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História A fúria de um Anjo H.S - Chapter 8


Escrita por: JulianaBouzon

Capítulo 9 - Chapter 8


Fanfic / Fanfiction A fúria de um Anjo H.S - Chapter 8

Cinco anos depois...

Já fazem cinco anos que eu estou no convento, cinco anos que eu matei a mãe de Harry e cinco anos que eu não vejo meu pai. 
Algumas pessoas dizem que quando o tempo vai passando, a saudade ameniza e a ferida se fecha e cicatriza, mas comigo, essa ferida não cicatriza nunca, é como se ela tivesse acabado de se abrir. Aos poucos, a gente deixa um pouco de lado para evitar de se magoar, mas não tem um dia que passe que eu não pense em como o meu pai e Harry estão. Fico pensando se eles estão bem, se sentem minha falta e se ao menos tentaram me procurar, mas logo paro de pensar quando me faço essa pergunta, acho que se esqueceram por completo de mim. 
Bom, apesar de tudo isso, eu estou bem melhor do que a anos atrás. Era difícil passar datas comemorativas e lembrar que eu não tenho família pra passar, era mais difícil ainda quando chegavam os meus aniversários e eu não tinha o abraço que eu tanto amo do meu pai. Cinco anos que eu não os vejo e eu não tive uma notícia se quer e nem pistas de que alguém realmente tenha vindo me procurar. Agora, eu já tenho meus quinze anos e as coisas ficaram mais fáceis conforme o tempo passou. Eu me tornei uma menina maravilhosa, que conseguia roubar a atenção de todos a minha volta. Todos falavam que eu não parava de crescer nunca, já que eu tinha quase um metro e oitenta de altura. Meus cabelos estavam mais longos do que nunca e com as pontas enroladas, parece que eles escureceram bastante com o passar do tempo e eu realmente não sei dizer se isso é algo bom ou ruim. 
Agora com meus quinze anos, eu tinha que levar as coisas um pouco mais a sério aqui dentro. Eu já não tenho liberdade para fazer muita coisa igual eu tinha no início, mas eu acabei me acostumando com isso e agora era eu quem comandava entre as adolescentes da minha classe. 
É estranho pensar que já fazem cinco anos que eu não saio daqui de dentro, já que eu não tenho família, não posso sair para nenhum outro lugar e eu acabei me acostumado com isso também, mas sinto saudades da cidade grande, dos prédios, do barulho dos carros e das músicas altas, eu quase não me lembro de nada disso, cinco anos são o suficiente para fazer uma pessoa esquecer de absolutamente tudo, mas isso não aconteceu comigo. Eu me lembrava de cada detalhe da minha vida, desde os meus sete anos até agora e eu as guardo com o maior carinho do mundo, são tudo o que ainda restam para mim, recordações. 
E agora eu estou aqui, deitada na minha cama olhando para a janela. Hoje é sábado e como é final de semana, todas as freiras foram para as suas casas passar um tempo com suas famílias, menos eu, é claro. Eu era uma das poucas no convento que não saia, o resto delas só foram parar aqui por indisciplina e os pais optam por colocá-las aqui e acaba que muitas gostam e decidem seguir uma vida aqui dentro. O que não é de todo mal, longe disso, mas eu daria tudo para ter a minha vida lá fora. Algumas coisas são completamente diferentes aqui dentro, eu com quinze anos me sinto com cinquenta, não só eu como a maioria das meninas da minha idade aqui dentro. E vocês devem estar pensando; "Você fica no colégio sozinha final de semana?" Felizmente, não, como eu disse, tem umas meninas que não tem família, elas geralmente foram abandonadas aqui quando eram bebês e foram resgatadas por nós e eu tive a benção de salvar um desses bebês. Já fazem quase dois anos que eu a salvei e parece que o tempo voa. Eu nunca soube ao certo quantos anos ela tem ou quantos meses tinha quando eu a achei, mas parecia que ela havia acabado de nascer, então, eu uso o dia em que lhe achei como data de nascimento. O nome dela é Valentina, fui eu mesma quem a batizou com esse nome. Seu nome vem do latim e significa força o que me fez achar esse nome apropriado para ela. 
Lembro-me de quando eu a achei, estava muito frio e era um final de semana igual a todos os outros que eu ficava no colégio e lia um bom livro em minha cama. 
Eu havia ido para a catedral como de costume e fui conversar com o Padre que havia se tornado um grande amigo e o ajudei na arrumação já que final de semana não ficará quase ninguém. Neste dia, iria acontecer uma missa muito importante para a catedral e eu queria estar presente, aquela seria a primeira missa que eu assistiria. Quando ela acabou, eu fui diretamente para o meu quarto para me aprontar para dormir, mas logo quando estava subindo as escadas, notei um movimento estranho pela janela e corri para a porta principal, onde Valentina se encontrava dentro de um cesto de palha coberta por panos. Apesar do que todos acharam, ela estava calma, não chorava e ficava me olhando com tranquilidade. Sempre achei Valentina muito parecida comigo, há não ser pelo cabelo que o da Valentina era de um loiro bem claro, mas até a cor de seus olhos e a tonalidade da pele eram parecidos com os meus. 
Logo depois que isso aconteceu, todos na coordenação ficaram se perguntando o que eles fariam com Valentina, não poderiam deixar um bebê tão novo na responsabilidade de freiras e até pensaram em colocar Valentina para adoção, mas eu não deixei e consegui permissão para ficar com ela e agora cuido dela como se fosse minha própria filha. 

Agora, Valentina já estava quase com dois anos de idade e ela estava ficando mais linda a cada dia que passava. Valentina para mim era uma filha, ela até me chamava de mãe às vezes e todas as freiras do colégio falavam que era super errado, mas como eu iria corrigir uma bebê de dois anos?. Ela é uma benção, nunca vi criança tão calma igual a ela e olha que foi um grande esforço para conseguir cuidar dela. Ela quase não chora e quando não está dormindo, ela está comendo ou brincando de puxar o meu cabelo. 

Já estava quase anoitecendo e não tinha absolutamente nada pra fazer e Valentina estava dormindo, então isso me deixava completamente sem opções. Resolvi ir na cozinha fazer a mamadeira dela já que logo ela iria acordar para poder comer e resolvi pegar algo para eu comer também. 

Fui andando pelo corredor e ele estava completamente deserto, muito mais do que ele costuma ficar dia de semana. Entrei na cozinha e a mamadeira da Valentina já estava pronta, eu devo ter feito e esquecido dentro da geladeira. Peguei uma maçã e um pão pra mim e voltei para o meu quarto e Valentina já estava resmungando no berço querendo colo, acho que ela não iria dormir tão cedo. 

- Oi meu amor - Peguei Valentina no colo - Você está com fome? - Sentei em minha cama colocando Valentina em meu colo e logo ela começou a se agitar. 

Aproveitei o tempo que tinha para brincar um pouco com ela e ela estava um pouco mais agitada do que ela realmente costuma estar. Ela geralmente é mais tranquila e só come e dorme, ela raramente brinca. Deitei em minha cama e ela ficou sentada brincando ao meu lado e logo se jogou em cima de mim, ela já devia estar ficando com sono. Peguei a mamadeira dela em cima da mesinha que fica ao lado da minha cama e coloquei ela em meu colo, fazendo ela se deitar. Logo ela pegou a mamadeira da minha mão e começou a tomar. Acariciei seus cabelos loiros enquanto a olhava mamar e logo ela começou a fechar seus olhinhos devagar. Ela lutava contra o sono e quanto mais os olhos dela fechavam, mais ela tentava ficar acordada e logo ela caiu no sono. Coloquei sua chupeta e levei ela para seu berço. A coloquei dentro e a cobri e voltei para a minha cama caindo no sono logo em seguida...


Notas Finais


História também disponível no Wattpad. Me acompanhem em minhas redes sociais, Twitter e Instagram: @Bouzonreal


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