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História A Filha do Presidente - Capítulo 06


Escrita por: Lutteo

Notas do Autor


Todos os créditos a diva da Monick <3

Capítulo 6 - Capítulo 06


O mesmo no pregou os olhos a noite toda, e quando era perto das seis da manhã levantou. Diferente da outra vez que não dormiu a noite ele não estava com sono, estava mais acordado que nunca.

— Não dormiu de novo? — perguntou Simón ao ver as feições do amigo.

— Não.

— Por quê? Pensando de novo na tal Ada?

— Não, deixe para lá. — responde seco.

— Hum. — murmurou.

Arrumaram-se e desceram para o café, e Matteo começou a procurar Benjamin no meio dos outros jovens que esperavam o refeitório ser aberto. Não o encontrou e começou a imaginar onde o rapaz loiro poderia estar.

— Antes de entrarem para o café, quero que me acompanhem, por favor. — diz Mariano. — Sigam-me. — ordenou.

Todos os seguiram para o grande pátio onde havia um palanque e mais alguns homens do exército. Matteo encaixava as peças deste quebra-cabeças com a certeza que tinha haver com a confusão da noite passada.

— Veem este rapaz? —  apontou Mariano retórico ao subir no palanque. — Pois então... — dirigiu o olhar ao garoto que estava sendo segurado por dois homens. — Ele não nos obedeceu e será punido. Benjamin González foi líder de um pequeno grupo opositor aqui dentro e vai ser condenado por isso. — todos estavam em silêncio. — Podem achar exagero, mas quero que entendam, se vão servir o país, se querem trabalhar para o presidente e sua família, não podem ser contra as normas. — Matteo estava inerte, não conseguia crer que ontem a noite quase foi preso e poderia estar até mesmo no lugar daquele rapaz que estava com sinais de ter sido agredido. — O único que será punido na frente de vocês será o Sr. González. Os outros sete participantes do grupo já foram expulsos daqui e terão suas devidas punições, portanto, podem começar senhores.

Mariano desceu do palanque e a atenção do público só aumentou. Os homens agrediam o rebelde e o humilhavam, deixaram claro que armar algo pelas costas do governo não era algo viável. Matteo colocou na cabeça que fugir daquilo era a pior saída.

[...]

Enquanto um jovem se via dentro de um filme de tortura, uma garota se perguntava o que era necessário para ser feliz. Luna se recusava a levantar e Yam levou seu café da manhã no quarto. Depois da garota trocar o simples pijama por um short confortável e uma regata, sentou-se na cama para se alimentar.

— E Tamara? Quando vou ter aulas de novo? — a morena fala após levar uma torrada à boca.

— Acho que na outra segunda-feira. — responde Yam penteando os cabelos de Luna. — Vou confirmar e...

— Maninha. — soou a voz irritante aos ouvidos da Benson, após uma batida na porta. — Posso entrar?

— Ámbar? — Luna estava visivelmente indignada com a visita.

— Vim falar com você, me permite?

— Não se finja de boa moça, me poupe. — retruca friamente.

— Nossa Lu, vim numa boa aqui.

— Sei, acredito assim como também creio que tudo começou depois de uma explosão que matou os unicórneos. — ironizou.

— Ai, ai. — Ámbar sorriu de leve. — Você e seu bom humor, senti saudade disso. — entrou e encostou a porta. Luna bufou, Yam prendeu os cabelos da garota em um coque e se retirou deixando as duas a sós.

— Ainda está aqui? — jogou a menor grossa, embora já soubesse a resposta.

— Estou sim. — aproximou-se.

— O que quer?

— Te pedir desculpas.

— Pelo que? Ah já sei, pedir desculpas pelo dia em que mostrou para a mamãe que é melhor que eu. — riu pelo nariz.

— Do que está falando? — franziu o cenho.

— Não se lembra do dia em que eu tinha seis anos e você dez? — Ámbar sentou-se na beirada da cama para dar mais atenção à fala da irmã. — A mamãe nos deu folhas para desenhar e eu bem, não desenhei nada só rabisquei. E você desenhou um lindo lago enquanto eu achava que meus rabiscos eram um desenho.

— Luna, você tinha seis anos e era, digo ainda é cega. O que queria?

— Queria que compreendessem que eu não vejo nada. Como posso desenhar algo sendo que não enxergo. — começou a se exaltar.

— Olha, se acalme. Nunca fiz nada de mal a você. — se defendeu.

— Para com isso! — exclama aborrecida.

— Parar com o que? — a loira também estava começando a se irritar.

— De se fazer de inocente. Está na cara que só faz isso para me irritar ou para passar a imagem de santa para os outros.

— Não tem ninguém aqui. — replicou dando de ombros. — E pare de gritar comigo.

— Não importa, estou cansada de conviver com pessoas falsas. Se minha própria mãe não me ama, quem gosta de mim?

— Ela gosta sim de você. Dê uma chance para ela.

— Saia daqui. — mandou a castanha irritada.

— Ai, para mim deu. O Rey me pediu para vim aqui conversar com você, mas não dá. A mamãe está certa, você é louca, hipócrita, não está feliz com nada e sempre quer tudo ao seu modo. — cuspiu as palavras para a meia irmã. — Ingrata.

— Some daqui. — grunhiu sem qualquer educação.

— É o que eu farei mesmo. — diz se levantando.

— Vai tarde. — revida brava. Ámbar deixou o quarto batendo a porta com violência e isso só fez Luna se sentir pior. Ela rezava a todo instante para seu “anjo” aparecer, mas seu desejo não se realizava.

Quatro anos depois

— É Luna, não pode desanimar agora. — salientou o médico. — Conseguimos recuperar um pouco mais de vinte por cento da sua visão, é um começo. — afirmou.

— Mas você não disse que iríamos fazer outra cirurgia? — perguntou, estava sentada na cadeira de frente ao médico.

— Disse, mas vamos com calma. Você acabou de fazer dezoito anos tem muito tempo ainda. Vamos continuar com as estimulações visuais e depois vemos, certo?

–— Tudo bem.

— Não desanime, vai ver que valerá a pena.

— Tomara.

— Oras senhorita, me desculpe dizer, mas já passou por tantas coisas, não acho que deveria se desanimar tão fácil assim.

— É que as coisas não estão fáceis para mim. — referia-se a sua deficiência e sua relação com a mãe e a meia irmã.

— Bem, tenha uma boa tarde. — despediu-se da moça.

— Igualmente. — responde educada, deixou a sala em seguida na companhia de Ramiro.

[...]

Já era quase nove da noite. Ámbar, Sharon, Rey e Luna jantavam em silêncio até que um dos assistentes do presidente adentrou  o cômodo.

— Mandaram entregar senhor. — comunicou o homem de estatura baixa para seu chefe. — É do senhor Mariano Riera. — entregou um envelope ao homem.

— Ah sim, obrigado Miguel. — agradece o Presidente, o outro no instante seguinte se retirou.

— O que é isto? — indaga Sharon.

— Vou descobrir.

— Quem é esse tal Mariano? — Ámbar pergunta com curiosidade.

— Um dos homens que é delegado aqui na cidade. Imagino que sejam os nomes dos jovens que passaram no teste para trabalhar aqui. — responde Rey. — Bom, vamos ver. — abriu o envelope e começa a lê-lo. — Nossa, somente quatro passaram, nunca foi um número tão baixo. — refletiu brevemente. — Enfim, os nomes são: Francisco Rodríguez, Matteo Balsano, Nicolás Navarro e Simón Álvarez. — nenhuma das mulheres a mesa deu bola à lista. — Vou ter uma reunião com o Miguel e vamos fazer a distribuição deles.

— Não se esqueça de mandar aquela imprestável da Yam embora, pelo amor de Deus. — disse Sharon revirando os olhos.

— Primeiro, ela nem trabalha para você Sharon, mas sim para a Luna. — começou Rey. — Fora que essa reorganização não tem nada a ver com as empregadas e sim com os seguranças. Então nenhuma mudança nas outras áreas. — a loira somente o olhou torto, não gostou da resposta do marido.

— E eu? Quando irão me disponibilizar um segurança? Tenho os mesmos direitos que vocês. — intrometeu-se Ámbar.

— Calma, minha prioridade é encontrar um bom segurança para a Luna, já nós, eu verei depois. — explicou o homem. — Bom, vou indo me deitar. Amanhã bem cedo tenho a reunião. Boa noite para vocês.

— Boa noite. — dizem as três.

Ele se retirou e depois de uns quinze minutos todos já estavam em seus devidos quartos. Porém, enquanto havia uma família alimentada, satisfeita e confortável. Havia um grupo de quatro jovens que estavam a ponto de mudar de vida.

— Bom, já se passaram quatro anos. Todos aqui estão maduros o suficiente para proteger o país de vocês. — pronunciou-se Mariano. — Quero parabenizar vocês, afinal um grupo que de início havia trinta garotos e que hoje tem dez é realmente impressionante. — contentou. — Bem, somente quatro de vocês passaram e trabalharão na casa do Presidente.

Todos os dez rapazes estavam atentos e quando Mariano se referiu a quantidade de rapazes no momento muitos se lembraram do falecimento dos amigos, da exclusão ou da desistência dos colegas — Gastón era um dos que desistiram — outros acabaram se ferindo em treinamento e faleceram e boa parte foi se tornando opositora ao exército, o que fez muitos serem banidos do treinamento.

— Os senhores, Álvarez, Balsano, Navarro e Rodríguez irão amanhã para a casa do Presidente, lá será feita a organização de vocês. — explicou o homem. — Então, vão se deitar e descansem, pois amanhã será um dia cheio. — finalizou. Todos assentem e vão para seus quartos. Matteo ainda dividia o quarto com Simón.

Durante aquela noite, Matteo acordou exaltado e com os pensamentos tumultuados junto de uma dor no peito. Não sabia explicar exatamente, mas não era uma dor física, entretanto ignorou tal sensação e voltou a dormir, mas ainda sentia-se incomodado.

[...]

No dia seguinte, por volta das oito da manhã todos, incluindo Sharon, Ámbar e Luna estavam em uma reunião, o assunto: a chegada dos novos funcionários.

— Bom, acho que não preciso explicar como ou porquê da vinda deles, certo? — constata o assistente do Presidente, Miguel. — Enfim, foram enviados quatro jovens, dois com vinte e dois anos, um de vinte e quatro e outro de vinte e cinco. Eles serão responsáveis por cada membro da família Benson. — todos prestavam atenção. — Eu junto do Sr. Reinaldo fiz a distribuição e será o seguinte. Levei em conta o desempenho no treinamento do exército, os mais bem vistos foram os senhores Álvarez e Balsano, os dois de vinte e dois anos, ou seja, eles serão designados à senhorita Luna. — a garota não se agradou com a ideia, já não gostava de ser seguida por um segurança imagina por dois.— O senhor Rodríguez trabalha para a dona Sharon, já que ele é mais velho e o senhor Navarro para a senhorita Ámbar. — completou o homem. — Ramiro Ponce, antigo segurança da senhorita Luna trabalhará para o senhor Reinaldo por conta da sua experiência.

Foram dadas mais algumas informações e depois todos foram liberados. Sharon, Ámbar e Luna caminhavam pelo corredor em direção à sala de visitas.

— Aposto que o tal Sr. Navarro deve ser lindo, pensa só, faz parte do exército, tem vinte e quatro anos. Deve ser perfeito. — comenta Ámbar animada.

— Vá com calma Ámbar, ele não pode ter mais do que uma relação de trabalho com você. É a regra — advertiu Luna.

— Ela não é filha do Presidente nem nada, ou seja, é uma pessoa normal que mora aqui. Ela pode namorar quem quiser. — retrucou Sharon.

— Pensem como quiserem. — a morena andou mais depressa, ainda usava a bengala, mas agora começava a ter noções da luminosidade do local que estava.

[...]

Por volta das onze da manhã todos estavam na sala principal para receber os novos seguranças. Miguel era responsável por eles e os quatro jovens o seguiram até a tal sala.

— Bem, esses são seus novos patrões. — apresentou o assistente.

Ámbar fixou o olhar em Matteo, torcia para que o moreno fosse o tal Sr. Navarro, mas estava enganada. Simón e Matteo mantinham a atenção em Luna, fixaram o olhar nos olhos vazios da moça e ela nem sonhava que estava sendo observada pelos dois rapazes.


Notas Finais


Link da fic original: https://fanfiction.com.br/historia/602723/A_Filha_do_Presidente

Link do perfil da autora no Nyah: https://fanfiction.com.br/u/543490/

Link do perfil da autora no Spirit: https://spiritfanfics.com/perfil/nicolly_coletta

Enfim se passaram os quatro anos, e aí o que vocês acham que acontece a partir de agora? Comentem, eu ficaria muito feliz e autora ( a diva da Monick ) também.

Obrigada a quem leu, comentou e favoritou o capítulo anterior. Vocês são os melhores! <3


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