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História A Fúria dos Quatro - Prelúdio de Guerra


Escrita por: Guard

Notas do Autor


Espero que gostem

Capítulo 26 - Prelúdio de Guerra


Dez

 

Não sei se o timer da Ella do futuro é tão perfeito assim ou foi só coincidência, mas quando acordo é exatamente na hora em que ouço uma grande explosão. Em seguida ouço o barulho de vidro sendo quebrado e o caos e gritaria sendo instaurado. Meus sentidos já ficam a postos para a batalha.

Me levanto num pulo e vejo que ainda estou dentro da van e a única pessoa além de mim nela é Sam. O garoto está completamente pálido e vejo que está segurando um arma com as mãos tremendo. Fico espantada com a atitude dele, não é a primeira vez que vejo Sam lutar, ele já lutou conosco no Himalaia e também em Paradise com John. “Só que é a primeira vez que ele viu alguém próximo ser morto com os olhos”. Algo ecoa de dentro da minha mente. Sam deve estar abalado com a morte da amiga, assim como os outros. E ele é humano, acho que agora percebeu que é mais frágil que nós.

-Ella? - ele me corta do meu devaneio ao perceber que estou lhe encarando. - Os outros estão lá fora e me disseram para ficar aqui tomando conta de você.

Ouço berros dessa vez parecem ser ordens, seguido de tiros e mais explosões. São os agentes de Walker lutando com os mogs, muito provavelmente. Inclino minha cabeça para a janela e encontro uma pantera verde gigante pulando em cima de três mogs que estavam tentando chegar até nós e ela começa a devasta-los. Alguns mogadorianos avançam contra a Chimaera com suas espadas na mão.

- Temos que ajudar o Phantom! - berro ao perceber que estavam tentando encurralar o animal. Então começo a abrir a porta da van para entrar na batalha. Ouço o berro de Sam de protesto que parece mais uma súplica, mas ignoro.

Me lanço no campo de batalha quando vejo as portas de vidro de um prédio da minha frente explodirem com disparos de mogs. Uma sombra passa pelos céus como uma bala e começa a interceptar os inimigos chegando. Volto-me para os mos que estavam tentando atacar Phantom.

Arranco o canhão da mão de um deles que estava apontando para as costas do animal e disparo com a arma ainda no ar em seu próprio dono. A Chimaera percebe a minha presença e ataca os três mogadorianos que estão na sua frente, com uma patada ela corta ao meio um dos mogs e com sua enorme mandíbula perfura o ombro e parte do tórax de outro mogadoriano. Os dois se dissipam na mesma hora com o ataque mortal dela.

Ouço o barulho de canhões mogadorianos serem disparados de dentro do prédio, mas começam a parar conforme uma forma esbranquiçada humanoide ataca os mogs que estavam disparando. Vejo que era Cinco lutando com toda sua força. Ele desvia dos tiros dando voos superápidos em questão de segundos, em seguida esmaga a cabeça de um dos atiradores com sua mão de diamante. Fico feliz em vê-lo, embora a voz da Ella do futuro tinha me alertado várias vezes para ficar longe dele. O traidor da Garde. Ela havia me dito.

Tento não pensar nessas coisas enquanto estamos em batalha e começo a atirar nos mogs que tentam chegar até mim tentando matar Phantom no processo. Disparo mais duas vezes com o canhão contra meus inimigos e puxo mais um canhão pela telecinese para me dar mais foco nos disparos. Até que Sam berra do meu lado.

Um mogadoriano estava me encarando e a ele enquanto estava em cima da van. Ele tinha uma espada prateada e se prepara para pular em mim. Antes que eu pudesse tomar alguma atitude, o mog desce com sua espada para me cortar e sou empurrada para o lado na mesma hora. Rolo alguns centímetros no chão e vejo o mog berrar de frustração ao ver que foi Sam que o afastou de sua vítima. Então se volta para o garoto para atacá-lo.

Só consigo ver o pânico nos olhos de Sam. Meus poderes telepáticos fogem do controle e vejo que ele está lembrando de Sarah sendo perfurada por uma espada mogadoriana. O garoto sabe o que vai acontecer agora, quero ajudá-lo, mas o medo dele me atinge na mesma proporção, fico paralisada para usar meus Legados. Phantom está tentando afastar mais mogadorianos que tentam chegar até mim e Cinco ainda luta no hall do prédio. Sinto pânico e quando vejo o mog levantando para desferir um golpe mortal em Sam só consigo fazer uma coisa.

- Não faça isso! - grito para o mogadoriano em desespero. Para o meu espanto, o mogadoriano obedeceu à minha ordem.

Ele fica parado imóvel segurando a espada alguns centímetros do rosto de Sam, o mog nem sequer demonstrava está sentindo alguma coisa. Eles são nascidos artificialmente, só servem para seguir ordens. Suas mentes são fracas e vulneráveis, a voz da Ella do futuro fala na minha mente. Sinto um calafrio quando percebo o que isso talvez queira dizer, mas decidi testar se é verdade.

- Se mate. - digo como se fosse uma ordem simples. Como se eu quisesse apenas que ele lavasse as mãos.

E como se fosse simples assim, o mogadoriano gira a espada na direção do seu pescoço e o perfura sem hesitação alguma. Ele nem sequer grita antes de morrer, simplesmente desaparece numa em poeira e sangue negro. De repente tudo fica meio em silêncio para mim, até que a espada dele cai no chão com um som metálico aterrador.

- Ella… - Sam murmurou meu nome e me encara com medo. Sinto nojo e pânico de mim mesma também. Não imaginava que minha telepatia pudesse chegar até esse nível. - O que foi isso?

- Não sei. - digo sendo sincera. - Acho que meus poderes telepáticos ficaram mais fortes por causa do meu último coma, agora eu consigo entrar na mente deles e os forçar a fazer algo.

Pela primeira vez depois que acordei eu vejo o brilho nos olhos de Sam que ele faz cada vez que descobre algo meio sci-fi por nossa causa. Sinto até menos culpar por causa dos meus poderes recém descobertos.

- Irado… - ele murmura e depois fica pensativo. - Você então poderia usar seus poderes para…

- Desculpa Sam, não é assim que funciona. - sei o que ele queria, desejava que eu tentasse suprimir seu medo de lutar depois da morte de Sarah. Ou pelo menos tentar não se lembrar disso por enquanto, nem da preocupação com seu pai. encontro a arma que ele estava usando e largou no chão e a jogo na mão dele com a minha telecinese. - Mas posso lutar junto com contigo. - Pego o canhão mogadoriano que eu havia deixado cair.

Ele sorri para mim de forma mais confiante e parece recuperar a coragem.

- Beleza, então vamos nessa! - ele fala se levantando ao mesmo tempo que eu.

Ouço um rugido que imagino ser de Phantom e depois um Kyah. Uma besta de forma alada e com pelos que lembra bastante um grifo levanta voo e começa a subir na direção do prédio em que Cinco estava lutando. Vejo que tem algumas pessoas se aproximando com seus celulares na mão tentando gravar tudo que está acontecendo.

Alguns mogs perceberam também e começaram a disparar contra as pessoas. Os humanos conseguem ser rápidos e largam seus celulares caros no chão numa tentativa desesperada de fuga. Só que os mogs continuam a avançar mesmo assim contra ele e abrem fogo novamente contra as pessoas, um humano cai morto na mesma hora com um tiro no peito. Sinto raiva por causa disso e eu avanço contra eles.

Sam está vindo na minha direção e parece preparado para atacar os mogadorianos. Aperto o gatilho do canhão e sinto as engrenagens começaram a girar enquanto me aproximo cada vez mais deles. Só abro fogo quando percebo que irão atirar novamente nos humanos. Uma onda azul sai pelo projétil e explode na nuca pálida de um mogadoriano o arremessando para frente.

- Por que eles estão atirando em pessoas e não na gente? - Sam me pergunta enquanto abre fogo com seu revólver modificado em cima de outro mogadoriano daquele grupo.

Tenho a ligeira impressão que isso foi proposital, eles querem tentar por isso na nossa conta também. Dizerem que tudo isso é culpa nossa.

Os mogadorianos parecem ter desistido de perseguir os humanos e se voltam raivosos contra nós. Eles começam a apontar suas armas na minha direção e na de Sam. Tento concentrar minha mente na cabeça dos dois mais próximos e uso bastante da minha telepatia para conseguir fazer o que eu quero - acho que com o calor do momento foi mais fácil conjurar esse poder.

- Atirem nos mogadorianos! - ordeno.

O Restante do grupo deles parece ficar confuso querendo saber com que estou falando. Até que o primeiro deles é desintegrado pelo companheiro que estou controlando, o outro mog controlado se preparar para disparar contra os outros, só que é morto antes disso por uma adaga no olho. Eles parecem ter percebido rápido o que estava acontecendo e logo matam o segundo companheiro.

Um deles que provavelmente é um guerreiro aponta a espada na minha direção e grita algo na linguagem dos mogs para os companheiros - não consegui entender o que ele disse mesmo com a telepatia. Algo me diz que eles devem estar desconfiando de quem eu sou.

Ele corre sendo seguido pelos outros mogs para me atacar. Preparo meu canhão para atirar nele enquanto tento concentrar minha telepatia diretamente nele, mas tem algo errado dessa vez. É como se a sua mente fosse resistente ao meu Legado. Ela é mais forte de alguma maneira, em comparação aos outros mogs que controlei. Não consigo arranjar tempo para pensar então eu decidi abrir fogo contra ele. O disparo do canhão sai em sua direção e Sam começa a disparar contra ele também.

Os mogs conseguem desviar dos disparos ou intercepta-los com as espadas e então continuam a avançar na nossa direção. Me jogo para o lado e lanço uma onda telecinética contra o guerreiro mogadoriano, meu golpe joga o mog para o ar e ele derruba alguns de seus aliados. Suas armas caem no chão, mas acredito que tudo que consegui fazer foi retardá-los. Eles tentam pegar as suas armas, mas uma enorme bola de fogo desceu dos céus como se fosse um meteoro engole todo aquele grupo de uma vez só. Consigo ouvir os berros de alguns mogadorianos sendo queimados antes de virarem cinzas por completo. Dois deles que ainda estão vivos são abatidos na mesma hora por Sam.

Ouço um Kyah novamente. Quando olho para o céus de onde veio o barulho, encontro Quatro montando sobre o grifo que agora percebo se tratar de Bernie Kosar. Eles não parecem se importar muito conosco ao perceberem que já derrotaram todos os inimigos que estavam nessa parte.

- Aquele era o John? - Sam pergunta um pouco mais alegre esperançoso.

- Acho que sim, montando no seu animal alado e jogando bolas de fogo. - se eu não soubesse de toda a dor que Quatro estava passando, provavelmente iria tentar fazer alguma brincadeira com ele por telepatia, mas decido não me aprofundar.

Ouço a explosão de um dos furgões e em meio às chamas, Nove aparece intacto, exceto por - Uau ele está com a camisa pegando. Penso alto e ao mesmo tempo me sinto um pouco tímida e sem graça. Nove corre como um tufão explodindo todos que tentam se aproximar de onde Henry, Walker e Maggie estão lutando. Phantom fica alegre ao ver o garoto e corro em sua forma de leopardo gigante para lhe auxiliar na batalha.

Olho para Sam e vejo que ele está encarando atentamente para o animal alado que Bernie Kosar se transformou. Vemos Quatro tentando fazer um perímetro ao redor do local carbonizando o máximo de mogadorianos possíveis que estão tentando fugir. Nós vemos que ele estão se reunindo perto de um dos últimos furgões para atirar nos nossos aliados no ar. Por mais que eu esteja com medo, dessa vez concentro meu poder telecinético no mensageiro mais próximo dos outros. Impeça que os mogs ataquem o número Quatro. eu ordeno mentalmente.

O mog parece entrar num transe quase que convulsionando e saca uma adaga prateada que crava na jugular de um mog que estava quase acertando John. O aliado do mogadoriano olha para o seu parceiro traído antes de começar a convulsionar caindo no chão sangrando até a morte. Então o mogadoriano que eu estou controlando avança para atacar o próximo aliado, mas é impedido por dois mogadorianos que o agarraram pelos braços e berram para que pare com isso.

Aproveito esse momento e corro para cima deles com Sam ao meu lado e começamos a abrir fogo. Os mogadorianos tentam soltar seu aliado e começam a tentar abrir contra nós, contudo, meu marionete mental começa a atacar ele novamente e aproveitamos isso para continuar a dizimar nossos inimigos. Vejo um vulto prateado passar pelo na hora que o mogadoriano que antes estava mirando em Quatro e Bernie Kosar aponta o canhão para mim. Só consigo ver o brilho azul da morte vindo na minha direção. Mas o vulto que estava sobrevoando ao lado de John pousa na minha frente  e seu corpo começa a alterar para um tom de diamante e fica na frente do tiro.

Cinco recebe o tiro do canhão. Ele segura a esfera azul com suas duas mãos e vejo trincar seus maxilares brilhantes. Ele usa o próprio externa para absorver uma parte do canhão e assim lança uma rajada de sua mão que lembra bastante o disparo da arma mogadoriana. O mog que estava mirando em mim não consegue reagir e seu corpo é perfurado bem na altura do peito. O cabelo castanho e um pouco comprido de Cinco volta a aparecer e ele cai de joelhos no chão com sua Externa desativando.

          -Achei que fosse perder toda o diversão. - Cinco fala ofegante enquanto eu me agacho ao seu lado e tento ver como ele está. Suas mãos estavam em carne viva por causa do disparo que ele interceptou, tirando isso parecia estar apenas cansado.

-Você foi imprudente! - eu o repreendo pela imprudência, mas entendo que estou sendo bastante imprudente também. Talvez não tenhamos mais o luxo de agirmos com segurança.

  -Só precisa agradecer ao invés de me repreender. - Cinco fala dando uma piscadela para mim.

 Antes que eu pudesse formular uma resposta para Cinco nós ouvimos uma explosão. E Sam grita olhando para onde o estrondo ocorreu. Uma das últimas vans dos mogadorianos foi explodida e entre as chamas Quatro sai com o fogo sem tocar nele como se nada tivesse acontecido.

  Nossos esforços finais se voltam para o último comboio do inimigo. Eles avançavam para cima do grupo de Henry e Walker, mas Maggie estava ali para lhes dar cobertura. A ruiva solta um grito de guerra e o chão começa a tremer. Videiras surgem por todo o chão ao redor dos mogs e começam a engolir todos eles numa interminável floresta que não parava de crescer. Um tronco de árvore sobe e destrói o furgão deles o jogando alguns metros de distância, os soldados e mensageiros começam a sufocar com cipós que enroscam neles.

 Os agentes aproveitaram a oportunidade e abriram fogo contra o inimigo debilitado. Quando o último canhão mogadoriano caiu no chão com um baque o silêncio começou a reinar em Nova York. Todas as sirenes estavam desligadas e as pessoas que estavam assistindo nossa batalha sumiram e só Pittacus sabe para onde.

     Nós ficamos nos olhando sem saber o que fazer agora. Uma parte de mim quer comemorar nossa vitória contra um grupo tão grande dê mogadorianos, mas meus pressentimentos dizem que esse é apenas o começo da batalha em Nova York.

      A porta de um dos carros de Walker se abre e Mark sai lá de dentro. O garoto ficou dentro do carro aquele tempo todo porque Walker não queria que ele estivesse num confronto se não conseguia nem segurar uma arma direito. Ele olha mal encarado para Quatro, mas se recusa a falar qualquer coisa. Posso sentir o ódio que ele está sentindo pelo lorieno por causa da morte de Sarah.

    -Sanderson foi morto? - Walker pergunta para Quatro se aproximando do garoto enquanto guarda a sua pianola num coldre preso a sua cintura.

       Quatro e Nove se encaram por alguns minutos antes que um deles conseguisse explicar o que aconteceu lá em cima. Infelizmente minha curiosidade foi mais forte e eu já sei o desfecho daquela missão.

   -Ele já estava morto quando chegamos. - Quatro é quem revela a notícia. - No fim das contas a missão foi inútil, tudo que os mogadorianos fizeram foi para nos segurar aqui por algum motivo.

Infelizmente todos nós no voltamos para Walker nesse momento. Sinto um peso no peito quando penso que tudo que ela falou conosco possa ter sido apenas uma armadilha bem elaborada dos mogs para nos fazer ficar fora da missão. Acabo querendo ler a mente da mulher, porém decido deixar os outros resolverem esse assunto.

Henry se aproxima da agente e sua expressão parece severa e acusatória. Com ele sendo o único Cêpan no nosso grupo é normal que queiramos que ele tome a iniciativa pra este tipo de abordagem.

-Por que queriam Sanderson morto? - ele a questiona.

Walker olha incrédula para ele, mas todos nós estamos encarando os agentes ao mesmo tempo. Com nossa adrenalina do jeito que está, creio que mais uma batalha contra um bando de humanos com armas mogs não irá ser nada muito difícil.

-Acha que estamos enganando vocês? - a agente encara Henry com severidade. - Nós estamos no mesmo barco, eu não sabia que Sanderson estaria morto. Muito provavelmente esse pode ser o motivo dos mogs terem adiantado a invasão.

O modo como a mulher fala demonstra verdade e confiança. Os próprios agentes parecem começar a relaxar agora, embora ainda segurem seus canhões mogadorianos para o caso de qualquer inimigo inesperado surgir.

O Cêpan fica em silêncio por alguns segundos e então eu percebo a rua em que batalhamos completamente destruída. São pelo menos 20 carros pegando fogo e 3 prédios com suas fachadas devastadas, algumas crateras e rachaduras no chão estão espalhadas por toda a parte. Isso parece me levar para algum tipo de devaneio estranho onde sou transportada para uma Terra com o céu pintado de cinza. Os prédios dali estão todos caídos no chão, como se algo os tivesse explodido. Nas ruas próximas há uma pilha de ossos do que parecem ser de pelo menos 10 pessoas, mas isso não para por ai. Alguns veículos mogadorianos começam a andar pelas ruas imponentes e vejo duas pessoas correndo deles.

Não consigo ver seus rostos e quero ir ajudá-los, mas então ouço um barulho.

- Ella! - Cinco fala me segurando pelos ombros. - Acorda, não pode ficar perdida nesses devaneios.

Todos estão me olhando com uma cara de preocupação que eu não consigo gostar muito. Meu Legado de Oráculo deve ter sido ativado sem minha autorização - isso é muito inconveniente.

- Desculpa… - digo me sentindo meio frágil.

- Nós ganhamos? - Quatro pergunta de maneira soturna. Ele parece saber que tive alguma espécie de visão.

- Não… - digo meio temerosa. Não gostaria de saber que passamos por tudo isso para acabarmos perdendo, mas eu sou forçada a revelar a ele. - Eu vi a cidade completamente devastada… Mas o futuro é incerto! - acrescento rápido.

Henry me olha de maneira paternal e se aproxima de mim e me abraçando. Só agora eu percebo como gostaria que Crayton tivesse vindo comigo nessa missão, sinto falta do meu pai me dando forças e tentando me fazer ver um mundo mais positivo.

- Nós fazemos nosso futuro Ella, acho que você deveria saber isso mais que qualquer um aqui.

Sinto outra Ella me olhar de soslaio para onde outrora estava uma van mogadoriana nos atacando. A minha contraparte futurista me olha com um pesar, ela sabe o que estou vendo e teme que o destino dê sempre um jeito de fazer as coisas se alinharem como devem ser. Afasto isso da minha mente ao ver a Dois. Maggie é a prova viva de que nós podemos sim ser donos do nosso destino.

A ruiva parece entender o que está passando na minha mente porque ela sorri para mim. Um sorriso meio tímido, mas que demonstra querer me transmitir confiança. Nove também me olha assim e Cinco também, todos estão do meu lado. Quatro é o único que parece estar distante.

De repente o silêncio é cortado por um barulho aterrador. O céu parece escurecer em cima de nós e temo que minha visão comece a se concretizar. Então percebo que não o céu que está com uma coloração diferente.

A maior nave que já vi na minha vida começa a sobrevoar os arranha-céus. De repente eu lembro da Sobek. A nave gigantesca mogadoriana que explodiu meio Himalaia para nos matar. Só que essa parece ser bem maior que a Sobek e pinta o céu inteiro com sua coloração prateada e aspecto sombrio que lembra um pouco um escaravelho. Sei muito bem que nave é essa por causa das visões da outra Ella, a garota já havia enfrentado essa nave diversas vezes. Essa é a nave onde meu tataravô está, posso sentir sua presença ali e isso faz os pelos dos meus braços se arrepiarem completamente. De repente eu só quero ir correndo para a nave lórica e ir para Lorien novamente, mas meu corpo inteiro diz que conseguimos enfrentá-lo dessa vez.

- É a Anúbis. - eu e Quatro falamos ao mesmo tempo quebrando o silêncio que estava entre nós.

A nave então começa a se distanciar de onde estamos e ruma em direção ao Central Park para o que eu presumo ser a grande comemoração pela invasão aos humanos. Nós olhamos para a cara um dos outros até que Nove finalmente quebra o nervosismo socando uma mão com o punho.

- Começou galera! - ele anuncia de maneira animada, mas com um fundo de nervosismo.

 

 

 

         

 


Notas Finais


Espero que gostem do capítulo, acredito que não demorarei meses para postar o outro rs


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