História A Future Of An Uncertain Past - Imagine - The Photo

- o trabalho será simples. Quero fotos claras e que demonstrem para vocês o que é felicidade. Até a próxima aula.

Suspirei batendo o lápis no papel, pensando. Eu nunca havia parado para pensar no que é felicidade para mim, e até hoje nunca houve algo que se eu visse simbolizaria tal sentimento para mim.

Bufei, levando a bolsa para o ombro e eu estava caminhando quando Jimin se levantou abruptamente saindo da carteira e fazendo com que esbarrássemos.
Seu caderno, cuja estava segurando, foi ao chão, e me agachei junto com ele para pegar as fotos que caíram de dentro dele.

Peguei algumas e o entreguei, vendo o mesmo um tanto nervoso pelo esbarrão. Meu olhar foi à foto. Nela havia 3 garotas, trigemeas. Pareciam ter 3 anos. Tinham o cabelo negro e uma havia olhos puxados e olhos negros, enquanto outra havia olhos negros e a terceira olhos azuis.

Antes que eu percebesse Jimin a arrancou de minhas mãos:

- obrigado - ele se apressava em guardar a foto.

- São lindas - me referi a foto, e o olhei - São suas irmãs?

Ele ficou imóvel, me olhando. Ficou um tempo quieto, e então voltou a guardar seu material:

- é. Irmãs. São minhas irmãs.

- bom, okay. Então... - pigareei - tchau.

Ele apenas mexeu a cabeça e eu dei as costas. Me senti levemente confusa, pra quê ficar assim por causa de uma foto?
Dessa vez eu não vi Jimin no ônibus, então tentei aproveitar a viagem observando as gotas de chuva que caíam na janela, dando um clima mais frio a noite.

Por todo o caminho pensei no que fazer, mas eu nunca tinha pensado no termo "felicidade".
Felicidade não é uma coisa, não pode ser fotografada. É um sentimento.
Mas eu precisava achar algo que representasse a felicidade.
Minha família estava longe, então tirei família da lista.
Nunca fui superficial então tudo que fosse de comprar já estava fora.
E todos os namorados que eu já tive não duravam nem um ano, então eu estava sem cartas.

Decidi comer fora, mesmo sendo tarde graças a faculdade.

Coloquei um casaco e uma touca e saí,  correndo da chuva sem saída.
Decidi dar uma passada na cafeteria da qual eu estava trabalhando, já que hoje de manhã nem pude falar com meus colegas já que havia muitos clientes, o que estranhamente parecia ser normal para eles.

Andei um pouco mas cheguei, entrando e logo vendo Jason no caixa, que sorriu largo ao me reconhecer.

- pelo visto sou a última cliente de vocês - olhei em volta e ri - que honra.

- ____!! - ouvi a voz de June saindo da cozinha e logo a vi correndo até mim me abraçando.

Ri e a soltei, me sentando na cadeira.

- algo especial? - June sorria.

- apenas peguem algo e se sentem comigo, não me tratem como uma cliente importante gente. - pisquei e ri.

Eles assentiram e logo encheram a mesa com as sobras do dia. Cookies, bolos, chás, o suficiente para um batalhão.

Por fim vi Katie trazendo a gerente, que sorria igualmente.
Comemos os restos rindo e conversando, e anotei mentalmente que o bolo de morango daqui era o melhor do mundo. Sério, era uma explosão de sabores, e Katie me disse ser a especialidade da cafeteria.

- qual a faculdade que está fazendo?  - Katie me perguntava, mordendo um cookie.

- fotografia - respondi.

- ah, que top! - Jason sorriu - você deve ser a melhor.

Dei se ombros sorrindo cúmplice e eles riram. Olhei para trás, onde havia uma janela, e notei que a chuva havia diminuído.

- se quiserem eu pego minha câmera. Minha casa é aqui perto.

- ah, podem ir - a gerente se levantou - eu limpo aqui, tirem o resto da noite de folga.

- nem pensar - June falou juntando os pratos - a gente se encontra aqui, _____.

Assenti e saí, sorrindo e de barriga cheia.

Eu estava quase chegando à cafeteria, já com a câmera em minha bolsa, quando a chuva triplicou em força.
As árvores sacudiam, as gotas chicotiavam meu corpo, que já se encontrava inundado, e minha vista já estava meio debilitada graças ao escuro.

Comecei a tossir, e foi quando, na esquina da rua da cafeteria, vi um homem se aproximando.
Parei de andar o olhando, e vi em sua mão uma arma.

Meu primeiro instinto, mesmo que errado, foi correr. Corri o mais rápido que pude na direção contrária da cafeteria. Meu corpo doendo por causa do choque de temperatura.

Parei de correr quando meu corpo não aguentava mais, e me vi em uma rua completamente desconhecida. No lado direito havia uma creche, aberta e os pais buscavam as crianças, mesmo sendo dez da noite. Provavelmente essa creche acolhe crianças cujo os pais trabalham até tarde.

Senti meu corpo dar uma desligada, como se quisesse desmaiar.
Forcei minhas poucas forças a andar até a creche, e então avistei um garoto com um guarda-chuva, e 3 crianças pequenas. Ele me olhou, ficando em silêncio.
Mesmo eu não vendo nada praticamente, ele pareceu me ver e foi até mim, mas eu desabei antes.

Estranhamente não caí no chão, mas algo quente me segurou, a última coisa que ouvi foi a voz de Jimin me chamando.