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História A fúria dos etruscos - Capítulo 1


Escrita por: MattWagner27 e LORD-BILSS

Notas do Autor


Saudações, amigos Percyanos!
Trago a vocês mais uma de minhas histórias, dessa vez centralizada no universo criado por Rick Riodan com suas obras, Percy Jackson, Heróis do Olimpo, Crônicas dos Kane, Magnus Chase, e Provações de Apolo.
Contará também com participações pontuais e especiais de personagens dos universos de Saint Seiya e Harry Potter (principalmente deste último).
Desejo a vocês uma agradável leitura!

Acompanhem o começo da jornada deste novo grupo de Meio-sangues que ainda está começando a entender o porquê de suas vidas terem tomado uma guinada tão inesperada, descobrindo-se ser filhos dos deuses da Grécia Antiga e que vivem em um mundo repleto não só de deuses, mas também de monstros, gigantes e criaturas fantásticas.

Capítulo 1 - Capítulo 1


 

            Era uma sala de aula como a sua. Era uma escola como a sua. Mas os alunos... Digamos que alguns deles não se parecem nada com os da sua escola.

            Na verdade, eles até parecem, mas apenas por fora. Por dentro, escondem grandes segredos...

 

 

            O aluno de segunda série do ensino médio Matt Hunter, era o monitor de sua turma, e demonstrava preocupação com as causas ambientais e em conscientizar os alunos. Andava de um lado para o outro com sua camiseta do Greenpeace e sempre fazia questão de comer enchiladas. De queijo. Era um rapaz mediano, com alguns pêlos a mais no rosto, olhos castanhos e cabelo escuro e revolto.

            Ao final da aula de Matemática, ele olhou para o lado e lembrou-se da verdadeira razão de estar ali.

            Precisava ficar de olho em alguns alunos.

 

 

            Sentado no final da fila, Hunter tinha uma vista privilegiada do grupo que se encontrava à sua esquerda. Na primeira cadeira da fila estava Neko Sean, a aluna mais animada e extrovertida da classe, alta, de olhos castanhos claros e cabelo castanho com um corte discreto e um pequeno rabo-de-cavalo. Neko era descendente de japoneses, e fazia parte do time de basquete da Snow Angel School. Apesar de não ser uma das garotas mais bonitas da escola, sua rotina de treinamento e de malhação lhe dava contornos gentis, graciosos e saudáveis.

            O mais interessado nas curvas da atleta promissora era Paul Richardson, que sentava por acaso na carteira atrás de Neko. Era o aluno mais disciplinado da turma e provavelmente da escola inteira. Tinha as notas mais altas do ano e todos os professores simpatizavam com ele. Em todos os aspectos, Paul, um jovem moreno de descendência indiana, parecia satisfeito com tudo, exceto não contar com a atenção que desejava de Neko, que era apenas uma de suas amigas.

            Atrás de Paul estava Dippie Montblanc, uma ex-gordinha que se aproveitava de sua nova silhueta para jogar charme nos garotos fortões da escola, para dispensá-los sem dó nem piedade depois. Era baixinha, de cabelo encaracolado, pele clara, olhos amendoados e tinha um sotaque do Leste Europeu que identificava sua ascendência estoniana. Dippie conversava com Rina Stewart, sua colega sentada logo atrás, a mais tímida do grupo. Falava pouco e num tom de voz muito baixo, e era difícil outra pessoa que não fosse Dippie conseguir manter uma conversa com ela. Seu cabelo negro era longo, o que escondia seus olhos igualmente negros e sua pele excessivamente clara. Para completar, suas roupas eram predominantemente negras, salvo suas luvas e sua jaqueta, que eram roxas.

            O grupo em questão não era bagunceiro ou mal-comportado. Pelo contrário, mas Hunter precisava vigiá-los do mesmo jeito. Havia coisas ocultas sob aqueles alunos que precisavam continuar ocultas – até o próprio monitor precisava esconder sua verdadeira identidade – antes que alguém mal-intencionado descobrisse.

            Nesse dia, a primeira vez em que a capacidade vigilante de Hunter foi testada foi exatamente no final da aula. Um aluno que não costumava falar com o grupo de Neko, Diogo Gospiggs, aproximou-se sorrateiramente para puxar conversa.

            Apenas a aproximação de Gospiggs foi suficiente para fazer os pêlos de Hunter se eriçar. Estranhamente, o aluno gorducho de olhos miúdos não fazia nenhum som ao se mover – ou seja, sua aproximação só seria notada se ele estivesse sendo observado. Durante a aula, Gospiggs raramente era notado, fosse pelos alunos fosse pelos professores, apesar de sua silhueta ser suficientemente grande para ocupar duas cadeiras. Além disso, ele emitia um cheiro que Hunter sabia que só ele conseguia sentir – um odor antigo, talvez medieval, de quem desconhece os avanços da área sanitária.

            Que não seja o que estou pensando, pensou Hunter, aflito. Ele decidiu prestar atenção na conversa do grupo com Gospiggs, que até então não parecia mal-intencionado.

- Estive pensando – ia dizendo ele -, já que vocês falaram tão animadamente de filmes de terror com o professor de História, podíamos selecionar uns filmes e assistir nesse final de semana.

- Filmes? – indagou Paul. – Filmes de terror, você disse?

- Adoro filmes de terror – exclamou Dippie. – O que acha, Rina?

- Parece bom – resmungou a colega em resposta.

- Parece ótimo, Diogo! – exclamou Neko. Gospiggs sorriu satisfeito ao ouvi-la dizer seu nome. – Quando seria? E onde?

- Ah, quanto mais cedo, melhor – disse Gospiggs. – Para aproveitar que o inverno está chegando, podíamos ver na minha casa, lá é bem aquecido...

            Esse foi a deixa para Hunter entrar em ação. Ele se ergueu rapidamente e foi até o grupo, pigarreando e dizendo:

- Desculpem-me a intromissão, mas o Conselho de Classe me pediu para levar vocês quatro – ele frisou a palavra e encarou Diogo ao dizer isso – até a sala da monitoria após a próxima aula.

            O sorriso de Neko desapareceu, e ela encarou Hunter, horrorizada.

- O que houve, Matt? O que nós fizemos? – guinchou ela, aterrorizada.

- Não se preocupe, Neko, tenho certeza de que vocês não fizeram nada de errado – disse ele. – Creio que os professores queiram ter apenas uma conversa amigável com vocês. Afinal, você é uma excelente atleta, e Paul é um bom aluno, e suas amigas são boas pessoas. O que pode haver de ruim?

            Neko suspirou aliviada, mas ainda havia tensão em seus olhos.

- Tudo bem, nós iremos – disse, e os outros assentiram.

            Gospiggs, vendo que a atenção de o grupo havia sido tomada por Hunter, desistiu da conversa e voltou para o seu lugar em silêncio absoluto.

 

 

            Hunter achava que não teria mais problemas após a aula de Literatura, a última do dia, vendo que Gospiggs não conseguira prender a atenção de Neko e dos outros como gostaria. A professora, Anuska Darling, entrou na sala e cumprimentou cordialmente a turma, sorridente como sempre. Era considerada a professora mais bonita da escola, sem contar o fato de que era a mais jovem do corpo docente da Snow Angel. Anuska tinha cabelos castanhos longos que iam até a cintura, olhos castanhos afetuosos e uma pele branca e bela como a neve, não pálida como a de Rina. Descendente de imigrantes russos, suas curvas sinuosas eram perceptíveis até quando ela dava aula com a bata da escola. Os garotos da turma estufavam o peito e não falavam durante a aula, fingindo prestar atenção, mas na verdade, estavam encantados com a voz doce da professora. Eles sabiam que ela era solteira, e a maioria sonhava em dançar com ela durante o baile de Natal da escola, para tentar a sorte de convidá-la para sair.

            Alunos safados, pensou Hunter soltando um bocejo. Além de não ligar para Anuska, ele já conhecia todo o conteúdo de Literatura da grade.

            Após expor para a turma que a aula seria sobre os poetas da Antiguidade, a professora começou a distribuir folhas com questões para os alunos, começando pela fila de Neko, que ficava no canto esquerdo da sala. Anuska não costumava fazer elogios aos alunos, até porque a maioria não prestava atenção na aula, mas quando parou para entregar a folha a Hunter, que estava sentado na última cadeira da fila à direita de Neko, ela ofegou de satisfação e disse:

- Ah, Matt Hunter! Eu adorei o seu parágrafo sobre Homero na última aula. Meus parabéns! Eu nunca esperaria tanto esmero de você.

            Os outros garotos da sala deviam estar pensando que Anuska estava se derretendo por Hunter, pois ela nunca dava esse tipo de atenção a um aluno. Meio sem jeito, o monitor respondeu:

- Ahn, obrigado, professora.

            Mal ele disse isso, o olhar da professora mudou de repente: ao invés do calor afetuoso habitual, os olhos dela ficaram frios e ameaçadores ao fitar Hunter.

- Boa sorte, garoto – disse ela num tom de voz perigoso. – Vai precisar. A menos que queira que eu encontre seus amiguinhos primeiro.

            Hunter ficou pálido e congelado na cadeira, sem acreditar no que ouvira. Dando um sorrisinho ingênuo, ela entregou-lhe a folha de exercício, que ele pegou mecanicamente.

            Aparentemente ninguém havia notado a segunda parte da conversa entre Anuska e Hunter, pois a turma estava absolutamente quieta quando a professora voltou a distribuir as atividades. Após 20 minutos, ela anunciou que iriam corrigir a atividade oralmente – a folha de Hunter estava em branco, intocada, devido ao choque que tomara conta do rapaz. Pela primeira vez no ano, Hunter havia passado a maior parte da aula prestando atenção exclusivamente na professora.

- A primeira questão diz: “A que divindade os poetas antigos se dirigiam quando compunham versos de exaltação ao vinho e outras bebidas?” – citou Anuska. – Quem pode nos dizer a resposta certa?

            Ela olhou furtivamente para Hunter, e deu um sorrisinho irônico ao notar a folha em branco do rapaz. Mas quem ergueu a mão foi Paul Richardson.

- Sr. Richardson?

- A divindade a qual os poetas se referiam era Dioniso, chamado de Baco pelos romanos, professora – respondeu ele.

            Anuska encarou Paul com um olhar que beirava a fome, mas rapidamente encenou um sorriso.

- Isso mesmo, Sr. Richardson – disse ela. – Para os que não sabem Dioniso não era apenas a divindade do vinho, mas também das festividades e da insanidade. A pergunta seguinte... “Um herói saído da Guerra de Tróia, narrada no poema Ilíada, de Homero, foi o responsável pela fundação de Roma e do Império Romano. Quem foi esse herói e que tipo de ser ele era”?

            Novamente, Paul ergueu a mão.

- Sr. Richardson, de novo...?

- O herói que fundou Roma foi Enéias, e ele foi um semideus, filho da deusa Afrodite, ou Vênus, com um mortal.

            A professora não escondeu o olhar de satisfação que lançou ao menino.

- Correto novamente, Sr. Richardson – disse ela. – Para a próxima pergunta... “Quem foi o herói que inspirou a Odisséia, o segundo poema de Homero”?

            Os marmanjos da sala começaram a olhar para Paul com indignação, como se ele estivesse roubando a atenção da professora só por estar respondendo algumas perguntas. Alguns arriscaram erguer a mão nas perguntas seguintes, mas ou não tinham respondido à pergunta ou não sabiam responder corretamente. A cada pergunta, Paul respondia com precisão, e fazia Anuska soltar um sorriso de aprovação – um sorriso pelo qual os garotos da sala estavam se derretendo, mas que para Hunter era tenebroso.

            Só ele desconfiava do real significado das palavras de Anuska e da atenção fornecida por ela a Paul, que também colocava em risco o grupo de amigos do rapaz.

            Para Hunter era o suficiente.

            Preciso cumprir minha missão hoje.


Notas Finais


Aguardo ansiosamente as opiniões de vocês.


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