*Jimin*
Por muito tempo eu pensei que se cortar era desnecessário, que existiam outras formas de se sentir melhor, eu mesmo ajudei a S/N a parar com isso, mas... não é isso que eu penso agora que estou sentado no chão com uma lâmina na mão, e os braços com sangue escorrendo.
Eu vinha fazendo isso a umas semanas. Eu não me sentia melhor, mas era bom ter algo que doesse, que não fosse só o meu coração.
Tô indo numa psicóloga também, minha mãe achou que fosse funcionar. Bobagem.
Ela até tentou me ajudar, mas não deu.
Ontem eu até consegui me abrir mais.
*Flashback*
-Você tem se sentido melhor? - ela perguntou. Eu ri ironicamente.
-Não.
-Ainda pensa muito no que aconteceu?
-Todo dia... Eu... Eu sonhei com ela ontem.
-E como foi esse sonho? Quer me contar?
-Ela estava num parque cheio de cerejeiras em todos os lugares, estávamos de branco.Tão linda... Ela sorria, mas parecia estar preocupada com algo...
-Seria com você?
-Talvez...
-E o que mais tinha no sonho? - ela tornou a perguntar.
-Ela me estendeu a mão... aí eu acordei. Não era como se ela estivesse viva no sonho, era como se eu estivesse morto...
***
A psicóloga me disse que escrever era algo que ajudava muito.
Na volta do consultório comprei uma agenda muito parecida com um livro.
Eu comecei a escrever hoje.
Era uma história, a minha história com S/N.
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