1. Spirit Fanfics >
  2. 3 - A Floresta do Medo >
  3. Feitiços

História 3 - A Floresta do Medo - Feitiços


Escrita por: Samuel_Super_

Capítulo 5 - Feitiços


Fanfic / Fanfiction 3 - A Floresta do Medo - Feitiços

Após entrarmos na casa, as três senhoras sentaram-se a mesa redonda. Jane olhava para fora sempre, tentando se acostumar com o fato de milhares de seres nos rodearem; Francis preparava um chá; e eu estava sentada de frente para as mulheres enquanto amarrava um pedaço de pano na minha panturrilha.

            - Bom você está linda filha. – disse uma que usava um gorro preto por baixo do cabelo negro. – Sempre dizia que ela ia se tornar uma princesa, lembram-se irmãs? – ela disse para as outras mulheres.

Elas assentiram e cochicharam. Outra senhora que tinha um xale muito bonito prontificou-se a falar.

            - Eu que te desenhei. Fiz cada curva do seu rosto enquanto a Valmênia desenhava sua personalidade e a Arantxa seu corpo. – ela disse sorrindo.

A senhora ao seu lado, que deveria ser a tal da Arantxa, sorriu e segurou minha mão. Resisti ao impulso de largar a mão áspera dela.

            - Sinto muito em tê-la deixado... – sua voz era carregada de pesar.

Levantei as mãos e pisquei.

            - Esperem! Não sei do que vocês estão falando, senhoras. Minha mãe morreu à meses atrás, junto com toda a minha família. E vocês não são minhas parentas. – falei. – Então se esperam receber algo de mim sendo minhas “mães”, saibam que não tenho nada. 

Elas ficaram sérias. Então Francis surgiu e sentou-se ao lado delas.

            - Infelizmente Emy, elas estão certas. – informou.

O olhei.                                                        

            - Como assim? – perguntei. – Não te disse que minha família morreu?

Ele me olhou de forma piedosa. Xale Bonito levantou-se e andou pela casa.

            - Bem, parece que tenho de te contar tudo. – ela falou. – Primeiramente entenda que somos sua mãe, suas criadoras... Segundo: creia que isso é verdade.

 

Colônia Tracintown, 1600

 

Morávamos nessa floresta.

A Colônia Tracintown tinha o equivalente à 150 pessoas que viviam em cooperação. Havia a Senhora que comandava tudo e todos na colônia. Vivíamos da caça, da pesca e dos frutos que a Floresta nos dava gratuitamente. A Colônia era nossa casa, nosso lar, por isso a amávamos muito.

Todos viviam em paz. Nós três eram as bruxas da colônia e até hoje somos. Prevíamos o futuro e nos conectávamos com o cosmos que sempre ajudou a tribo. Aliás, Tracintown foi o nome escolhido por nós após uma conexão com o cosmos. Lembramos até hoje o dia que nós três e a Senhora junto com seus filhos pisamos aqui, de pés descalços, e resolvemos fazer uma tribo. Talvez a tribo mais forte de 1600.

            - Valmênia, Arantxa e Laroy, a Senhora as chamam. – disse o mensageiro da tribo.

Caminhamos por toda a tribo e todas as casas até chegar à Toca Maior. A Senhora estava sentada no seu trono de madeira e folhas que tinham feito dias antes; uma coroa de folhas com retalhos em ouro rodeava sua cabeça e as roupas costuradas e abençoadas por nós caía bem em seu corpo.

            - Fomos chamadas Senhora? – perguntei. Valmênia e Arantxa a olhava com medo.

Ela nos lançou um olhar triste. Então desceu do trono e nos levou até a mesa dos mapas, onde haviam arquitetado uma rota de fuga.

            - Confio muito em vocês bruxas. Sei que Salém jaz em vocês, por isso as chamei. – ela disse. – Identificamos uma tribo maior e mais forte a poucas luas de distancia até nós. Eles caminham em cavalos fortes e tocam o chão suas lanças de prata e ferro. Capacetes mais resistentes são latejados por cruzes católicas. – ela engoliu em seco. – Sabem que aqui há a prática da bruxaria... Eles não entendem. Vão nos queimar.

Nós três estremecemos. Naquela época, existiam vários países que adotavam o catolicismo como prática religiosa. Os padres e bispos taxavam a bruxaria e queimava quem a praticava. Não entendiam que era nossa religião. Eles não nos toleravam.

            - Mas ter uma força dessas nos caçando é horrível e perigoso. – disse Arantxa. – Compreensivelmente devemos sair daqui e abandonar a Floresta do Medo. – ela nos olhou. – Mesmo que seja duro para todos nós.

Meus olhos pesaram.

            - Exatamente. – concordou a Senhora. – Sairemos ao amanhecer. Avisaremos essa noite a todos da tribo e marcharemos sob o Sol da manhã até o outro lado do mar onde nos esconderemos. Lá não há perigo. Lá há tolerância. Vão nos entender.

Assentimos. Deixamos a Toca Maior com alguns gestos solene e caminhamos até nossa casa no alto da Colina.

 

            - Aqui é o berço, irmãs. – disse. – Sairemos daqui simplesmente? Sabe que temos conexões com o cosmos aqui, nessa Floresta.

Valmênia tomara todo seu chá.

            - Realmente a Floresta do Medo é nosso lar. Nascemos aqui, assim como a Colônia. – Valmênia disse. – Temos de ter sabedoria. Como deixaremos esse lugar tão importante sem tomar precauções por ter alguém que o use incorretamente?

Ficamos caladas.

            - Lembra-se daquele feitiço, Arantxa? – perguntei. – Um que inventamos e não deu muito certo com o esquilo.

Há uns meses, Arantxa e eu queríamos criar animais próprios da floresta, para sempre termos o que comer. O feitiço consistia em saber desenhar e pensar. Além dos ingredientes certos para fechar.

            - Uhum, lembro sim. – ela respondeu. – Mas para o que usaríamos aquilo?

Levantei do banco acolchoado.

            - Já pensou se criássemos um ser que conectasse a magia da Floresta do Medo com si próprio? Tipo, sabemos que a Floresta corre perigo sem a Colônia, assim como vice-versa. Mas se continuássemos com a colônia com apenas uma pessoa? Se essa pessoa morresse, a Floresta também morreria. Mas a Floresta não sofreria nenhum risco se a pessoa continuasse viva. – expliquei.

Elas ficaram mudas. Então Valmênia ajeitou seu xale.

            - Você está falando de despertar a magia da eternidade também. – falou ela. – Se criássemos essa pessoa e a conectássemos com a Floresta do Medo, a magia da mortalidade com a imortalidade iriam se juntar. E vocês sabem quem é mais forte, certo? – perguntou retoricamente Valmênia.

            - Isso quer dizer que qualquer ser que pisasse e vivesse na floresta seria eterno e nunca envelheceria. Vocês, irmãs, estão falando em mexer com a natureza humana. – avisou Arantxa. – Além de imortalidade da parte da floresta, há a mortalidade da parte da pessoa. Ou seja: a pessoa que vivesse aqui, nunca ia envelhecer, entretanto poderia sim morrer. Assim sua alma ficaria aqui. Presa para sempre.

O fogo da lareira crepitou mais forte. Depois do silêncio desconfortável, tive que falar.

            - É a única maneira de deixar a Floresta do Medo segura. Além de continuar com a magia do cosmos.

Valmênia retesou.

            - Realmente temos de fazer isso. – ela disse. – Como era o feitiço?

 

O caldeirão fora posicionado no centro da sala. Afastamos todos os móveis e deixamos a área livre. O caldeirão era enorme: as três de nós cabiam no espaço da circunferência. Vestimos as roupas pretas e pomos os cones na cabeça. Apenas nossos olhos e mãos eram visíveis.

            - Preparadas irmãs? – perguntei.

            - Sim.

            - Sim.

Suspirei.

            - Liguem a caldeira. – pedi.

Arantxa e Valmênia estenderam as mãos e labaredas quentes queimaram a madeira embaixo do caldeirão. O chão de pedra ficou chamuscado.

            - Ó cosmos, senhor profundo, deus sereno, o maná inalienável. Suas servas procuram o segredo da vida que acreditamos ser fundando em ti, recorremos à magia em função da preciosidade: vida plena e terrestre.

Levantei meus braços em oração. Valmênia e Arantxa imitaram-me. Peguei um pote e o abri.

            - A forma do vaso. – joguei o desenho de seu corpo, Emillie.

Puxei duas folhas de papel.

            - A persona, e a base de tudo. – mergulhei a personalidade e a forma do rosto.

Arantxa furou o seu dedo e o dedo de nós três. Fechamos um círculo e Arantxa entoou.

            - O sangue compartilhado pela vontade da criação. – ela recitou, então juntamos nossos dedos sangrando. Uma gota de todos nós caiu no caldeirão que agora borbulhava.

Valmênia puxara uma adaga. Ela cortou uma fatia de pele de nossas pernas e jogou no caldeirão. Uma luz vermelha acendeu por toda a casa.

            - A carne compartilhada pela vontade da proteção.

Então peguei o jarro ao meu lado e despejei o ultimo ingrediente: a madeira da árvore abençoada.

            - O osso simbólico da união com um único ser: a Floresta do Medo. – entoei.

Quando deixei cair a madeira, a água borbulhou mais forte. Demos nossas mãos e entoamos uma música de restauração ao redor do fogo. Agora o ar estava metalizado e a madeira da casa, quente. Continuamos a entoar até que no caldeirão surgiu da água uma papa branca formando bolhas. A tensão do lugar tinha esvaído e agora estávamos só nós três estáticas.

            - Deu certo? – perguntou Arantxa.

Olhei para dentro do caldeirão.

            - Veremos amanha de manhã, antes de irmos embora. – respondi. – Precisamos fazer a conexão física agora. A vital foi feito com a madeira.

Elas assentiram.

A lua estava cheia naquela noite. Nós três erguíamos o caldeirão com dificuldade. Pusemo-lo na grama atrás da casa e cavamos um buraco de dois palmos. Despejamos sua essência e jogamos a terra em cima, formando um montinho de terra negra.

            - Agora basta esperar. – falei hesitando.

Voltamos para casa e dormimos tranquilamente. Lá embaixo, as luzes dos lampiões em cada casa eram apagadas, menos a fogueira central onde estava a mesa. Podia ver apenas a luz da Toca Maior ligada, pensando que, provavelmente, a Senhora estaria repassando o plano de fuga e de olhos abertos para qualquer coisa. 

- Espera! – ergui as mãos. A senhora que estava em pé voltou a atenção para a mesa. – Vocês estão dizendo que não fui concebida normalmente, mas eu já vi fotos de mim criança com poucos meses de nascimento.

Jane levantou-se.

            - Senhoras, vocês estão dizendo que Emillie nasceu através de magia. Sei que a magia existe, fui trazida pra cá através dela; entretanto mexer com a natureza humana é impossível. – exclamou Jane.

Francis estava calado. Parecia que via racionalidade em tudo que as velhas diziam. Mas será que era verdade? Lembrei-me da escoteira que me arrastava dizendo que eu tinha tudo a ver com isso. Eu poderia ter alguma conexão com a Floresta do Medo? Seria por isso que os fantasmas estão revoltados comigo?

            - Francis está de prova. – disse Arantxa. – Pergunte a ele!

Virei-me em direção à bancada da cozinha. Fran estava apoiado num banquinho de madeira quando perguntei em silêncio. Ele assentiu.

            - Lembra-se de quando te disse que minha família morreu? – ele perguntou. – Eu saí de minha casa, então, sem saber o sentido da vida, vim matar-me. – ele fungou. Reparei a dor nos seus olhos. Era muito difícil para ele lembrar tudo que já sofreu. – Quando entrei na floresta, avistei a casa. Caminhei em direção a ela e te encontrei Emy. – ele falou estendendo a mão. – Você era um bebê muito fofo. – um sorriso brotou do seu rosto. – Toda a dor passou... Todas as mortes foram esquecidas. Eu me sentia eterno ao seu lado.

“Cuidei de você como se fosse minha filha durante alguns meses. De forma estranha, reparei que você não crescia e eu continuava o mesmo, mas não ligava: você era meu presente. Então em 1921, um casal acampa na Floresta do Medo. Naquela época eu sabia de tudo que esse lugar transmitia através dos diários de Prio e das expedições que fazia. Sabia que eles iriam morrer.”

“Mas eu tinha de deixar. Não podia abrir mão de tudo que tinha conseguido até agora. Mas o jogo virou. Uma noite, quando estava voltando para casa, não vi mais o acampamento deles. A luz daqui de casa estava ligada, então corri para ver se você estava bem. E você havia desaparecido. Procurei por toda floresta, quase fui morto pelos fantasmas. Então conectei os fatos: eles tinham te levado. Você nunca mais ia voltar. Então você voltou, fazendo com que eu me apaixonasse novamente.”

Um tremor percorreu meu corpo. Tive que empurrar o nó na garganta que havia se formado após a história. Eu sempre perguntei aos meus pais o motivo de haver apenas fotos velhas de mim pequenas. Eles sempre respondiam algo nada a ver ou mudavam de assunto.

            - Então é verdade? – eu me recusava a acreditar. – Eu nasci de um feitiço?

Elas e Francis assentiram. Jane olhava com os olhos arregalados para a cena e revelação. Tudo se encaixou: os fantasmas dizendo que tudo era minha culpa, a conexão repentina com a Colônia Tracintown, a floresta não ter tentado me matar diretamente... Eu era a conexão, a força da mortalidade na floresta. Por isso que os fantasmas queriam ser libertos: eles deviam acabar com a força vital da floresta, para isso tinham de usar o modo mais viável... Matando-me.

            - Te-tenho que sair daqui. Agora! – gritei.

Corri até o quarto e puxei minha mochila. Troquei a blusa enquanto Francis e as velhotas vinham em minha direção.

            - O que você está pensando, moçinha? – perguntou Laroy. – Não pode sair da Floresta do Medo.

Calei-me.

            - Você poder morrer mais facilmente andando por aí que ficar em casa. – aconselhou Arantxa.

Francis segurou meu braço. Senti seu cabelo cacheado tocando minha nuca. Olhei para ele.

            - Tenho de sair, Fran! – falei. – Não quero ser eterna, além disso, estou correndo perigo ficando nesse lugar.

Ele apenas lançou um olhar diferenciado. Não identifiquei o que ele queria dizer, então franzi o cenho. As três velhas falaram em uníssono, aproximando-se.

            - Filha, não vá. A magia da floresta está instável, principalmente nesses dias.

Virei-me para elas.

            - Como assim? O que há nesses dias? – perguntei.

Elas se entre olharam e Laroy disse quase como uma súplica.

            - O Halloween aproxima-se. Faltam apenas dois dias para o fim da colheita. – ela disse. – É nesse período que os fantasmas estão mais eufóricos e mais fortes. Durante o Halloween, os mundos dos vivos e dos mortos ficam bem próximos, onde ambos podem migrar para esses mundos.

Arantxa aproximou-se.

            - Imagine isso numa floresta como essa? Onde existem vários fantasmas enraivecidos. – ela contou. – Eles querem vingança Emillie. Eles podem te matar, pois a magia da floresta fica fraca nesses dias e essa proteção que vocês têm nessa casa é quebrada. – então ela olha para Francis. – Sempre que alguém sobrevivia nessa casa por um ano, morria no Dia das Bruxas.

Estremeci. Se Francis estava lá por tantos anos, porque ainda não tinha sido morto? A pergunta ia sair da boca quando Jane me tocou.

            - A melhor forma de sobreviver é ficar aqui. – ela falou marejando. – Onde podemos lutar a seu favor.

Francis estava nervoso. E não era por causa do Dia das Bruxas, isso eu tinha certeza. Na França nunca havia essa tradição: Halloween era coisa americana, do outro lado do mundo.

            - Agora estou presa aqui!

As três senhoras olharam pela janela.

            - Precisamos ir. – elas disseram em uníssono. – A colônia não é muito feliz hoje em dia. Estão fincados no mundo sobrenatural por culpa de uma bruxa nativa! – elas ficaram com raiva, mas depois suas expressões se tranquilizaram.

Segurei suas mãos.

            - Muito obrigada, senhoras. Fico muito agradecida pela visita, muitas coisas foram esclarecidas hoje à tarde. – sorri e elas retribuíram.

O trio de bruxas abriu a porta da frente e caminharam até o meio do pátio. Elas viraram-se na direção da casa, onde estávamos na varanda e uma delas gritou:

            - Não se esqueça do livro Francis! – gritou. – Só ele pode abrir o canal...

Então elas viraram parte dos ventos da floresta e sumiram.

 

À noite, Jane sentou-se a mesa junto conosco. Francis estava com uma folha de caderno na mão e lia um dos trechos que achara num livro antigo sobre o Dia das Bruxas. Eu fiquei apertando o livro de feitiços que as velhas referiram-se.

            - Acharam algo que pudesse nos ajudar? – perguntou Jane.

Francis tirou os óculos. Sua barba havia crescido um pouco mais, deixando-o com ar de mais velho.

            - Nada. Aqui diz que o Halloween conecta os mundos sobrenaturais e suas diversas camadas. É um período onde fantasmas nascem e fantasmas podem morrer. – ele falou pesadamente. – Nada pode nos ajudar. Temos de defender a casa e matar alguns fantasmas, pois eles podem morrer nesse dia.

Jane ponderou sobre a situação. Aprendi naqueles dias com ela que havia uma mente muito estratégica maquinando algo. Ela tinha experiência, enfim.

            - Bom você disse que o Halloween é tudo isso de morto-vivo, mas vamos enxergar as coisas por fora: é um período onde mundos podem ser abertos, inclusive o sobrenatural. – ela começou gesticulando. Minha atenção toda estava focada nela, então percebi onde ela queria chegar. – Minha experiência com portais é bem grande, além disso, a velha disse que o livro – ela apontou para as páginas na minha mão – Tem a capacidade de abrir um portal. Isso significa que um portal é a maneira certa de sair daqui.

            - E você voltar para casa. – acrescentei. Pela sua expressão, ela não tinha pensado naquilo.

Mas de repente Jane assumiu uma feição diferente, que representava um sentimento: receio. Será que a vida de Jane era bastante interessante no futuro? Será que ela gostava de ficar no Outro Lado da Ilha andando pra lá e pra cá e só... Sobreviver? Vi que ela não queria ir embora.

            - Não. – ela negou. Então levantou o queixo. – Não quero sair daqui. Você tem de sair Emy, mas eu não. Nunca tive uma família como vocês: sempre foi a metade de tudo; metade de um pai, de uma irmã, e sim, metade de uma mãe. Com vocês eu tenho tudo completo: vocês me fizeram enxergar quem eu sou e onde eu devo ficar.

Nós a olhávamos estáticos. No fundo eu sabia que ela gostava de tudo que estava acontecendo.

            - Também te amo, Jane. – disse Francis rindo. – Bom, vamos focar, pois não quero perder minha namorada maravilhosamente linda. – ele me beijou.

Jane riu.

            - Certo. Nesse livro tem tudo para fazer um portal e expulsar fantasmas, okay? – perguntou ela.

OKAY? O que era aquilo? Detive-me a perguntar.

            - Acho que sim. – vi o desconforto no olhar de Francis também. – Vou ler algumas coisas que consegui traduzir, depois passo para vocês. Agora basta esperar o Halloween chegar para abrir o portal de saída.

Assentimos. Jane foi para o sofá dormir enquanto a lareira a aquecia, mesmo depois de Francis ter se oferecido para dormir lá. Eu e Fran fomos para o quarto e nos deitamos. Naquela noite ele foi bem delicado na hora do sexo: sutil, devagar e romântico. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...