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História A Floresta Mal Assombrada - Capítulo 3 - Demons


Escrita por: WhoosPanda

Notas do Autor


Comentários na notas finais.


Boa leitura *•*

Capítulo 3 - Capítulo 3 - Demons


Fanfic / Fanfiction A Floresta Mal Assombrada - Capítulo 3 - Demons

Demons
 
 
 
 
 
 
 
 
When you feel my heat; Look into my eyes; It’s where my demons hide; It’s where my demons hide”
“Don’t get too close; It’s dark inside; It’s where my demons hide; It’s where my demons hide

 
 
 
 
 
 
 
Coreia do Sul, 30 de março de 1886.
 

 
 
 
 
 
 
O tempo é a duração relativa das coisas; cria a ideia de presente, passado e futuro. O tempo é algo estranho, pôde-se ver o tempo passar diante dos olhos sem ao menos perceber. O tempo para um passa mais rápido que para outro. Em determinado momento o tempo parece passar muito mais devagar, e em outros ele passa em um piscar de olhos. 
 
Faltavam apenas vinte e uma horas e cinquenta e dois minutos para o casamento do Príncipe ômega com o alfa do condado leste. Mesmo com pouco tempo, tudo estava quase finalizado. O castelo estava uma balbúrdia. As servas do castelo corriam de um lado para outro, apressadas. Estavam esfalfadas de tanto trabalho. Corriam de um lado a outro, colocando cada decoração em seu devido lugar, deixando o castelo impecável para o casamento real. 
 
O casamento aconteceria de noite, por motivos de plenilúnio. Já que nessa época ômegas e alfas ficam mais férteis e propensos a procriar e assim dar origem a novos lupinos puros. A lua cheia era sempre a mais esperada. Em um dia normal, o cheiro de um ômega atiça o olfato apurado do alfa, o deixado atordoado; em lua cheia, esse cheiro se torna mais forte deixando-os fora de si.

        Seu pai havia pensado em tudo. 
Jimin agradecia aos ventos dos quatro cantos, por não ter visto Si Won em nenhum momento. Vagando pelo castelo. Não queria vê-lo, isso é o que menos queria desde o ocorrido do dia anterior. Com toda essa agitação, era bem capaz de o alfa estar ocupado, e o pequeno Park agradecia por isso. Por ser ômega não poderia governar o reino da Coreia do Sul, portanto, Si Won estava participando de negociações e reuniões reais, já que será ele quem irá governar, deixando ainda mais evidente sua fome pelo poder ao aumentar os impostos perante ao reino, causando descontentamento nas aldeias e gratidão dos nobres. 

       Tudo o que ele mais queria. 
Jimin não estava muito diferente. O único tempo que tinha de repouso era quando ia dormir, mas nem isso conseguia fazer direito. O rei achou uma boa ideia colocá-lo em aulas de etiqueta e culinária, para que ao menos o comportamento do ômega mudasse e assim se tornaria um ômega perfeito. Mas era apenas mais uma perda de tempo, a tutora não possuía ter a mínima vontade de ensinar alguém como o ômega, sempre aproveitando cada deslize para puni-lo da maneira mais agonizante possível.


Perdeu as contas de quantas vezes precisou ir ao alfaiate para que pudesse tirar as medidas de sua roupa cerimonial. A Capicalli’s era a loja mais procurada em todo o reino. Principalmente agora que o príncipe ômega passou a frequenta-la com maior frequência. Mas Jimin não podia negar, a dona da loja tinha um grande talento para roupas, sem tirar que ela era muito simpática. Grande parte de suas roupas sociais haviam sido desenhadas por ela. 
 
E lá estava provando o terno cerimonial, novamente; mas a diferença é que agora levaria ele consigo. Estava virado de costas para o espelho, impedindo que visse o terno em sue corpo, se contentando em matar sua curiosidade assim que volta-se ao castelo; o que não demorou a acontecer. Com o terno em mãos, saiu da loja com dois guardas ao seu encalço, logo entrando dentro da carruagem que o aguardava em frente ao estabelecimento. 
 
Durante o percurso até o castelo; Jimin foi observando cada detalhe do lado de fora da carruagem. O dia estava frio, mesmo que o sol tentasse esquenta-lo. Assim que a mesma parou em frente a uma confeitaria, o ômega pode ver crianças brincando umas com as outras de pega-pega, até uma delas cair e começar a chorar. No mesmo instante, a mãe da criança aparece lhe pegando no colo tentando acalma-la e a levando par dentro da confeitaria, talvez para cuidar dos machucados e lha encher de doces, como forma de mimo. Jimin sorria ao ver a cena, sentia muita falta de sua mãe; sentia falta de ter ela ao seu lado lhe afagando o cabelo e lhe dizendo que tudo ficaria bem que era apenas um sonho ruim. Mas tinha que ser forte e não dar o braço a torcer.
 
Ao chegar ao castelo, o príncipe foi diretamente ao seu quarto provar uma última vez a roupa cerimonial, para finalmente vê-lo como ficava em seu corpo magro. A roupa não possuía muitos detalhes, mas também não era nem um pouco discreta. Consistia em um terno vitoriano branco com detalhes em cinza, acompanhado por uma gravata borboleta na cor preta; nos ombros possuía uma obreira de ouro com detalhes feitos a mão. Essas que o ômega achou totalmente desnecessárias. Todavia, a roupa era muito elegante e de certa forma havia dado mais charme ao ômega.
 
Depois de ter provado a roupa, deu-a para as empregadas para que possam passar e dar os últimos toques antes do casamento. Suspirou, derrotado olhando para seu quarto impecável, Jimin odiava bagunça, seu quarto é a prova disso sempre bem organizado.andou em direção ao banheiro para tomar um breve banho. 

Após seu gracioso banho um dos guardas o avisou de que seu pai queria vê-lo em breve na sala de reuniões. O ômega congelou ao ouvir as palavras do guarda, apenas suspirou abaixando a cabeça em total rendição e submissão. Avisou ao guarda que logo encontraria seu pai; o mesmo apenas fez uma breve reverência saindo do quarto do ômega. 
 
Nervoso, andou até a sala onde seu pai gostaria de vê-lo, a famosa e aterrorizante sala de reuniões. Assim que abriu a porta encontrou seu pai sentado de forma despojada em sua poltrona feita especialmente para si, e em sua mão havia um copo de uísque pela metade. E como se não bastasse seu pai querer vê-lo sem motivos, Si Won também estava lá sentado ao lado do rei com o seu típico sorriso sínico.
 
   – Gostaria de falar comigo, majestade? – Perguntou o ômega acuado. Sentando no lugar apontado pelo mais velho, um pouco mais afastado dos dois algas ali presente. 
 
– Acho bom começar a falar, ômega. – Falou o alfa mais velho tomando um gole da bebida forte em seu copo. – Sempre soube que eras um ômega fraco e inútil. E agora esse ato de covardia é traição? Quem acha que é ômega? – Ralhou irritado. Jimin pode notar a voz do rei um pouco mais arrastada que o normal, denunciando que aquele não era seu primeiro copo.
 
– E-Eu não sei do que você está falando? – Gaguejou. Estava nervoso e confuso. Não entendia o que seu pai queria que falasse, ou melhor, esclarece-se. 
 
– Esta se fazendo de sonso, praga? Sabe muito bem do que falo. – Vociferou o rei, batendo a mão fortemente contra a mesa.
 
– Acalme-se, meu rei. – Falou Si Won se levantando e andando em direção ao ômega.
 
Jimin estava completamente confuso. A situação naquele ambiente se encontrava completamente estranha. Nunca havia visto seu pai daquela forma, parecia que iria matar uma pessoa qualquer com suas próprias mãos, e Jimin tinha certeza de que essa pessoa era ele. Si Won por outro lado estava mais animado do que o normal, e isso deixava o ômega apreensivo; não sabia do que o alfa era capaz de fazer, principalmente agora que terá o poder do reino da Coreia do Sul em suas mãos. 
 
Já próximo do ômega, Si Won se abaixou ficando próximo ao ouvido do ômega e sussurrando com certo nojo em sua voz. – Conte-nos de seu relacionamento com o lobo, ômega. 
 
 
 
 
 
 
 
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Quantas conseguiu, meu fiel guardião?
 
O alfa ajoelhado encarou a sombra a sua frente. Suspirou, sabia a que ela estava se referindo. Sua caça não havia sido uma das melhores, principalmente agora que estava sozinho. Por descuido seu, havia sido atingido e isso acabou tirando total atenção da caçada o obrigando a voltar para a floresta.
 
Derrotado, abriu sua mochila retirando de lá apenas um pode, o depositando sobre a cômoda onde havia outros potes contendo almas de suas outras caçadas, bem mais sucedida do que essa. A agonia de ver o pote quase vazio era aterrorizante. 
 
Jungkook era um guardião caçador de almas, infelizmente não por escolha e sim por legado.  Devido a problemas antigos, o alfa e sua irmã tinha a missão de capturar mais de mil almas em apenas dez anos. Seria bastante tempo, se novos problemas não tivessem surgido, fazendo com que esse tempo fosse reduzido para um ano. Sem tempo para esperar as pessoas chegarem ao final de suas vidas, tiveram que partir para a matança e isso acabou ocasionando o alerta em todo o reino da Coreia do Sul; e consequentemente a perda de sua querida irmã. 
 
–   Apenas um? – Perguntou a sombra, decepcionada com a caçada de seu melhor e fiel guardião.
 
–   Perdão, mestra. Eles estão cada vez mais fortes, acabei sendo atingido. – Desculpou-se Jungkook, voltando a se ajoelhar.
 
–  Tudo bem, meu anjo. Ela nos faz grande falta, não se sinta culpado. Agora vá, e me traga mais almas, precisamos delas com mais urgência, nos resta apenas um mês. Não me decepcione. 
 
Se curvou uma última vez se levantando ao ver que a sombra não se encontrava mais ali, pegou sua capa depositada perto da porta a colocando imediatamente antes de sair do templo. Estava cansado, mas não podia falhar novamente, precisava manter sua mete focada, mesmo que ela insista em se manter em outra coisa.  Arfou assim que o ar gélido entrou em contato com sua pele pálida, começando a descer os degraus que levaram até sai carruagem. 
 
Antes de entrar na mesma, com sua audição aguçada escutou seu nome ser pronunciado, vendo que era seu amigo a longa data. Namjoon aproximou-se de si, ofegante por ter corrido para alcançá-lo.  O Kim também era um dos guardiões, porém sua função era totalmente diferente da de Jungkook. Era um curandeiro. 

–  Vejo que não obteve muito sucesso. – Disse ao notar a expressão é o rosto machucado no alfa a sua frente. Tocando-o Jungkook grunhiu se afastando imediatamente.
 
–  Já irá se regenerar, hyung.  Não se preocupe. – Disse emburrado. – E como vai o Jin hyung? – Mudou de assunto, colocando sua mochila dentro da carruagem
 
–  Do mesmo jeito. – Respondeu. Sua voz demonstrava certa amargura, afinal Namjoon sentia o Jin sentia, eram marcados. – Mas ele vai ficar bem, meu ômega é guerreiro.
 
–  Com certeza. – Respondeu, sorrindo em seguida, se despedindo. – Boa sorte com seu ômega, até logo hyung. 
 
 
 

 
 
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– R-Relacionamento? Eu não sei do que vocês estão falando. Jamais me relacionaria com alguém que mata pessoas por esporte! – Disse, já sentindo a raiva dominando seu corpo, se esquecendo das boas maneiras que um ômega deveria ter enfrente a um alfa. 

– Não minta para mim, ômega. Acha que eu não senti a presença dele em seu quarto? Aquele cheiro horrendo dele estava em toda parte. – Ralhou. – Então, não minta. – Segurou o ômega pelo pescoço fazendo com que esse levantasse um pouco da cadeira. – Acho que um acordo com esse lobo traria grandes benefícios ao reino, alem de parar as mortes, claro. – Concluiu, sussurrando próximo ao seu ouvido, o soltando. Já Jimin, apenas tossia tentando recuperar o fôlego, completamente perdido.
 
– V-Você não acredita nele, não é pai? – Perguntou com certa dificuldade ao mais velho. O olhar do rei estava completamente nublado, isso mostrava o quanto o rei estava bravo consigo. Mesmo com Jimin sendo seu filho o rei não iria permitir uma coisa dessas. Para si, não considerava o ômega como seu filho. – A-Acredita?– Jimin sentia seus olhos começarem a lacrimejar, não acreditava que seu próprio pai era capaz de uma coisa dessas, mas se tinha uma coisa que o ômega não faria era chorar em frente deles.
 
– Vós traístes minha confiança, ômega. Agora deves pagar o preço, por ter sido esse embuste para o reino. – Disse da forma mais rude possível. Cada palavra era como uma faca, que perfurava de forma lenta o pobre coração do ômega. – Guardas! Levem esse ômega para a pior cela do reino. – Falou com desprezo ao se referir ao ômega.
 
Logo os guardas apareceram curvando-se em concordância. O ômega ao perceber que seu pai não estava brincando,  olhou uma ultima para o mais velho antes de levantar e tentar fugir das garras dos guardas que o seguravam fortemente pelo braço, estava vulnerável, imobilizado pelos guardas. Apenas queria chorar pela agonizante situação em que se encontrava. 
 
– Se me permite meu rei, irei acompanhá-los. – Falou Si Won, quase que cantado, sorrindo vitorioso. Finalmente havia se livrado da única pessoa que atrapalhava seus planos. – Isso, é para nunca mais me trair, ômega bobo.– Sussurrou no ouvido do pequeno, logo dando uma risada nem um pouco discreta. Jimin tentava a todo custo se soltar dos guardas. – Além do mais, como bruxas poderia querer fazer negócios com um ser imundo como você? – Jimin arregalou o olho diante de tal acusação. Estava sendo acusado de bruxaria também?! 
 
Os guardas arrastaram o ômega a força até as celas do castelo, sempre com o alfa todo sorridente ao seu encalço. Sem delicadeza nenhuma, o jogaram dentro daquele cárcere, logo trancando a cela. Jimin estava desesperado, não acreditando que havia sido posto no calabouço pelo próprio pai. Começou a bater e chutar aquela porta berrando para que o soltassem, mas isso estava longe de acontecer. Ninguém se importava consigo, ninguém sentiria sua falta, era apenas um ômega bobo que havia caído nas presas de um maldito alfa.
 
 
 


 
 
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Jungkook andava normalmente entre as aldeões do reino, apenas como se fosse mais um deles. Mas a diferença era que aquelas pessoas estavam comercializando, já o alfa estava apenas de passagem, assim podemos dizer.
 
O moreno parou em uma das bancas que comercializava frutas e legumes. Disfarçando, apenas pegou umas maçãs pagando a senhora que as vendia. Nesse meio tempo, enquanto a mais velha embrulhava as maçãs. Jungkook observava de longe dois guardas fazendo a patrulha, estavam mais sérios do que de costume. Usando sua audição aguçada, pode escutar parte da conversa.
 
– Você entendeu as instruções do rei? – Falou o guarda mais alto, cumprimentando jovens locais.
 
– Lógico, manter os olhos atentos em qualquer pessoa suspeita e não abaixar a guarda. – Disse, assumindo sua posição de sentido, mas logo caindo na gargalhada sendo acompanhado pelo mais alto guarda. – relaxa, o lobo está ferido duvido que volte para atacar antes de se recuperar. E além do mais, o portão do lado leste está totalmente desprotegido, deveríamos estar lá, não aqui. 

Aquilo era perfeito, era tudo o que o alfa precisava. Uma brecha na guarda real do reino. Com os portões sem vigia, Jungkook poderia entrar e sair sem ninguém perceber,  e assim apenas concluir sua missão. Mas tinha um pequeno detalhe; sua entrada poderia estar livre, mas seu caminho até seu objetivo era bem vigiado. Não seria nada fácil passar pelos guardas, mas esse era um risco que estava correndo quanto decidiu em aceitar essa missão.  
 
Colocou novamente o capuz, nem se importando em pegar as maçãs de volta. Apenas seguiu seu caminho com certa pressa, não ligando para a senhora que gritava   sobre as maçãs que havia deixado para trás. Mas antes de realizar tal ato, precisaria esperar anoitecer. Teria mais chances quando o sol se por do que de dia.
 
 
 
 


 
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Reino da Coreia do Sul, 8:37 p.m
 

 
 
Jimin chorava baixinho encolhido em um dos cantos da cela onde estava preso. Não sabia quanto tempo havia se passado, apenas que queria que acabasse logo. Mas o ômega sabia que se dependesse de alguém, iria morrer ali mesmo preso em uma cela completamente escura e mal arejada.
 
Se remexeu sentindo suas pernas formigarem, estava a muito tempo naquela posição, abraçado aos seus joelhos. Se levantou cambaleando, tendo sua vista turva atrapalhando para que andasse;  se apoiando nas paredes úmidas andou até a porta se escorando nela, e com toda a força que ainda lhe tinha bateu na porta na tentativa de chamar a atenção de alguém. Minutos se passaram, até que o braço do menor começou a cansar. Sentindo as lágrimas escorrerem por seu rosto. 
 
Mas parece que suas preces pareciam ter sido ouvidas, pois no mesmo instante ouviu o som das trancas sendo abertas. Sem nem se importar ou raciocinar direito, Jimin encarou aquela porta como se fosse a coisa mais importante de sua vida e na verdade, naquele momento, era. Ao ser aberta a figura de um homem alto e com cabelos morenos pareceu em seu caminho de visão, por estar com a visão escurecida devida ao contato da luz com seus olhos por estar muito tempo no escuro.
 
O sorriso do ômega morreu no mesmo instante em que percebeu quem era. Si Won, estava encostado na batente da porta com mais um dos seus típicos sorrisos. Em sua mão direita havia um objeto na qual o ômega identificou ser um cinto. Ao perceber a aproximação do alfa, Jimin recusou assustado ao perceber as intenções do alfa a sua frente, esse que apenas fechou a porta atras de si para começar a segunda parte de seu plano pessoal. 
 
 
 
 
 

 
 
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O moreno andava calmamente pelos corredores do castelo; como os guardas da vila haviam dito a guarda no portão leste estava reduzida, o que lhe deu assexo livre ao castelo. Lógico que precisou se livrar de algum guardas que atrapalhavam sua passagem, mas nada na qual o alfa não podia lidar.
 
Seu foco principal agora era encontrar a masmorra do castelo, era lá que concluiria sua missão.

Andava de um lado para o outro, não achava de forma alguma a masmorra, isso estava o irritando, afinal seu tempo era curto, podia ser pego pelos guardas se não agiliza-se. E com apenas mais alguns minutos de paciência e muita procura havia achado a passagem secreta que levava ao seu destino.
 
Assim que entrou, notou a presença de guardas no corredor que levava as celas. Sem nem esperar pelo momento certo, atacou os dois guardas os matando e assim tomando suas almas para si.
 
Com o caminho livre, havia apenas que achar a maldita cela e cair o fora dali. Mas seu raciocínio foi aos ventos ao ouvir o choro que tanto conhecia, baixinho e dolorido. O coração do alfa falhou uma batida ao perceber quem estava preso naquelas celas imundas.
 
Distraído ouvindo o choro do ômega, até ser tirado de seus devaneio ao sentir uma ardência no ombro esquerdo, massageando o ombro 
 
– Parece que nos encontramos novamente. – Jungkook rosnou para o invasor, que apenas riu. Assumindo sua forma, Jeon foi para cima do outro alfa, atacando-o.
 
 
 

 

*
 
 
 

 


  
 *
 
 
 
 
 
Ardia. 


Ardia como um inferno.


 Si Won não teve dó de si. O alfa havia machucado todo o seu corpo, não deixando nada de fora. Jimin não sabia o porque de estar recebendo todas essas punições. Tudo porque um lobo na qual Jimin nunca havia visto havia o marcado. A marca sequer aparecia em seu pescoço, mas Jimin podia senti-la, e isso o deixava confuso, mas procurava não pensar nisso por agora. 
 
Estava acostumado a ser tratado com desgosto, mas ser trancado e chicoteado até não conseguir andar mais, era crueldade demais para si. Jimin às vezes se questionava se tivesse nascido alfa as coisas seriam bem diferentes.
 
Era um risco que o pequeno príncipe corria. Gostava de ser ômega, não pelos cios lógico, quem gosta? Mas Jimin gostava de ser manhoso quando queria algo, gostava de ser delicado. Não conseguia se imaginar sendo alfa.
 
Um estrondo se fez presente, fazendo o ômega se encolher e tampar seus ouvidos sensíveis. Gritos puderam ser ouvidos em todo o lugar. E então quanto o silêncio se instalou, um zumbido extremamente alto entrou pelos ouvidos do ômega o fazendo gritar devido a dor; por ser ômega seus ouvidos eram dez vezes mais sensíveis do que uma alfa ou beta.
 
Aquele barulho era horrendo, parecia um grito, só que mil vezes mais fino. Era insuportável e estava fazendo a cabeça do ômega doer.
 
Silencio.
 
O barulho infernal havia finalmente parado. Jimin suspirou completamente aliviado, mas não por muito tempo. O som da porta rangendo dominou o local onde o ômega estava fazendo olhar em direção a ela a vendo completamente aberta. Segundos depois, uma voz calma e um tanto infantil se fez presente dizendo que o ômega devia sair dali o mais rápido possível.
 
Jimin se levantou com certa dificuldade, juntando forças para  começar a correr para fora da cela. Ouvia gritos vindos de todos os cantos, e com o breu que se encontrava nos corredores era quase impossível ver alguma saída daquele hospício. 
 
Estava tão apavorado que nem se deu conta por onde estava indo, apenas correndo em um direção qualquer, andando pelos corredores, totalmente perdido.   Estava tão focado em encontrar uma saída que acabou trombando com alguém em seu caminho, grunhindo ao cair no chão.  Ao levantar, percebeu com quem havia trombado. Min Yoongi, estava todo machucado, sem tirar que parecia muito nervoso.
 
– Graças aos quatro ventos você está bem! – Exclamou o chefe da cavalaria, se levantando e abraçando o frágil corpo do ômega. – O castelo não é mais seguro para você.
 
–Do que você está falando? O que houve? – O pequeno estava totalmente perdido, e esperava que o Min o explica-se o que estava acontecendo. 
 
– Deve sair daqui imediatamente, são as únicas coisas que deve saber, Jimin. – O príncipe se encolheu nos braços do alfa, amedrontado. – Siga em direção ao portão central lá estará um cavalo branco a sua espera, pegue-o e vá para a floresta, me entendeu? Vai estar seguro lá.
 
Jimin apenas assentiu correndo em direção a um dos corredores que dava ao acesso principal do castelo. O ômega tampava as orelhas, aqueles gritos estavam o deixando surdo. 
 
Estava tão distraído que tropeçou nos próprios pés, caindo com as mãos no chão. Grunhiu com a dor, colocando suas mãos em seu rosto, mas se arrependendo depois ao senti-las cobertas por uma sangue.
 
Jimin congelou ao perceber que era a mesma gosma que estava naquele pesadelo. Olhou para frente, vendo um dos renegados de seus sonhos andando em sua direção. O ômega não perdeu tempo em se levantar e começar a correr no lado contrário do esqueleto, encontrando mais deles ainda.
 
O castelo estava infestado de renegados, eram como se fossem uma praga. O ômega conseguiu avistar a porta de entrada do castelo, correu até ela tentando abri-la. Emperrada. A porta estava emperrada. Olhou para trás vendo renegados se aproximando. Empurrou a porta com toda a força que ainda lhe restava, conseguindo abri-la.
 
Assim que saiu, viu o cavalo citado pelo Min, correu até ele montando, não demorando para começará a cavalgar para longe daquele maldito castelo.
 

 

 


 
*
 
 

 


 
 
 
*
 

 

 
 
Faltava tão pouco para chegar até o arvoredo; porém passar pela vila fora uma tarefa mais árdua ainda. Com o castelo sobre ataque todas a infantaria estava a protegê-lo, deixando as aldeias desprotegidas. Achando uma brilhante ideia, os aldeões colocaram fogo em entradas e saídas do reino, com intuito de proteger a si mesmos. Jimin agradeceu os quatros ventos quando finalmente conseguiu passar, agora faltava poço entre o ômega e a floresta. 
 
Respirou fundo, começando a cavalgar em direção a floresta. Estava nervoso, conhecia todos os rumores que faziam sobre aquela floresta, apesar de não acreditar, ainda ficava nervoso. Desde criança quando sua mãe lhe contava história sobre criaturas mágicas, Jimin pensava que era apenas uma besteira. Eram apenas histórias idiotas que contavam para as criancinhas não saírem a noite ou desobedecerem seus pais, mas olhando de longe, a floresta parecia melancólica demais. 

Estava a ponto de cruzar a divisa da floresta quando subitamente o cavalo para fazendo com que o ômega se desequilibra-se caindo do cavalo, gemendo dolorido ao sentir o baque de seu frágil corpo com o chão duro. O cavalo estava relinchando estava assustado. Jimin olhou para o arvoredo a sua frente, quase não o encontrando debaixo da névoa.  Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa a respeito o cavalo começou a correr na direção oposta da floresta, voltando para o castelo. 

– Droga! – Ralhou o príncipe. Agora teria que ir por contra própria. Levantou-se com pressa andando em direção a floresta.
 
A névoa, tampava um pouco de sua visão, o que  fazia o ômega andar com certo cuidado perante obstáculos em seu caminho. As árvores tinham um ar sombrio, diferente do que estava acostumado a ver ao redor do castelo. Aquele silêncio era agonizante. Nem mesmo o barulho das folhas e galhos se mexendo era possível ser ouvido. Agora entendia por que seu povo tinha medo da floresta. Nos minutos em que estava caminhando, não pode ver nada de assustador como as pessoas dizia a floresta só tinha uma aparecia assustadora, bom, isso até agora. 
 
O corpo do ômega congelou ao ouvir uma espécie de rosnado vindo do lado direito da floresta, a parte mais escura. Não era igual um rosnado de lobos, era mais forte e assustador. Barulho de galhos quebrando, denunciava alguma aproximação. Todo o corpo do ômega se enrijeceu, estava apavorado.
 
Aos poucos, a névoa abaixou e não tão longe foi possível ver uma sombra, que aos poucos foi se clareando. Ele era enorme, com certeza possuía mais de dois metros de altura; tinha apenas um chifre no lado esquerdo e possuía enormes garras. Jimin não pensou duas vezes antes de começar a correr, tendo o monstro ao seu encalço.
 
A criatura era ágil e possuía uma velocidade fora do comum. Jimin se viu em desvantagem, mas mesmo assim não desistiu em começar a correr entre as árvores, em busca de alguma forma conseguir despistar o monstro.
 
Estava apavorado, correndo o máximo que suas pobres pernas eram capaz de suportar. Acabou por não prestar atenção aonde ia, tropeçando em um galho de árvore largado no chão. Gritou alto, não vendo mais nada ao cair ladeira abaixo. 


Notas Finais


Eu juro que perdi as contas de quantas vezes corrigi esse capítulo! Meu celular simplesmente deu a louca essas semanas, tanto que tive que restaura-lo de última hora, e perdi todo meu progresso... e isso aconteceu ontem novamente, mas dessa vez eu fui esperta e salvei no drive 🤣🤣🤣

Cá está, depois de séculos novamente... eu juro que estou tentando postar diariamente, mas o destina não colabora.

Eu ainda não achei o capítulo quatro no meu drive, e talvez, novamente pessoa perdão, não poste tão breve... apesar de que o capítulo 4 não possui muitos erros.

Obrigado pela paciência e carinho ❤️❤️❤️


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