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História A Floresta Mal Assombrada - Capítulo 04- Arbor Ruber


Escrita por: WhoosPanda

Notas do Autor


Aqui está o capítulo quatro, mais em breve iriei postar o cinco... tenham calma 🤣🤣




Fiquem com o capítulo
Vejam as notas finais... preciso da opinião de vcs!!!!

Capítulo 4 - Capítulo 04- Arbor Ruber


Fanfic / Fanfiction A Floresta Mal Assombrada - Capítulo 04- Arbor Ruber

Arbor Ruber
 
 
 
 
 
Moon Florest, 4 de novembro, 1783
 
 
 
No começo de tudo, em uma terra totalmente desconhecida pelo resto do mundo, existiam monstros que consideravam aquela terra cercada pelas águas cristalinas, seu lar. Nesse pequeno lugar único havia uma coisa que podia se ter acima de tudo: harmonia. Apesar de serem  considerados demônios; sua rainha sempre lhes falava que para um futuro promissor era necessário a união.  E por  assim dito, todas as tribos acabaram por serem atenciosas umas com as outras, ajudando-se quando possível.  
 
Porém esse reinado de confraternização entre as tribos estava chegando ao fim. Com a chegada de um dos príncipes do norte, a terra começou a ser habitada pelos lupinos. Grande parte da terra era coberta pela floresta, que servia como uma espécie de casa para as criaturas. Costumavam a chamar de Moon, onde a noite, a luz da lua iluminava a grande escuridão que era aquele arvoredo . Parte dessa floresta foi devastada para que assim pudesse se erguer o castelo do futuro rei, fazendo com que as tribos que ali habitavam ficassem desprotegidas fugindo para a tribo-mãe no coração da floresta em busca de refúgio.
 
Com o crescimento do império lupino, a abundância de ouro e pedras preciosas, o luxo do castelo atraiu a ganância a floresta dominando a recém tribo formada: Os Umbra. Conhecidos popularmente por serem rebeldes, sádicos e narcisistas; em contra partida eram uma das tribos mais fortes, uma mistura de demônios com Gollens na qual os dava a habilidade de se mover agilmente e uma força incontrolável.   Com a ganância em suas veias, começaram a invadir as aldeias roubando joias e materiais valiosos a forma mais imprudente. Isso acabou alarmando o rei, que em sua defesa própria, mandou que criassem algo que impedisse a passagem dos umbras; assim uma vala foi criada, acabando com a diversão, apenas por pouco tempo. 
 
A rainha soube dos acontecimentos; irritada, ordenou a captura e execução dos ladrões.  Mas o que ela não contava que a líder dos Umbra havia se aliado ao rei, o prometendo poder eterno e serviçais mágicos. Tentado, o rei aceitou a proposta e logo ataques foram feitos, assim como o levantamento de um ponte que agora ligava a floresta ao reino. Tudo estava as ruínas. Tribos haviam sido destruídas e as crianças levadas a força pelos soldados lupinos, para servirem com escravas. Não havia outra saída a não ser para-los, e foi isso o que fizeram. Sobre o comando da rainha, os demônios contra atacaram destruindo aldeias lupinas próximas, porém não obtiveram sucesso ao tentarem invadir reino. Era tudo muito bem protegido e os soldados tinham, além de espadas, armas de fogo o que apenas dificultava mais a entrada dos demônios.
 
Derrotados, voltaram apenas com um terço das criaturas, completamente feridos. Não havia outra opção estavam perdidos. Como superior, sua majestade não viu outra opção a não ser se sacrificar por seu pequeno reino. Com um aperto no coração, a rainha acabou por abandoná-los se infiltrando em meio aos lupinos em busca de alguma fraqueza que pudesse derrota-los.
 
Anos se passaram e nada que pudesse ajudar; apenas migalhas. Estavam ficando sem tempo. Cada ano que se passava mais escura e sombria a floresta ficava, sem a presença da rainha para o controle da força vital da floresta ela aos poucos ureia morrer.Teria que correr contra o tempo caso quisesse salvá-la. Mas por sorte, o destino estava a seu favor.
 
Um cientista da época descobriu uma nova espécie de árvore, na qual suas folhas soltavam uma tinta avermelhada, ele a chamou de Arbor Ruber. Apesar d que para os lupinos, não passava de uma árvore comum, porém ela era mais do que isso. E aquilo era a chance perfeita.

Aquela terra era completamente nova para os lupinos, por isso não tinham muito conhecimento perante a  magia. Mas os guardiões, eles eram considerados os sábios. Tudo sobre a terra em que viviam; todas as criaturas mágicas, demônios e plantas medicinais, eles sabiam. Por isso guardiões eram vistos com um enorme respeito devido ao seus conhecimentos.
 
A rainha também pertencia à geração de guardiões da época, por isso sabia que aquela árvore era uma mestiça. Uma espécie de árvores históricas que os anciões ancestrais costumavam usar como fonte medicinal e um entorpecente usado em batalhas para deixar-los aos enraivecidos, nem sempre funcionava como queiram. Mas aquela árvore era a prova viva da mistura das duas plantas. Ela era perfeita.

No museu do reino onde a árvore estava. Ao olhá-la vira que não se passava de um broto, porém o suficiente para que com o tempo viesse a fazer o efeito necessário.

"Onde a chama azul brilha, o coração bate”.
 
Essa era frase escrita acima de seu trono, uma chave para um local completamente secreto dentro da floresta. A árvore foi plantada no local citado, próximo a um lago. Para terminar o ritual era necessário uma gota de sangue real; não pensou duas vezes em retirar sua adaga furando a ponta de seu dedo, deixado a gota cair sobre o broto, vendo-o florecer. O ritual estava completo. 
 
Ao saber da ação da rainha, a rebelde tratou de planejar uma vingança. Uma luta entre as duas aconteceu, uma das mais sangrentas vistas.  A rainha da floresta estava perdendo, suas forças estava sendo sugadas pelo broto, que usa da sua força vital para terminar de concluir o ritual. Sem escolha, usou o que restava de seus poderes, criando um portal entre dois mundos levando consigo a rebelde. Mas antes de deixar essa realidade, ela deixou uma “semente”.
 
 

 
 
 
*
 
 
 
 
 
 
 
 
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Coreia do sul, 31 de março de 1886
 
 
 
O pequeno se remexeu na cama em que se encontrava, seu corpo estava pesado e sua cabeça doía a ponto de não conseguir manter os olhos abertos. Incomodado, Jimin virou-se lentamente para o lado sentindo seu corpo reclamar pela ação. Assim que deitou de lado, deu um pulo ao sentir seu braço direito doer, estava ardendo e formigando. 
 
Abriu os olhos sentando cuidadosamente sobre a cama. Mesmo com a visão embaçada olhou para seu braço o vendo completamente enfaixado com algumas manchas vermelhas de sangue. Suspirou confuso, retirando a fina coberta de cima de si, encontrando suas pernas também toda enfaixada, desde seu calcanhar até o início da sua coxa, porém as ataduras das pernas estavam bem mais frouxas que a do braço, talvez para poder se mexer.

Bufou agoniado, estava totalmente perdido e ainda mais, completamente machucado. A última coisa que se lembrava era de que estava no castelo na sala de reuniões do rei conversando com o mesmo e com Si Won sobre algo que não se recordava muito bem.

Coçou os olhos analisando o quarto onde estava. Era rústico, o ômega podia até dizer que era um pouco vitoriano. As paredes e o chão eram de uma madeira mais avermelhada, o que dava ao quarto um ar sério. A cama de casal em que estava era de um tom de marrom mais escuro puxado para o preto; o dossel era feito de uma ceda transparente branca, dando mais um ar vitoriano ao quarto. Mas no centro do quarto era possível ver duas poltronas um pouco gastas da mesma cor que a cama e uma mesa rústica entre as poltronas, na qual havia velas aromáticas em cima. Ainda hipnotizado pela beleza do quarto, Jimin notou que ao seu lado havia uma enorme janela com uma visão de um pequeno lago e um lindo bosque ao redor deste. 
 
O quarto era muito bonito, sem tirar que parecia ser antigo já que não usavam decorações vitorianas deste estilo. Porém o momento de admiração do quarto se foi ao se tocar de que esse não era um quarto do castelo, nem mesmo o seu. 
 
Em sua mente milhões de coisas se passavam, como o fato de seu pai o ter deserdado e o largado com uma pessoa qualquer; ou que seu pai o tenha largado perdido no meio do nada. Sua respiração começou a ficar descompensada apenas por se tocar dessa possibilidade. 
 
Com muito esforço o ômega conseguiu se sentar na beirada da cama. Usando o impulso de seu braço bom para levantar, porém não conseguindo se manter em pé por muito tempo acabando por sentir suas pernas fraquejarem e seu corpo perdendo toda a força, assim caindo de joelhos no chão gelado, urrando de dor. 
 
No mesmo instante em que havia caído, ouviu o barulho de talheres caindo e logo escutando a madeira ranger ao que  som de passos apressados vinham em direção ao quarto em que o ômega estava. Não estava sozinho. Esse pensamento deixou o pequeno todo assustado, começou a recuar o máximo que podia, sentindo suas costas baterem com a cama fazendo-o grunhir.
 
Assim que a porta foi aberta, à sombra do reflexo com o sol da tarde que vinha da janela, fez com que seu rosto não fosse visto, deixando o pequeno assustado. Mas seu cheiro denunciava, ele era alfa. Alfas não eram legais consigo. O alfa deu um passo para frente , deixando com que o ômega visse seu rosto. A expressão era de indiferença, mas logo mudou para uma mais assustada ao ver o estado em que o ômega se encontrava. 

Jimin tinha que admitir que o alfa parado na batente da porta era extremamente charmoso. Sua pele era pálida e seu rosto parecia ter sido esculpido cuidadosamente por anjos; seu cabelo era de cor preta o que acentuava a beleza em seu rosto; seus olhos também era pretos, era um alfa estonteante. Suas vestes eram vitorianas; uma blusa social preta, assim como as calças de seda, além do que as botas de cano alto o deixava muito elegante. Mas para o ômega não deixava de ser um estranho. 
 
– Que susto que você me deu! – Exclamou o alfa. – Você está bem? – Perguntou se aproximando do ômega que apenas tentava se afastar ainda assustado. – Não precisa ter medo, não vou machuca-lo, doce– Sorriu meigo — ou ao menos tentou — para o ômega assustado, logo rindo da expressão do mesmo que se tornou menos desconfiada. – Você ainda não me respondeu, pequeno. – Falou sorrindo.
 
– S-Sim, e-estou bem. – Falou o ômega, tímido com a aproximação repentina do alfa. Sua garganta estava seca, por isso a dificuldade em se comunicar com o moreno.
 
– Bom, me deixe ajudá-lo. – O alfa pegou o ômega no colo o colocando cuidadosamente sobre a cama.
 
Jimin se sentiu retraído com o ato repentino do alfa, mas mesmo assim deixou-se ser colocado sobre a cama.
 
– Eu já venho, vou trazer um copo d’água para você e ver se a sopa não esfriou. – Disse o alfa, pegando um dos edredons cobrindo o ômega. Estava frio naquele final de tarde. – Acho melhor ficar deitado por enquanto, pequeno. – Completou, saindo do local.
 
Jimin suspirou. Estava machucado, não tinha forças para se manter em pé e nem garganta para que pudesse manter algum diálogo com o alfa e saber como foi parar ali. Estava acabado. Tudo em si doía, e não era pra menos. Tudo o que mais queria agora era respostas. Fechou os olhos, descansando. O alfa havia sido gentil consigo, como se já o conhece-se há tempos. Mas Jimin não. Nunca havia visto o alfa em ninguém lugar, o que seria impossível já que ele era um alfa que aparentemente atrai olhares para si a todo instantes; outra coisa o incomodava, o cheiro do alfa era muito familiar, Jimin só não conseguia lembrar da onde. 
 
Olhou em direção a janela percebendo que a mesma dava uma breve visão de uma floresta; especificamente a uma árvore, diferente das demais. A árvore tinha o tronco na cor de um marrom avermelhado, já seus galhos eram  de uma cor alaranjada, assim como suas folhas. O mais interessante era que quando o vento entrava em contato com as folhas da árvore, pequenas partículas vermelhas de pólen voavam pelo ar, acabando por pintar as árvores e o chão ao redor.
 
Jimin olhou rapidamente em direção a porta ao que ouviu o som das dobradiças rangerem. A visão de um alfa, caminhando pelos cuidadosamente com medo de derrubar a bandeja que carregava, passou pela porta. O desconhecido parecia ser completamente desastrado para estar tomando tanto cuidado assim. Jimin acabou rindo da situação, deveras, engraçada.
 
– Aish! Não ria de mim! – Murmurou o alfa, constrangido. O moreno largou a bandeja no criado mudo ao lado da cama, se sentando na beirada da mesma, logo ajudando Jimin a se ajeitar melhor. – Aqui está, uma sopa bem quentinha. Você deve estar com fome. – E realmente estava.
 
Primeiramente, o alfa ofereceu a água ao ômega, que não hesitou em bebê-la toda. O moreno apenas ria com a pressa do ômega em querer comer, mal esperava uma colherada e já queria outra. Jimin não tinha culpa estava com muita fome, parecia que não tinha comido há dias. No final das contas o ômega acabou comendo três pratos de sopa sem tirar a sobremesa que alfa preparou para si.
 
– Estava com fome, pequeno. – Falou o moreno acariciando o rosto do ômega, que ficou desconfiado com a aproximação do alfa, semi serrando os olhos. – Desculpe-me. – Retirou a mão, desviando o olhar.
 
– Q-Quem é você? – O ômega tomou coragem, perguntando ao alfa. Ainda não se sentia cem por cento bem próximo do alfa. Não era com comida que ele iria ganhar sua confiança, talvez um pouquinho.– O-O que eu estou fazendo aqui? O-Onde estou?
 
– Wow, quantas perguntas! – Exclamou o alfa, rindo da afobação do pequeno. – Bom, tinha me esquecido de apresentar. Meu nome é Jeon Jungkook, mas pode me chamar apenas de Jungkook, ou como preferir. – Tentou sorrir doce para o príncipe, se levantando da cama para pegar outro edredom já que o ômega tremia de leve. – Sobre você estar aqui? Hmn, eu acabei por te encontrar ferido na floresta você estava fugindo de um dos globlin, apenas prestei minha ajuda. – sorriu sínico sem que o ômega visse, tratando logo de o cobrir. 
 
– E-Eu não me lembro...
 
– Não se lembra de que? – Perguntou o alfa, confuso.
 
– De como fui parar na floresta. – murmurou o menor, porém com a audição aguçada do alfa ele pode ouvi-lo. – Para mim, eu ainda estava no castelo – Falou confuso. – Isso não faz sentido. – Resmungou, coçando as têmporas com a ponta dos dedos.
 
– Nada faz sentido. – Riu. – Mas talvez o fato de você ter caído contribua para tal esquecimento.
 
– Talvez. – Respondeu impulsivamente. – A propósito, meu nome é Park Jimin. – Procurou sorrir, não queria parecer seco demais. O alfa sorriu, mostrando seus dentes de coelho, estava feliz que aos poucos o ômega se soltava.
 
Jungkook se retirou do quarto quando notou que os curativos do ômega já estavam quase cobertos de sangue, devido ao fato dele ter se mexido demais. Teria que trocá-los. O problema era que o ômega estava acordado, e fazer com que a coagulação parasse seria impossível com ele assim. Não iria seda-lo, pois isso acabaria estragando o pouco de confiança que o ômega estava tendo em si.
 
Jungkook não era uma pessoa muito amável com quem não tinha afinidade, principalmente quando se tratava de cuidar de alguém. Não tinha paciência para isso, seus afazeres eram mais importantes. Mas para o ômega, o alfa tentava seu melhor. Sempre procurando ser dócil com o pequeno, afinal não queria assusta-lo com seu jeito brusco; muito menos o fazer fugir dessa casa, lá fora não era seguro, não por agora.
 
Largou a bandeja sobre a mesa, pegando uma das facas guardadas no fundo da gaveta. Jungkook tinha uma mania muito estranha, ele mesmo admitia isso. Adorava colecionar facas, não que as usasse, era apenas um de seus hobbies estranhos. 

Andou até os fundos da casa onde havia uma pequena plantação que fazia questão de manter.
 
Como guardião, o moreno tinha em sua própria residência uma pequena estufa, onde criava suas plantas medicinais, para seu próprio uso. Porém outra pessoa precisava delas e foi isso que fez. Pegou uma planta um pouco azulada nas pontas, a cortando. Já que não podia seda-lo, teria que ao menos parar um pouco aquele constante sangramento. Quando encontrou o ômega perdido na floresta, totalmente machucado e apagado viu que o ômega caiu em cima de galhos farpados envenenados, e isso contribuiu muito para que o sangramento não parasse é que os cortes não fechassem direito.
 
Voltou para dentro da casa, suspirando. Estava frio do lado de fora. Andou até a cozinha, pegando um moedor e assim começando a moer as folhas da planta, até ficar em uma forma pastosa. Pegou um pano que já havia deixado separado  e o remédio, voltando para o quarto em que o ômega estava.
 
Jimin estava com a cabeça virada para a janela e parecia admirar algo, pois seus olhos brilhavam.
 
– O que tanto olha pequeno? – Perguntou o moreno, colocando a bandeja com as folhas já amassadas em cima da cômoda, junto com as bandagens.
 
– Nada, apenas estava observando as árvores. – Disse com indiferença. – O que é isso?
 
– Seus machucados estão sangrando muito, isso aqui vai ajudar a fazer parar. – Respondeu sem olhar o ômega.
 
O moreno pegou uma bacia que já encontrava ali no quarto. Sentou na beirada da cama começando a tiraria pano já encharcado pelo sangue e colocando na bacia metálica. Com um pano úmido limpando as feridas do menor, escutando os grunhidos que o mesmo dava devido a dor.
 
– Olha, não vou mentir. Talvez arda um pouco. – Pegou um pouco da pasta gelatinosa, se aproximando do ômega segurando seu braço com cuidado.
 
– Eu aguento. Não deve arder tanto assim. – Disse confiante. Se aquilo fosse fazer seu braço melhorar, ele iria aguentar. Apenas queria que melhorasse logo para que assim pudesse sair dali.
 
O alfa foi cuidadoso ao colocar a pasta nos machucados, mas ele não estava mentindo quando disse que iria arder. O ômega teve que colocar um travesseiro no rosto para conter os gritos de dor. Aquilo ardia como o inferno, sua pele parecia estar sendo exposta diretamente ao fogo. Depois de alguns minutos, a ardência havia começado a parar o que fez o ômega destampar o rosto, vendo o alfa segurando o riso com a reação do ômega.
 
– Yha! Não ria!– Ralhou o ômega, franzindo o cenho, claramente irritado. – Não pensei que iria doer tanto assim – Murmurou quase inaudível, apenas para si mesmo.
 
O alfa não se aguentou e acabou rindo. Pegou o pano dentro da bacia, começando a enfaixar o machucado. Enquanto fazia isso, observava o ômega grunhir de dor. Todos os machucados presentes no corpo do ômega estavam na carne viva, por isso a ardência e o constante sangramento.
 
A respiração do ômega já se encontrava calma e sua cabeça jogada para trás, e isso fez o alfa sorrir maldoso. Sabia que o ômega já achava que todo o sofrimento já tinha acabado, mas ainda faltava coisa.
 
Jimin estava com o outro braço em frente ao rosto. Tentava a todo custo normalizar seu coração acelerado e esquecer a dor. Sentiu as mãos do alfa em sua perna, o que fez com que se sentasse imediatamente.
 
– Jungkook... – Choramingou ao ver o alfa começar a retirar as ataduras sujas de suas pernas.
 
     O alfa apenas sorriu tentando de alguma forma passar confiança ao ômega. E todo o processo foi feito de novo. Jimin tentando esquecer a dor que estava sentindo e o alfa se segurando para não rir das reações do ômega.
 
Assim que o alfa terminou de trocar os curativos. Pegou algumas meias, que iam até as coxas do ômega, para proteger os ferimentos para que não entrassem muito ar e uma de suas blusas, dando-as para o pequeno, que agora se encontrava sentado em sua cama observando algo além da janela.
 
– Está olhando novamente para as árvores pequeno? – Comentou andando até o ômega e sentando ao seu lado.
 
– Por que aquela árvore avermelhada é a única ali? – Perguntou curioso. Jimin observava cada movimento que o vento fazia na árvore. Ela parecia prender sua atenção por completo o fazendo ficar completamente extasiado.
 
– Na verdade, ela é única em toda a floresta. – Comentou. Agora, agachado em frente ao ômega. – Há muitos boatos sobre essa árvore. – Com cuidado começou a colocar as meias no ômega, que nem sequer notou, estava concentrado demais na história que o alfa contava. Mas não deixou de prestar atenção nos movimentos do alfa. – Um deles é de que ela foi concedida a essa terra por deuses, para que todos saibam que essa terra estará protegida por toda a eternidade. – Assim que terminou de colocar as meias no ômega, começou a desabotoar a camisa do pequeno, que também o ajudou com o braço que estava bom.  – Essa arvore serviu como uma fonte de esperança para todos.
 
– E-Esperança?
 
–Sim. – Riu. – O povo acredita que essa árvore é a esperança do fim das eras das trevas e que assim tudo pudesse voltar a ser o que era. – Vestiu a camiseta de manga longa no ômega, e como imaginava havia ficado enorme no pequeno.
 
– Como uma árvore pode simbolizar isso tudo? – Murmurou pensativo. – Para mim, ela é só uma árvore. – Olhou novamente para a floresta, mas especificamente, para a árvore. – Uma árvore que não tem medo de ser diferente das demais.
 
– É um jeito bonito de vê-la. – O alfa olhou para fora da janela, engolindo seco ao perceber que o céu já começava escurecer. – E-Eu também a vejo diferente. – Comentou ajudando o ômega a se deitar novamente. – Eu a vejo como o coração dessa floresta e que se ela morresse toda a floresta também iria.
 
– Isso é meio estranho. – Comentou, fazendo uma careta; o que fez com que o alfa risse.
 
– Nada nessa floresta é normal, pequeno. – O cobriu, checando uma última vez se o ômega estava confortável. – Agora durma, precisa descansar. – Jimin assentiu, logo fechando os olhos.
 
Jungkook saiu do quarto procurando não fazer muito barulho. Coçava suas têmporas, irritado. Havia esquecido completamente que era lua cheia, e tinha certeza que o ômega não iria dormir agora. Cuidar de Jimin não havia sido tão difícil. De alguma forma era até gostoso ver como o ômega o tratava e como reagia aos seus mimos. Ele não se mostrava entregue aos cuidados do alfa, ainda desconfiava dele; mesmo com esse se mostrando completamente gentil.
 
Ele era curioso, e observava tudo ao redor. Há tempos Jungkook não via aquela árvore, não tinha tempo; mas de certa forma aquilo foi nostálgico. Grunhiu indo até a varanda da casa de madeira observando o céu começar a escurecer dando o lugar pra lua cheia.
 
 

 
 
 
*
 
 
 
 
 
 
 
*
 
 
 
 
 
 
Não sabia por quanto tempo estava lá fora, mas já era possível ver a luz da lua sobre o lago. Jungkook nunca havia esquecido uma lua cheia sequer, porém com a presença do ômega se preocupou com o machucados do pequeno, esquecendo da lua.
 
Já Jimin; o ômega ainda continuava acordado, tentava a todo custo se lembrar de como havia chegado na casa do alfa, mas nada vinha em sua cabeça. Jungkook poderia estar mentindo para si, e essa era uma opção que o ômega queria descartar. Ainda não se sentia bem perto dele, ficava completamente sem jeito, e isso deixava o ômega irritado. Ele não parecia querer machuca-lo, pelo contrário. Seu lado ômega estava feliz com a presença do alfa, — isso é outra coisa que o ômega achava estranho — mas Jimin tentava controlá-lo, não queria soar entregue ao moreno.
 
Com muito cuidado, consegui levantar tendo as paredes como apoio. Queria fazer uma última pergunta ao alfa, e só depois dela respondida iria descansar. Andou até a saída do quarto em pequenos passos, com medo de cair novamente. Assim que conseguiu passar pela porta pode ver um corredor que levava a sala da casa, porém seu pobre corpo petrificou no lugar. 
 
Jimin congelou ao ver que a sala era idêntica ao do pesadelo que lhe atormentava. Tudo estava no mesmo lugar. Ainda estático, observando cada detalhe, viu que a porta da frente da casa estava aberta o que fez com que se dirigisse a ela. Provavelmente Jungkook estaria lá, e agora o ômega tiraria suas dúvidas por completo, aquilo não havia sido uma mera coincidência.
 
Ao sair da casa, Jimin se assustou ao ver o alfa, ele estava completamente diferente. Aquilo não podia ser real, suas pernas quase falharam ao ver o alfa. O olhar do alfa estava sobre o seu, e sua expressão era de indiferença, como se não se importasse de o ômega o ver assim, totalmente diferente.
 
O alfa abriu os braços chamando pelo ômega, esse que não se moveu nem um centímetro. Mas o alfa continuava a chamá-lo, e inconscientemente seu Lino tomou a situação se aproximando do mais alto tendo sua cintura enlaçada pelos braços do alfa e a cabeça do mesmo em seu pescoço.
 
– Me desculpa. – Ouviu o alfa sussurrar, logo depositando um beijo no pescoço do ômega, que continuava parado estático.
 
– O que é você?


Notas Finais


Então, preciso saber de umas coisa:
Antes, FMA era uma história de terror psicológico mas eu achei que ia ficar muito pesado, principalmente depois do capítulo seis, então eu modifiquei para que ficasse o menos pesado mais não ao ponto de estragar a história, então cabe a vcs...



Vocês querem que FMA seja uma história terror psicológico? Lembrando que dependendo da escolha o final da história muda...


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