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História A Fúria dos Quatro - Adam Vs Phiri


Escrita por: Guard

Notas do Autor


Desculpem a demora >.<

Capítulo 25 - Adam Vs Phiri


                                                                                                 Adam

 

Eu estava com uma sensação estranha quando alguém bateu na porta. Minha mente estava num turbilhão de perguntas, sobre o arquivo secreto dos mogs e o projeto Aprimorados. Não me lembro de Adamus ter comentado nada sobre isso. Talvez seja possível que até mesmo o homem que saiba tudo sobre o futuro, não saiba tudo que ocorreu no passado.

Um pensamento horrível passa pela minha cabeça, talvez algum mogadoriano tenha conseguido de alguma forma voltar no tempo e avisar a Setrakus sobre todos os nossos planos. Quero voltar para meu computador imediatamente e conseguir ler sobre o projeto. Quando estava prestes a entrar no programa Kelly me chamou avisando que nossa mãe estava me chamando para jantar. Não poderia ser um momento mais inoportuno, eu queria poder refutar o convite, no entanto, meu medo de levantar suspeitas para minha família que eu seja um traidor me impediu - acho que ainda não estou pronto para ser desmascarado por elas.

Agora estamos todos reunidos na nossa mesa e minha perna não para de tamborilar no chão. Kelly me lança um olhar rápido e sorri pelo meu nervosismo. Ela provavelmente deve estar achando que isso é ansiedade pela invasão que está prestes a acontecer.

- Fiquei sabendo que nosso Adorado Líder ordenou que a Hator viesse nos buscar. - minha mãe comenta. - Acredito que ela esteja pelo final da noite aqui. Ela me olha de maneira contente, então nem consegue perceber como isso me deixa nervoso.

Embarcar na Hator pode ser minha chance de fuga, como a elaborar um plano que me permita embarcar em algum Escumador e sair dizendo que eu iria atacar os humanos. Depois dessa parte eu só precisaria arranjar um jeito de despistar ou matar os outros mogadorianos que estivessem juntos comigo na nave.

- Finalmente teremos ação! - Kelly bate com força na mesa e me olha como se quisesse me convidar a participar de sua empolgação.

- Realmente... - digo sorrindo e tentando lembrar um pouco do meu teatro que fazia outrora. Tudo se tornou mais difícil após meu convívio contínuo com a Garde. - Já deveríamos ter começado essa invasão antes, não há motivos para tanta demora.

Minha mãe e Kelly me olham assustadas, mas ao mesmo tempo eu percebo uma onda de alívio de em seus rostos. Finalmente elas estão vendo um pouco do Comandante Adamus Sutekh voltando.

- A Garde não passa de um bando de crianças sem seus Legados desenvolvidos. Eles não representam ameaça alguma. - continuo a falar e usando um tom calculista. - Pelo contrário, quanto mais adiarmos os ataques, mais difícil será para nós.

Isso é verdade, quanto mais tempo demoramos mais a Garde se desenvolve. E de maneira menos significativa, até mesmo os humanos ficam mais fortes com a tecnologia que cedemos a eles. Até eu me surpreendo pelas coisas que falei. Soei quase como meu pai, Andrakkus. Voltamos a comer em silêncio, mas dessa vez meu corpo se acalmou. Algo no teatro que encenei me ajudou a ficar mais relaxado. Se eu surtar e quiser agir como um rebelde do meu povo, minha mãe e minha irmã provavelmente vão me matar aqui mesmo. Quando eu penso nisso, alguém começa a bater na porta de maneira apressada. Meu estômago se embrulha na mesma hora sem que eu saiba o motivo. Tento decidir se eu deveria tentar abrir e vir quem era, mas minha mãe já se levantou.

Enquanto observo Sussanah atravessar a sala de jantar em direção a nossa porta eu percebo as coisas começarem a se desenvolver lentamente. Quem estava batendo na porta era Phiri. Vestida com uma armadura preta mogadoriana que geralmente são típicas aos comandantes assim como eu. Sua trança esta jogada para trás de modo que ela parecia uma mulher careca e estava com uma espada mogadoriana presa nas costas. Algo me dizia que ela não estava ali para nos escoltar.

- Olá, Sussanah. - Phiri fala o nome da minha mãe com um tom diabólico e sádico. - Não esperava que você fosse atender.

- Phiri Dun-Rá, está é minha casa me pergunto por qual motivo eu não deveria abrir a porta dela. - minha mãe rebate. Phiri parece morder a língua por conta da raiva que está sentindo. Ela então parece me procurar dentro de casa até que nossos olhos se encontram.

- Eu preciso falar com seu filho traidor. - ela enfim fala. Estou prestes a me levantar da cadeira para golpeá-la, mas minha mãe levanta a mãos para indicar que eu fique onde estou. Sinto-me uma criancinha humana sendo obrigada a ter que obedecer a mãe para não ficar de castigo, mas consigo me conter agarrando com força o lado da mesa com minha mão.

- Meu filho não é traidor. - a voz da minha mãe muda completamente. Sinto que ela está adquirindo a nossa famosa frieza mogadoriana. - Acho que ele já deixou isso bem claro desde a última vez que esteve aqui.

- Você é idiota ao ponto de acreditar nisso? - Phiri praticamente rosna de raiva e suas mãos se projetam um pouco na direção da minha mãe. - Ele é um verme traidor.

- Talvez - minha mãe finalmente fala. - mas ainda assim é meu filho e eu jamais deixarei uma pessoa como você fazer mal a ele.

Phiri dá uma risada sádica daquelas bem forçadas e macabras. E se aproxima da minha mãe até que as duas quase se encostem. Minha mãe não esboça reação alguma diante desta atitude, até que vejo uma lâmina negra e com aspecto quase líquido se projetar do peito dela.

- Então você é uma traidora como ele. - suas palavras saem enquanto minha mãe solta um último grunhido de vida, mas o sangue que jorra da sua boca e da sua ferida que a impedem de dizer o qualquer coisa.

Se antes as coisas se desenrolaram lentamente. Agora tudo aconteceu tão rápido que mal consigo me lembrar do que aconteceu. Percebo que eu devo ter levado uma facada no peito, assim como minha mãe e em seguida eu estou levantando gritando com toda minha raiva. Ouço a voz de Um berrando em minha mente para que eu me controle, só que eu a ignoro e solto toda a minha fúria ao avançar contra Phiri. Piso com força no chão e de repente a parte da frente da minha casa explode num tremor e joga Phiri Dun-Rá a metros de onde ela estava.

Quando consigo recobrar a consciência eu percebo que estou em pé avançando nos escombros da minha casa com uma faca na mão. Estou indo na direção de Phiri que está caída no chão parecendo quase inconsciente. -Eu vou te matar sua desgraçada! - berro com toda a minha raiva. Chego a achar que estou chorando porque sinto água descer pelo meu rosto, mas em seguida eu vejo a água escorrer por todo meu corpo. Quando vejo estou ensopado com uma chuva torrencial e trovões começando a soar cada vez mais alto.

 - Sabia que havia se tornado um deles. - Phiri se levanta com dificuldades e vejo sangue negro escorrer pelo seu rosto e por um braço dela. - Só não imaginava que chegaria a esse ponto, você usa até os poderes profanos deles.

A chuva começa a aumentar e sinto um pouco de frio. As gotas ficam maiores e cada uma que me acerta é como se fosse uma pequena explosão de fúria. Libero toda essa raiva pisando no chão com toda a minha força e concentrando todo o tremor na região ao redor de Phiri. Espero alguns segundos, porém o meu Legado emprestado não se canaliza mais. A mog também parece surpresa porque ao perceber que ainda estava intacta no chão da um grito que pode ser de alegria ou de fúria.

- Acabou a bateria dos seus poderes Adam? - ela debocha de mim e lambe os lábios. - É realmente uma pena, mas não surpreendente, afinal, você ganhou esse poder de uma raça condenada, logo, também se condenou. Meu coração palpita mais forte e fico em desespero.

Grito para a Um que está na minha mente por ajuda, imploro, mas ela sumiu. Eu devo ter usado o último resquício da sua existência dentro de mim para criar o último tremor que usei. Lembro-me de ter ouvido seu grito, agora entendo. Ela quis me alertar. Tento fazer meu corpo se movimentar para atacar Phiri com a faca que peguei, mas ela estica seu braço pra mim com uma expressão vitoriosa. Em questão de segundos o seu braço se transforma numa massa negra que se estica parecendo petróleo e entendo que foi a mesma coisa que matou minha mãe. Consigo desviar meu corpo para esquerda por alguns centímetros, mas somente o necessário para evitar que algum órgão vital fosse atingido. O golpe de Phiri perfura minha lateral da barriga da mesma maneira. Grito de dor na mesma hora, e tento puxar a lâmina negra que está presa na minha barriga, porém ela parece me perfurar cada vez mais.

- Não adianta Adamus, você está morto! - Phiro se vangloria do seu feito e então percebo algo se modificar atrás de mim assim que a lâmina me atravessa de ponta a ponta. Ela está se abrindo bem ao meio como se estivesse se transformando num arpão, o que me impede totalmente de tentar retirar aquilo do meu corpo.

- O que é você! - berro tentando controlar meu medo. - O que os mogs estão fazendo com poderes?

- É simples Adamus, nosso Adorado Líder conseguiu finalmente nos dar os fabulosos Legados que os lorienos possuíam. - Phiro me explica como se estivesse fazendo um discurso eloquente. - Percebe a ironia? Os lorienos são tão inferiores a nós que até conseguimos recriar os Legados deles, mas a ideia do nosso Líder é transformar todos os Naturais em Aprimorados! - ela para de falar e transforma deu outro braço numa lâmina também, só que está parece bem mais afiada. - Eu fui escolhida, sua irmã Kelly também, mas por sua causa, eles ainda não fizeram os experimentos nela para aprimora-lá.

É muita informação ao mesmo tempo para processar. Setrakus está conseguindo recriar Legados, mas de uma maneira muito mais artificial. Eu sinto que os poderes de Phiri são maléficos de alguma forma. De qualquer forma eu preciso tentar arranjar um jeito de mandar uma mensagem para os outros. 

Phiri deve ter percebido que estou tentando bolar um plano, porque sinto minha pele ser perfurada em dois locais diferentes nas minhas costas. Grito de dor, uma dor horrível, ao mesmo tempo de frustração e de derrota. Quero pedir ajuda a Um, mas ela realmente sumiu, na verdade, eu queria a minha Um. Vou morrer sem vê-la uma última vez. Meu corpo começa a ser arrastado contra minha vontade, eu tento impedir que me movimentasse, mas ao fazer isso a lâmina negra grotesca que antes foi o braço de Phiri começa a me perfurar cada vez mais. Agarro parte grossa da lâmina numa tentativa desesperada de impedir que eu chegasse mais perto dela. De alguma forma o braço que virou uma lâmina está se retraindo e enquanto eu sou obrigado a me aproximar da mogadoriana, seu outro braço começa a se tornar uma espada de mesma textura preta e grotesca, ao mesmo tempo sólida e líquida.

- Não adianta lutar querido! – ela me provoca. – Garanto que vai ser bem rápida a sua morte, assim como sua mamãe morreu.

Meu corpo começa a desistir de lutar e eu prefiro não encarar o rosto vitorioso de Phiri ao me matar. Olho para o céu ao invés disso, a chuva está piorando e parece que as nuvens estão se concentrando em cima do Ashwood States. Raios caem mais próximos do condomínio dessa vez, na verdade, quando ouço o barulho do trovão parece que ouço uma casa explodir bem próximo de mim. Essas coisas loucas parecem estar na minha cabeça, a Garde não viria me buscar, provavelmente eles nem sabem onde eu estou. E se soubessem, não viriam me procura. Os Cêpans não permitiriam isso. Eu devo estar tão louco que devo estar imaginando que algo milagroso iria acontecer.

Adam a voz da Um ecoa na minha voz – não consigo distinguir quais das duas estão me chamando. Não desista, você não pode desistir. Quero responder que não consigo mais lutar, mas minha voz não sai. Todas as nossas lembranças voam em minha mente. Nosso primeiro encontro, quando ela me retirou a força da base de West Virginia, quando eu achei que ela tivesse morrido na nossa tentativa de escapar com Lexa, por último na nossa primeira vez no chalé escondido enquanto nos recuperávamos da última batalha. Mog-boy, você tem que parar de querer me salvar tanto, pensar que posso ser o herói da Um me faz sorrir.

- Está louco? – ouço a voz de Phiri me perguntar. – Você está sorrindo antes de morrer?

- Um... – sussurro, se eu vou morrer então quero pensar em mortes, nem em guerra quero imaginar eu e Um num local lindo e somente nós dois. O pensamento me faz sentir muita dor por nunca conseguir realizar isso com ela. – UMMMMMMMMMMMMMMMMM! – Berro em desespero por fim.

Ouço um grito, que imagino ser um brado de vitória de Phir ao perceber que estou louco e delirando na hora de morrer. Só que depois percebo que é um grito de dor, e em seguida ouço o barulho de algo desmoronando. A lâmina que prendia meu corpo sumiu de maneira repentina e de uma maneira louca que sei que é devido à adrenalina, eu não estou sentindo dor. Quando decido olhar para frente onde outrora estava minha inimiga, vejo uma garota loira alta com os cabelos molhados grudado na testa, ela está parada com um punho revestido de manopla metálica, levantado. Como se tivesse acabado de dar um soco.

- Um... – tento dizer para mim mesmo que isso é um sonho e que estou delirando, mas ouço o rugido novamente de um trovão. Em seguida vários tiros começam a ser ouvidos, rugidos podem ser ouvidos mais ao fundo, junto com barulhos de explosão.

Ela não se vira para mim, nós ainda não nos encaramos de fato. Um não só veio me salvar, como trouxe a Garde consigo para o resgate. Queria dizer para ela que isso foi idiotice, mas estou tão feliz por eles terem vindo que lágrimas escorrem do meu rosto. Tento ir na direção de Um, mas meu corpo sucumbe a dor e eu começo a cair no chão.

Sou parado antes de sequer começar a cair no chão, posso ver o sangue que escorre pelas feridas que sofri escorrerem pelo chão. Quando olho para frente, vejo que os braços de Um me revestem como se fosse uma armadura, e ela me abraça com força. Sua cabeça se debruça em meu ombro, e mesmo com toda a dor que estou sentindo, nunca me senti tão feliz como agora.

- Você veio... – tento pensar em algo para dizer, mas não consigo pensar em nada. – Eu te amo, Um...

Ela não responde nada, mas sinto suas lágrimas escorrerem pelo meu pescoço. Ergo meus braços para lhe abraçar também, mas antes que consiga tocá-la ela me empurra com força e me faz cair no chão. Eu percebo que minha queda é apartada pela telecinese de Um para impedir que eu me machucasse.

- Seu babaca! – ela berra com raiva. – Eu achei que tivesse morrido, por que sempre tem que bancar o herói Adam? – percebo que Um está aliviada em me ver vivo, mesmo com esse jeito bruto dela. As lágrimas param de sair dos seus olhos, mas vejo que ela ainda queria chorar mais.

- Desculpa... – digo e tento sorrir como se não tivesse acontecido nada demais.

- Essa é a vadia loriena que fez você trair seu povo, Adam? – Phiri aparece como se fosse uma assombração em meio aos escombros que Um a fez ser soterrada.

Pelo que percebi, Um a golpeou com sua manopla e fez a mogadoriana voar para cima de uma casa que acabou demolindo o local junto com o impacto. Não consigo imaginar nenhuma maneira possível de Phiri ter continuado viva ao receber o impacto daquele golpe, mas se levar em consideração que ela consegue fazer seu corpo assumir uma composição estranha, talvez não seja tão difícil assim dela ter sobrevivido.

Um e eu trocamos olhares. Ela parece tão surpresa quanto eu pelo fato da mog estar viva. E ao mesmo tempo irritada, porque sendo a Um, ela não dá a mínima de estar no meio de uma batalha. Ela queria terminar a nossa conversa aqui mesmo.

- Quem é essa? – Um me pergunta, ignorando completamente o comentário de Phiri.

- Ela é uma mogadoriana que foi modificada geneticamente para ter poderes semelhantes aos nossos... Quer dizer, seus Legados. – Tento explicar de maneira mais rápida possível.

Vejo que ela parece ultrajada ao receber a notícia sobre aquilo, mas não deixa transparecer para Phiri.

- Vejo que está omitindo muitas informações para sua namoradinha, Adam. – a voz de Phiri continua sendo sarcástica e ácida. Sua armadura foi despedaçada com o golpe de um, ela está praticamente com uma roupa preta e algumas peças em frangalhos de sua armadura. – Vou me apresentar de maneira correta, sou Phiri Dun-Rá. A Noiva de Adam.

Sinto uma onda de frio tomar meu estômago, quase consigo ver todo o chão começar a tremer de maneira descontrolada e todo o condomínio de Ashwood State ser engolido numa fissura tão gigantesca que iria criar uma nova placa tectônica na Terra. Para a minha surpresa, a Um recebe a última notícia com indiferença e volta para mim novamente voltando a ignorar Phiri.

- O que ela pode fazer? – a voz de um soa fria e indiferente a tudo que está acontecendo.

- Ela pode modificar a estrutura corporal para transformar as partes do seu corpo em lâminas que podem se modificar como se não fossem sólidas. – tento explicar, sem demonstrar nervosismo.

- Entendi. – Um fala e dessa vez encara Phiri.

A mogadoriana parece não estar nem um pouco assustada por enfrentar a Um. Pelo contrário, ela parece demonstrar certa empolgação com o fato, como se estivesse esperando por essa batalha.

- Tenho lido sobre você loirinha. – Phiri comenta. – Você é poderosa, seus Legados são criar tremores e golpe sônicos. Você quase destruiu a base de West Virgínia inteira e derrotou o Matador com a ajuda da número Seis. – Parece que todas as informações da Um são algum tipo de orgulho para a mog ter e de alguma forma ela espera desestabilizar a Um com isso. – Pelo que o Sutekh falou você é a Número Um, a Garde que matou o pai dele...

- Cala a merda da boca. – Um fala, mas sem demonstrar nenhum tipo de raiva. Apenas não aguentava mais ouvir a mogadoriana falar.

- Tudo bem. – Phiri fala se divertindo. – Vou fazer o que Adam deveria ter feito contigo há muito tempo, te matar.

A mogadoriana avança para cima de Um correndo como se fosse um lince. Mesmo com todos os ferimentos, ela parece não estar nem um pouco desestabilizada para lutar. Enquanto isso, Um fica basicamente parada e esperando a mog lhe atacar. Por mais assustador que seja ver a Um tão séria numa luta significa que ela está com muita raiva. O braço de Phiri começa a se modificar e a virar uma lâmina negra, da mesma forma que ela havia me perfurado. Ela finge que vai dar uma estocada direta no peito de Um, mas no último segundo joga todo o corpo para a esquerda, e a lâmina começa a crescer como se fosse uma estaca gigante na direção da perna esquerda de Um. O golpe parece ser certeiro e quando vejo que Um continua parada tenho o ímpeto de gritar, mas antes que pudesse fazer isso. A lâmina explode numa barreira invisível e começa a se desintegrar se tornando uma gosma preta.

Phiri berra de dor ao ver que a lâmina quebrou e automaticamente a gosma volta a ter a forma do braço dela. Mas seu pulso está todo troncho como se tivesse se partido em vários pedaços por ter arrebentado ele contra uma rocha de concreto. Ao contrário dela, Um não se vangloria pelo que acabou de acontecer.

- Acho que você não leu nos arquivos, mas eu tenho o Legado de criar Campos de Força invisíveis que impedem que eu seja atingida. – Um explica seu poder.

O olhar que a mog dá para ela é de pânico. Pela primeira vez, Phiri parece ter perdido completamente seu semblante presunçoso. Dessa vez quem avança para atacar é Um, ela desfaz o campo de força e corre na direção da mog com tanta velocidade que quase acho que ela tem um legado de supervelocidade. Phiri tenta se recompor e criar uma lâmina com seu braço ainda bom, mas recebe um chute no queixo quando Um a alcança. A mog rola pelo chão e se contorce de dor, posso ver que o pulso começa a tentar se por no lugar sozinho – de alguma forma ele pode se autorregenerar. Ela tenta se por de pé e salta sobre um, com cada dedo da mão dela se tornando pequenas estacas e as jogando na direção.

Sinto vontade de ir ajudar Um, mas meu corpo está tão ferido que não consigo me mover. Um rola para o chão e criar um campo de força novamente que bloqueia todas as estacas criadas por Phiri. A mog dessa vez consegue parar seu golpe antes de se chocar com a barreira de Um. Sinto um tremor suave embaixo dos meus pés, mas ele está bem mais forte na altura de Phiri Dun-Rá, ela se desequilibra por alguns segundos e quase cai no chão. Nesse momento Um avança contra ela com uma fúria que nunca vi, ela golpeia a cabeça da mogadoriana com sua manopla e libera uma onda sônica no ouvido da oponente.

Só consigo ver o urro de dor de Phiri antes de ver sua cabeça começa a desintegrar com todo o golpe de Um. Quando a onda sônica que um criou se dissipa, metade da cabeça da mogadoriana desapareceu, mesmo assim consigo ver o terro no seu único olho que sobrou. Em seguida o corpo dela tomba inerte no chão com uma gosma negra escorrendo por todo seu corpo, ela está começando se tornar pó como os mogadorianos nascidos artificialmente.

Um dá o golpe final socando o chão ao redor do corpo de Phiri e uma fissura se abre bem embaixo da mogadoriana. Em instantes o corpo morto despenca naquele pequeno buraco para algum vazio que Um criou, ou apenas caiu no esgoto que há embaixo da base.

Nós nos encaramos dessa vez. Por mais que eu imaginasse que Um fosse surtar, ela parece estar bem feliz agora. Me dá um sorriso tímido e começa a vir na minha direção e eu a espero para lhe receber com um beijo, mas meu corpo começa a estremecer e então noto que perdi muito sangue. Sinto que vou cair no chão, mas novamente me impedem, sinto mãos encostarem-se aos meus ferimentos. E então uma sensação quente começa a me percorrer enquanto percebo as feridas se fecharem.

- Até que enfim, achei que tivessem se perdido. – Um comenta para a pessoa que está me curando, que nessa altura já sei que se trata de Marina.


Notas Finais


Valeu a pena a espera? rs


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