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História A Garota da casa ao lado - Recaída.


Escrita por: MaybeSecret

Notas do Autor


Olá, continuando a fic <3

Capítulo 5 - Recaída.


 

 "Entre os risos da vida, os sorrisos, são os mais bonitos e sinceros, preenchem nossa vida dando um sentido,  divertido a ela."

 

Alexy fez questão que o trabalho fosse em sua casa, assim, combinamos de começar o trabalho no comecinho da tarde, o que não sabíamos era que iramos expor tudo na escola, então era melhor começar a fazer cedo, pois cartazes e murais demoram para ficarem prontos.

No horário combinado todos já estávamos todos lá, distribuímos um cartaz para cada um e alguns canetões coloridos, para que pudéssemos escrever o que julgássemos ser tão importante em nossas vidas.

-O que é importante para vocês? Alexy perguntou animado.

-Para mim a moda é muito importante, Rosa respondeu.

-Jogar é muito importante, Armin respondeu.  Alexy também amava moda então seu cartaz já estava repleto de desenhos de roupas, frases, todo colorido, o Kentin rabiscava alguma coisa que não dava para ver direito o que é, e eu ainda me encontrava sentada num canto, com o meu caderno em mãos e o cartaz totalmente em braço.

-E você Bryana, não vai escrever nada? Rosalya perguntou.

-Vou, mas, ainda não sei o que colocar no papel, respondi.

-Isso é muito fácil, é só você pensar em algo que você gosta e acha ser interessante e escrever ai, Rosalya respondeu, ela estava totalmente curiosa, para ver o que escrevi.

-Acho que entendi, respondi, tínhamos decidido que cada um fizesse o seu e depois juntássemos e fizéssemos um painel enorme.

Com o meu caderno em mãos comecei a recordar o porquê tinha começado a escrever nele, o que me motivou a fazer isso, já que ele era uma parte importante de mim e eu gostava de escrever nele, era o que eu tinha de interessante e importante, mas, de qualquer forma não queria expô-lo, isso só faria aumentar a curiosidade dos outros quererem saber o que tinha naquelas folhas.

Comecei com alguns traços leves que no final se transformou em uma garota segurando uma flor murcha em uma mão e com a outra ela amassava um relógio que ia escorrendo entre seus dedos, e ao lado dela se encontrava um caderno aberto com páginas em branco, ele só ficaria ali, de maneira alguma eu ira deixar que alguém tocasse no meu caderno da capa roxa. Ao final para deixar claro o que tinha feito, escrevi que o que eu gostava muito era do que poderia ser tirado de lição a cada dia, e o que eu julgava ser interessante era o: Tempo.

Poderiam questionar, porque entre tantas coisas u havia escolhido o tempo, simplesmente, era porque eu achava incrível, o fato de por causa dele, nossas vidas se parecesse com um livro, cada dia era uma página em branco e a gente pode escolher o que escrever nela e ao mesmo tempo se parece com uma história, nunca podemos mudar o que está na página anterior, por mais que o desfecho seja diferente, o que ficou atrás sempre faz parte da vida.

-O painel ficou lindo, Alexy disse ao final, dando os retoques finais.

-Concordo com você, vai ser o melhor, Rosalya disse.

O cartaz do Armin, só tinha fotografia de games, ele passou o trabalho todo jogando, já o do Alexy o da Rosa, estava repleto de roupas e criações, o do Kentin estava um pouco complicado de entender, ele julgava várias coisas interessantes, mas, o que ele mais gostava era de biscoitos de chocolate, então, o meu estava dentro dos padrões.

Quando o Alexy acabou meio que obrigando a gente ficar lá, acabamos assistindo um filme de comédia e depois indo embora. Quando todos estavam indo embora, me despedi meio que apressadamente, e sai andando meio rápido, de uma forma ou de outra o Kentin iria me acompanhar, não havia desculpas, ele mora na casa ao lado da minha e já estava tarde eu precisava ir.

-Até que eu gostei do tema do trabalho, ele disse se aproximando.

-O tema foi bom mesmo, respondi.

-De onde você tirou aqueles desenhos que você pôs no seu cartaz? Ele perguntou, numa altura dessas acho que ele já estava desconfiando de algo.

-São coisas paralelas que apareceram na minha mente, eu apenas coloquei no cartaz porque julgo o tempo ser muito interessante, respondi, tentando parecer calma.

-Por quê?

-Porque eu imagino a vida como um caderno cheio de páginas brancas, e a cada dia temos o tempo de moldar a nossa história até o fim da vida, respondi.

-Agora entendi porque esse caderno em mãos, ele disse.

-Não exatamente, meu caderno seria tão curto, para que eu retratasse minha vida nele, menti.

-Ok, ele parou com os questionários porque pela minha sorte, chegamos em nossas casas.

-Até mais, disse entrando.

-Até amanhã, respondeu-me com um sorriso.

Ao entrar em casa minha mãe disse que queria falar comigo, ela disse que o psicólogo havia ligado para marcar um consulta para amanhã à tarde, ele deu um diagnóstico a ela, de que eu estava provavelmente me ocultando nas sessões, como se uma parte eu estivesse mentindo.

-Por favor, desmarque, eu não quero ir mais lá, disse implorando a minha mãe.

-Mas, filha, faz parte do seu tratamento você tem que ir, só não entendo porque você não está colaborando, disse-me.

-Porque eu já estou cansada de alimentar falsas esperanças, porque eu preciso de acompanhamento com um psicólogo se eu já tenho completa noção da minha situação, sei que tenho pouco tempo de vida, não quero mais fazer consultas que não vão resolver nada, disse, as lágrimas tomavam minha face.

-Filha, não fale assim, você precisa de um acompanhamento, ainda podem descobrir o que você tem e encontrar a cura, você não pode ser pessimista, minha mãe disse chorando.

-Não sou pessimista, mas cansei, de responder perguntas, já aceitei minha situação, só quero nesses tempos ter um pouco de paz, sem interrogatórios, respondi.

-Bryana, faz isso por mim, para mim é tão sofrido ver você passar por isso tudo, você é o bem mais precioso que eu tenho, e dói pensar do jeito que você ver as coisas, minha mãe disse-me.

-Está bem eu continuo, mas, isso não vai mudar meu jeito de pensar, respondi.

-Obrigada filha, se esforce você vai ver como se abrir, vai te fazer bem, minha mãe disse me abraçando.

No meio da noite, tive uma recaída, minha mãe ligou desesperada para o médico que trocou os remédios que eu tomava por outros, o que eu estava tomando já estava perdendo o efeito, estava me fazendo me sentir mal, e fazendo com que as marcas da doença terminal ficassem mais evidentes.

De manhã não fui para a escola, minha mãe ligou justificando que eu não estava me sentindo bem, quer dizer, eu já me sentia um pouco melhor, mas, as dores de cabeça iam e voltavam, passei a manhã deitada na cama, lendo minhas anotações do dia anterior.

“Aqui estou novamente, para deixar por escrito às coisas que vivo, deve ser um drama para você aguentar tudo o que escrevo, mas, você me faz bem”.

Ontem fui fazer um trabalho, sabe, foi a primeira vez que eu senti a energia contagiante das pessoas, senti que era aceita e estava inclusa em um grupo de pessoas, me senti tão melhor, como nunca havia me sentido.

“Assistimos a um filme de comédia, em meio a tantas risadas, foi como se eu esquecesse tudo e o riso tomasse conta de mim, naquele momento eu era apenas feliz e nada mais.”

Abri um sorriso recordando-me, mas, agora eu começava a me preocupar com as minhas recaídas, já tive elas algumas vezes, mas, não da mesma forma que veio ontem, estavam mais forte e agora sentia a necessidade de deixar minhas promessas de lado e aproveitar o pouco tempo que tinha fazendo amigos e vivendo a vida.


Notas Finais


Até o próximo capítulo <3


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