História A Forbidden Love - Capitulo 5

Estávamos na enfermaria do Instituto, sim do Instituto, esperando meu irmão acordar. Depois de sairmos de lá, Jason desmaiou e não acordou até agora, também descobri que eles são Shadowhunters e que o loiro com cara de arrogante, mais conhecido como Jace é meu "noivo".

Tenho que admitir que eles não são tão "malditos" como eu achava, até que eles são legais e salvaram eu e meu irmão, isso contou muito também.

— Então quer dizer que você e o Jace estão noivos? — Claire perguntou pela décima vez.

— É mais ou menos isso — Respondi a ela em quanto segurava a mão do meu irmão. Já se passará algumas horas desde o acontecimento e ele ainda não havia acordado.

— Ele ainda não acordou? — Jace perguntou entrando na sala junto a Alec, eu apenas neguei com a cabeça olhando para o chão. Não sabíamos se ele havia sido picado por uma daquelas coisas ou se ele caiu e bateu com a cabeça, só sei que ele não acordava.

— Obrigado — Disse quase que em um sussurro. — Se não fosse por vocês estarem lá nós não estaríamos aqui — Conclui e suspirei.

— Eu não entendo... Você é uma bruxa, por que não lançou um feitiço? — Perguntou Alec confuso.

— Boa pergunta, eu lancei um feitiço, mas não foi o suficiente eu acho — O respondi ao olhar em seus olhos.

— Isso foi por que você gastou todas as suas energias na noite passada — Olhei para o lado e Jason tentava se sentar na cama com dificuldade.

— Jass — Exclamei o ajudando a se sentar.

— Achei que você estava brava comigo — Disse num tom brincalhão.

— E eu ainda estou, só estava me certificando de que não tinha morrido — Cruzei os braços me afastando dele. — Mas o que você quis dizer com eu ter gastado todas as minhas energias na noite passada? — Perguntei confusa.

— Você não lembra? — Neguei com a cabeça e ele suspirou. — Você nem ao menos se perguntou o porquê do seu quarto estar todo bagunçado? —

— Ah isso sim... Espera, aquilo fui eu? — Perguntei aterrorizada ao lembrar a bagunça que estava o mesmo quando acordei pela manhã.

— Sim, você conectou a sua raiva a sua magia negra causando um desastre total — Explicou.

— Eu machuquei alguém? — Antes que ele respondesse Jace chamou nossa atenção e disse que iria nos deixar a sós. Depois de todos saírem da enfermaria eu voltei minha atenção novamente ao meu irmão mais velho que parecia desconfortável com aquela situação. — Jass eu machuquei alguém? — Perguntei mais uma vez.

— Não — Ele desviou o olhar para qualquer outra parte do cômodo que não fosse eu, ele estava mentindo!

— Mentiroso — Exclamei. — Eu agredi alguém em quanto eu estava inconsciente Jason? — Perguntei novamente cruzando os braços.

— Sim — Me respondeu receosamente.

— Quem? — Me sentei na ponta da cama onde ele estava de repousando.

— Não é importante Kathy — Resmungou coçando a nuca. — O importante agora é você saber controlar todo esse poder que há dentro de você.

Depois de completar sua frase o silencio tomou conta do local, eu olhava para qualquer lugar da sala, menos para ele, eu havia machucado alguém e nem sabia quem, e se acontecer novamente? Eu posso acabar matando uma pessoa inocente!

— Foi você não foi? — Olhei para ele com tristeza no olhar, eu havia chegado a conclusão de que se ele não havia falado era para que eu não me sentisse culpada! Ele apenas assentiu.

— Você me jogou contra a parede quando eu entrei em seu quarto — Disse e voltou seu olhar para suas mãos desconfortavelmente, senti uma lágrima fria percorrer meu rosto, a limpei com a palma da mão e respirei fundo.

— Me perdoa Jass — Disse com a voz falha e me levantei de onde estava e retirei do cômodo antes que ele falasse algo.

Em quanto caminhava pelos corredores do Instituto sem rumo, eu pensava no ocorrido de ontem à noite. Admito que eu estava com muita raiva de todos, do meu irmão muito mais que todos naquela casa, mas nunca me passaria pela cabeça em machucá-lo e mesmo se foi sem intenção ou inconsciente, eu o machuquei e esse fato está acabando comigo!

Senti meu celular vibrar no bolso de trás da calça me tirando completamente dos meus pensamentos. O peguei e olhei o nome estampado na tela, "Layla", atendi sem excitar.

— Que horas você vai passar aqui em casa pra ir para a Boate? — Perguntou ela antes mesmo de eu falar algo.

— Eu não vou Layla — Suspirei e encostei minhas costas na parede de madeira rústica do corredor colocando todo o meu peso sobre a mesma.

— Como assim não vai Kathy? Você sabe que sem você não tem show — Falou com aflição na voz. Como eu era a única vocalista da banda, as coisas complicavam quando eu não aparecia.

— Desculpa Layla, mas eu estou que nem a Rapunzel, não posso sair da minha torre — Expliquei em quanto brincava com meus pés.

— É estamos sabendo, o Cris nos contou. Mas ainda tínhamos a esperança de que você arrumaria um jeito de sair daí — Falou.

—Não há como, meu pai colocou praticamente mais da metade de seus seguranças envolta do Instituto para bloquear a minha saída e se eu usar minha magia ele com certeza saberá — Expliquei tristemente.

— Por favor Kathy — Implorou do outro lado da linha.

— Não... —

— Na verdade tem um jeito — Olhei para minha frente me deparando com uma garotinha que aparentava ter mais ou menos uns dez anos, ela continha um sorriso no rosto e as mãos em seus bolsos do casaco. — Eu posso lhe ajudar se você quiser — Concluiu em quanto eu estava boquiaberta.

— Kathy, nos falamos mais tarde — Disse ainda olhando para a garotinha.

— Mas... — Desliguei antes de a mesma completar sua frase.

— Como e o porquê você pretende me ajudar? — Perguntei cruzando os braços.

— Acho que eu estou lhe devendo uma a muito tempo — Exclamou se aproximando de mim. — Você não deve se lembrar, mas a quatro anos atrás você me ajudou a escapar de alguns vampiros em frente aquela boate conhecida pelos sub-mundanos — Concluiu com um sorriso meigo nos lábios.

FlashBack On

— Qual vão ser as músicas tocadas hoje? — Perguntou Dylan a Maison.

— Another You — Respondeu sem pensar duas vezes.

— Não, essa não Mason, escolhe outra — Resmungou.

— Vai ser essa e está decidido — Afirmou.

Ri da pequena discussão dos dois e voltei minha atenção para um beco que havia ali perto, havia uma garotinha sendo empurrada para lá por dois brutamontes vampiros, os reconheço de longe, racinha miserável.

— Você não concorda comigo Kathy? — Ouvi a voz de Maison e olhei rapidamente para ele assentindo, nó já estávamos na entrada da boate.

— Vão entrando, eu deixei cair uma das nossas partituras lá atrás — Falei rapidamente e os mesmo assentiram e entraram.

Corri até o beco onde avistei a garotinha e já no fim dele os homens agrediam a menina que estava encolhida em um canto da parede, que deplorável.

— Ei seus idiotas — Chamei a atenção deles e os mesmos me olharam já com as presas de fora. — Não seria melhor se mexessem com alguém do tamanho de vocês? — Perguntei cruzando os braços com um sorriso maldoso nos lábios, afinal, eu tinha um plano.

— E você é quem pra decidir isso? — Me perguntaram já caminhando em minha direção.

— Sou a bruxa que vai acabar com a miserável vida inacabável de vocês — Os mesmos riram do que eu havia falado e correram para me atacar, mas antes que eles pudessem me atingir eu lance um feitiço de defesa nos mesmos, os jogando contra a parede me dando tempo para correr até um pedaço de madeira velha que havia ali.

— Sua bruxinha miserável — Um deles gritou se levantando do chão.

Pisei em cima do pedaço de madeira formando uma ponta aguda na mesma, quando o mais alto correu para me atacar eu me teletransportei para suas costas e o rendi lançando a estaca em seu coração e a tirando para lançar no outro homem que vinha em minha direção com suas presas a vista, logo o mesmo virou em cinzas assim como o primeiro.

— Vampiros idiotas — Resmunguei em quanto arrumava meu cabelo. Olhei para o fim do beco e vi a garotinha ainda encolhida em um canto, caminhei até ela e me agachei para ficar a sua altura. — Você está bem? Eles te machucaram? — Perguntei revisando seu corpo, seus braços estavam roxos, sua boca cortada e joelhos lascados. — Qual o seu nome princesa? — A questionei docemente.

— Alessa — Respondeu voltando seu olhar para mim.

— Venha Alessa, vou cuidar desses seus ferimentos — Disse pegando em sua mão e a levando para minha casa, depois eu ligo para os garotos explicando o que aconteceu!

FlashBack Off

— Alessa? — Perguntei ao me lembrar dela e a mesma assentiu com um sorriso no rosto. — Espera... Por que você está aqui? — Perguntei confusa, afinal, mundanos não entram no Instituto.

— Eu moro aqui faz dois anos — Respondeu me deixando mais confusa ainda. — Um ano depois do que aconteceu eu descobri que sou uma bruxa e comecei a procurar ajuda de outros feiticeiros, então eu encontrei o Magnus, ele me ajudou e pediu para um de seus amigo me trazer pra cá, depois de tudo que aconteceu com a Clave e Valentim a maioria dos feiticeiros então se abrigando aqui e agora estão dizendo que teremos uma tutora de magia — Completou com ansiedade na voz.

— Acho que você acabou de conhecer a sua nova tutora de magia — Disse brincalhona e a mesma me olhou com o olhar de confusão. — Longa história — Resmunguei bufando.

(...)

— Então você sabe abrir portais, mas não sabe se teletransportar? — Perguntei incrédula.

— Sim — Lessa respondeu.

— Se teletransportar é muito mais fácil que fazer portais, como você não aprendeu isso ainda?

— Mas ao você se teletransportar, você pode acabar se perdendo no meio do caminho — Rebateu.

— Mas para isso basta ter concentração — Disse.

— E se você estiver em um momento em que não para achar a sua concentração? — Me indagou.

— Ai você abre um portal — Bufei derrotada e Lessa deu um sorriso vitorioso.

— Posso saber sobre o que as madames estão conversando? — Olhei para a entrada da cozinha e vi Alec escorado na mesma.

— Alec — Exclamou Lessa correndo até ele e o abraçando.

— Oi pequena — Disse rindo e a abraçando também.

— Vocês já se conhecem? — Perguntei confusa.

— Sim, foi ele quem me trouxe pra cá — Afirmou a garotinha de cabelos negros e olhos cor de esmeralda.

— Ah sim — Resmunguei sem graça.

Escorei-me no balcão que havia ali dividindo o "refeitório" da cozinha e peguei meu celular para passar uma mensagem para Layla em quanto Alec e Lessa conversavam sobre algum assunto do qual eu desconhecia no momento.

...

Eu: Separa uma roupa sua para eu usar,
estarei ai depois das oito!

...

Enviado! Agora era só esperar o horário e Lessa abriria um portal para mim, assim eu não usaria minha magia e eu não seria vista pelos seguranças do meu pai.

...

Layla: Okay, mas como você vai passar
pelos seguranças do seu pai?

Eu: Tenho meus métodos Lay, se preocupe
apenas em separar a minha roupa e avisar
os garotos DISCRETAMENTE que eu irei
aparecer!

Eu: Por Favor, não avise o Chris... Eu
e ele brigamos e a ultima coisa que
eu quero é ter que explicar como
eu consegui fugir por algumas horas
para ir à boate.

Layla: Tarde demais, os garotos
já o avisaram... Sorry migs!

...

— Tinha que ser os fofoqueiros da boate mesmo — Resmunguei decepcionada.

— O que você disse? — Olhei para minha frente levando um susto ao ver que Alec estava a apenas poucos metros de distancia.

— Que isso garoto, quer me matar do coração? — Coloquei a mão em meu coração e fui para o outro lado do balcão para manter distancia do mesmo, não sei porque fagulhas que eu fiquei nervosa.

— Lessa disse que vocês já se conheciam bem antes dela vir pra cá, é verdade? — Indagou cruzando os braços.

— Sim, porque ela mentiria sobre isso? — Dei de ombros.

— É, porque eu mentiria sobre isso? — Perguntou emburrada.

— Porque você adora pregar peças em mim — Disse bagunçando seus cabelos, dei uma pequena risada daquela cena antes de me lembrar que precisava esclarecer algumas coisas com Jace.

— Onde esta o Jace? — Perguntei e Alec me olhou com uma expressão de desconfiado.

— Por que quer saber? — Me questionou.

— Porque tenho algumas coisas para esclarecer com ele — Disse e o mesmo pareceu relaxar um pouco.

— Ele saiu com Claire e Izzy — Respondeu suspirando.

— E porque você não foi junto? — Lessa perguntou desentendida.

— Por que eu tenho que ficar de baba de uma certa pessoa irresponsável — Olhei para ele incrédula, não acredito que meu pai pediu para um deles me vigiar.

— Eu não acredito — Exclamei desacreditada. — Eu... Eu... Aaahh — Gritei irritada saindo dali caminhando rapidamente até chegar ao quarto de Jason.

— Eu não acredito que você mandou um deles me vigiar Jason — Abri a porta com força me deparando com uma cena horrível. — Jason? — Meus olhos se encheram de lágrimas, meu irmão...