História A garota da Harley Davidson - A tatuagem

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Ela estava de costa para ele e ele debruçado na cama todo esparramado com o peito totalmente para baixo em contato com o colchão. Ela começou a acordar lentamente primeiro colocou suas pernas definidas torneadas e lindas para fora da cama e levantava sua coluna mas mantinha seu pescoço ainda mole e quando sentiu firmeza na coluna ainda com o a cabeça fazendo peso para o lado foi lentamente olhando para a janela. Nunca acordará tão leve. Os raios batiam em seu rosto parecendo chamar ela para se levantar. Olhou para a janela que tinha uma cortina que não cumpria muito bem o seu dever, se espreguiçou do jeito único que ela tem, colocar seus braços um em cima do outro em cima da cabeça e espreguiçar esticando sua coluna. Feito isso tomou coragem em levantar da cama para ir embora logo mas antes disso tomar uma ducha d’água.
Atrevida? Sim...ela era...tinha bom senso mas já que na noite anterior veio transar que já pulava todas as etapas e tomar banho incluía nessas etapas puladas...ela se atreveu a tomar banho na casa do desconhecido que se identificou na noite anterior como Brian.
Ela escutou ele se mexer e olhou através do ombro mas não conseguiu vê-lo muito bem pois seus cabelos atrapalhavam, voltou com o olhar para porta do banheiro e pegou seu cabelo para amarrar improvisadamente e tomar um banho.
Enquanto ia para o banheiro que era no quarto lembrou-se da noite que não usara camisinha.
Pensou: “Puta Merda...como ele pôde me deixar levar a tal ponto de esquecer me prevenir...se engravidar tô fudida.”

Brian sentiu o movimento na cama e abriu os olhos vagarosamente ficando semi abertos a olhando levantar e observou ela sentada. Tudo acontecia em câmera lenta e ele sem saber estava amando ver aquela cena. Uma mulher totalmente nua mas seus longos cabelos que terminava após a cintura estava bagunçado de um jeito muito sexy que escondia suas costas nuas. Seu cabelo era liso e no final tinha leves curvas. Não era totalmente liso e sem graça.  Os raios de sol que entrava pela janela tinha uma cortina que não cumpria seu único dever de bloquear os raios que entrava pela janela, batia nela. E seu cabelo brilhava...com um reflexo avermelhado. Ela se espreguiçou de um jeito único e fofo e era possível ver suas curvas, uma cintura fina e delicada que até o seu quadril que era largo evidenciando que tinha um corpo violão Era uma imagem linda de se ver. Ela se levantou e o olhou por cima dos ombros. Ele deu um sorriso sutil e começou a piscar os dois olhos vendo-a pegar em seus cabelos e amarrar, nisso viu uma tatuagem na parte de cima de suas costas entre as omoplatas dela.
Pensou ele: “Essa tatuagem...delicada....com linhas finas...um ramalhete de flor.....” sorriu ainda debruçado na cama fechando os olhos ainda pesados, “pera...o que?! Um ramalhete de flor? Eu já vi essa tatuagem!” Na hora veio um flashback de uma lembrança sutil em sua mente. Essa lembrança era de uma garota que estava colocando a parte de cima da roupa, de costa, nas arquibancadas do ginásio e estava olhando para ele por cima dos ombros.
Quando abriu os olhos a garota com quem dormiu na noite anterior estava enrolada em uma toalha, sem saber, tinha dormido por mais 40 min. Ela estava pegando a roupa dela que encontrava pelo chão foi-se indo para a sala. Foi estranho acordar sem um corpo ao seu lado...afinal a maioria das mulheres com quem dormia acordava depois dele ou ele precisava acordar e pedir para manda-la embora. Mas dessa vez foi ao contrário. Acordou sem um corpo do seu lado ou agarrado a ele e muito menos precisou acorda-la.
 

A garota da tatuagem entrou no banheiro levando um certo espanto, um banheiro masculino limpo? interessante... pensou ela. Ela se lembrou que precisaria de uma toalha e voltou ao quarto segurando seus seios. Por mais que o rapaz já tivesse visto ela toda nua fazia questão de segurá-los escondendo. Viu que ele tinha voltado a dormir e também reparou que tinha uma pequena mancha de sangue na cama onde ela estava deitada porém ignorou. Foi até o armário que era embutido na parede do quarto e procurou por uma toalha... achou em uma parte do armário que estava bem arrumado...novamente levou um espanto e pensou que poderia ele ter uma empregada, afinal que homem arrumaria essas coisas consideradas afazeres domésticos destinados para o sexo feminino que na verdade é uma necessidade básica que qualquer pessoa de qualquer sexo, raça ou gênero deveria aprender a limpar e arrumar. Ignorou seus pensamentos e pegou a toalha dobrada na pilha de outras toalhas dobradas, fechou a porta do armário com delicadeza que ela tinha que nem um anjo e voltou ao banheiro fechando a porta. Ligou o chuveiro no quente pois amava banhos quentes e observou tudo que estava no box. Deu uma pequena risada quando avistou um condicionador. Que homem que ela conhecia que usava condicionador? Nenhum!
Usou tudo que precisava que encontrou no box. Tomou seu banho preguiçosamente e lentamente se relaxando mais do que já estava. Desligou o chuveiro e tirou a agua do cabelo. Pegou a toalha pendurada, abriu-a e começou a secar seu cabelo esfregando e bagunçando com a toalha. Secou seu corpo e quando ia se enrolar viu que a toalha que era branca estava um pouquinho suja de sangue. Isso explicava o lençol sujo. Tinha menstruado...por sorte...já que não tinha usado camisinha...quis gritar aleluia! Pois a chance de engravidar caiu bruscamente. Afinal não sente nenhuma vontade de ter filhos muito menos com esse homem que se deitou apenas para um sexo sem compromisso.
Se enrolou na toalha e abriu a porta do banheiro pegando as roupas que encontrava pelo chão.
Foi até a sala jogando suas roupas no sofá e buscou em sua bolsa para ver se tinha absorvente. Por mais uma vez, sorte! Tinha um protetor diário. Pensou consigo como poderia sempre ter sorte após uma transa. Se bem que não transou muitas vezes da sua vida.
Colocou sua calcinha com o protetor e escutou o rapaz levantar da cama. Jogou a toalha no sofá e colocou seu vestido...
 

Brian levantou-se da cama, andou até uma cadeira e pegou uma calça de moletom que estava pendurada e colocou-a, colocou sem nenhuma cueca mesmo e saiu andando para a direção do banheiro olhando para o lado direito vendo uma pequena cena dela colocando a roupa...seu vestido que ia escorregando pelo corpo apenas com a lingerie e seu cabelo olhado e bagunçado, parecia uma ceda molhada. Viu que ela o reparou passar em direção ao banheiro por cima dos ombros...POR QUE DIABOS SEMPRE POR CIMA DOS OMBROS? Entrou no banheiro respirando um pouquinho descompassado pois a cena que presenciou fez ele entrar um pouco em órbita. Se recompôs e escovou os dentes rapidamente. Saiu de lá e a olhou mexendo no celular.

- Quer que eu ligue para um táxi ou quer que eu te leve? Sinto que vai escolher a segunda opção. – sorriu maliciosamente para ela cruzando os braços e encostando na pia de sua cozinha que era aberta para sala revelando seu apartamento pequeno.

Ela o olhou sorrindo virando rapidamente de costa para ele e caminhou até a janela grande da sala que dava para uma varanda minúscula colocando o celular na orelha. E falou rapidamente no celular.

- Não preciso de nada do seu serviço mais, já chamei um táxi. – Ela acabara de ligar para o táxi.

Brian ficou meio...estranho...não sabia definir o que sentiu ouvindo aquelas palavras meio frias vindo dela que parecia mais uma bola de neve atingindo-o. Bufou com o nariz soltando um som pela boca fechada e abriu a porta da geladeira.

-Quer alguma coisa para comer? Se quiser faço panquecas... – foi interrompido pela garota...que pegava suas sandálias e bolsa...

-Não – disse firme -  E deixei em cima da mesa da sala 100 dólares, creio que seja o suficiente para lavar os lençóis sujos de sangue e....a toalha, eu menstruei mas se quiser também comprar novos lençóis e toalha – pausou um pouco observando ao seu redor conferindo se não esqueceu de nada e continuou a falar.

-  Faça o que você quiser com esse dinheiro, ele não me fará falta. – Ela caminhava para a porta da saída quando ele desesperadamente perguntou:

- Seu cabelo...é dessa cor? Ou... – parou fechou os olhos e rapidamente reformulou a pergunta – nos vemos de novo. – afirmou....”afirmou? Afirmei? não era para perguntar?” Pensou consigo.

Ela estava parada na porta novamente olhando pelos ombros quando percebeu que ele deu uma pausa para reformular a pergunta logo se virou para frente pois não queria mostrar o rosto para ele para não ser identificada facilmente. Escutou o que ele afirmou e respondeu:
- Não...acho que não – respondeu friamente e logo saiu fechando a porta sem dizer um tchau.

Ele ficou olhando a porta se fechar tomando uma garrafa de suco que tinha na geladeira e tentando assimilar o que tinha acabado de acontecer:

Primeiro: Como assim uma mulher me deixa sem dizer tchau muito menos olhar direito para minha cara...são elas que vem melosas e não eu que:
Segundo: Afirmo que vamos nos ver de novo.
Terceiro: Que diabos eu estava com a cabeça em perguntar a cor do cabelo dela?
Quarto: E por que sempre por cima dos ombros? Se lembrando daquele pequeno flashback que teve logo de manhã...
Quinto: Por que estou me perguntando se peguei o número de celular dela? São as mulheres com quem durmo que pedem meu celular para ficar me azucrinando depois. Por sinal não dou mas não sei como elas descobrem o número.

- Meu Deus...preciso de um tratamento... tô ficando louco...ela me deixou louco – falou  jogando a garrafa vazia dentro da cuba.