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História A Garota de Galochas Verdes - Capítulo Único


Escrita por: AleAndolini

Capítulo 1 - Capítulo Único


Eu estava andando por Londres em minha primeira de volta. Naquela manhã fazia muito frio e ainda por cima chovia, então fui com meu sobretudo preto e minhas galochas verdes. Entrei no metrô e segui viagem pelas estações afora, a fim de chegar até a RADA.

Estava muito cansada, queria muito algumas horas de sono. Porém se dormisse não teria o privilégio de apresentar minha tese. Prossegui, sentada ao banco do vagão, quase adormecendo... Olhava para frente e via a imagem de um homem muito bonito, alto, magro, com porte atlético... Estava eu sonhando com Tom outra vez? Nem em um vagão de trem ele me deixava em paz?

Foi então que eu adormeci. Porém o assento onde eu estava não tinha proteção nenhuma ao lado, de modo que eu quase caí ao chão. Mas alguém me segurou. A minha surpresa começa aí.

Acordei com tamanho susto que mal conseguia respirar. E quando acordei, estava nos braços dele. Ele me perguntava se eu estava bem, se eu gostaria de um café ou algo do gênero para acordar. Eu ainda estava em choque devido a surpresa: era Tom. Ele me olhava com aqueles grandes olhos verdes, preocupados. Eu apenas respondi que não era necessário. Tarde demais: era a minha estação.

Me levantei, deixando-o lá, sem dizer nada. Que burra eu era! Além de dormir no vagão ainda o deixei lá, sem entender nada! Saí correndo, estava em cima da hora para a apresentação. Mal pude perceber que ele havia descido também...

Chegando lá, quase não consegui apresentar nada tamanho o sono. As horas de voo, os check-ins... Mas finalmente tudo aquilo acabou e eu estava livre. Imaginei que aquelas seriam as piores horas, pois eu teria um trabalho reprovado. Mas para minha surpresa gostaram tanto do meu trabalho que eu fui aprovada com bolsa de cem por cento.

Pena que eu não conseguia esquecer aquele olhar. Tão doce, tão preocupado... E eu talvez nunca mais veria. Como fui burra! Burra a ponto de deixar homem tão maravilhoso passar por medo do meu passado.

Saí da RADA direto para meu apartamento. Chegando lá, qual foi a minha surpresa ao ver meu ex-namorado Christian - de quem eu fugia tão freneticamente - em meu apartamento. Ele estava ali para me ver. Mais que isso: para me castigar.

Eu tentei sair correndo, porém ele trancou a porta. Foi quando entrei no banheiro em uma tentativa inútil de fuga. Christian me puxou pelos cabelos, batendo meu nariz e esfregando meu rosto na parede, que tinha um tipo de pintura com textura... Ele arrastava meu rosto pela parede do corredor, me deixando levemente desfigurada.

Por fim, me jogou no chão, me chutando a barriga.

- Você não deveria ter saído de onde estava. Você é minha, e só minha. Eu já disse.

Foi então que Christian parou e começou a chorar, sentando-se no chão e me pedindo perdão.

- Mas você fez por merecer, querida - ele dizia, me abraçando. Aquilo me deixava profundamente enojada.

Eu já não sabia o que fazer para me livrar daquele homem tão bárbaro. Chamei a polícia, me disseram que nada poderiam fazer; isso no Brasil. Tentei, em outra ocasião, chamar na Inglaterra mesmo, porém o desgraçado me impediu, golpeando meu maxilar e me fazendo perder dois dentes.

Meu nariz sangrava muito; comecei a me preocupar. Foi quando levantei para ir até o banheiro, para estancar o sangramento com algum pedaço de algodão. Nesse mesmo momento Christian me puxou pelos cabelos, perguntando se eu conhecia o homem de quem eu fugia na estação. Eu apenas lhe respondi que eu não o conhecia, sem maior pretensão.

- Ele te seguiu, como você não o conhece?

Naquele momento, meus olhos se encheram de lágrimas. Tom me seguiu para saber como eu estava provavelmente, e eu mal pude perceber. Agora ele corria sério risco de vida também.

Christian queria de qualquer forma saber a resposta. Mas eu não respondia. Foi quando ele me arrastou até o banheiro, me fazendo encarar meu próprio rosto no espelho. O lado direito estava repleto de arranhões. Alguns leves, outros mais profundos, porém superficiais. Christian bateu minha cabeça no espelho, fazendo-o quebrar e cortar minha testa.

Ele começou a se golpear contra a parede, como um maluco esquizofrênico. Falava sozinho, como se tivesse duas consciências e uma conversasse com a outra. Me lembrava o jeito esquizofrênico do Gollum, porém ao invés de engraçado era assustador.

Eu sabia que iria morrer se continuasse daquela forma; meu nariz e testa sangravam muito. Foi quando tomei coragem e o golpeei com um dos pedaços do espelho. Ele ficou ferido no pescoço e desesperado. Foi quando tomei coragem, saí correndo e abri a porta. Estava livre.

Corri até a rua, desesperada porque meu corte da testa sangrava muito. E em uma tentativa de atravessar a rua, fui atropelada por um carro. Nada poderia piorar minha situação, a não ser aquilo. Caí no chão quase inconsciente, as dores eram imensas. Mas continuei acordada porque o motorista era alguém que eu já havia conhecido naquele mesmo dia. Tom.

Ele me olhava com muita preocupação; acho que pensava que tinha provocado todos aqueles ferimentos com a batida.

- Ah meu Deus, eu te matei! Não! Por favor, fique aqui, ALGUÉM CHAME OS PARAMÉDICOS! Você vai ficar bem, ok? Eu estarei aqui, vou cuidar de você - dizia ele repousando minha cabeça em suas pernas. Ele estava desesperado segurando minhas mãos.

Depois de alguns minutos, consegui ouvir a sirene da ambulância. Nesse exato momento, eu vi os olhos de Tom marejados de lágrimas, me pedindo para ficar acordada... Mas as intensas dores não me deixaram, e eu desmaiei.

Quando acordei, estava em um quarto de hospital, cheia de tubos e acessos para soro. Olhei para a porta e haviam dois homens, pelas vestes eram policiais. Das duas, uma: ou eles estavam ali para me prender pela morte de Christian ou pior, ele estava vivo. E solto.

Olhei para a minha direita e vi um homem adormecido em uma poltrona. Sim, era o Tom. E pelo jeito estivera ali pela noite toda. Tentei chamá-lo, porém qualquer movimento me doía o corpo inteiro. Minhas pernas estavam engessadas; minha mão esquerda também. E o medicamento me deixava um pouco zonza.

Foi quando ele acordou e notou que eu estava acordada. Foi direto até o meu leito, segurando minha mão.

- Me perdoe, eu quase tirei sua vida. Porém eu não fui o único. Quem fez isso com você? - ele me perguntava.

Eu tentava responder, porém meu nariz estava inchado, impossibilitando qualquer resposta. Me esforcei, quando ele me respondeu suavemente um gesto de silêncio.

- Não diga nada. Você precisa se recuperar primeiro, depois responde a essa pergunta. - Logo após isso, os policiais o olharam, com se o chamassem. - Eu vou te vingar. Quem fez isso com você vai pagar, não se preocupe - Tom me dizia. Eu podia ver raiva em seu rosto, e aquilo me preocupava; porém estava tão imobilizada que mal conseguia respirar, quem dirá pedir para esquecer tudo isso e deixar que a polícia o prendesse.

Tom saiu. Parecia totalmente transtornado. Conversou um pouco com os policiais na porta, olhava para mim com preocupação. Conversou com os médicos e logo após veio falar comigo novamente.

- Boas notícias: daqui a três dias você receberá alta - ele me disse. Aquilo foi como um soco no estômago para mim, já que eu sabia que se voltasse morreria.

- Fique tranquila, você não vai voltar para casa. Eu vou cuidar de você. Você vai para o meu flat - ele me disse, tentando me tranquilizar. Mas comecei a chorar, pois sabia que se fosse para lá ele também correria perigo.

- Ele está vivo? - perguntei. Ele respirou profundamente e respondeu um "sim" tão indesejado que pude ouvir suas cordas vocais tremendo. Aquilo me deixou horrorizada.

Sentia meu corpo todo dolorido. Minhas pernas doíam mais do que tudo, e mal conseguia mexer meu rosto. O impacto da batida junto às agressões me deixou sem ter como falar por dois dias. Mas me sentia melhor porque Tom cuidava de mim. Não saía do meu lado por nenhum minuto; apenas para tomar banho, o que fazia ali mesmo no hospital.

Quando finalmente consegui falar, perguntei o porquê de ele querer tanto cuidar de mim.

- Você nem sabe quem eu sou, nem de onde vim. Eu corro perigo e você estando perto de mim, também. Isso tudo é culpa pelo acidente?

Ele me olhou com aqueles olhos doces, levantando minha cama para que eu pudesse me sentar.

- É claro que eu sei de onde você é. Você é de São Paulo, Brasil. Você se formou em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo e conseguiu uma bolsa integral para o seu PhD na RADA. E você é uma ótima pessoa; doce, gosta de rosas... tem um monte em seu apartamento. Ama sua família, tem uma gata de estimação. Gosta de passeios no parque, de tomar chuva, de ler livros cultos e de ajudar as pessoas. Além disso, você vive de uma bolsa do governo brasileiro para estudantes. - Aquilo me deixou boquiaberta; como ele sabia tanto da minha vida se mal conversamos?

- Como você sabe tanto de mim? - perguntei.

- Simples: conversei com sua família, com seus amigos, visitei seu apartamento, conversei com o porteiro e cuidei da sua gata. Ela estava cheirosa, bem alimentada; sua casa estava repleta de rosas. O porteiro disse que você gostava de sair na rua para tomar chuva e que saía com baldes de sopa para os pobres. E eu te segui anteontem, esqueceu? Conversei com meu antigo orientador da RADA e ele me contou da bolsa que você conseguiu e a que você recebe. - Naquele momento, eu estava totalmente surpresa; ele realmente se empenhou em saber sobre mim.

Ele me olhava diferente, não era um olhar de pena. Segurava minha mão como se quisesse me proteger.

- Sua gata está no meu flat, estou cuidando dela.

Eu comecei a chorar naquele momento, e ele me abraçou. Secou minhas lágrimas e me pediu para ter calma; tudo ficaria bem a partir daquele momento.

Recebi alta e ele me levou para seu flat. Eu só conseguia me deslocar com uma cadeira de rodas, o que ele se empenhou em providenciar. Chegando lá, me deparei com minha gata linda, se esfregando no gesso da minha perna esquerda tentando algum carinho. Ele parou a cadeira e me pegou pelo colo, para me sentar no sofá. Naquele momento, o abracei para não cair e nos olhamos profundamente. Ali estava o clima perfeito; porém eu estava toda engessada. Parecia um boneco de gesso ambulante. Droga!

Aqueles cabelos louros e aquele rosto tão delicado e altivo me cativavam... porém eu estava assustada. Dei uma risada envergonhada, escondendo meu rosto no ombro dele.

- O que foi? - ele perguntou, rindo.

- Nada - eu respondi... nada uma ova. Ele sentiu meu constrangimento e me sentou delicadamente no sofá, tomando cuidado para não atingir nenhum ferimento meu.

Foi até a cozinha e me perguntou se eu gostava de sopa. Eu respondi que sim e ele começou a preparar uma sopa de legumes. Antes, colocou música para nós. Eu sentia falta da leveza harmoniosa do Coconut Records, e ele acertou em cheio colocando “Summer Day”.

Eu ainda sentia dores, mas toda aquela angústia parecia ter passado. Eu estava bem mais tranquila. E para minha surpresa, depois de alguns minutos ele me trouxe uma belíssima e cheirosa sopa, que me dava água na boca só de sentir o aroma. Como eu estava com a mão direita livre, porém um pouco machucada, Tom tomou a colher da minha mão e me deu a sopa na boca. Eu me sentia um bebê de meses de idade, mas era engraçado ele fazendo aviãozinho e tentando me animar. Ele ria junto e assim passamos momentos muito bons.

Ele me fazia tão feliz com as conversas, as brincadeiras, o cuidado que eu quase esqueci que um doente mental estava à espreita, só esperando o momento certo para dar o bote. Mas eu tinha plena confiança de que tudo daria certo dessa vez; eu não era uma pessoa má. Foi então que chegou o tão esperado dia: tirar os gessos.

Eu já caminhava um pouco com ajuda de muletas. Depois que retirei os gessos, senti um pouco de dificuldade para caminhar, mas logo após alguns minutos eu já caminhava perfeitamente. E como sempre, Tom estava lá, ao meu lado. Eu me sentia mais segura com ele, e ele parecia tão feliz ao meu lado que me fazia fantasiá-lo apaixonado por mim...

Ele me ajudou a ir para o flat e eu insistia em dizê-lo que não era mais necessário, pois eu estava recuperada. Os meus pontos da testa já haviam cicatrizado, e as feridas do rosto também. Já haviam se passado três semanas... uau!

Foi quando ele insistiu, dizendo que poderia ser perigoso. Christian não havia dado nenhum sinal de vida, então eu não poderia ficar sozinha; seria o momento perfeito para tentar me matar.

Então voltei para o flat dele. Chegando lá, ele resolveu comemorar que eu estava recuperada abrindo um champanhe. Me deu uma taça e pediu para comemorarmos uma nova fase em nossas vidas. Pelo que entendi, ou eu estava fantasiando ou ele estava dando em cima de mim.

Ele se sentou ao meu lado, se aproximando cada vez mais, até que pude sentir seu hálito fresco e quente próximo à minha boca. Eu sentia medo, não por mim, mas por ele. Mas os lábios dele já tocavam os meus e eu não pude resistir... nos beijamos.

Ele me beijava com tal ternura que eu não tive dúvidas: ele sentia algo por mim. Eu estava completamente apaixonada por ele, mas tinha muito medo. Mas quando ele me segurou pela cintura e me beijou mais intensamente, todo aquele medo foi embora.

Ele me segurou mais perto de seu tórax e me deitou no sofá, me deixando completamente vulnerável. Beijava meu pescoço suavemente, me deixando completamente excitada; enquanto isso segurava minha mão. Quando menos esperava, ele levou minha mão até a calça, me fazendo sentir seu membro completamente pulsante.

Ele segurava minhas pernas enquanto dava leves mordidas em meu pescoço. Esfregava seus quadris nos meus, deixando evidente que queria me mostrar algo. Foi quando não resisti e levei minhas duas mãos até a calça dele, abrindo-a. Tive aquela visão maravilhosa de ver a cueca preta dele marcando seu pênis totalmente enrijecido, o que me fazia morder meus lábios de ansiedade.

Eu não pude resistir e tirei a calça dele; ele também retirou a própria camisa, ficando ali somente de cueca. Foi quando colocou a mão esquerda por dentro da minha saia, me masturbando. Eu tive um orgasmo somente pelo toque dele.

Ele resolveu tirar minha blusa com a mão direita enquanto eu gemia; me deixou de sutiã. Começou a morder meus seios, o que me deixou completamente vulnerável; foi quando sua mão esquerda se distanciou.

- O que foi? - perguntei. Ele me olhou, dando um leve sorriso; puxou minha calcinha para baixo, inserindo seus dedos indicador e médio na minha vagina.

Eu dei um gemido alto, o que o deixou alegre a ponto de dar um grande sorriso enquanto me olhava.

- Você gosta? Quer mais? - ele me perguntava, sussurrando ao meu ouvido.

- Sim! - eu respondia.

- Então peça - ele me disse, me deixando mais excitada ainda.

- Por favor, por favor... - eu pedia. Foi quando ele inseriu o dedo anelar em minha vagina e com a mão direita tirou meu sutiã.

Ele me levava ao delírio daquela forma... apertava meus seios com uma mão e me masturbava com a outra. Foi quando desceu, desceu cada vez mais... quando me dei conta, ele lambia meu clitóris. Cada curva, cada pedaço... Ele sabia exatamente o que fazer.

Ele me mordia levemente, quase me deixando louca; além disso, apertava meus mamilos tão deliciosamente que tive que puxar aqueles fios louros. E ele continuava a me lamber e me penetrar com os dedos... foi quando não pude mais resistir. O puxei pelos cabelos para perto do meu tórax e tentei tirar sua cueca, mas ele me conteve.

- O que você pensa que está fazendo, tirando minha cueca dessa forma? Pensa que é assim? Você ainda tem que fazer muito - sussurrou ele, mordendo meu lábio inferior.

- E o que eu posso fazer para agradá-lo? - eu perguntei.

- Me surpreenda - ele me respondeu. O deitei no sofá, prestes a tirar a cueca; mas ele me agarrou e me virou de costas.

- Agora fique de quatro - ele sussurrava em meu ouvido, dando uma leve mordida enquanto tocava meu clitóris.

Me deixou de quatro em cima dele, me fazendo dar de cara com a bendita cueca. Abri o mais rápido possível, deixando tudo de fora... aquele pênis que já parecia ser grande dentro da cueca era muito maior fora. Não pude resistir, comecei a passar levemente a língua. Percebi que ele gemia, então caprichei e chupei com todo meu empenho. Foi quando senti a língua quente dele passando em meu clitóris.

Eu ia ao delírio sentindo aquela língua quente, ao mesmo tempo que adorava sentir aquele pênis tão grande e enrijecido na minha boca. Eu gozava duas, três, quatro vezes e ele amava tudo aquilo... Me dizia entre gemidos palavras como "isso", "continue" e muito mais.

Não aguentei mais e me virei, sentando em cima dele, deixando que seu pênis me penetrasse. Ele me fazia cavalgar de tal forma que eu arqueava minhas costas, enquanto ele apertava meus quadris controlando meus movimentos. Eu rebolava devagar, fazendo-o delirar. Foi quando ele me agarrou pelos quadris e se manteve sentado, olhando para mim. Me levantava e abaixava, fazendo com que seu pênis me penetrasse com força.

- Mais força! - eu pedia, e ele me abaixava com mais força.

Foi quando ele soltou um rosnado tão forte que eu me arrepiei. Ele gozou. Ele se deitou no sofá, me deixando sentada em cima de seus quadris. Tocava meus seios, dizendo "você tem seios lindos".

Me puxou para seu tórax, me deitando junto a ele. Acariciava meus cabelos quando me deu um beijo na testa, como se zelasse por mim. Mas naquele momento a minha felicidade acabou: vi uma silhueta de um homem na porta da varanda, sendo encoberto pela cortina. Era Christian.

Um misto de terror e pânico se instalou em mim; avisei Tom que rapidamente se vestiu. Foi quando ouvimos um som estrondoso vindo da porta. Christian quebrou a porta e entrou no apartamento sem ser notado. Agora ele poderia estar em qualquer lugar.

- Eu estava preocupado, me perguntando como você estaria e chorando sua provável morte. E VOCÊ TRANSANDO COM OUTRO HOMEM! - ele gritava, sem ser visto.

- Você não vai machucá-la nunca mais, seu maldito! Nem que eu tenha que te matar! - Tom gritava, me abraçando.

De repente, Christian saiu do corredor do quarto com uma faca, determinado a matar Tom. Eu não podia deixar que aquilo acontecesse, então corri até a cozinha e peguei o primeiro objeto perfurante que achei: uma tesoura em cima da mesa.

Quando corri até lá, Christian estava de joelhos em cima de Tom, tentando perfurar seu rosto com uma faca. Tom resistia bravamente, mas percebi que se não fizesse algo ele poderia morrer - e eu também. Então segui às escondidas, nas pontas dos pés para não alarmar Christian e o atingi com uma tesourada nas costas. Para que ele morresse asfixiado, retirei a tesoura que atingiu o pulmão. Agora estávamos seguros.

Christian caiu ao lado, de olhos arregalados tentando respirar, porém a perfuração fez com que os pulmões perdessem pressão interna e ele morreu naquele momento, olhando para mim. Eu chorava de alegria, agora meu tormento acabou.

Tom apenas me abraçou; beijou minha testa e segurou meu rosto com as duas mãos, me prometendo que tudo ficaria bem a partir daquele momento. Nos beijamos; foi o beijo mais profundo e verdadeiro que já provei.

Foi quando ele me proibiu de voltar para casa. Não que ele quisesse ser autoritário, mas porque me queria ao lado dele. Queria me proteger, não importa o que acontecesse. E assim ficamos durante seis meses, quando finalmente ele me pediu em casamento.

Estou muito feliz, e realmente espero que vocês tenham a mesma felicidade que eu. - Ela terminava sua confissão ao grupo de mulheres vítimas de violência doméstica. Elas a aplaudiram de pé, adoraram sua história. E assim ela prosseguiu; estudando, ajudando pessoas necessitadas e amando e sendo amada pelo homem que esteve com ela desde o início.

FIM



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