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História A garota da Harley Davidson - Beijo Tóxico


Escrita por: SimoMaxwell

Notas do Autor


Peço perdão para quem acompanha a demora de postar os novos capítulos.

Bem vindo quem é novo!

Espero que gostem!

Capítulo 13 - Beijo Tóxico


Fanfic / Fanfiction A garota da Harley Davidson - Beijo Tóxico

Keira

Os primeiros seis meses começou muito bem porém a adaptação de estar só? Era difícil, passei noites chorando pelo meu pai e ainda pela minha mãe.

O novo bar e o estúdio estava arrasando graças a localização que era mais perto do centro.  A escola ia naquelas mas a melhor coisa era que as pessoas mão me enxiam o saco mais...vamos dizer que minha aparência “assustava” e que eu aparecia de moto então...Para que mexer comigo se pode evitar virar um saco de pancada.

Costumava morar em uma casa com o meu pai mas desde que ele se foi eu me mudei para um apartamento pequeno. Vendi muita coisa, móveis, eletrodomésticos pois eram grandes e não caberia no “apertamento” então peguei o dinheiro da venda e guardei no banco. Meu pai deixou uma herança boa para mim, desde que ele suspeitava que eu ia acabar só, então deu tudo de si para ter dinheiro guardado para mim mas... acabei gastando com o novo bar do pessoal. Não sobrou grandes quantidades mas não me arrependo nem um pouco do que fiz. Porém sobrou o suficiente caso desse alguma merda na vida. Acabou que Lenny me dava um pouco de dinheiro e não gostava que ele fizesse isso então pedi um emprego no bar. Óbvio que me contratou e ganhava um bom salário para me sustentar. Minha rotina ficou mais apertada...de manhã e tarde a escola, uns três vezes por semana ia no boxe, TINHA uma vez ao mês em algum final de semana eu tinha aula com uma chefe de cozinha para aprender sobre doces mas tive que parar se não faltaria dinheiro e o meu trabalho no bar era até umas dez da noite.

Bom...16 anos e sim moro só, meu pai correu atrás de todas as coisas para que ficasse morando só, e se precisar de um responsável para qualquer merda? O Lenny era meu responsável...sinceramente levei um susto quando soube do Lenny é o meu responsável!

Hoje era domingo e estava terminando de arrumar a mudança e decidia o que fazer com certas coisas que vieram junto e não deu tempo de vender ou doar. Pois é 6 meses e ainda não arrumei toda minha mudança. Abri uma caixa e foi bem dolorosa...tinha as coisas do meu pai.

Eram livros da área dele, direito. Tirava-os da caixa, mais e mais livros apareciam porém apareceu uma carta...aberta, aparentemente alguma coisa faltava ser executada como colocar em um envelope? (Já que a carta estava com uma gramatura de papel diferente e era timbrado com o logo da empresa do meu pai). Pensei em ignorar pois poderia ser uma carta qualquer para algum cliente mas quando a peguei e virei apenas para ter certeza disso, estava escrito “para minha amada filha” ... Cara...meu coração detonou e comecei a chorar. Não queria abrir mas algo me dizia que era preciso abrir. Acho que a curiosidade é um dos extintos mais escroto que o ser humano tem. Abri e comecei a ler...

 

Filha,

 

Engraçado que eu não sei escrever muito, algo em formato literário e considero que a carta é exatamente isso. Você sabe que por causa da minha profissão que as cartas que normalmente escrevo são formais demais e objetivas. Mas não vim justificar o quão sou ruim nisso. Venho lhe dizer as coisas que precisava falar para você pois tive a sensação estranha que não conseguiria te dizer.

Sua mãe, desde que descobriu que estava com a mesma doença que fez a sua avó descansar, ela dedicou a vida na paixão que ela tinha, você. Juntamente plantava as flores, claro que sabemos que ela amava demais, porém tudo o que ela queria era passar mais tempo com você. Mas quando o estado da sua mãe piorou, neste mesmo tempo descobri meu câncer e não sabíamos se era uma coisa boa contar sobre a minha doença à você pois seria pesado para você absorver duas pessoas que você ama demais indo descansar. Então eu e sua mãe decidimos esconder isso de você (já que bastava você estar ciente que ia perder sua mãe).

No fim, eu dediquei todas as minhas forças que podia para juntar dinheiro para você se sustentar sem sufoco. E espero ter conseguido isso. Mas eu errei em me preocupar demais com o futuro e não viver o presente, os meus últimos dias com a pessoa que mais amava que restou em minha vida, você. Provavelmente irei me arrepender até após a morte. Peço desculpa por deixar você muito tempo só. E acabei pagando a consequência de você sempre estar saindo para o bar.

Falando nisso eu era contra sobre tudo o que você estava fazendo mas não iria interferir, parece que está no sangue...a vida rebelde de ser motoqueiro. Descobrindo com quem você se encontrava e tinha se enturmado, de uma certa forma fiquei aliviado. Lenny é um segundo pai para mim. Principalmente quando descobri que sua mãe estava grávida. Ele sabia como era ser pai e um ex-pai.

Então quando você falava, “papai! Estou indo para o bar!” eu ficava bastante aliviado que você estava indo ter a companhia de pessoas que era a minha companhia na minha juventude. Mas mesmo assim, admito que as vezes você ia para outro estado nessas viagens loucas, sentia medo. Sou pai...claro que irei ter medo, esse mundo vemos muito homem. E você é a minha gatinha onde ninguém pode chegar perto. Morto...como irei te proteger dos pretendentes agora? Mas sei que você sabe se cuidar muito bem. Afinal é filha de um ex-motoqueiro!

Sabia que a lembrança mais linda que eu tenho é de você e sua mãe rindo no jardim...sempre que lembro, meu coração dói de alegria e sinto que ele está preenchido totalmente de amor e de amar e ter vocês em minha vida.

Não aguentava ler a carta as lágrimas caiam sem parar. Mas continuei.

 Provavelmente essa carta deve estar uma bagunça, sem estrutura e totalmente sem sentindo. Escrevi vivo mas você deve estar lendo quando já estou morto. Que palavras indevidas para se escrever em uma carta para quem se ama né?

Chegando ao ponto, o que eu quero mais falar é que não se sinta só, eu não quero ver suas lágrimas de solidão, sabendo que não verei mas mesmo assim, quero ver as lágrimas de alegria!

Minha querida filha, por mais que não estejamos mais com você, eu e sua mãe, ainda estamos vivos em seu coração e em cada lembrança que temos juntos, nós três... bem juntinhos...para sempre...

Mamãe e Papai ama muito você.
Minha pequena guerreira.

 

Eu desmoronei...Não sabia mais o que era lágrima pois saia tudo...baba, coriza e mais lágrimas...
Mas...conforme ia chorando mais e mais, eu comecei a rir. Pela primeira vez eu chorava de alegria. Pela pimeira vez depois de um ano que minha mãe morreu e meses que meu pai morreu. Não sei porque mas a carta me alegrou. Não sentia razões para chorar por tristeza apenas senti preenchida, e uma sensação de meus pais do meu lado.

Na hora passou despercebido mas quando eu ia dobrar para guardar a carta tinha algo atrás escrito

“ Eu passei no bar, estou sabendo que mentiu sua idade eim! Sua Bebê!”

- AAAAAAAAAIIIIIIIII PAAAPAAAAAAAIIIIII!!!!! – falei em voz alta.

Acabei indo para o bar para conversar com o Lenny.

 

- Padma!! – a galera que está no bar me cumprimenta. E acenei pra eles.

- Temos uma surpresa pra você! – Lenny aparece e me puxa para fora do bar e quase cai pois não consegui acompanhar a força de sua puxada e seus passos.

- Olha para cima. – Fico olhando para ele com uma cara de “mano... você ta bem?” dai ele aponto para onde tenho que olhar.

Do nada ascendeu uma placa…Era uma língua de fora imitando Rolling Stones porém com dois piercings exatamente como a minha língua é, e em baixo estava escrito “Padma Bar” como a escrita do um dos logos da banda Duran Duran...as minhas duas bandas preferidas...

- Meu Deus..não acredito.....

- Gostou?

- Você.... – Olhei pra ele e dei um soco no ombro.

- AI!

- VOCÊ ME FEZ GASTAR DINHEIRO COM A PLACA QUE PEDI PRA FAZER!!!! E FEZ UMA NOVAAAA!!! EU JOGUEI DINHEIRO FORA!!! – dei uma pausa pois não aguentei e uma lágrima teimoso se derramou – Uma nova...inspirada em mim...

- Claro... você é especial para todos nós...e principalmente pra mim. – Ele me abraça e eu retribuo.

Já dentro do bar falei para o Lenny sobre a carta e ele riu.

- Típico do seu pai fazer isso, sabia que ele é o que mais tinha a aparência de bravo mas era o mais carinhoso.

- Mentira que ele era o que tinha a cara mais brava dentro de vocês!!!! Não acredito!! – bati a palma da mão no balcão e levei um shot e fiz careta.

- Que careta linda eim! – ouvi uma voz masculina do meu lado. Quando olhei era o Johnny chegando com os amigos dele. – Iai “Águia” tudo bem?

Apenas desviei o olhar para a multidão.

- Cuidado Johnny! Os últimos que irritaram ela viraram sacos de pancadas. – Lenny alerta Johnny.

- Nossa! Então tomarei cuidado... – ele fica do meu lado e senta no banco – Lenny quero um ai.

- Por que comigo? – perguntei ainda com olhar na multidão. Estava de costa para o balcão e apoiada com os meus cotovelos.

- Não sei, desde que cheguei naquele dia e Lenny apontou para você...sinceramente me hipnotizou – Ele pega o copo e acabei olhando, era whisky não é possível que ele gostasse também de whisky igual a mim. Merda uma coisa em comum? – Quando apareceu lá no estúdio não perdi a oportunidade. – E dá um gole na bebida.

- Cara, já te falando, eu... – quando ia virando a cabeça para ele, de repente ele me beijou.

Fiquei meia em choque então minha boca não se mexia...estava paralisada. Ele movia bem lentamente os lábios e apenas sentia meus lábios inferiores sendo carinhosamente envolvida por Johnny.

Ele se afastou e quando percebi e voltei a realidade, coloquei a mão no ombro dele para se afastar de mim e encarava-o.

- Me desculpe...sou bem impulsivo... você não tinha noção de como eu queria te beijar quando vi você. Ou quando vejo você – Ele não olhava para mim, encarava o copo que segurava e deu mais uma bebida e ficava olhando ao seu redor menos na minha direção. Encarava-o sem saber qual era a minha expressão que estava no rosto mas provavelmente de indignada... percebi que ele não era tudo o que parecia. Todo descarado, atirado e enfim, era “tímido”, fingia ser o pavão exibido mas não era.

- Ei... – chamei ele carinhosamente. Ele me olhou muito sem graça e a mão que o tinha empurrado para se distanciar de mim, coloquei no seu peitoral e me aproximei dele beijando-o. Claro que ele retribuiu.

Uma coisa daquele imprestável do meu ex serviu...ele me treinou bem para beijar.

Comecei o movimento bem lento com um encaixe do meu lábio superior entre os deles e os lábios inferiores dele nos meus. Ele assume o controle e pede passagem e vai enfiando a língua na minha boca...ele era intenso. Uma de suas mãos pousou em meu maxilar e a outra ele colocou em minha cintura. Se levantou e ficou em cima de mim. Sua mão que estava na minha cintura foi para o meu maxilar também e ele foi me prensando no balcão.

Eu parei o beijo pois já estava sem ar. Respirava ofegante e abri meus olhos. Ele já estava com seu olhar em mim... me encarando. 

- Chega por hoje... – ele assentiu mas não saia de cima de mim e minha expressão era a mesma...encarava-o. – Sai de cima de mim... por favor.

Porém, sua mão direita foi nas minhas costas. Ele encaixou nossas pernas, uma entre a outra, me puxou colando em seu corpo e ele me beijou novamente. Ele liderava então já começou intenso...ele não esperou que eu permitisse que viesse com a língua apenas foi indo e eu retribuía. Mas...levemente o empurrei para trás.

- Chega... – eu estava com os olhos fechados tentando ainda assimilar o que acabara de acontecer. Não sei o que deu em mim em beija-lo. Senti ele colocar o peso mais em mim e apoiar a cabeça no meu ombro e sua respiração, sentia perto do meu pescoço. Ele estava bem ofegante dessa vez. E eu ainda mais.  


Notas Finais


Obrigada por ler! Farei o possível para postar mais um capítulo amanhã!


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