POV. (S/n)
Ficamos ali, apenas abraçados. Depois de um tempo ele se separou de mim, se apertou minhas mãos
- conta comigo pra tudo viu ? Pra tudo mesmo. Eu vou estar aqui com você. Você vai conseguir... vai superar tudo isso... - ele me olhava sério, seu olhar estava mais para... sinceridade, ele realmente acredita que tudo pode melhorar. Espero que esteja certo.
- obrigada tae - falei sorrindo. Fiquei feliz de poder contar tudo a ele, me sentia mais leve, era como se tivesse tirado um peso das costas, e agora podia dividí-lo com ele.
- sabia que eu amo esse seu sorriso? - ele disse rindo
- ah é? - eu ri e ele me encarou - por que ?
- eu não sei. Me faz sentir feliz te ver sorrindo - ele pegou meu óculos e pôs no rosto - eu simplesmente gosto de te ver feliz... - ele sorriu, aquele sorriso quadrado mais fofo do mundo.
- eu também gosto do seu sorriso! É o mais quadradamente ( A: nem sei se essa palavra existe) fofo que eu já vi - disse apertando suas bochechas e ele logo fica corado. - obrigada tae - o abracei - por tudo...
Nós conversamos um pouco sobre o assunto. Ele me perguntou sobre se eu gostava ou não de falar sobre isso, e se eu falaria pra mais alguém além dele.
- entao ____, você pretende contar a mais alguém sobre isso?
- a quem mais eu contaria?
- ah, eu não sei, os... meninos talvez ? - ele abaixou o olhar - isso... pode afastar o jimin de você.
- não tae. Não quero afastá-los de mim - ele me encarou com os olhos arregalados - tudo que essa historia fez durante a minha vida inteira, foi afastar as pessoas de mim - agora ele parecia entender melhor o que eu quis dizer - E agora que..eu finalmente tenho alguns amigos... não quero perdê-los. Mesmo o jimin, eu quero tentar conversar com ele... afinal, ele não pode ser de todo mal ne... - falei e ele encarou o chão e suspirou, me olhando novamente.
- Você tem razão. Apesar de eu não achar que os meninos se afastariam de você, entendo o seu lado. Mas... quanto ao jimin... e melhor ter cuidado, ele pode ser mais do que você está pensando.
- hm... entendi. Mas mesmo assim, eu quero tentar.
- tudo bem então - ele sorriu - se quiser eu vou com você falar com ele.
- obrigada. - sorri
Estávamos tão entretidos na conversa, que nem oercebi a campainha tocar. Quando me dei conta, a pessoa estava tocando seguidamente, então eu finalmente me lembrei, do que eu realmente estou fazendo aqui.
- quem é? - tae perguntou olhando para a porta, se atentando ao som da campainha.
- então - falei ligando a tela do meu celular e vendo o horário. 15:00 da tarde - lembra do meu real motivo de... ter vindo pra Coréia? - falei um pouco envergonhada. Ele assente com a cabeça - então, a essa hora, de ser a minha... - fiquei pensando em uma palavra, mas uma só não dá - psquiatra/terapeuta/médica/segunda mãe coreana. - ele me olhou confuso e riu - ela vai vir todas as quintas feiras pra... sabe, me... "ajudar". Minha mae me explicou, que dependendo do dia e do momento, ela vai pasaar a tarde inteira comigo, ou até mesmo dormir aqui.
- hm, entendi. Vamos atender então né ! - ele disse já se levantando e abrindo a porta, me fazendo lembrar que a coitada da mulher ainda está lá embaixo.
- Ah, Verdade né! Hahha.
Nos descemos até a sala, e abrimos a porta. Era uma mulher bem branquinha, tinha cabelos castanhos e compridos, e estavam presos em um rabo de cavalo soltinho. Ela usava um vestido azul claro um poico acima dos joelhos com uma jaqueta jeans, e aparentava ter em media uns 33, 35 anos.
- boa tarde, você seria a (S/n) ?
- sim, eu mesma.
- muito prazer, sou Sunhee - ela disse me cumprimentando
- o prazer é todo meu - falei e demos um aperto de mãos - entre por favor.
- com licença - entramos e nos sentamos no sofá - e você, quem é? - ela falou sorrindo pro tae.
- sou amigo dela - respondeu devolvendo o sorriso.
- hm, entendi. Então ___, como você já deve saber, eu vou ser a sua... "tutora" podemos dizer assim - ela galou e me explicou algimas coisas sobre como funcionariam os horários, as visitas, e o "tratamento" em sí. - e então, podemos começar? Ela perguntou levantando.
- claro!
- certo. Eu gostaria de ter uma conversa com você primeiro, mas preciso qie seja a sós - ela olhou pro tae - Tudo bem pra vocês?
- claro, pode deixar que eu saio- tae falou já se levantando
- não tae, pode ficar. Nós vamos la pro jardim, tudo bem hee?
- onde você preferir.
Nos levantamos e fomos.
(...)
POV. TAEHYUNG
Elas saíram da sala, me deixando sozinho no sofá enquanto conversavam no jardim. Admito que fiquei curioso.
(...)
Aproximadamente meia hora depois elas voltaram, ____ estava com uma cara meio indecifrável, n sei se ela estava feliz, aliviada, chateada, normal, sei lá. Então ela sentou no sofá e sorriu pra mim. Logo em seguida, a hee me chama.
- Taehyung né? - assinto com a cabeça - poderia vir aqui um instante? Preciso falar com você um pouco também. - ela disse me chamando indo em direção ao jardim, e eu a segui. Chegamos e nos sentamos em uma mesa e ela começou.
- bom Taehyung, eu estava conversando com a ___, escutando o que ela tinha a dizer, sobre tudo que aconteceu, e sobre seu trauma. Imagino que você saiba do que estou falando certo?
- sim, pra falar a verdade, ela tinha acabado de me contar quando a senhora chegou.
- eu sei disso, ela me falou. Bom, eu tenho como um metodo, ouvir duas vezes a "historia de vida" de meus pacientes. Uma contada pelos pais, e a outra por eles proprios(A: os pacientes). E posso dizer, que o caso da ____ não vai ser fácil, e eu vou precisar da sua ajuda. - ela me encarou séria.
- pode falar.
- muito bem. O caso dela é complicado tae, e como você é praticamente o unico aqui que ela tem como amigo próximo, você vai ter que estar sempre atento a tudo. Todos, todos os minimos detalhes sobre ela se quiser que ela supere tudo isso. Ela passou por muitas coisas, e o processo vai ser um pouco demorado. Ela precisa de atenção, o maior dos problemas de tudo isso, foi que ela passou 6 anos convivendo sozinha com isso, sem poder contara ninguém, o que sentia, seus medos, desabafar. Se ela tivesse tido, uma pessoa pelo menos, o estado não seria tão ruim. - eu ouvia cada palavra com a maior atenção possivel - quero que saia com ela, leve-a para sair, pasaar o tempo, o que for, qualquer coisa que faça ela se sentir cuidada e amada, e que além de tudo desvencilhe ela de suas memórias, com principal objetivo de fazê-la ir esquecendo aos poucos tudo de ruim que aconteceu. Ela vai precisar de alguns remédios também, tais que podem causar efeitos colaterais de vez em quando, ou ate mesmo o corpo não se adaptar, e ela ter reações negativas. Então terá que observar tudo isso, se esta tomendo nos horarios, os efeitos que estão causando, se ela está se alimentando direito, tudo, tudo é importante para que funcione. Eu só estarei com ela nas quintas, então dificulta essa parte pra mim, mas você estuda com ela, e mora na casa ao lado, então será mais fácil. A minha perte nisso tudo, será medicá-la, conversar, instruir, e fazê-la entender, mental, e fisicamente, que o que aconteceu, não foi culpa dela, Ela foi a vitima na historia, e precisa entender isso. Enquanto isso não acontecer, nada adiantará. Tudo se baseia basicamente em maneiras de tirá-la da sua vida antiga, de suas lembranças. Para que ela entenda que ela não foi a errada, tudo isso por meio de terapias - ela falou fazendo uma pequena pausa - e...
- e o que ? Perguntei já um pouco assustado com o que poderia vir
- por causa do estupro, ela nunca vai conseguir perdrr o medo
Até que tenha uma relação sexual com uma pessoa que ela ame de verdade.
Essas palvras...foram como...um tiro pra mim.
- ela foi forçada a fazer aquilo. E enquanto não o fizer por livre e espontanea vontade, com alguém que acima de tudo, precisa ser extremamente cuidadoso e carinhoso com ela, que faça ela se sentir segura ao fazer, e que realmente a ame... ela não estará realmente livre. Ela precisa sentir... ela precisa compreender a diferença, entre ser forçada, e entre ser amada. Você entendeu ?
- entendi. - na verdade, eu não sei por que ela falou dessa questão sexual comigo, afinal eu não sou...ahr, esquece.
-Posso contar com você ?
- sim.
ótimo. Esteja preparado, pois não sabemos o que vem pela frente. Mas o que quer que seja, não será facil...
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