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História A Filha do Presidente - Capítulo 30


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva da Monick <3

Capítulo 30 - Capítulo 30


– Saibam que não terão luxo. Agradeçam por terem esses colchões, foi o melhor que conseguimos. – disse Mariano. O mesmo que instruiu os rapazes no exercito, ajudaria nesse serviço.

Cerca de vinte e cinco rapazes adentravam ao galpão empoeirado. Assim que entravam, colocavam suas poucas coisas sobre os colchões. Porém, todos começaram a notar que um rapaz iria ficar sem “cama”.

– Senhor. – pronunciou-se um dos jovens ao se aproximar de Mariano, ele tinha mais ou menos vinte e dois anos. – Não há colchões para todos, eu fiquei sem.

– Que lastima, não Sr. Rinaldi? – expressa o homem com frieza. – Há papelões lá atrás, os pegue e se vire. – Mariano deu as costas. Todos viram a cena e ninguém se atreveu a intrometer-se, mas Matteo não deixou passar. Esperou Mariano se afastar e aproximou-se do rapaz que fora ignorado.

– Pega o meu. Eu me viro aqui. – falou o moreno.

– Não pode...

– Quer mesmo dormir num pedaço de papelão em que ratos já usaram como cama? – o convenceu a aceitar.

– Tudo bem então, obrigado. – sorriu de leve. – Mas o que vai fazer agora? – perguntou.

– Eu me viro, não se preocupe. – Matteo deu uma leve batida no ombro direito do rapaz ao se afastar. Respirou fundo e foi na direção de Mariano. – E então, o que faço? Fiquei sem “cama”. – começou assim que o mais velho o olhou, com evidente desprezo como sempre.

– Assim como disse ao Sr. Rinaldi, se vire. – fora tudo que respondeu.

– Diz isso, pois não é o senhor. – Mariano deixaria o local, mas parou ao ouvir isso.

– Sr. Balsano. Quer arrumar problema já no primeiro dia. – o encarou.

– Não, só estou sendo sincero. Moro aqui perto, não posso me residir lá? – perguntou sugestivamente.

– Hum. – cruzou os braços. – O que quer com isso? Causar tumulto, não?

– Não. – responde. – Não sou obrigado a dormir em uma situação assim. – apontou para os papelões ao fundo do galpão. – Não queira para aos outros o que não quer a si mesmo, esta é uma bela frase, não acha? – completa com um sorriso torto.

– Mas o senhor é abusado demais, não acha? – Mariano o olha com mais raiva. Todos estavam atentos aos dois, ninguém se manifestava. Matteo e Mariano se olhavam de uma forma que poderiam se matar só com o olhar. – Vá. – confirmou. – Mas se você trazer problemas para nós, esqueça seu cargo na casa do presidente, Balsano. – apontou o dedo indicador no rosto do moreno e saiu.

O silêncio tomou o local e Matteo sorriu, era mais agradável a companhia da ex-namorada do que a de Mariano. Fora o fato de que dormir em um papelão não é nada confortável ou humanitário. Pegou suas coisas e deixou o galpão. Andar por aquelas ruas trazia a Matteo lembranças que o machucavam. Lembrava de passar por aquelas calçadas na companhia da irmã e da mãe. Ah sua mãe, a única mulher que ama mais do que Luna. Chegou em poucos minutos a sua casa, sabia que daria de cara com Ada e antes de virar a fechadura, respirou fundo. Abriu e viu a casa vazia, estava mais ou menos em ordem. Deixou as poucas coisas sobre o sofá, sentou-se ali e suspirou. Começava a sentir falta de Luna, e ver Ada, era sua última opção. Porém a calma que havia na casa cessou logo. A ruiva, junto da filha entraram na casa. Ela surpreendeu-se ao ver Matteo ali.

– O que faz aqui? – questionou fechando a porta.

– Relaxa, vou ficar aqui por pouquíssimo tempo, nem me verá aqui direito. – respondeu não a olhando.

– Isso não me responde, por que está aqui? – ela se aproximou e sentou-se no seu lado no sofá.

– Não lhe devo satisfação, a casa é minha. – disse entre dentes.

– Grosso.

– Hum, não fui grosso quando te deixei ficar aqui, outra que, não devo ser tão grosso como diz. Afinal, você sempre tenta fazer showzinho para cima de mim. – ele sorriu a irritando.

– Já lhe falei que ainda o amo. Não minto na questão de sentimentos, Matt. – solta ameaçando acariciar a mão do rapaz que estava ao seu lado.

– Para de me chamar assim. – rosnou, não estava de bom humor.

– Está vendo? Você é ignorante ao ponto de não querer sequer ter uma relação amigável comigo.

– Já tentei e me ferrei muito com isso, você e suas besteiras sempre me deixaram na merda.

– Olha o tom, respeite ao menos minha filha. – apontou com o olhar a garota que estava próxima a eles. A mesma brincava sentada no tapete da sala.

– Saiba Ada, que se um dia, um dia. – disse em tom forte. – Você me atacar pelas costas como fez estes meses atrás, não a perdoo.

– Mas eu só quero seguir a minha vida ao seu lado, nada mais. – comentou ela ao ver o ódio no olhar do ex-namorado.

– Quer seguir sua vida? Siga a rua! – se levantou e subiu devagar as escadas. Ada suspirou, sabia que estava errada, mas não admitia totalmente.

– Mamãe, ele não trabalhava para a Luna? – Cecília perguntou ainda entretida com seu brinquedo.

– Ainda trabalha, querida. – respondeu com tranquilidade.

– Achei que fosse morar com a gente de novo.

– Por que? Gosta do Matteo? – a ruiva perguntou sentando ao lado da filha.

– Gosto. Ele de vez em quando brincava comigo, me fazia cócegas. – sorriu.

– E o titio Sebastián, não gosta dele? – questionou com sutileza.

– Não muito. – apagou o sorriso. – Ele me deixa de lado e fica conversando com outras mulheres, cheira a uma fumaça ruim e, ele parece não gostar de mim.

– Oh querida, ele gosta sim. Dê um tempo a ele, certo? – tirou uma mecha dos olhos da garotinha.

– Mas mamãe, eu ainda prefiro o Matteo, além de ser legal comigo, ele não cheira como o tio Sebastián. – torceu o nariz. – Na verdade, ele tem um perfume muito bom. – a menina sorriu mais uma vez e deixou a mãe sozinha na sala com seus pensamentos. Cecília subiu as escadas e foi para o quarto brincar com as poucas bonecas que tinha.

 

Enquanto isso, Luna já havia voltado do médico. Estava feliz pela sua recuperação, mas a ida de Matteo a deixava sem animação. Estava sozinha em seu quarto, enrolava as pontas do cabelo com Matteo povoando seus pensamentos. Tentava encontrar forças no fato de o médico dizer-lhe que em breve, com a ajuda de lentes de contato, conseguiria ver o mundo como é. Jamais seria cem por cento, mas era algo ótimo para quem não via nada.

No dia seguinte, nenhuma novidade aconteceu com a castanha. A garota sentia-se um pouca deixada de lado por Nina. Mas logo ligava ao fato de que Xabi também estava bem afastado, logo achou que os dois estavam juntos. Ela não tinha nada contra o casal, só a favor, entretanto ainda sentia falta da companhia da amiga e do amigo. Já com Matteo, logo pela manhã já estava no tal galpão em que teria de ter passado a noite. Adentrou o local, todos estavam de pé e só aguardavam pelas ordens do superior.

– Vou dividi-los em duplas e separá-los em regiões de maior foco daqueles rebeldes imprestáveis. – disse Mariano. – Uma observação: É rebelde? Mate. – todos se surpreenderam com a ordem, mas continuaram em silêncio. – Claro, se for pacifico, deixe passar, mas se começar com escândalo e arruaça. Mate! – termina. Depois de uns vinte minutos, estava tudo pronto. Matteo e Francisco eram uma dessas duplas, os dois não se viam há um bom tempo.

– Realmente, Marino pegou birra de você. – comentou Francisco.

– Não me importo. Se ele acha que o abuso de autoridade dele me afeta, está bem enganado. – ambos não tiravam a atenção da movimentação do bairro, caminhavam tranquilamente, embora atentos.

– Como anda a Luna? – perguntou o segurança que não trabalhava mais na casa do presidente.

– Bem, parece que está começando a enxergar, isso é bom. – respondeu o moreno com as mãos no bolso.

– Simón, Nico, Yam, como vão?

– Yam e Nico andam bem, já o Simón, esse aí se demitiu. – o rapaz pareceu surpreso com a resposta de Matteo. – Para o bem de todos, ele se foi, não sabia?

– Não, você sabe que esse tipo de notícia não circula. – respondeu. – Depois que fui mandado para outra área, eu perdi totalmente o contato com todos. – enquanto conversavam, observavam o local, tal bairro tinha um fluxo grande de pessoas, a maioria mal vestida e aparentavam ser bem carentes. Era uma imagem ruim, mas como mudar quele cenário?

– Parou aí chefia. – abordou um homem de uns trinta anos. Os cabelos sujos e os olhos foscos de cor verde, dava um ar de problemático. – Passa tudo aí. – ele não pediu, mandou.

– Passar o que, se não temos nada. – retrucou Francisco.

– Ah é, que isso aí então? – apontou para os revólveres que Matteo e Francisco possuía. – Passa para cá. – estendeu a mão.

– Cara, qual é? – disse Francisco novamente. – Deveríamos prendê-lo por nos assaltar.

– Quer dar um de machão, não é compadre? Tente algo, quero ver se tem coragem. – os desafiou, aproximando-se para os encará-los de perto. Matteo manteve-se em silêncio o tempo todo, observava atentamente o homem a frente e notou que o mesmo não estava desarmado.

– Olhe aqui, fui treinado no exercito, enquanto você treina sua pontaria matando pombas. Então não ache que não tenho coragem. – Francisco alterou-se irritado com a situação, partiria para cima do homem. Matteo pôs o braço na frente do corpo do mais velho, o impedindo de agredir o homem, o qual sorria ao ver a cena. O moreno olhou para o colega e depois ao homem disfarçadamente, gesticulou mostrando que havia notado a arma no bolso do outro.

– Amarelou, é? – cuspiu com deboche. – Andem logo, passem tudo, arma, dinheiro, qualquer coisa. – retirou o revolver do bolso e mirou para os dois. O foco não era exato, mas ele demonstrava ter agilidade com o objeto em mãos.

– Calma, abaixa isso, vamos entrar em um acordo, o que acha? – finalmente Matteo se manifestou.

– Cala a boca e obedece. – rebateu o ladrão.

– É sério, vamos conversar, será melhor. – insistiu.

– Estou falando para colaborarem, que porra! – exaltou-se, seus olhos transmitiam raiva.

– Matteo, cala a boca! – Francisco o repreendeu. – Não está vendo que ele está armado.

– É Matteo. – disse com sarcasmo. – Eu estou no controle, então passa logo tudo que tem e vamos acabar com isso. – completa. – Deve mesmo ouvir seu colega, a coisa não está a seu favor, ande logo.

– Tentei negociar, mas é você que não quer negociar agora. – o moreno já se irritava.

– Exalte-se mais e vai exaltar a Deus lá no céu, ou no inferno, vai saber. – replica, sua mira ficou fixa agora, era o Balsano.

– Agora sou eu quem digo, tem coragem? Atira então. Duvido que tenha cacife para isso. – Matteo sorriu e com lentidão tirou o revolver de sua frente. – Bom garoto. – sorriu debochado, o que irritou o outro. – Agora some daqui antes que eu te faça fazer uma viagem somente de ida, o destino? Não sei, me fale, se comportou bem?

– Isso não acaba assim, idiota, não mesmo. – o homem se afastou. Seu olhar estava preso aos olhos de Matteo.

Caralho. – soltou Francisco. – Que isso, achei que ele te mataria.

– Tonto, porque o enfrentou? – falou Matteo após respirar fundo.

– Porque... Ele ia atirar em mim? – ele disse como se estivesse se questionando.

– Tem que observar mais e parar de agir por impulso. Ele estava consciente, um pouco alterado, mas consciente. Não ia atirar em você ao menos que o provocasse. – alertou o segurança.

– Hum, valeu. – fora tudo que respondeu, depois deu de ombros. A conversa se encerrou ali, continuaram a caminhar e observar o local.

 

Luna estava com Nina, as duas estavam na sala de visitas da casa do presidente.

– Ai você sabe, ele se abriu comigo. – Nina disse corando. – Xabi é um fofo. Não sabe o quanto é compreensivo e carinhoso. – sorria boba.

– Ownt, você está amando. – falou a castanha, Nina fez cara feia e resmungou, Luna riu. – Está vendo? Não é legal estar do outro lado da moeda. – as duas caem na gargalhada.

O resto da manhã foi tranquilo para todos, menos para Simón. O rapaz estava a caminho do aeroporto, Flor desembarcaria ao meio-dia.

Já está com a garota? – perguntou Sebastián, os dois conversavam por telefone.

– Não. Acabei de chegar aqui, e ela ainda não chegou. – respondeu. – Para aonde a levo quando sair daqui?

Me encontre na frente do antigo cinema, não demore e não faça gracinhas.

– Meu dinheiro estará aí? – questionou.

Traga a menina, depois vemos isso. – Sebastián desligou o telefone, fazendo com que Simón não pudesse mais perguntar nada.

O rapaz se sentou em uma das diversas cadeiras do saguão do aeroporto. “Depois disso, só quero meu dinheiro e mais nada”. Após alguns minutos, reconheceu a garota, vindo junto de uma mulher morena.

– Olá Flor. – aproximou-se amigavelmente.

– O senhor é Sebastián Villalobos, certo? – começou a mulher que acompanhava a garota de doze anos.

– Sou. – estava um pouco nervoso.

– Posso ver seus documentos? – estendeu uma das mãos.

– Não. – ela o olhou torto, apertando a mão de Flor. – Não os trouxe, desculpe. Deixei em casa, sai com pressa.

– Tudo bem. – assentiu. – É isso, tchau Flor, que pena que teve que voltar. – se despediu da garota e somente deu um aperto de mão em Simón, em seguida se retirou.

– Você não se chamava Simón? – Flor perguntou, a mesma espremeu os olhos o encarando.

– Sim, mas como meu colega se chama Sebastián e não pôde vim te buscar, me passei por ele.

– Sei, isso não é errado? – ele não a respondeu. – Bom, cadê meu irmão?

– O Matteo está fora da cidade, assim que ele voltar, ele te buscará.

– Aonde você vai me levar? – perguntou curiosa.

– Onde aprendeu a fazer tantas perguntas? – Simón revirou os olhos. – Venha. – chamou.

Os dois caminhavam, Simón ia a frente de Flor. Olhava ao redor, sabia que Matteo estava nas ruas trabalhando, logo, todo cuidado era pouco. A garota observava o caminho, estava ficando incomodada com o percurso, notava que era um lugar abandonado e precário.

– Sabe aonde está indo? – eles estavam em frente ao antigo cinema de Otherside, o ponto de encontro. – Por que tanto olha para os lados?

– Menina, fique quieta, como você fala. – ela bufou e cruzou os braços. Simón viu Sebastián se aproximando e suspirou aliviado. O moreno estava crente que após aquela entrega sua parte chegaria ao fim, mas não, seria uma pouco mais complicado.

– Que bom, oi mocinha. – Sebastián acariciou o rosto de Flor.

– Cadê minha parte?

– Relaxa. Não posso fazer saques maiores que quinhentos reais. Então aguarde um pouco e terá seu dinheiro. – respondeu olhando par os olhos da garota.

– Ai só por Deus, é bom mesmo. – cruzou os braços.

– Acha que não tenho palavra? – o encarou sério.

– Ela está aqui, acabou por aqui. Só me procure para me pagar. – disse antes de se afastar dali.

– E então, Flor, certo? Vamos.

– Aonde? Porque sinceramente estou perdida. – suspirou. – Vim para encontrar meu irmão, mas...

– O verá, calma. Venha comigo. – ela mesmo receosa o seguiu. A garota se sentiu estranha e sabia que no fundo, ver Matteo era a última coisa que faria.

 

Enquanto uma garota estava sendo sequestrada, o irmão da mesma não parava de pensar nela. Matteo ainda estava no mesmo bairro, a irmã estava nos pensamentos por conta de ter visto uma garota semelhante a ela. Francisco observava a quietude de Matteo e resolveu perguntar o que estava havendo, em resposta recebeu um “Não é nada”. Resolveu o deixar quieto e continuar o trabalho.

Por volta das três e meia da tarde, o céu nubla, uma chuva fria e fina começou a cair e molhar tudo que estava ao ar livre. Francisco e Matteo se abrigaram debaixo de um telhado de uma mercearia ali perto. Nenhum dos dois notava, mas mesmo com a chuva, que engrossava cada vez mais, eles estavam sendo observados. O homem de olhos verdes foscos, não havia esquecido o ocorrido na parte da manhã. Estava perturbado e queria o fim trágico de quem o incomodou, neste caso: Matteo. Francisco entrou na mercearia, estava à procura de um banheiro e Matteo ficou ainda lá fora. O rapaz com o espírito vingativo viu aí a oportunidade.

– Como vai, Matteo? – disse ele se aproximando com o olhar e tom maldoso.

– Ah, você outra vez? O que quer, hein? – perguntou sem muita paciência.

– Eu falei que não ia deixar passar. Achou que eu estava brincando?

– Pare de brincadeira, segue seu caminho e me deixe trabalhar. – o rapaz estava de mal humor.

– Não. – ele novamente mirou um revolver na direção do moreno. Desta vez, o calibre da arma era maior, ou seja, seria um estrago maior. – Não aceito perder, passe a arma, ande logo. – ele não perdia a oportunidade de furtar algo de sua vitima. Poucas pessoas ali pararam o que faziam e prestaram atenção no que ocorria. Matteo lentamente começou a tirar o revolver da cintura, mas imprevistos acontecem.

– Outra vez você. – falou o loiro vindo de dentro da mercearia, ele já possuía mira no homem a sua frente.

– Se você atirar ou fazer qualquer coisa, quem sofre é ele. – o de olhos verdes aproximou-se ainda mais de Matteo. – Vá logo, os dois, passem tudo.

– Ainda deseja bancar o superior? – Francisco irritou-se. – Vou lhe ensinar a se portar como gente. – exaltou.

Um tiro é dado, o som fora absorvido pela chuva grossa. As pessoas em volta estavam caladas e só observavam o rapaz caído ao chão, muitos estavam assustados, outros ignoraram o fato. Não demorou muito para a tal notícia chegar aos ouvidos de Mariano.

– Senhor, um dos rapazes foi baleado e...

– Quem foi baleado? – perguntou para o rapaz que havia sido ignorado na noite passada pelo chefe.

– O senhor...

– Depois vejo isso. – se desinteressou repentinamente. – Entre em contato com Miguel e peça para mandar mais um funcionário. – assentiu a ordem. “Tomara que seja quem estou pensando. Que fim trágico Matteo...” sorriu Mariano. Seu ódio por Matteo não fazia sentido, como alguém odeia alguém que mal conhece. E como mandado o rapaz entrou em contato com Miguel. A notícia foi impactante, mas não havia o que se fazer.

– Mas ele está bem, Sr. Rinaldi? – indagou Miguel.

Foi para o hospital, mas não sabemos de muita coisa, porém não temos muita esperança, um tiro no lado direito da cabeça é um pouco delicado.

– Bem, mantenha-me informado, por favor. – pediu.

Certo. – ali se encerrou a conversa. Miguel pôs o telefone no gancho, estava pensativo. Começou a percorrer os corredores da casa do presidente. Avistou Ramiro conversando com Yam, o moreno foi sua escolha.

– Ramiro? – chamou sua atenção. – Preciso que vá naquele serviço em campo.

– Tudo bem, eu vou, mas por que irei? Achei que...

– Arrume suas coisas, depois te explico. Vou avisar o Nicolás de sua ida. – Miguel se afastou.

Ramiro somente assentiu, não pôde negar a ordem. Olhou para Yam que estava ao seu lado e a abraçou gentilmente na altura dos ombros. A empregada escorou a cabeça no peito do rapaz e suspirou, ambos não queriam se separar, é doloroso se afastar de quem se ama. O assistente do presidente andava apressado pelos corredores. Foi até o quarto de Luna e deu leves batidas na porta. Nico a abriu.

– Tenho más notícias. – disse ele ao encarar o segurança da castanha. Luna estava na companhia de Nina no quarto, mas logo tirou a atenção da amiga ao ouvir aquelas palavras. – Você será responsável pela Luna, peça ajuda para Yam no que precisar.

– Mas por quê? O que houve? – estava curioso. Ele e Miguel ainda conversavam na porta do quarto da moça.

– Um rapaz foi baleado, não sei quem, mas ele trabalhava aqui. – respondeu. – Ramiro terá de substituí-lo.

– Nossa. – surpreendeu-se. – E ele está bem?

– Não muito, o tiro foi na cabeça e isso é delicado. Mas enfim, está ciente da responsabilidade rapaz? – o homem queria certificar-se, Nico assentiu. – Ótimo. – deu uma leve batida no ombro do loiro e retirou-se.

O segurança encostou a porta e voltou a sentar afastado das garotas. A castanha estava inerte, ainda processava o que ouviu. “Ai meu Deus, diga para mim que não é o Matteo que está nessa situação” pensou Luna aflita, esses pensamentos tomaram conta da jovem.

Esse poderia ser o fim de algo que ainda estava no começo. O destino e traiçoeiro e nada conveniente.


Notas Finais




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