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História A fita e a espada - Casa


Escrita por: Pertom

Notas do Autor


Tudo o que quero é poder contar essa história...

Capítulo 1 - Casa


-Povo da aldeia! O imperador já foi anunciado! Como previsto o bravo guerreiro Zano irá assumir o posto e nos guiar para um futuro grandioso!

Lorese ouvindo tudo o que o anunciante dizia abriu um leve sorriso e continuou em direção a sua casa, ao chegar em frente colocou sua mão em frente a porta, segurou a maçaneta por uns segundos, viu sua mão se molhar com isso olhou para cima notou que a água na verdade era uma lagrima sua. Abriu a porta e quando entrou imediatamente viu sua esposa. Assim que ela o viu, seus olhos se encheram de lágrimas, correu em direção aos braços dele e começou a chorar:

-Lorese! Faz muito tempo que não te vejo! Achei que tinha morrido na guerra!

-Acalme-se Rina, agora estou aqui e ficarei com você para sempre. Nunca mais lutarei. Eu prometo.

-Vou preparar chá, assim podemos conversar.

Com a mesa posta, sentaram-se, e enquanto tomavam o chá contavam o que aconteceu em todo esse tempo:

- O que você recebeu como recompense por ter sido um dos melhores soldados? Afinal, onde está sua armadura? Lembro-me que ela era muito bonita, ela era preta e azul com o símbolo de nossa nação.

-O que recebi? Fui retirado do exército, com isso levaram a espada, a armadura e minha honra! Tudo isso sem motivo algum, aquele demônio me paga! Devia ter matado ele enquanto pude!

-Você reclama de sua honra, mas ia matar um de seus aliados em combate! Uma vida vale muito mais que uma armadura, um status e até mesmo a espada de seu avô!

-Ele nos traiu, apesar de parecer um herói o que ele realmente quer é algo que eu não quero perder!

-E o que seria de tão importante para querer mudar todo o curso de uma guerra?

-Você! Falou que ia se apoderar de você! Este ser ainda tem rancor dos tempos de em que você o negou e não estou disposto em te perder nunca mais!

Ela se levantou e saiu correndo em direção a um rio próximo do jardim japonês da vila onde moravam, suas lágrimas caiaram em poças de água da noite anterior refletindo as primeiras estrelas a aparecer pela noite, as pétalas de rosas vinham rumo a seus belos cabelos por uma brisa suave, virou sua cabeça para a direita, onde estava o rio em que se lembrava de mergulhar quando era jovem. Quando notou que um monge se aproximava pela ponte do mesmo rio, ficou imóvel, como se tivesse visto alguma divindade em sua direção, seus olhos começaram a cintilar como as estrelas e correu em direção dele:

-Len! Preciso de sua ajuda, Lorese está obcecado em que Zano está atrás de mim, isto é verdade?

-Ora ora, minha jovem, todos nós sabemos que o futuro sempre será incerto, assim como tudo na vida não sabemos o que está por vir. Notei uma grande energia saindo de sua casa e vim correndo para cá saber o que está acontecendo, o único conselho que posso lhe dar é para aproveitar este presente.

Tirou de um bolso de seu uniforme uma fita rosa, cortou-a com sua tesoura e entregou para a jovem perdida em seu pleno estado emocional.

-Se o seu medo é perde-lo, coloque-a nele e peça para nunca mais a tirar em sua vida, se amar você irá aceitar seu pedido, lhe garanto.

-Obrigada.

Pegou a fita que havia pousado em uma pedra do jardim japonês e quando foi se virar para agradecer novamente, notou que o monge desapareceu e apenas uma cortina bela e ofuscante de pétalas de rosa apareceram em onde ele estava, segurou firme a fita e foi em direção a sua casa. Ao chegar disse para seu amor se acalmar e que o dia seguinte será um novo dia, foram para o quarto, onde adormeceram.

-O nascer do Sol está muito bonito hoje não é mesmo Lorese?

-Sim está, ele até consegue abrir um sorriso em meu rosto, mesmo que me preocupe com outros problemas.

-Posso te fazer um pedido de coração? Está vendo esta fita rosa? Quero muito prender seu cabelo com ela, poderá ficar sempre usando ela? Assim você irá sempre se sentir comigo, mesmo quando não possa me ver.

-Se este desejo irá terminar com a dor que nossas almas sentem eu aceito, juro que nunca tirarei esta fita, que isto seja uma marca de nosso eterno amor.

Rina prendeu os longos cabelos castanhos de Lorese com a precisão de uma costureira chinesa ao fazer os trançados de seu vestido com a seda mais fina, derruba uma única gota de lágrima, se levanta e sorri:

-Pronto! Que tal avisar todos da vila de sua volta! Muitos sentiram a sua falta, acho que deveríamos visitar a casa dos Meres, Nagi sentiu muito a sua falta.

-Sabe que não gosto muito de visitas. -Deu uma risada e piscou os olhos. – Vamos lá! Acho que não tenho escolha, mais cedo ou mais tarde eles descobrirão que estou de volta.

O casal se dirigiu à porta de entrada da casa dos Meres, bateram na porta, ao serem recebidos por Nagi:

-Meu grande amigo! Faz muito tempo que não nos vemos! Vamos entrem, vamos conversar no jardim. -Eles se dirigiram até o jardim, sentaram-se em banquinhos feitos de antigos tocos de arvores.- Então meu colega conseguiu cumprir a aposta?

-Só um momento! Que aposta foi essa?

-Apostamos que se esse forte guerreiro conseguisse matar 50 daqueles farsantes eu pagava a bebida!

-Lembro da aposta, terei que pagar desta vez...

-Como assim! Você tinha dito que ia ser fácil meu amigo! O que houve? Eles usaram mais arqueiros na formação?

-Nada disso, havia matado 10, quando percebi que a guerra não faz mais sentido, porém continuei lutando por meus superiores, apenas parei de matar, porém aqueles que minha lâmina acertava não puderam mais entrar em batalha.

-Você parando de matar! Hahaha! Só se estiver doido, você era conhecido como o grande Lamina da Morte e agora não é mais nada?

Lorese se levantou, virou, abriu uma fresta da porta, olhou para trás e exalou uma face de ódio:

-Meu amigo, o sangue pela qual estamos lutando não vale nem sequer o preço de 1 dose de saque.

Lorese terminou de abrir a porta e se retirou da casa, quase instantaneamente Nagi se levantou e correu em direção ao seu grande amigo:

-O que foi? Não me diga que devemos acionar o plano?

-Você ainda se lembra disto? Pelo visto você entendeu, aquele homem como previmos realmente está planejando em sequestrar a Rina, se você ainda acredita naquela investigação que fizemos 1 ano antes da guerra pegue o armamento que separamos.

-Existem provas que isto realmente irá acontecer? Não podemos usar o arsenal de emergência se for um alarme falso, eles descobrirão que guardo armas!

-Sim, aquele traidor na guerra matou o nosso Imperador com um plano sujo, enquanto lutava fez um sinal parar algum arqueiro de nosso lado se virasse em direção ao nosso líder e atirado uma flecha nele, com isso o desgraçado matou o arqueiro e acabou se tornando um herói. Como o imperador não tinha descendes e o mais próximo era da linhagem daquele desprezível impulsionado com os ideais de herói vingador mostrado pelos jornais ele acabou assumindo o a posição. Assim que assumiu tirou todo o meu equipamento, sinto que será em breve, avise os outros que sabem do arsenal para se prepararem.

Nagi fechou seus punhos com a raiva e ódio que acabou sentindo a dor do próprio aperto ao fechar, olhou para os lados, respirou compreensivo e apenas recitou um verso que sempre acompanhou a vida dos dois guerreiros:

-O medo prende. O medo liberta. Não tenhas medo. É o covarde que não sente medo.

-Obrigado, deixarei o sino de emergência preparado para qualquer problema que esteja por vir nestes dias, enquanto isso aproveite sua família.


Notas Finais


Obrigado por ler...


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