História A Força Desse Amor - Quem Canta Seus Males Espanta!

--- Na Mesma Tarde ---

Denise deu a ideia de Magali, Mônica e Ramona se arrumarem na casa dela.
Ela queria deixar Mônica deslumbrante para colocar seu plano em prática.

Mônica - Denise, acho que isso não é necessário. Sinceramente - Mônica olhava para a roupa em cima da cama enquanto Denise andava pra lá e pra cá pelo quarto pegando acessórios e maquiagem.

Denise - Querida, se ele quis namorar com você só pra se aproveitar, ele tem que perceber o que perdeu, né? Você tem que estar mega gata nesse karaokê!!

Mônica - Mas não precisa disso, é só executar o plano e pronto!

Denise - Pode acreditar, Mona, aparência faz toda a diferença! Eu por exemplo quando vejo um boy maravilhoso gatíssimo sarado, e ele não me dá bola, eu me sinto 10 vezes humilhada, gatz!

Ramona - Er... Eu posso ir normal mesmo, né? - Perguntou com seu jeitinho simples e tímida.

Denise - Claro que não Ramona, se eu estou sendo caridosa em deixar a Mônica bonita uma vez na vida, tenho que aproveitar e ser caridosa com você também. Magali é a única que se salva aqui...

Mônica - Denise só não te bato porque você é minha amiga!

Ramona - Mas gente, eu não sei se eu me dou bem nesse tipo de roupa, eu iria com calça jeans e camiseta, ou um suéter, pra mim está mais do que ótimo! - Ela também observava a roupa que Denise havia dado, ainda com seu jeitinho tímido.

Denise - Ai, fala sério! E você Mônica? Iria como?

Mônica - Ah, uma calça jeans também, um tênis ou no máximo uma sandalinha e uma batinha solta vermelha.

Denise - E você Magali?

Magali - Um vestidinho solto de renda pra mim já ta bom.

Denise - Ta vendo.. Por isso digo que a Magali é a melhorzinha aqui!

Mônica - Vamos fazer isso logo, né? Antes que eu mude de idéia... - Disse pegando a roupa em cima da cama, pronta pra de vestir.

As meninas passaram a tarde toda se arrumando e conversando sobre o plano. Enquanto isso, Toni conversava sobre esse mesmo assunto com Penha.

Penha - E então? Ligou pra ela? Ela vai? - Perguntou ansiosa.

Toni - Claro, foi mais fácil do que pensei, já está até se arrumando. - Ele sorri, satisfeito.

Penha - Hahaha como se isso fosse disfarçar a feiura dela. E se você vai estar no Karaokê, como vai entrar na casa dela pra pegar o coelho? Porque claro, ainda não temos nosso exercito para essas pequenas missões. Então você é o mais ideal pra fazer.

Toni - Fique tranquila, pelo o que sei Mônica adora cantar, garanto que ela vai aproveitar e se distrair muito, e como é uma reinauguração, vai ter muita gente lá, é só eu despista-la dizendo que vou ao banheiro, pego o coelho e desapareço! - O loiro andava a passos lentos pelo local com um largo sorriso maquiavélico. - Desapareço antes mesmo de acabar esse namoro idiota! E se caso ela estiver caidinha por mim, do jeito que ela está odiando o Cebola é bem capaz de estar perdidamente apaixonada, afinal ninguém resiste a mim!! Quando eu desaparecer, tenho certeza que ficará ainda mais destroçada sendo abandonada! Do jeito que ela é besta Hahahaha.

Penha - Ótimo plano! - Penha bate palmas de felicidade - Sei muito bem que aquele projeto de garota se faz de forçuda mas na hora de mexer no coraçãozinho ela se destrói hahaha. AFF garota patética!!Mas sabe... Você tem razão... Quem iria resistir a um loiro de olhos verdes? - Penha se aproxima aos poucos de Toni.

Toni - E quem resistiria a uma morena dessa?... - Disse olhando lentamente Penha de cima a abaixo - ...mas sabe gata, não sou cara de compromisso...

Penha - E quem disse que eu sou? Tenho cara de Mônica por acaso? Não sou essas garotinhas iludidas que estão atrás de príncipe encantado! Isso não existe meu amor! O que interessa... é se divertir... gato!

Toni - Agora sim falou minha língua... - Toni a agarra rapidamente pela cintura e ambos se beijam num beijo veloz entre risinhos, sem sentimento algum.

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Mônica - Vocês não acham que está muito exagerado, não? Gente eu não tô indo pra uma festa, eu só quero cantar! - Ela se olhava no espelho, observando a maquiagem carregada.

Mônica vestia uma calça de couro sintético preta que valorizava suas curvas, uma bata vermelha soltinha com detalhes brilhantes que valorizava seu busto e uma bota cano curto salto 15 da cor preta.
Seu cabelo estava quase como sempre, com apenas algumas ondulações nas pontas e extremamente brilhoso.

Denise - Você não vai só cantar, vai cantar e provar pra aquele babaca que você não é trouxa e que com Mônica Sousa não se brinca meu amor! Amor próprio é tudo, viu! - Denise se olhava no espelho dando seus últimos retoques no cabelo, que estava com Maria Chiquinha como sempre.
Ela vestia um shots jeans com meia calça preta e blusa azul amarrada, não deixando de lado seu salto azul neon.

Ramona estava se sentindo estranha sem aquela roupa simples que acostumava usar. Ela usava um shorts preto cintura alta e uma blusa estampada roxa com um coturno preto. Seu cabelo continuava o mesmo porém com mais brilho também.

E Magali como sempre meiga e romântica, não saía da rendinha. Ela vestia uma saia preta rodada, blusa de manga longa rendada branca e sapatilhas pretas.
Nessa noite ela preferiu soltar o cabelo.

Mônica - Mas afinal, Toni fez isso tudo a troco de quê? Tudo bem que da outra vez ele chegou aqui no bairro pra se vingar de mim com um planinho besta da peça de Romeu e Julieta, tudo porque eu batia nele na infância, até ai OK, depois disso ele sossegou por um bom tempo.
Mas agora ele veio pra quê? Se fosse pra separar eu e o Cebola não faria sentido, nós nem juntos estavamos!- Ela refletia em voz alta, sentando na cama um pouco decepcionada por não estar junto de quem realmente amava.

Ramona - Vai ver Toni gosta de você e te quer a qualquer custo, ele achou que jogando sujo seria o único modo de tirar o Cebola do caminho de vez, mesmo vocês não estando juntos, até porque todos sabem que vocês dois se amam!

Denise - Uma coisa eu sei... a pessoa que Toni mais odeia na face da terra é o Cebola, se Toni pudesse acabava com ele, mas o troglodita sabe que no meio disso tudo tem você! Por mais que você brigue com o Cebola, você sempre o defende quando tem um grande perigo. - Esclareceu, sentando ao lado de Mônica.

Mônica - É, isso é verdade...

Denise - E também o motivo não importa Mônica, sabemos que foi ele que deu aquela poção pro Cebola e mentiu pra todo mundo se fazendo de bonzinho! Ele tem que ter um castigo por isso! E se ele acha que o planinho dele ta dando certo, que ele ta te conquistando, hoje ele vai tomar um baita balde de água fria!

Mônica - Ai meninas eu tenho que confessar uma coisa... Eu juro que eu tentei me apaixonar pelo Toni, tentei mesmo! Mas era impossível! Nunca consegui ver ele como um namorado meu.

Ramona - E porque você tentou se apaixonar por ele?

Mônica - Pra esquecer de vez o Cebola, mas... Mas não dá!! Não consigo!! Até parece que ele nasceu grudado em mim!! Não quer sair de jeito nenhum!! Isso as vezes até me deixa irritada sabia... - Disse a dentuça cruzando os braços e franzindo o cenho.

Magali - Isso se chama amor amiga, não adianta querer tentar mudar - Disse, a abraçando em meio a um sorriso.

Denise - Bom, chega de papo! E bora ensaiar nosso plano! Tudo tem que estar perfeito! - A ruiva puxa Mônica e saem do quarto.
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Essa noite de sexta parecia mesmo ótima para aproveitar com os amigos.
Muitos da turma já estavam no Karaokê.

Marina - Gente aqui é lindo e bem chique! - A garota chegava junto de Franja, apreciando o local

Carmem - Achei que seria bem fuleiro, mas até que gostei. - Se aproximou dos dois, comentando do lugar.

O local era grande, com muitas mesas, cadeiras e um grande bar, com funcionários e garçons prontos para atenderem os clientes.
Tudo era iluminado com luzes coloridas e parecia ser bem confortável pra quem quisesse apenas assistir sentado ou pra quem quisesse dançar havia uma pista disponível também.
O grande palco era iluminado, e equipado com o que havia de última tecnologia, tudo era bem moderno e bonito, simulando mesmo aqueles palcos de show, e por todo lugar haviam telões onde passariam as letras de cada música.

As pessoas já começaram a chegar.

A maioria eram amigos e familiares de Denise já que era seu tio que estava reinaugurando o negócio.

Cebola, Cascão, Xaveco, Titi, Aninha, Marina, Franja, DC, Isa, Maria Mello e Jeremias já haviam chegado.
Estavam escolhendo uma mesa grande para que todos pudessem se sentar.

Escolheram uma bem no centro, mais próxima do palco.

Cebola - Será que ela vem, Cascão? - Cebola passou o dia todo pensando se Mônica iria ou não pro Karaokê, ele tinha quase certeza que não, afinal ela ainda não tinha o perdoado. Por isso não parava de olhar ao redor vendo se ela já estava no local.

Cascão - Relaxa cara, tu ta tenso demais! Aproveita o lugar! - Disse tentando acalmar o amigo. E se sentando na mesa que todos escolheram.

Titi - Onde será que estão as gatinhas, hein?

Aninha - TITI!! EU TO AQUI SABIA? ABUSADO! - Ao ouvir aquilo, ela deu um forte tapa no ombro do namorado, já irritada com mais um ataque de abuso do rapaz.

Titi - Ô meu amor, é brincadeira! A gatinha que me refiro é justamente você! - Disse logo em seguida lhe dando um selinho.

Jeremias - Gostei desse lugar! - Ele também apreciava o local que já estava com o som bombando.

DC - Achei bem comum, mas tenho que admitir que o som é animal!! Tocar batera nesse palco deve ser bem maneiro! - Disse, olhando para o palco.

Denise - Chegamos, meu povo lindo e maravilhoso! - Ela se aproximava junto com Ramona, Magali e Mônica cumprimentando todos da mesa.

POV CEBOLA

Monica!! Meu Deus, como ela tava linda! Mais linda do que já era, eu não conseguia mais tirar meus olhos dela! Mas tinha que me controlar, não queria que ela brigasse comigo novamente.
Tudo bem que ela nem se quer me cumprimentou, com certeza ela ainda está bem magoada.
Queria tanto reparar tudo isso... E poder olhar ela pra sempre, se eu pudesse ficaria olhando pra ela a noite toda...
Mas aí pra destruir aquela imagem perfeita, chega aquele babaca...

Toni - Oi meu amor - Toni chega dando um selinho em Mônica.

Mônica - Oi - A dentucinha respondeu dando um sorriso forçado e logo após o selinho, a moça limpou a boca com a mão, claro, sem que ele percebesse.
Estava com tanto nojo dele!! Mas tinha que se controlar pelo bem do plano. Apesar de sentir um grande peso por não ter cumprimentado o Cebola, ela tinha que se manter a mesma por enquanto.

Denise - Minha sobrinha!! - Um homem de mais ou menos 50 anos, se aproximava dos jovens usando uma roupa toda preta, com várias tatuagens pelo corpo, aparentemente gostava bastante de rock, e parecia ter um espirito jovem.

Denise - Tio!! - Ela o abraça - Esses são meus amigos! São um pouco estranhos e tal, alguns são bem feinhos, mas fazer o que né, são meus amigos.

Tio De Denise - Que amigo que não é estranho, não é? Mas mesmo assim espero que gostem do local e qualquer coisa que precisarem não se acanhem a pedir. Fiquem a vontade para comerem e beberem o que quiserem.

Denise - Tio! Eu queria pedir umas pequeninas coisinhas pra você, vamos ali pra conversar, já volto galera!!

Toni - Vem Mônica, vamos sentar - O loiro a puxa para se sentarem. Mas o lugar que ele escolheu foi justo na frente do Cebola. Isso com certeza não foi coincidência, ele queria mesmo provocar ao máximo!

Mônica - Toni, por que a gente não senta, ali? - Mônica aponta para o outro lado da mesa onde também tinham dois lugares.

Toni - Por que, meu amor? Aqui é mais perto do palco e sei o quanto você ama música... - Toni falava enquanto acariciava os cabelos da moça. Ela até tentava se esquivar disfarçadamente mas sem sucesso.

Mônica - Não importa, a gente vai sentar ali e pronto!! - Ja perdendo a paciência, ela o puxa com força. Ela não queria mais que Cebola assistisse aquela provocação, já estava nítido que o covarde do Toni estava fazendo aquilo pra brigar!

Cebola - Pelo menos não ficaram aqui pra me atormentar... - Disse pra si mesmo depois que foram para o outro lado.

Cascão - Sinto muito, careca...

Cebola - É melhor eu ir embora Cascão, não tem nada pra aproveitar aqui!

Cascão - Claro que tem, você adora música cara, assim como eu, a Maga e a Mô.

Cebola - Mas acha mesmo que tem alguma chance de cantarmos nesse clima? Ta na cara que eu to sobrando aqui... - Disse olhando pra Mônica do outro lado da mesa.

Magali - Cê... Tenho certeza que daqui um tempo você vai estar adorando esse lugar, acredita em mim, hoje vai ser um dia bom...
- Ela sorria, sentada ao lado de Cascão, tentando convencer Cebola que ficasse.

Cebola - Como você sabe?

Magali - Intuição feminina! - Disse, tomando um refrigerante que havia pedido.

Cebola - Hum.. Sei - Ele olhava pra baixo, desanimado.

Algumas pessoas já aproveitavam a beça o karaokê, alguns cantando muito bem, outros nem tanto, mas isso não importava nem um pouco, todos estavam se divertindo.

Denise - Gente, eu trouxe vocês aqui pra vocês cantarem e não pra ficarem de enfeite!! Até agora todas as mesas já cantaram, menos a gente. E ai?

Marina - Bem que o DC podia ir, já que ninguém está com coragem...

DC - Acertou! Serei o primeiro a dar um show!! Observem só!!

DC sobe no palco e é recebido pelo tio de Denise, que nessa noite estava dirigindo e apresentando o Karaokê

Tio de Denise - Como vai? Qual é seu nome?

DC - Sou o DoContra

Tio de Denise - E qual música vai cantar pra nós essa noite?

DC - Wahkay kayhay YEEAH!!! - Disse DC gritando na parte do YEEAH!!

Tio De Denise - Como é que é meu filho?

DC - Wahkay kayhay YEEAH

- Quem canta isso??!!! - Gritou um cara sentado numa das mesas.

DC - Caramba gente não acredito que vocês não conhecem a banda Farofa Loka, é a melhor banda de Rumbafunkrock do universo!! Que tipo de cantores são vocês?!!

UUHHHH UHHH UHHHH- Todos começam a vaiar

Tio de Denise - É melhor você sentar.

DC - Muito obrigado meus fãs! AMO VOCÊS! - Feliz, ele desce do palco.

Denise - Gente, na nossa próxima saida juntos, por favor não esqueçam de NÃO CONVIDAR O DC!! Onde você tava com a cabeça? Não dava pra cantar uma música normal? Nossa mesa vai sofrer bullying agora!

DC - E eu tenho culpa se essas pessoas não tem cultura? - Disse olhando para as pessoas em volta.

Enquanto todos da mesa conversavam, Mônica ficava o tempo todo de olho no Toni, com certeza não tinha mais confiança alguma nele, e a presença dele já lhe fazia mal. Curiosamente Toni ficava o tempo todo olhando a hora no celular, parecia até que estava com pressa pra ir embora.

Mônica - Algum problema, querido... Por que fica toda hora olhando o horário? - Ela tentava bancar a gentil, e meiga, mas acabava até soando falso de tanto esforço que ela fazia, a vontade dela mesmo era socar a cara dele.

Toni - Ah, não é nada, é só hábito... E você? Por que não vai lá cantar? Adoraria te ver e ouvir sua linda voz. - Toni olhava toda hora de canto pra Cebola, com uma cara de vitória cada vez que acariciava Mônica.

Mônica - Sabe... Você tem razão, nossa mesa precisa cantar e mostrar que também somos talentosos. - Mônica sorria forçado mais uma vez - Vem aqui Denise. - Ela rapidamente puxa a amiga pra um canto afastado.

Mônica - E ai? Já tá tudo pronto? Não to aguentando mais o Toni, tenho que fazer isso agora ou vou acabar matando ele!

Tio de Denise - Sobrinha, já está tudo pronto, os dançarinos já chegaram, se sua amiga quiser se apresentar... - Ele se aproxima das duas com um largo sorriso.

Denise - Ótimo, é agora, Vai nessa cantora!! Arrasa com ele, estarei gravando tudo!!

Mônica - Como sempre, né...

Mônica sobe no palco com um certo nervosismo, afinal fazia um tempo que não cantava, por causa de tantos problemas com Cebola, haviam deixado a banda pra lá e não ensaiavam mais.
Mas ela estava determinada que arrasaria e com a sua música mandaria o devido recado ao Toni.

Mônica - Boa noite galera! Quero agradecer ao tio da Denise por nos convidar para a reinauguração, estamos muito felizes pelo convite. - Disse olhando para o dono do Karaokê, que agradeceu com um sorriso.- Bom, eu gostaria de cantar uma canção muito especial, e quero muito que vocês prestem atenção na letra e podem acreditar que cantarei ela com todo meu sentimento... - Mônica sorria colocando a mão no coração. - Dedicarei ela especialmente ao meu namorado que está ali - A moça então aponta para Toni, enquanto um holofote ia em sua direção. O loiro se levanta com uma cara de vitória e satisfação sem igual, a primeira pessoa que ele olha é o Cebola que estava desolado, enquanto Toni erguia a cabeça e sorria... Se ele já se achava antes, agora seu ego estava no nível máximo. Ainda mais vendo a cara de tristeza de Cebola. Toni nunca amou a Mônica mas só de saber que seu inimigo estava destroçado por ter perdido a moça para ele, lhe dava uma alegria e satisfação sem igual.

Cebola engoliu aquele momento a seco, parece que tudo tinha paralisado. Pra Mônica dedicar uma música a alguém, ela só podia estar mesmo muito apaixonada.

Antes mesmo da música começar, Cebola tentou se levantar pra sair de fininho mas Magali o segurou.

Magali - Fica...

Cebola - Pra quê? Pra ver isso?

Magali - Confia em mim!

Nessa hora Cebola se senta novamente e as luzes escurecem...

Mônica - Toni... Essa é pra você de todo meu coração...

Finalmente a música começa num toque de piano, porém o ritmo era um pouco agitado, não parecia bem uma música romântica...

Mônica -"Faz o tipo caladão por não ter nada a dizer"

Dançarinos aparecem coreografando frase por frase no rítmo da música

Mônica -"E eu me apaixonei pelo que eu inventei de você"

Mônica também acompanhava a dança com o microfone nas mãos.

Mônica -"Eu até fui com a sua cara"

Ela olhava fixamente para Toni com um ar de debochada e desinteressada

Mônica -"Mas tô voltando pra devolver"

UIIIIIII - Nesse momento todos já sacaram que a música não seria nada nada romântica.

Enquanto isso Toni já estava com a fisionomia totalmente mudada, franzindo seriamente o cenho.

Mônica -"Você me quer com todas as vírgulas
E eu te quero como ponto final
Você me quer com todas as vírgulas
E eu te quero como ponto final
Não deixe pra amanhã quem você pode deixar hoje, não!!!"

Hahhahahahahahaha - Todos riam e aplaudiam a cada ritmo de bateria da música.

Cebola nessa hora também levantou e assim como Toni havia feito antes da música começar, ergueu a cabeça e sorriu com um riso de satisfação em direção ao loiro.
Toni ficou roxo de ódio.

Mônica -"Vive pelo corpo e pro espelho achando que é normal"

Mônica continuava com seu ar de debochada se sentindo super a vontade no palco. Até que tem a idéia de subir numa das mesas e interagir com o público que ali estava.
Todos começaram a levantar para aplaudirem de pé no ritmo da música.

Mônica -"Porcentagem de gordura e de neurônios proporcional"

UUUUUUIIIIIHHHHHH - A cada tacada todos tiravam sarro, inclusive a turma. Titi e Jeremias não perderam a oportunidade de rir exageradamente a cada fora que o loiro levava.

Mônica -"A culpa é menos sua do que minha, É que eu fiquei tão boba que caí antes da ficha"

Mônica volta para o palco e faz sua coreografia junto com o ballet.

Mônica -"Você me quer com todas as vírgulas E eu te quero como ponto final
Você me quer com todas as vírgulas E eu te quero como ponto final. Não deixe pra amanhã quem você pode deixar hoje, não!!" - Atenção galera, essa parte é importante!!... Nesse momento, Mônica sobe na mesa onde a turma estava e enfrenta Toni de cara, sempre com um riso debochado e gesticulando cada palavra da música.

Mônica -"Pega onda mas não tem pegada!!"

WWWWOOOOOOOOLL

Mônica - "Cara bonitinha e na cabeça não tem nada!!"

HAHAHAHAHAHAH

Mônica - "Pede champanhe com foguinho na balada!"

XXIIIIIIIIIII

Mônica - "Antes só que mal acompanhada!!" - A dentucinha canta essa frase chegando bem perto do loiro e lhe dando um empurrãozinho.

WOOOOOOOOOOLLL!!!!! - Nessa hora todos aplandiram e assoviaram ainda mais.

Toni, depois de ser empurrado por ela, até tentou ir atrás da morena na intenção de ir pra cima, porém foi segurado por Titi e Jeremias, enquanto Mônica com toda classe apenas virou e caminhou em direção ao palco continuando sua performance com o ballet.

Mônica - "Você me quer com todas as vírgulas E eu te quero como ponto final
Você me quer com todas as vírgulas E eu te quero como ponto final. Não deixe pra amanhã quem você pode deixar hoje, não!!"

A música estava chegando ao fim, e o público aplaudia e assobiava.

Foi ai que Toni caiu na real do quanto foi humilhado

Toni - VOCÊ VAI ME PAGAR MÔNICA!! TODOS VOCÊS VÃO!! ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM!! - Toni gritava indo de costas em direção a saida - VOCÊ GAROTA ... - Disse ele apontando para Mônica que ainda tava em cima do palco terminando sua coreografia com um sorriso irônico no rosto.- .... ME HUMILHOU PELA ÚLTIMA VEZ!! - Toni finalmente sai e todos aplaudem Mônica que agradece ao público e sorri.

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Toni andava em passos rápidos em direção a casa de Mônica.

Toni - Parabéns Moniquinha, conseguiu despertar o pior de mim!!! - Ele apertava o passo com mais raiva.

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Tio de Denise - PRIMEIRA GRANDE APRESENTAÇÃO DE NOSSO KARAOKÊ MINHA GENTE!! Você é ótima!! Parabéns!! - O homem sobe no palco e parabeniza Mônica.

Denise - VAI TUDO PRO YOUTUBE GALERA!!! Se inscrevam no meu canal, hein.

Titi - E esse que acabou de ser chutado se chama Toni, procurem a rede social dele lá pra mandarem mensagem de apoio ou de zuera hahahahaha particularmente prefiro os de zuera haha.

Mônica - Obrigada pelos aplausos gente... Há muito tempo eu não me divertia cantando assim... Mas ainda não acabou. Tenho uma coisa pra fazer... - Mônica desce um dos degraus do palco, para ficar mais próxima do público e olha fixamente para Cebola. - Nos últimos dias eu fui bem idiota, mais idiota que esse loiro oxigenado que botamos pra correr... Fui ignorante, cega e muito burra!! Eu não acreditei numa das pessoas mais importantes da minha vida, uma pessoa que apesar dos defeitos que tem, é leal, principalmente leal aos amigos, e jamais faria o que pensei que ele tivesse feito. Alguém que esteve comigo nos momentos mais horríveis da minha vida, acreditem. Já passamos por cada uma... Nossos amigos sabem bem disso. Tudo bem que já tivemos muitos problemas, somos beeeem diferentes, ou talvez tão iguais que as vezes sai faíscas, mas, nada se compara aos momentos que tenho com você, aos momentos bons que você já me proporcionou, tantas risadas nos momentos de amizades e sinceramente, aquelas brigas eu já nem me lembro mais. Eu ... Eu me sinto cada vez pior por ter caido nisso tudo, por ter sido enganada tão fácil, por ter dado chance pro mal acontecer. Talvez se Deus me desse um pouco da inteligência que você tem eu poderia ter sacado mais cedo haha... e você tem razão, eu sou ingênua demais, acredito em qualquer conto de fadas, mas o que mais me deixa com raiva é que justo em você... Justo em você eu não acreditei... Eu sei que por diversas vezes você tentou se explicar por algo que não teve culpa. Sei que você tentou me avisar dos perigos, e eu não ouvi...
Por isso to aqui, pra te pedir perdão por tudo o que te fiz. Pelo tempo que te ignorei, por tudo que falei de você, por todo o mal que pensei de você!
Chega de orgulho, chega de briga! Por favor... Cebola.. Me perdoa...

Cebola manteve a expressão normal durante todo o discurso de Mônica, e isso a amedrontava, ele não expressava nenhum olhar, apenas observava ela falar, e foi isso que a deixou com mais medo do que se ele dissesse um "NÃO TE PERDOO" logo de cara...

Depois que o discurso terminou, um silêncio ficou no ar...
Cebola simplesmente virou as costas e foi em direção a porta.

Nessa hora, Mônica, que já estava bem frágil, abaixou a cabeça pra começar a chorar.
Ela não queria olhar pra porta e vê-lo ir embora.

Mas logo sente que algo estava estranho... Ela então resolve levantar a cabeça, e logo vê ele voltando da porta com um buquê de rosas vermelhas.

Cebola - Mônica... Você me perdoa? - Perguntou sorrindo com um brilho nos olhos, olhando pra moça.

Nesse momento Mônica mudou totalmente sua expressão, que antes era triste, deu lugar à felicidade.
Ao ver ele ali com aquele buquê pedindo perdão, não pôde conter seu sorriso, correu, o abraçou forte, deixando as lágrimas caírem, mas dessa vez, eram lágrimas de felicidade.

Mônica - Mas... Você não tem que me pedir... - Disse ela desfazendo o abraço.

Cebola - Tenho sim, eu também tenho grande parcela de culpa nisso tudo, não foi atoa que você acreditou nele. Eu to sempre dando mancada com você, sempre te magoando achando que sou o centro do mundo e o único no seu universo, mas eu sei que não sou...
Eu fui mesquinho, possessivo, e também fui ignorante com você sem pelo menos tentar entender seu lado. Eu não me pus no seu lugar. Tudo aquilo que aconteceu na festa da Dê ainda é um mistério na minha cabeça, mas fico pensando que se fosse ao contrário, talvez eu teria reagido da mesma forma que você reagiu!
Uma pessoa quando ama a outra tem que entender as decisões dela por mais que machuque, e eu não respeitava você, te dei motivos pra acreditar nele.
E quando eu via vocês juntos, eu só pensava em ódio, em raiva, em me vingar ficando com outras meninas pra te magoar, agindo mal tentando agredir ele de qualquer forma, as vezes até te agredindo com palavras desejando que você se desse mal com ele, e isso é atitude de moleque, eu reconheço isso!!
Aquilo que fiz no ensaio da peça foi uma vingança podre! E me arrependo muito por ter feito você chorar... não quero mais fazer isso ... - Cebola dizia passando os dedos pelo rosto de Mônica secando suas lágrimas de emoção. - Me perdoa...

Mônica - É claro!! Claro que te perdôo, já te perdoei há muito tempo!! - A garota que sempre foi forçuda, se desmanchou em lágrimas o abraçando forte enquanto ele também se emocionava de tanta saudade.

Todos aplaudiram de pé aquela linda cena e começavam a gritar...

- BEIJA BEIJA BEIJA!!!

Mônica - Gente eu acabei de terminar um nam.. - Mônica morrendo de vergonha de ter exposto seus sentimentos na frente de todos tentou se justificar por que não iria beijá-lo ali, não sabia se era correto, não sabia se ele queria, já que ela havia acabado de terminar um namoro, mas o sentimento era tão grande, que Cebola não resistiu e lhe roubou um beijo, cheio de saudade e sentimento, ela então decidiu se entregar, finalmente depois de muito tempo, ela se sentiu feliz.

Todos adoraram aquela cena romântica e aplaudiram novamente. Quando finalmente finalizaram o beijo, ficaram se olhando e sorrindo um para o outro.

Tio de Denise - Isso que eu chamo de inauguração hein.... Bora continuar nossa festa meu povo!! - Gritou ao microfone, direto de cima do palco, ligando o som novamente.

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Toni estava em frente a casa de Mônica, observando as portas e janelas, percebendo que nenhuma luz estava acesa, não havia mesmo ninguém em casa, era a hora perfeita para pegar aquele coelho.

O loiro usou sua chave mestra para abrir os dois portões da frente, e os trancou novamente para que nenhum vizinho notasse alguma movimentação estranha.
Ao entrar preferiu não acender as luzes, já que os postes da rua e as janelas que estavam com a cortina aberta permitiam que a luz da rua iluminasse os cômodos da casa. Ele então foi até abaixo do sótão, apertou o botão da tal estátua e rapidamente entrou no tal lugar.
Como era o lugar mais subterrâneo da casa, usou uma pequena lanterna que havia no chaveiro para iluminar seus passos. Não demorou muito para achar o tal coelho.
Toni o coloca em uma sacola e saiu do ambiente chegando na sala.
Porém quando estava chegando na porta... Vê alguém tentando abri-la do lado de fora.
Não dava tempo de se esconder...