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História A Filha do Presidente - Capítulo 22


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva da Monick <3

Agradecimentos a: ~Sabrinators, ~lunavb, ~amo_souluna, ~MaaySantos12, ~Anna_Lutteo, ~Ali_McGarden, ~LutteoIsLife, ~lolabookfreak, ~Lunatica4ever, ~vihMachado2004, ~SoyLutteo, ~kah_Izzy, ~Delivery_Fresa, ~Ju_Pasquarelli, ~Liliallicia, ~ColorStar, ~Mayah_Balsano, ~Mar_Uzumaki, ~SraFelicity, ~Soltteo, ~Miin_CryBaby, ~gabilutteo, ~gihwebber, ~raura_forever29, ~Sophiavalente, ~Maryklara1, ~Cris_Silva, ~FeraMarques, ~Amerilica, ~DnLima, ~LunnyRR12, ~CamilaLuiz, ~Simbar_Lutteo, ~darkcloudd, ~Dudinha_Scott, ~Ruggarol_4ever, ~Byyahh, ~SimbarIsLife, ~TKR_16, ~Epic_Love, ~LutteoeRuggarol, ~mi_sacramento, ~beatrizgarcialu

Não tem como expressar o quanto adoro vocês! Amo cada comentário, vocês são perfeitos. ~Fanfics_Monick <3

Capítulo 22 - Capítulo 22


– Desculpe, mas não pude evitar. – disse ele baixo, ainda estava abraçado a ela.

– Não estou dizendo que... É que bem... Não sei o que dizer. – confessa com a respiração desregulada.

– Não precisa dizer nada Luna. – e a beijou, mas agora de verdade, prendendo-a mais naquela nova emoção.

A castanha se assustou com a atitude de Matteo, porém ela só desejava desfrutar mais daquela nova sensação. O beijo não era profundo, mas ambos gostavam do momento. Matteo em pensamentos se lembrava de que o que fazia era extremamente errado, contudo somente ignorou este fato. Segundos depois, os dois se soltaram e Luna somente podia ver a sombra do rapaz a sua frente, não notava detalhes, mas o achava encantador. O moreno somente admirava os olhos esmeralda da garota que estava em seus braços. Os poucos raios de sol que provinham da janela deixavam Luna mais bela.

– Matteo, não creio que... – pronunciou em um fio de voz, a mesma ainda sentia o sabor adocicado dos lábios do segurança.

– Sei que foi errado, eu já estava com a corda no pescoço e ter feito isso só piora tudo. – disse a interrompendo. – Perdão pelo que fiz, como disse, eu não me contive.

– Tudo bem, mas...

– Pode me entregar se quiser.

– Como? – estava incrédula.

– Se quiser falar ao seu pai que eu a beijei, diga, afinal agora seria a verdade e não uma invenção do Simón. – explicou. Ela ainda estava sendo rodeado pelos seus braços.

– Não vou contar. – afirmou.

– Não? – pergunta curioso. – Eu errei em ter feito isso senhorita, e...

– Para Matteo, não estou brava. – lentamente a garota levou a mão ao que ela achava ser o rosto do rapaz. – Não vou contar, fica tranquilo. – garantiu. Matteo segurou as delicadas mãos da jovem contra seu peito.

– Prometo que isso não se repetirá, vou me controlar, mas é que eu... – ele tentava dizer, mas lhe faltavam as palavras.

– Você?

– Eu, é... – estava nervoso. Ela o havia posto contra a parede. – Como dizer? Droga, nunca consigo dizer a verdade. – sussurrou, mas ela o ouviu.

– É que você disse “vou me controlar”, então achei que...

– Eu gosto de você Luna. – revelou Matteo, logo suspirou aliviado.

– Foi por isso que começou a me chamar só por Luna? – os olhos esmeraldinos brilharam.

– Foi, foi algo involuntário, nem notei e já estava a chamando assim. – ele sorriu, mas Luna não.

– Bem, nada muda, você é apenas um segurança e nada mais, certo? – Matteo imitou a expressão séria da garota.

– Isso na frente dos outros, porque na verdade somos amigos, não?

– É, amigos. – respondeu desanimada.

– Eu disse algo de errado? Eu sei...

– Não, é que... – o nervosismo a rondava, a única coisa que sabia era que amava aquele segurança que esteve sempre ao seu lado.

– Será difícil continuar do mesmo jeito depois disso, não é mesmo? – indaga com tranquilidade. Luna viu a pergunta do rapaz ser o que ela queria perguntar. – Pois sinceramente, não sei se a verei com os mesmos olhos. – ele ainda segurava as mãos da moça com muito carinho.

– Entendo. – corou. – Acho que... – parou. Uma pequena insegurança a invadiu.

– Acha que seria tão errado assim termos algo? – questionou ele. Ela sentiu o coração do moreno acelerar e o dela não estava diferente, pulsava mais forte a cada segundo.

– Ah, não sei dizer, Matteo eu...

– Ah, deixe para lá. Quase morri uma vez por não ter seguido regras, não quero isso de novo e também, não quero denegrir sua imagem.

– Minha imagem? – disse. – Mas e se eu também gostar de você? – abaixou a cabeça, e ele sorriu com as palavras dela.

– Estaria mesmo disposta a tentar algo comigo? Sabe que terá de ser...

– Escondido? – riu. – Sim, estou disposta.

Ela não pôde contemplar o sorriso torto que Matteo lançou a ela, mesmo assim o moreno não hesitou em beijá-la. Ele cariciou o rosto da castanha e em seguida passou os dedos por entre os fios sedosos da garota, isso fez Luna sorrir mais.

– Se sorrir mais vezes assim, acho que me apaixono. – o sorriso dela se abrandou ao ouvi isso.

Ele a trouxe para mais próximo de si, a mesma não negou a aproximação, se arrepiou ao sentir estar tão perto do rapaz novamente. Ela pôs as duas mãos no ombro de Matteo, e ele a abraçou pela cintura, a beijou sem qualquer aviso ou pressa, porém o momento não durou mais do que alguns segundos e após se afastarem, ambos sorriram.

– Está mesmo disposta? – perguntou outra vez. – Você é tão incrível e eu, bom, não passo de um segurança.

– Se insistir de mais, vou acabar desistindo. – brincou. – Você não é um simples segurança para mim há um bom tempo. Fora que estou cansada de seguir aos caprichos alheios.

– Sabe, não sei se realmente isso dará certo, mas não custa tentar, certo? – ela assentiu.

Deram um breve abraço e decidiram deixar o quarto, afinal, depois de tudo que aconteceu na noite passada na reunião, tanto o presidente como qualquer outro que lá esteve presente, poderia começar a suspeitar de algo entre os dois. E realmente uma relação mais do que profissional se iniciava entre um segurança e a filha do presidente de Otherside.

[...]

Ada preparava o almoço para ela e para filha, as duas ainda residiam na casa da mãe de Matteo. A moça estava distraída com a atividade e se assustou com a presença de Sebastián na cozinha.

– Como entrou aqui? – levou a mão ao peito, tentava regularizar a respiração.

– Cecília me deu a chave pela janela e eu entrei, mas não vim aqui para bater papo furado não. – sentou-se em uma das cadeiras da mesa da cozinha, enquanto ela voltava à atenção para o preparo da refeição. Sebastián olhava em volta, batia os dedos no tampo da mesa como se estivesse entediado. – Como consegue viver aqui? – perguntou.

– Se não fosse aqui, seria na rua, então não posso reclamar.

– Hum, e cadê meu dinheiro. – disse logo o real motivo pela sua vinda.

– Não, não o recebi. – gaguejou. – Mas assim que eu receber, te darei. E já te aviso que isso irá demorar. – secou as mãos no guardanapo ao sentar-se defronte a Sebastián.

– Por que diz isso? – escorou-se a mesa com a ajuda dos cotovelos.

– Você sabe que o Matteo não quis aceitar a Cecília, por que ele me daria o dinheiro? Ele não é burro.

– Mas é um desgraçado, que não merece nada que tem. Isso é pouco, comparado ao que tenho vontade de fazer com esse filho da mãe. – expressa com irritação.

– Por que o odeia tanto, hein? Vocês nunca se viram, que eu saiba. – estava curiosa para saber de onde vinha tanta raiva.

– Não é da sua conta, fica na sua. – replica com grosseria.

– Sou eu quem vai ter que passar vergonha implorando por essa droga de dinheiro, eu quero saber oras.

– Fique querendo. – gritou. – Quando estiver com tudo certo me procure. – levantou-se e já começava a caminhar em direção a porta.

– E se eu não conseguir? – questionou o fazendo parar e olhá-la.

– Você tem que conseguir ou vai criar a menina sozinha.

– Eu já faço isso, não fará muita diferença. – a ruiva deu de ombros. Ele voltou a se aproximar dela, o mesmo não escondeu a fúria em seu olhar.

– Mesmo? Quem é que te banca todo mês? – se calou perante aquela verdade. – Morda a língua antes de dizer esse lixo mental, Ada. Ninguém merece ouvir isso. Você sempre faz merda e acha que está certa, não é a toa que o Matteo pulou fora. – saiu da casa sem dizer mais nada e a jovem suspirou derrotada.

– Se o Sebastián pensa que vou dar esse dinheiro, está muito enganado. Se vou pagar carão, que seja então ao meu favor. – falou para si mesma. Decidiu dedicar-se ao preparo do almoço e com o passar dos minutos, foi cada vez mais pondo em sua mente o fato de que: Ela não teria mais nenhuma ligação com Sebastián.

[...]

Enquanto Ada pensava em como seguiria sua vida, Sebastián voltava para sua casa, a qual dividia com Lorenzo desde os dezessete anos, e neste caminho de volta, começou a recordar de onde se originava o ódio que sentia por Matteo.

 

Treze anos atrás

 

Estar ali, com apenas treze anos de idade, em meio a crianças que se tornaram órfãs, não era uma das melhores sensações. Mesmo estando com alguns garotos que conhecia a alguns meses, os pensamentos de Sebatián estavam no simples fato de seus pais estarem presos por uma tentativa frustrada de saquear o banco central de Otherside. Jamais imaginou estar num lugar como aquele, mas parece que a vida planeja surpresas e nem sempre são as mais agradáveis.

– Aí gente, aquele cara bêbado está de novo lá na recepção. – comentou um dos vários meninos magricelos que moravam no orfanato. – Está fazendo o maior escarcéu. – completa depois de se aproximar mais de Sebastián e de seus colegas.

– Ah não, dessa vez quero ver. – fala o moreno.

Não perdendo tempo, junto de mais seis garotos, foi até a recepção da instituição para ver o tal bêbado que sempre aparecia por ali. O homem estava bastante alterado devido ao álcool consumido, mas nem por isso deixava de tentar comunicar-se com a recepcionista que estava atrás do balcão com cara de impaciência.

– Quero, quero ver meu, meu filho agora! – balbuciou com a voz enrolada.

– Senhor, neste estado não posso deixá-lo nem que permaneça aqui, por favor, retorne outro dia. – pediu ponderada.

– Não, quero vê-lo. – insistiu.

– Mas senhor, o menino só tem dez anos, não acho bom que o veja, ainda mais neste estado.

– Não importa. – foi a primeira frase dita pelo homem sem sair entrecortada.

– Olha, foi pelo motivo do senhor estar bêbado e na rua com seu filho, que o tiramos do senhor, e fazer este escândalo não ajuda em nada. – comenta a mulher irritada.

O homem pareceu desistir e resolveu ir embora, mas antes deu uma última olhada em volta e fixou o olhar em um garoto. Sebastián que observava a cena que se desenrolava, olhou na mesma direção do homem e aí pôde ver o menino de cabelos castanhos em meio a milhares de crianças que brincavam no parquinho atrás de si. Em seguida, retornou o olhar para ele.

– É bom que cuide bem dele, ou os processo. – soou o homem que parecia nervoso.

– Sr. Lorenzo, nos procure quando estiver mais calmo e prometo que poderemos fazer algo para ajudá-lo. – argumenta a mulher mostrando compreensão, mas ainda parecia irritada com a situação, ele não a deu ouvidos e saiu em silêncio.

– Nossa, coitado do pia. – disse o garoto que estava ao lado de Sebastián. – Pior do que não ter pai, é ter um pai alcoólatra.

– Verdade. – concorda um outro.

– Para a informação de vocês, ele é meu tio. – defendeu o moreno. Querendo ou não Lorenzo era irmão de seu pai. – Ele está errado por fazer isso, mas não precisa falar assim dele. – em seguida se afastou dos demais.

 

Três anos depois

 

Dentre anos, Sebastián recebeu uma boa notícia: Sairia daquele inferno. Depois do café da manhã tomado e de todas suas coisas arrumadas, ele estava a espera da única pessoa que se lembrava da sua existência, aguardava com certa ansiedade a vinda do seu tio.

– Aguarde mais alguns minutos, Sebastián. – falou a ruiva que trabalhava desde que ele tinha chegado ali. – Seu tio já está pra chegar. – assentiu não dando muita importância ao comunicado da mulher.

Estava concentrado de mais no ato de remoer tudo que aconteceu lá, e resumidamente estes anos foram os piores da vida do jovem. Afinal as diversas idas a diretoria, os vários castigos e advertências tomadas, sem esquecer das brigas em que se envolveu com os garotos e as surras que levou, tudo isso e muitas outras coisas que não se recordava agora, mas que carregava no subconsciente, foram por culpa de uma pessoa especifica. Não sabia muito sobre ele, apenas que era seu primo e seu simples sobrenome: Balsano.

– Seu tio chegou. – fora desperto de seus pensamentos pela mulher. – Tchau e tudo de bom. – disse em despedida.

– Tchau. – e foi de encontro a seu tio.

– Oi rapaz, desculpa ter demorado tanto para buscá-lo, mas é que tive certos problemas. – justificou Lorenzo.

– Tudo bem, o importante é sair daqui. – comenta. – E estar longe de você Balsano. – murmura.

– Balsano? – pergunta Lorenzo. – A quem se refere?

– A ninguém. – responde seco.

– Hum. – solta desconfiado. – Achei que se referia ao Matteo. – o homem diz baixo, mas parece ser ouvido. – Ou ao Xabi. – seu sussurro fora tão baixo, que o garoto não tinha certeza se foram suas verdadeiras palavras.

Matteo Balsano, aquele simples nome lhe causava ódio apenas por mencioná-lo, prometeu a si mesmo que faria da vida do Balsano um inferno como fora a sua. Não conseguia conter o minúsculo sorriso, afinal só desejava o dobro de tudo que havia recebido.

 

– Se ele acha que me esqueci de tudo aquilo, está enganado. Lembro-me como se fosse ontem, das coisas que fui obrigado a aturar. Se dependesse de mim, você estaria morto Matteo, morto. – praguejou, seguindo o percurso para casa em silêncio, acompanhado de seus pensamentos.


Notas Finais


Link da fanfic original: https://fanfiction.com.br/historia/602723/A_Filha_do_Presidente/

Link do perfil da autora no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/543490/

Link do perfil da autora no Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/nicolly_coletta

Obrigada a quem leu, comentou, favoritou... Obrigadíssima, amo, amo vocês <3


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