História A função do coração - Primeiro encontro

29/10/2016

Hoje é sábado. E na faculdade teve um tipo de exposição de cada matéria e todos os alunos terão que participar pelo menos em uma matéria. No meu caso, eu escolhi anatonomia humana, já que eu precisava de uns potinhos positivos para não ficar com vermelho nas notas finais -.-

Mas quando eu estava lá aconteceu uma coisa inesperada. 

Mais ou menos no meio da tarde parei um pouco minhas apresentações, para descançar, ver as outras matérias, comer, fazer minhas nescessidade, enfim. Quando eu cheguei na sala de genética, logo na entrada avistei um garoto lindo, que nunca tinha visto antes, eu simplesmente parei e fiquei o olhando, até que nossos olhares se encontraram e eu senti uma sensação estranha dentro de mim, e para ajudar mais na situação ele começou a sorrir, MEU DEUS QUE SORRIDO MAIS LINDO, mas isso ferrou ainda mais, minhas bochechas começaram a esquentar, e eu tinha certeza que meu rosto estava vermelho que nem uma pimenta. A gente se encarou por uns instantes, já que eu não conseguia desviar o olhar e nem me mover, até que derrepente o garoto começou a andar em minha direção. Fiquei imóvel sem saber o que fazer, daí graças aos céus, uma multidão passou entre nós, e então aproveitei para sumir. Corri para o outro lado da faculdade com medo de nos encontrarmos de novo, e eu ficar sem reação.

Quando eu terminei de fazer o que eu tinha de fazer, voltei para a sala de anatomia humana e continuei minhas apresentações sobre o corpo humano. Depois de algum tempo, eis que surge um mesmo ser da sala de genética em minha frente novamente, fiquei o encarando, é meio impossível não olhar para aquele garoto, ele era quase mais bonito que meu irmão mais velho que eu achava a pessoa mais bela do mundo. Alguns segundos depois, percebi que a professora me encarava com um olhar, podemos dizer, que era um olhar satânico, eu imaginei ela falando um monte de merda para mim, e ainda descontando da minha nota, então eu respirei fundo e apresentei como todas as outras vezes. Evitei o máximo não olhar para o garoto atraente onde percebi que sorria o tempo todo. Quando finalmente acabei minha apresentação, a sala já havia sido encerrada, ou seja não teria que apresentar para mais ninguém, graças aos céus. 

Quando estava saindo da sala para ir embora, a professora pediu que eu ajudasse a arrumar algumas coisas, e como eu precisava de nota (como ja havia citado) eu aceitei. Estava entrando na sala novamente, quando dei de cara com o garoto. 

-Opa, desculpa - ele disse com a cabeça baixa, mais quando levantou e me viu continuou - Oi, sua apresenta...

-Oi não foi nada, deculpa mais tenho que ir - o interrompi, desviando o caminho e entrando na sala.

Guardei uns equipamentos numa caixa e tinha que leva-los de volta ao laboratório, saindo da sala esbarrei com outra pessoa. Quando vi quem era eu fiquei com vontade de matar aquele garoto, pela milésima vez só naquele dia, eu havia tido contato com ele. E além disso todos os equipamentos que estavam na caixa acabaram caindo de minha mão.

-Err, desculpa novamente - disse ele coçando a cabeça

-Que bosta! - eu gritei assim que vi que uma cópia do tronco encefálico havia se partido em dois.

Nos abaixamos para pegar juntos, e nossas mãos acabaram se encontrando, eu continuei pegando as coisas como se não estivesse sentido aquilo, mas fiquei pensando naquele momento, naquele pele, naquele rostinho lindo e em sua voz repentinamente dizendo:

-Desculpa, desculpa, foi sem querer deixa que eu pego tudo.

-Não precisa, não tem problema, deixa que eu pego - eu também repetia.

Até que terminamos de pegar tudo, levantamos e ele estava segurando a caixa.

-Err.. Oi, desculpa mais uma vez, é que eu estou procurando a professora de anatomia humana, a professora de evolução quer falar com ela, você sabe onde ela está? 

-Acho que ela foi no laboratório, eu vou levar essa caixa lá agora e vejo se ela está lá. - falei enquanto pegava a caixa de sua mão.

-Bemm.. Você precisa de ajuda? - perguntou coçando a nuca e com uma carinha estranha que quase me fez rir, mais eu consegi segurar.

-Não, obrigada - respondi, até perceber novamente naquela pequena cópia do tronco encefálico partido em dois pedaços.

-Meus deus! Quebrou! E agora!? A culpa fo.. -  ele começou a falar.

-Calma, da para concertar... pelo menos eu acho - o interrompi e pensei no monte de merda que iria ter que escutar, assim percebi que ele fez uma cara de pena e ficou pensativo.

-Tive uma ideia - derrepente o garoto gritou, segurou a minha mão com toda a delicadeza do mundo e a puxou apressadamente.

-Onde vamos? - eu perguntei mais ele deu de ombros.

Ele me levou até o laboratório, escondeu as peças quebradas no fundo da caixa e foi falar com a professora que procurava, como já havia citado. E como pensei ela estava lá terminando de arrumar algumas coisas.

-Oi professora...

-Sook - ela disse percebendo que o garoto não se lembrava de seu nome.

-Isso, Sook, me desculpe, é que são muitas professoras e eu ainda confundo com as do período da noite. - raciocinei um pouco e cheguei a conclusão de que nunca tinha o visto porque ele era do período da noite - Continuando... A professora de evolução está chamando a senhora lá na sala 16.

-Aaaaaaaah, verdade eu tinha que ir mesmo falar com ela - ela disse enquanto arracanva as luvas de sua mão que usava para mexer nuns animais mortos em potes e também observava a caixa - Enquanto eu vou lá vocês podem terminar de arrumar essas coisas por favor? 

-Claro professora - dizemos em coro.

-Muito obrigada...

-Jeon Jungkook - disse o garoto atraente,  que agora pelo menos eu saberia o nome.

-Que nome bonito, agora tenho que ir, até mais.

Ficamos imóveis até não escutar mais o barulho de seus sapatos. Daí o Jeon Jungkook começou a tirar as coisas da caixa até que parou e olhou para mim:

-Você pode ir colocando essas coisas no lugar que eu vou arrumar essa miniatura do tronco não sei das quantas - disse dando um sorriso.

-Claro - eu disse também sorrindo, até que derrepente ele ficou sério e encarou meu sorriso é depois meus olhos, tomei coragem e falei - O que foi?

- Nada não.

Depois de algum tempo, terminei de arrumar as coisas e fui ver o resultado do tronco não sei das quantas como diz o garoto.

-Terminei! - praticamente gritou enquanto me aproximava.

-Nossa ficou perfeito - falei enquanto analisava - nem parece que foi quebrado.

-Claro! Quem foi que concertou hein? - disse num tom de exibição onde achei graça.

Ele começou a me encarar de novo, e eu estava ficando nervosa, fiquei olhando para o objeto concertando fingindo não notar o que estava acontecendo.

-Tenho que ir - digo finalmente

-Que pena, a gente podia conversar um pouco mais - disse enquanto fazia uma carinha de cachorro abandonado e eu novamente achei graça da expressão dele.

-Agora não dá mesmo. Até mais - falei enquanto acenava e ia me afastando.

-Tchauzinho.

No fim do corredor ouvi ele murmurar alguma coisa que não entendi muito bem, mais não importava.

 Eu acho que estou apaixonada, mas não pode acontecer isso comigo, eu sou muito nova ainda. Fui pensativa no ônibus até chegar em minha casa. E no dia seguinte fiquei o tempo inteiro lembrando daqueles momentos maravilhosos com o Jeon Jungkook, aí meu deus, que nome lindo! E o pior ele não sabia meu nome, será que eu veria ele novamente algum dia? Meus deus essas perguntas estão me atormentando.

Será amor a primeira vista?

Continua...