tia era empresária, aí estava a oportunidade perfeita para realizar este sonho.

– Depois de jantar, eu vou falar com Matteo e ver se ele aprova que a irmã vá. – falou Rey, a mulher assentiu. Antes que o presidente terminasse sua refeição, teve que se retirar por conta de uma breve reunião. – Com licença, aproveitem o jantar. – anunciou saindo do cômodo.

– Luna? – Lili chamou a atenção da moça. – Poderia conversar com o tal Matteo? É que eu precisava de uma resposta o mais rápido possível e pelo que vejo, seu pai nem poderá falar com ele hoje.

– Eu posso tentar. – a filha do presidente sorriu, a mulher a agradeceu.

[...]

Após o jantar, Yam levava Luna ao quarto do segurança que estava de folga naquela noite.

– Não seria melhor ele vir até a senhorita? Digo, ele ir ao seu quarto para...

– É o horário do descanso dele, eu é quem estou o incomodando. Seria um pouco mais educado eu ir a sua procura. – argumentou à castanha.

– Como preferir então senhorita. – disse a empregada. Não foram preciso muitos minutos e ambas já haviam chego ao quarto do moreno.

– Aconteceu algo? – pergunta o rapaz ao abrir a porta após Yam ter batido segundos antes.

– Não, a senhorita Luna queria somente falar com você.

– É sobre a Flor, é rapidinho. – completou a mais nova.

– Ela fez algo de errado? – ficou preocupado.

– Não, não. – a moça riu. – Eu explico tudo, se permitir, claro. – meio desconfortável com a situação, Matteo permitiu que a garota entrasse.

[...]

– Vai, pode falar Luna. O que aquela danadinha fez desta vez?

– Ela nada, eu sim. – responde se ajeitando ereta na cama. – Sabe a mãe do Xabi? Pois bem, ela é empresária e com isso vi uma oportunidade incrível para Flor.

– Oportunidade para Flor? Explique isso direito. – pediu sentando-se ao lado da castanha, mas ainda sim mantendo certa distância.

– É, oportunidade. A Flor vive dizendo que quer desfilar e ser modelo, então eu decidi realizar esse pequeno desejo dela. – falou. – E então, você deixaria ela ir para Londres? – perguntou sorrindo.

– Londres? Acho que não. – negou com a cabeça. – Nem pensar Luna.

– Por quê? – tirou o sorriso do rosto. – Sabe que ela iria adorar isso, não sabe? Por que não a deixa?

– Ela vai para Londres e não para uma cidade vizinha, nem pensar. Ela é tudo que tenho e vai ficar longe de mim. – se levantou e começou a andar impacientemente de uma lado para o outro no quarto. – Não contou nada a ela, não é?

– Não, vim falar com você primeiro. Não quis causar esperanças nela. – respondeu calma. – Esperanças que você massacraria depois. – soltara em sussurro.

– Ah não comece, por favor. Compreenda-me. – replica firme.

– Não comecei nada, só quero ajudar. – alegou. – Mas tudo bem, não quer que eu ajude.

– Não quis dizer isso, não distorça minhas palavras. – se aproximou dela. – Eu não estou aprovando isso pelo fato de amá-la, não quero que nada de mal aconteça com ela.

– Mesmo assim, e não venha dizer que ela não tem chance nesse meio, porque ela tem sim.

– Como pode saber? Você não enxerga nada! – disse ainda em tom firme. – Eu não vou deixar que ela vá assim, sem mais nem menos. – ela se mantém calada, as palavras de Matteo pairavam sobre a discussão. – Desculpe desmanchar esse seu conto de fadas, mas a vida não é tão fácil assim, ok? – aumentou mais a voz. – Pois se fosse, estar aqui passando pelo que estou sendo obrigado, seria a última coisa que faria. – finalizou.

– Faça como quiser, a irmã é sua. – levantou-se e começou a caminhar, mas acabou tropeçando na beirada da cama, logo caiu de joelhos no chão. Matteo se aproximou para ajudá-la, porém ela negou seu auxílio. – Não preciso de ajuda, obrigada. Droga. – murmura ao senti que se machucou.

– Mas...

– Já falei, não preciso. – o cortou. Buscou algo para se apoiar, mas não conseguiu. Então apoiou-se em si mesma e com dificuldade levantou.

– Luna, olhe eu não queria...

– Não precisa dizer nada. Eu deveria saber que me intrometer e tentar ajudar os outros não seria uma boa ideia. – voltou a caminhar, estava sem a ajuda da bengala. Ele a segurou levemente pelo braço.

– Está sendo infantil, sabia disso?

– E você está sendo ridículo em proteger Flor assim. – Luna ficou de frente a Matteo.

– Luna, por favor. Tente me entender. – suspirou.

– Pare de agir assim, pare de ser tão protetor e mandão com ela. – disse séria. – Isso irrita e muito. Eu que o diga.

– Eu mandão? Não, você é que anda bem autoritária esses dias. – comenta.

– Sei, seu chato. – revirou os olhos, estava entediada com a briga.

– Teimosa. Caiu nos cacos de vidro, esta com o joelho sangrando e não quer ajuda. – Matteo devagar a sentou novamente em sua cama. – Espere aí, já volto. – falou se afastando.

– Matteo. – o chamou, isso o fez parar e virar-se para ela. – Você é um tonto mesmo.

– E você impulsiva.

– Se irrita fácil e é bem grosso quando quer. – acrescenta.

– Nem vem, você também é bem respondona e linda. – se calara no mesmo instante em que soltara o “linda”. Ela corou, pois ouviu. Um silêncio se instalara depois disso. – Enfim, me ignore e fica quietinha aí. – ela sorriu e ele se afastou indo ao banheiro.

“Então ele me acha linda, que gracinha” ela pensou.

[...]

Em menos de um minuto ele já estava de volta, se aproximou da moça e se abaixou de modo que ficasse cara a cara com ela.

– Desculpe pelos cacos. – falou em tom baixo. – É que minutos antes de você vir, quebrei um copo e não deu tempo de catar os restos.

– Ah sim. Poderia ter avisado, mas enfim, sei que vai querer me xingar, mas pense bem, a Flor vai adorar ir para Londres. – Matteo não a respondeu e a moça interpretou isso como um basta. Com delicadeza colocou um curativo no pequeno corte no joelho esquerdo de Luna.

– Pronto, não é grande coisa, dá para sobreviver. – riu de leve.

– Uhum, mas tenho certeza de que irá arder. Afinal, até o mais pequeno dos ferimentos dói, não adianta me enrolar.

– Está bem, sei aonde quer chegar. – fala. – Você é boa nisso, em manipular os outros. – riu. – Vou pensar melhor, amanhã te falo se deixo ou não a Flor ir. – ela desfez o sorriso de imediato.

– Preciso da resposta ainda hoje.

– Está querendo demais Luna. Outra, que nem conheço essa mulher.

– Mas eu sim, assumo as responsabilidades, coloco minha mão no fogo pela Lili, pode confiar.

– Está bem, você não tem jeito. Vem, vou te levar ao seu quarto. – a ajudou.

[...]

Os dois caminharam com os braços entrelaçados pelos corredores em silêncio.

– Quem está vindo? – pergunta Luna franzindo sua testa.

– Como sabe que tem alguém vindo Luna? – segurou o riso.

– É complicado ainda de explicar.

– Ah, mesmo assim já é um avanço. – comenta. – E te respondendo, quem está vindo é o Miguel.

– Encontrei os dois. – disse Miguel, já próximo de Matteo e Luna. – O presidente quer ter uma palavrinha com você Matteo.

– Tudo bem, só vou deixar à senhorita Luna no...

– Não, não. – interrompeu o homem. – Ela vem junto. Afinal, também está envolvida.

– O que está acontecendo? – questiona a jovem confusa.

– Vai descobrir e é bom começar a rezar Matteo. – alertou o mais velho. Os três seguiram juntos pelo corredor.

Ao chegarem ao escritório do presidente, Luna continuou ao lado de Matteo e dois ainda estavam de braços entrelaçados. O moreno olhou ao redor e viu seu colega de trabalho ali. Simón estava olhando tanto para ele quanto para Luna com um olhar nada amigável.

– Me chamou senhor presidente. – indaga Matteo.

– Sim, chamei. – disse o homem. – Esperava isso de todos, menos de você Sr. Balsano. – expressa com decepção. Matteo engoliu em seco as palavras do presidente.


Notas Finais


Link da fic original: https://fanfiction.com.br/historia/602723/A_Filha_do_Presidente

Link do perfil da autora no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/543490/

Link do perfil da autora no Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/nicolly_coletta

Obrigada a quem leu, comentou, favoritou... Amo vocês <3

O que será que o Simón aprontou gente? E o Matteo?


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