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História A Força do Amor - O Que Eu Mais Temia


Escrita por: Indis_Imladris

Notas do Autor


Caríssimos! Estamos cada vez mais próximos do fim derradeiro. Até lá mais emoção. Fiquem atentos.
Boa leitura!

Capítulo 43 - O Que Eu Mais Temia


Os lobos dissiparam-se após a batalha, desaparecendo na floresta e, à distância, somente pôde ser ouvido seus uivos. Legolas e Kyara comemoraram com outros guerreiros que estavam ao redor e a elfa misteriosa se aproximou acompanhada dos cavaleiros negros. Um deles postou-se diante da Kyara a reverenciando.

- Princesa! Chegamos ao fim da batalha e a vitória mais uma vez.

- Meu grande amigo Heitor... Disse Kyara colocando a mão no ombro do guerreiro... – Não tenho palavras para expressar minha gratidão.

- Não tem o que agradecer. Sabe que, a seu pedido, iríamos ao inferno se fosse preciso... Agora é chegada a hora de partirmos... Legolas observou calado o cumprimento dos dois... – Vi vocês dois lutando juntos. Este é o seu marido?

- Sim... Legolas!... Disse o elfo curvando-se em reverência, com a mão apoiada sobre peito... – Não sei como se deu a participação de vocês nessa guerra e nem quem são, mas tem nossa gratidão e estima pela ajuda. Chegaram num momento decisivo. Como poderemos recompensá-los?

- Cuidando bem da sua esposa... Somos guardiões assim como ela e viemos de Tanusia a pedido de Gahya para ajudar a princesa Kyara. Ela era nossa companheira até vir para uma missão nestas terras... Ele olhou para Kyara... – Perdemos uma grande combatente, mas não uma amiga... Você tem um tesouro nas mãos. Guarde-o com muito amor... O guerreiro se dirigiu a Kyara... – Espero um dia poder revê-la e se precisar novamente sabe onde nos encontrar.

- Digo o mesmo a você... Kyara o abraçou forte e assim ela se despedia dos seus companheiros, com lágrimas nos olhos.

O guerreiro deu as costas para os dois e reuniu o grupo. Todos se dirigiram a Kyara, colocando a mão direita no peito de punho fechado e bradaram juntos: “Vida com honra, morte digna”. Ela repetiu o gesto e as mesmas palavras. Por trás dos cavaleiros, outro clarão surgiu os levando embora deixando Heitor por último. Antes de desaparecer na luz ele ainda olhou um instante a mais para Kyara e abaixou a cabeça partindo, com tristeza nos olhos.

Todo o vale parou para assistir a despedida dos guardiões. Kyara se abraçou a Legolas e chorou. Viveu intensamente sua vida como guardiã e agora tudo chegara ao fim.

- Vejo que foi muito sentida a despedida de vocês... Comentou Legolas intrigado.

- Tivemos momentos memoráveis... Disse Kyara com voz embargada... – Mas nem sempre foi assim. Heitor é o líder dos guardiões e não aceitou muito fácil a minha presença. Acabei tendo que convencê-lo.

- Já era de se esperar, mas me pareceu ter algo mais nos olhos dele.

Kyara olhou para Legolas com os olhos vermelhos.

- Diga! Sei que há algo mais a ser dito.

- Não faz muito tempo ele se declarou apaixonado por mim e me pediu em casamento. Faria qualquer coisa para ficar comigo, até mesmo abandonar os guardiões se fosse da minha vontade. Obviamente eu não aceitei... Ela deu um suspiro... – E é isso.

Legolas ouviu a história com o semblante fechado... – Éomer tinha razão quando me questionou sobre qual homem não se apaixonaria por você.

- Eu sou o que sou e não me culpe por isso. Além do mais, o que me importa os outros se quem eu amo está aqui na minha frente?... Disse ela erguendo o rosto.

Ele segurou o queixo dela e passou o dedo em uma lágrima que correu pela face... – A mesma atitude atrevida. Está me desafiando?... Perguntou com um tom severo na voz e ternura no olhar... – Você é a dona do meu coração e me tem nas mãos, mas cuidado, moça! Não me provoque.

- O amor!... Disse Aragorn sorrindo ao se aproximar... – Pelo jeito continua socando a mesa, não é meu amigo?

Os dois se separaram e Kyara atirou-se nos braços de Aragorn... – Meu querido irmão. Por um momento pensei que não havia recebido minha mensagem. Obrigada por atender ao meu pedido de socorro.

- Custei para perceber a presença do falcão. Se não fosse a Arwen... Mas o que importa é que cheguei a tempo e tudo terminou bem. Espero que desta vez tenhamos livrado a Terra Média dessa praga.

- Mestre Gimli não o acompanhou?... Perguntou ela.

- Nem me faça esta pergunta. Temendo chegar tarde demais, parti sem avisá-lo... Vai passar o resto da vida reclamando.

- Mais uma vez você desobedeceu às minhas ordens, menina... Falou o rei Thranduil com firmeza se aproximando dos três.

- Meu Senhor!... Virou-se Kyara o reverenciando... – Perdoe-me, mas não seria tão boa governante para o reino. Preferi garantir seu retorno seguro e ser apenas Kyara.

- Como se isso fosse pouco. O que devo fazer com você?... O rei estava com ares de total insatisfação. Legolas fez menção de se manifestar, mas ele o impediu... – Deixe-a falar.

- Compreendo sua posição como governante e leis não foram feitas para serem quebradas e sim seguidas... Meu Senhor!... Diante das circunstâncias não tive escolha. Eu não poderia deixa-los perecer sem fazer nada para ajudar. O capitão foi de suma importância para o êxito dos meus planos e eu assumo toda a responsabilidade. Ele provavelmente me seguiu muito mais preocupado com a minha segurança do que outra coisa.

Kyara respondeu da forma mais sincera que pôde e dizendo essas palavras ela apoiou um dos joelhos no chão diante do rei.

- Se minha sentença for o exílio eu entenderei e acatarei suas ordens, meu rei. Não posso agir com uma conduta de total insubordinação sem consequências.

Foi um momento tenso para Kyara, que já não pensava mais sobre as implicações das suas atitudes, mas, neste momento, ela se lembrou de que a palavra de um rei era soberana e as leis de um povo deveriam ser obedecidas, sem exceção.

- Exílio!... O rei a ergueu do chão e a encarou... – Seu lugar agora é ao lado do meu filho e evidentemente ele não a deixará partir sozinha, ainda que saia desmoralizado do reino... Devo exilá-lo também?

- Evidente que não, majestade! Eu assumo os meus atos e vou arcar com as consequências sozinha. Fui desobediente, sim, por amor ao senhor, ao meu marido e ao meu povo, e quero que saiba que não me arrependo de nada.

- E nem deveria... Falou o rei abraçando-a... – Você estava certa todo o tempo e sua teimosia nos salvou da morte e da destruição... Disse ele ensaiando um sorriso... – Você é impossível... Mesmo sem ter essa consciência já carrega consigo a alma do nosso povo e será a primeira pessoa que, em toda a minha existência, me fará engolir as palavras e reconhecer meu erro... E que tipo de rei seria se não fosse acima de tudo justo e grato?

- O que posso lhe dizer senhor é que ninguém tinha razão, afinal. Meu lugar já não é mais num campo de batalha e somente fiz o que fiz porque foi necessário. Meu tempo como guerreira chegou ao fim... E Kyara foi interrompida.

- Princesa!... Princesa!... Glorfindel!... Gritou Narthan às margens do rio.

Todos correram e se depararam com Elrohir inconsciente e ferido. Tinha um corte profundo no abdômen e a cabeça sangrava devido a uma pancada, mas ainda vivia.

- Elrohir!... Ela se abaixou e examinou os ferimentos... – Ele está gravemente ferido... Precisamos retirá-lo daqui.

- O que Elrohir faz aqui?... Perguntou Aragorn pálido pela surpresa.

- É uma longa história, Aragorn... Kyara como ele está?... Quis saber Glorfindel preocupado.

A frente dela ajoelhou-se a elfa misteriosa... – Kyara! Acho melhor recorrer a Gahya. Veja! O corte na cabeça é muito fundo... Isso parece muito sério. Aproveite enquanto o portal ainda está aberto.

Kyara tinha o colar que Gahya havia lhe dado de presente e seu cristal reluzia intensamente... – Se é chegada a hora dele, ela não poderá ajudá-lo... Mesmo assim tenho que fazer alguma coisa.

Tocando o colar, Kyara proferiu suas palavras pedindo a presença da Senhora de Tiria, que logo apareceu reluzente com uma estrela.

- Minha mãe! Mais uma vez recorro ao seu poder para salvar a vida de um bravo guerreiro e um grande amigo. Rogo que não me negue este pedido.

Gahya saiu de dentro do clarão e reverenciou os senhores a sua volta, para logo em seguida voltar sua atenção ao corpo do elfo ferido.

- Este é o capitão élfico que lhe ajudou?

- Não. É o seu cunhado.

Ajoelhando-se ao lado do elfo, a mulher reluzente examinou os ferimentos... – Está com um ferimento de machado na cabeça... Esse corte no abdômen o fez perder muito sangue... Sabe que não posso intervir nessas questões, minha filha. Principalmente por se tratar de um elfo. Eles têm um caminho próprio a seguir.

- Mãe! Você socorreu Legolas quando já não havia mais esperanças. Peço que considere este momento de igual importância.

- Socorri Legolas porque era o seu destino e me foi permitido fazê-lo... Gahya olhou novamente para Elrohir... – Farei o que puder, mas serei obrigada a deixar que os seres supremos dos eldar façam sua justiça. Se me for permitido eu o curarei.

Ela estendeu a mão para o corpo de Elrohir e o cobriu com uma luz, desaparecendo com ele. Todos ficaram aguardando o desfecho, com muita ansiedade e Kyara temeu não ser possível salvá-lo. Legolas viu, nitidamente, o seu temor e a abraçou.

Um quarto de hora havia se passado aumentando a angustia com a demora, e Glorfindel, deixando transparecer seu desespero, recorreu a Kyara.

- Eles estão demorando muito. O que está acontecendo, Kyara?... Se Elrohir for para Mandos não me perdoarei. Deveria ter ficado ao seu lado para protegê-lo... O que vou dizer a Elladan?

- Acalme-se, Glorfindel. Elrohir não é uma criança e muito menos um guerreiro inexperiente... Vamos aguardar os acontecimentos.

Disse Aragorn tentando acalmá-lo, mas suas palavras não soaram tão convincentes quanto gostaria, pois o seu semblante estava tão tenso quanto o guerreiro Gondolidhrin.

- Eu tentei a todo custo socorrê-lo a tempo, mas não pude evitar que fosse atacado. Eram muitos ao seu redor... Manifestou-se Narthan sustentando o estômago ainda em sofrimento... – Não posso evitar pensar na minha irmã.

De repente a luz retornou e Elrohir apareceu ainda desacordado, mas sem seus ferimentos.

- Seu corpo está curado, mas seu espírito não. Nem mesmo minha magia conseguiu reanimá-lo.

Kyara dirigiu-se para a mãe... – Não compreendo. Por que não conseguiu trazê-lo de volta?

- Minha filha! Lamento dizer, mas creio que a caminhada deste homem tenha chegado ao fim. Agora está fora do meu alcance e o destino dele está nas mãos dos seres supremos da sua raça, que tem o poder de levá-lo ou mantê-lo... O que posso dizer é que uma força muito grande o prende a esse mundo. Acredito que sua vontade de ficar seja o que o mantêm aqui.

- Ele está compromissado com a irmã do capitão que me ajudou na floresta. Pretendiam se casar quando retornássemos.

Glorfindel abaixou-se para levar Elrohir no colo... – Eu o levarei para o alojamento... E saiu carregando o amigo e discípulo. Haldir o acompanhou.

- Não compreendo. Elrohir iria se casar depois desse confronto?... Perguntou Aragorn.

- Sim, meu irmão. Ele conheceu Idrial em Parth Galen, lembra-se? Você os apresentou... Apaixonaram-se e ele veio para as Terras Ermas acompanhando Glorfindel na esperança de poder revê-la. Depararam-se com a situação caótica da floresta e envolveram-se no confronto, mas não sem antes pedir a mão dela em casamento... Esclareceu Kyara.

- Senhora! Por sua experiência acha que ele terá forças para recobrar a consciência? Há algo que possamos fazer para ajudar?... Nem sei como minha esposa receberá a notícia do irmão nesse estado... Perguntou Aragorn dirigindo-se a Gahya.

- Majestade! O que posso dizer é que pancadas assim quando não matam deixam consequências, mas no caso do seu cunhado não haverá riscos quanto a isso, porque seu corpo foi curado. O ferimento está na alma, uma vez que seu destino seria partir. Somente não o fez porque seu espírito sente-se preso aqui. Se for o amor que o mantêm, então a única que poderá fazer algo será essa moça de que falam. Ela deverá lhe dar uma razão muito forte para lutar.

Inesperadamente Narthan encolheu-se de dor até cair ajoelhado vomitando sangue novamente.

- Narthan!... Correu Kyara para acudi-lo... – Seu esforço mais uma vez foi demasiado. Precisava que conduzisse as tropas de Gondor, mas não era para se lançar na batalha com tanta gana.

- Nós dois sabemos que era um caminho sem volta. Além do mais vi Elrohir cercado e ferido. Tinha que ajudá-lo.

- Deite-se devagar. Ainda não chegou a sua hora.

Disse Gahya colocando a mão sobre o abdômen de Narthan aquecendo-o com sua luz de cura. Ele sentiu um calor invadir-lhe as entranhas e concentrar-se no seu estômago. Quando a dor já se tornava quase insuportável, Gahya retirou a mão deixando o elfo com um ligeiro incômodo.

- Agora está curado, capitão... Disse Gahya sorrindo.

- Ainda não será desta vez que vai para Mandos. Afinal de contas, me comprometi em organizar uma cerimônia de casamento e creio que você não poderá faltar... Kyara relembrou seu compromisso com o amigo.

- Obrigado por me socorrer, minha senhora... Narthan ergueu-se e fez uma longa reverência a Gahya.

- Se me permitem vou acompanhar Glorfindel... E Aragorn retirou-se não sem antes reverenciar a Senhora de Titia.

Gahya sorriu vendo a aproximação de Legolas e ela o cumprimentou estendendo as duas mãos para ele.

- Estou muito feliz que essa guerra tenha acabado. Finalmente terão paz.

Ele segurou as mãos dela e depois a abraçou... – Kyara ainda não me contou o que aconteceu, mas sei que tudo isso só foi possível com a sua intervenção... Obrigado!

- Não me agradeça. Disse que precisariam de mim um dia. Não se esqueça que estou sempre atenta. Cuide dessa menina desobediente e não deixe que cometa loucuras. Sabe que ela não tem medidas.

- Eu tento. Até agora tenho falhado, miseravelmente.

- Guarde esse arco com carinho. Foi confeccionado em Tiria e será de grande ajuda um dia. Um presente meu para você... E voltou seu olhar para o rei... – Majestade!... Cumprimentou ela reverenciando o rei.

- Minha Senhora!... O rei lhe retribuiu a reverência... – Não tenho palavras para expressar minha gratidão pela sua ajuda e a satisfação em revê-la.

- Alegre-se, majestade. Conquistou uma grande vitória e todos os povos da floresta viverão um longo tempo de paz... Sei que tem muita estima pelo guerreiro ferido e principalmente por sua noiva, que a tem como uma filha, mas não percamos as esperanças. O amor tem uma força capaz de superar as maiores adversidades. Vamos acreditar... Aproveito o momento para lhe agradecer, em meu nome e em nome do rei Salmos, os cuidados e o carinho que tem dedicado a nossa filha.

- Não precisa me agradecer, minha senhora. Eu a tenho como minha própria filha e não faço distinção entre os dois.

- Obrigada mesmo assim. És um rei sábio e poderoso, e reconhecemos sua justiça e generosidade. Sei que seus costumes não tolerariam a presença de uma mulher como Kyara. Por isso somos gratos por sua benevolência para com ela.

- Não, minha senhora. Nós é que somos gratos por receber esse presente. Sua filha nos mostrou que velhos conceitos às vezes precisam ser revistos.

- Sim, mas até mesmo ela precisa rever conceitos, não é minha filha?... Disse Gahya sorrindo para Kyara... – Majestade! Devo alertá-lo que depois dessa guerra seu reino viverá longos anos de paz, mas esteja sempre atento para as forças que vivem a leste das terras selvagens. Povos que foram banidos na Primeira Era poderão retornar um dia.

- Previu algum perigo?

- Nada concreto, na verdade... Talvez isso se dê num período em que seu povo já não habite mais essas terras. Mas esteja atento, de qualquer forma.

- Eu agradeço o aviso.

- Preciso partir agora. O portal se fechará em instantes... Kyara! O guerreiro precisará da sua magia para sustentá-lo... Permita que o destino se cumpra e não deixe de considerar o apoio da noiva dele. Sua cura, se realmente lhe for concedida, virá pelas mãos dela.

- Senhora! Nossa situação, no momento, não nos favorece para festejos diante de tantas perdas, principalmente pela preocupação com o estado em que se encontra Elrohir. Contudo, peço que aceite meu pedido para que fique conosco por alguns dias. Sei que Kyara sente saudades da sua família e seria uma excelente oportunidade para que conheça nosso reino... Convidou o rei.

         - Seria um imenso prazer... Gahya silenciou por um instante... – Neste momento precisarei retornar. Não posso ficar ausente sem tomar algumas providências, mas esteja certo de que em outra ocasião aceitarei seu convite. Tenho esperanças de que poderemos festejar essa vitória tão importante que conquistaram... Salmos apreciará muito essa visita. Se vossa majestade puder aguardar nossa chegada para os próximos dias será uma honra para nós... Agora preciso me apressar. Kyara, você precisará disto... E Gahya estendeu a mão fazendo aparecer um baú aos pés da filha... – O que estava ao meu alcance fazer foi feito.

- Mãe!... Kyara a abraçou... – Aguardaremos vocês, mas preciso perguntar se ainda terei que recorrer a você?

- Tudo ficará bem. Quando recorrer a mim certamente não será por você... Disse Gahya olhando para a elfa... – A você, minha amada filha, só lhe resta agora colher o que plantou. Fique em paz!... Voltando os olhos para a elfa misteriosa Gahya lhe estendeu uma das mãos que foi prontamente acolhida pela moça... – Ranila! Busque suas respostas e trilhe seu caminho com coragem. A vida muitas vezes é dura, mas ainda assim é uma dádiva. Não tema seu destino... Eu agora preciso partir... Gahya formou nova fonte de energia... – Fiquem em paz!... Aos poucos, ela desapareceu diante de todos.

Kyara abriu o baú e viu suas ervas e apetrechos para atender os feridos... – Vamos deixar os cumprimentos para depois. Precisamos retirar nossa gente daqui e levá-los para o acampamento rápido... Kyara se dirigiu para a elfa... – Você pode me ajudar com os feridos? Imagino que tenha muita gente para socorrer.

- Claro que sim. Não tenho seus conhecimentos, mas posso ajudar... Respondeu a moça... – Preciso achar minha capa ou vestir algo que não chame tanta atenção... A elfa percebia os olhares a sua volta e se sentiu desconfortável.

Kyara sorriu... – De certo que sua beleza, por si só, já chama muita atenção, mas a curiosidade é maior porque eles nunca viram uma elfa num campo de batalha e também não sabem quem é você e nem de onde vem.

Kyara pediu a atenção de todos a sua volta para dar alguma satisfação quanto à presença da elfa.

- Majestade! Senhores! Esta moça chama-se Ranila. Embora seja uma elfa, ela vem do reino de Tanusia e está aqui para descobrir sobre suas raízes. Ao que parece a ligação que minha terra tem com a Terra Média vem de muito antes da minha vinda para cá... Mas isso é conversa para outra hora. Agora precisamos correr.

Começou, então, a mobilização para socorrer e tratar dos feridos. Em pouco tempo ela organizou uma tenda como enfermaria. Sob as ordens de Bain, o Senhor de Valle, logo um grupo de mulheres veio para ajudar. Unindo esforços em pouco tempo os feridos haviam sido socorridos.

Depois que Kyara tratou dos guerreiros voltou sua atenção para Elrohir, que se mantinha desacordado. Ela se compadeceu do sofrimento do amigo Gondolidhrin que permaneceu ao seu lado, alimentando um forte sentimento de culpa por não ter protegido o discípulo que amava como a um filho. Como nada mais poderia ser feito a não ser esperar, ela tratou dos lobos feridos na batalha e usando de encantamento conseguiu que os homens de Grimbeorn recolhessem os animais feridos para uma área reservada.

Kyara estava próxima ao riacho quando, entre as árvores, apareceu Dangroth sangrando. Ele caminhou lentamente até aos pés dela e tombou. Kyara assustou-se com o tamanho do seu ferimento e enquanto ficou abaixada examinando o líder dos lobos ela ouviu um grito de Legolas em sua direção.

Por um instante um silêncio se fez ao redor e, distraída, Kyara levantou-se para tentar entender o que se passava. Inesperadamente sentiu um golpe, que a fez cair de joelhos com uma dor aguda. Ela olhou para o alto e a sua frente estava um Uruk-hai apontando uma flecha pronto para golpeá-la mais uma vez.


Notas Finais


Ai! Ai! Ai! O que essa escritora maluca está aprontando para a Kyara? E o Legolas, onde está nesse momento infeliz?
E que história é essa da elfa misteriosa vir das terras da Kyara? Ela terá que buscar por respostas e não temer seu destino?... Hummmmm! Mais mistérios.
O que vai acontecer com Elrohir? Será que ele vai para Mandos? Se já não estiver lá e o que vai acontecer com a Idrial? Tadinha! Estou preocupada.
Algo está me dizendo que vem fortes emoções por aí.
Beijocas!


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