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História A Garota do Traficante - A whole Week


Escrita por: Mizzsyx

Notas do Autor


● Não abandonei a história.

Não abandonei a história.

Não abandonei a história.●


Oi meninas! Como vão?

Capítulo fresquinho pra vocês se deliciarem !

Temos uma capa nova! Eu tô completamente apaixonada por ela, amo atualizar a capa de uma em uma semana kkkkkkkkk

Estamos chegando a 300 favoritos! Meu Deus como vocês são maravilhosas 😍 Eu só tenho agradecer por esse coraçãozinho que vocês me deram aqui, e saibam que cada uma de vocês moram no meu coraçãozão! ❤❤❤

Boa Leitura ❤

● Links da História nas Notas Finais ♡ ●

Capítulo 34 - A whole Week


Fanfic / Fanfiction A Garota do Traficante - A whole Week

POV. Justin 


Na cidade, passei pelos meus pontos onde a droga era vendida. Alguns dos meus bares, cassinos clandestinos de conhecidos e até alguns bairros residenciais, onde em algumas casas ficava pequenas fábricas de embalagem e distribuição da minha cocaína. Antes de irmos ao armazém pro Kellan conferir as armas, já que essa parte era responsabilidade dele, passamos em um bar de um grande amigo meu, que eu não via a um tempo. Ficava em uma área nobre do centro, até porque eu não deixaria ele ter em algum lugar diferente. O bar com janelas de vidro e paredes de tijolos tinha a placa "Jack's" em verde neon bem cima, que a noite ofuscava todos os outros estabelecimentos da rua. Bem como ele gostava. Depois de mim e meus irmãos, aquele bar era o maior amor do meu pai. 

Eu mal tinha colocado os pés dentro do lugar e várias das pessoas ali, enchendo a cara em plena duas da tarde, me cumprimentavam e apertavam minha mão seguido de um tapa nas costas, enquanto eu passava pelo balcão. Gente velha tinha a mão pesada.

 — Olha só quem decidiu aparecer. Já tinha pensado que você estava morto, garoto. - Meu pai estava com uma pasta preta na mão e a fechou passando pro barmen. Quando me aproximei, ele me deu um abraço que meus ossos quase estralaram. 

— E coisa ruim morre? - Kellan disse e os dois se cumprimentaram com um aperto de mão e um tapa nas costas, enquanto riam. 

— É mais fácil eu matar vocês dois. - Sentei em um dos bancos do balcão e eles continuaram rindo.

— Você continua ranzinza não é Justin? Ainda com o sexo atrasado? - O que fazia a minha relação com o meu pai ser ótima é que éramos mais amigos do que pai e filho.

— Não sei não, Jeremy. Essa braveza toda deve ser saudade da namorada. - Kellan sentou do meu lado e eu fiquei imóvel, tendo uma guerra interna comigo mesmo não sorrir igual um imbecil. Copos de whisky foram colocados à nossa frente e eu virei um gole, que quase saiu pra fora com o tapa que levei nas costas pelo meu pai. 

— Uma namorada? Essa piada é nova. - Meu pai virou uma dose e eu fiquei em silêncio, mas sorrindo. — Que cara é essa? Espera... isso é sério?

— Bandidos também amam, pai. - Sorri e ele continuou a me olhar com a cara de surpresa que ele tinha no rosto. É claro que eu iria falar pro meu pai que eu tinha namorada. Mas era muito cedo, muito recente, eu estava curtindo esse "sigilo" em que as coisas estavam e queria mais um tempo até apresentar ela pra minha família e ver a minha mãe dar um ataque histérico, já que seria um marco histórico eu ter uma namorada. — Qual o problema?

— Problema? Nenhum, ora. Só é sempre uma novidade um homem Bieber ficar sério com uma mulher. - Eu ri e Kellan também. Ele desceu sua mão pesada no meu ombro e o apertou com força. — Isso é ótimo pra falar a verdade! Mas me diz aí, já transou com ela? É porque ela é boa de cama? Ou é gostosa tipo, com uns peitos bem grandes e..

— Pai.. - O interrompi e se eu não tivesse a perfeita ciencia de que era o meu pai, eu já teria descido o soco na cara, mas isso não me impedia de exigir o respeito à minha garota. Essas coisas só ficavam entre mim e ela, eu acho. Ela era amiga da Jess, vai saber. — Pode por favor parar? - O olhei e ele levantou as mãos no ar, como se rendesse.

— Me desculpa se eu exagerei. - Virou sua bebida garganta a baixo e eu sorri torto, meio que agradecendo. — Mas é bom que saiba que eu quero conhecê-la, assim como a sua mãe, óbvio. 

As vezes eu pensava se meu pai não tinha vontade de voltar com a minha mãe, só pelo jeito que ele mencionava ela nas conversas como se fôssemos uma família. Mas não éramos a muito tempo.

— Vocês vão conhecê-la, só é cedo ainda. - Meu pai concordou do meu lado em um movimento de cabeça. 

Eu fiquei de pé terminando a dose e quando já ia me virar pra me despedir, as portas duplas do bar foram abertas de uma só vez, passando por elas homens armados. Os dois homens de cada lado meu sacaram suas armas e eu fiz o mesmo. Mas eu sabia muito bem, que se atacassem não teríamos um pingo de chance. Os poucos clientes no bar congelaram no mesmo instante, apavorados e com medo até mesmo de respirar. 

— Senhores, guardem essas armas. 

Tá de brincadeira. 

— Meus rapazes não estão mirando em vocês, é só uma forma de manter a civilização pra uma breve conversa. Pode ser, Bieber? 

— O que é que você quer, Vicent? - O gordo barrigudo de terno azul claro abriu um sorriso, mostrando o dente de ouro e os demais dentes podres. 

— É assim que recebe um velho amigo? - Ele deu alguns passos pra frente e eu ergui minha arma, logo a destravando e no mesmo segundo os homens ao seu redor apontaram os fuzis na nossa direção. — Que péssima educação você deu ao seu filho, Jeremy. 

— Pode ter certeza que essa é a melhor educação que eu dei pro meu moleque. - A arma com silenciador na mão de meu pai estava na mesma direção que a minha. Antes mesmo de eu entrar nessa vida e me envolver nessas merdas todas, foi com o meu pai que eu aprendi a segurar uma arma.

— Fala logo que porra você quer, caralho. - Kellan esbravejou por mim. Agradeci mentalmente já que meu foco era me concentrar em não explodir a cabeça desse cara. 

Vicent e eu já tivemos uma breve "amizade" anos atrás. Comprei dele algumas boates nos Estados Unidos e ele como entendia da coisa meio que o fiz meu sócio, pelo menos até ele começar a desviar milhões pra conta dele. Fora outras coisas que nunca deveriam vir a tona depois disso. 

Ele era um cafetão dos mais sujos, e só de pensar que a minha garota quase ficou em suas mãos eu sentia vontade de enfiar uma faca em sua garganta. 

— Nada demais, pode ficar tranquilo, ferrugem. - Vicent deu alguns passos e minha arma acompanhava cada um de seus movimentos. — Só  vim comentar sobre uma coisa que eu vi hoje cedo. - Meu braço já estava começando a doer, mas não iria abaixar aquela arma e não me importava com as outras bem maiores que a minha miradas pra mim. Ele se sentou em uma das mesas em que um homem estava e pegou sua bebida, dando um gole. — Assim que eu acordei, abri meu jornal e vi algumas fotos.

— Eu tô perdendo a minha paciência, fala de uma vez. - Rosnei e ele se endireitou na cadeira, entrelaçando os dedos e mantendo o sorriso podre no rosto.

— A garota, Bieber. Ela me pertencia, esse foi o nosso trato. 

— Trato desfeito. 

— Ela cruzou o meu caminho antes do seu.

— É, até pode ter sido, mas no final foi pra mim que ela veio. - Abaixei minha arma assim que notei a frustração em seu rosto. Jeremy e Kellan mantiveram as suas erguidas e eu dei breves passos até Vicent. 

— Você deu ela pra mim.

Isso era o tipo de coisa que não deveria vir a tona.

— E peguei de volta. 

— Assim como o papai dela vai fazer? 

O quê?

— Tá falando do que? - Franzi o cenho tentando conter a surpresa com o que ele disse, o que foi totalmente inútil já que ele abriu um sorriso e ficou de pé a minha frente.

— Acabei de sair da casa de Paollo Cornélio Longhini. Parece que não foi só eu que viu as fotos dos jornais de hoje cedo. - Vicent se virou e esticou o braço pra um dos homens atrás de si. Um deles soltou uma das mãos da arma e pegou no bolso de trás um jornal enrolado, e passou pro homem gordo e fedido a suor.  Está por toda a parte, veja você mesmo. 

Tomei o jornal de sua mão e em um jesto rápido abri o jornal, vendo a manchete de capa. Bem a esquerda do maior jornal do Canadá, tinha uma foto minha e da Sienna da noite anterior. Estávamos sorrindo um pro outro, e reconheci ser na hora que a segurei pra não cair. Na notícia falava que um dos homens mais ricos da América do Norte enfim tinha encontrado um amor e toda a baboseira de quem na tinha o que fazer e cuidava da vida dos outros. Por um lado isso era a pior coisa que já podia ter acontecido. Expor ela era a última coisa que eu queria fazer, e ontem fiz isso em grande estilo. Mas por outro, aquela era a nossa primeira foto juntos, e ela estava linda.

—  Você é um...homem, de negócios assim como eu Bieber, sabe como as coisas funcionam. - Ele esticou o braço até apesar e pegou o copo com a bebida do freguês. 

— De que porra, você está falando? 

— Estou falando o óbvio. A garota foi dada a mim. No dia que fui pegar minha mercadoria ela fugiu e se escondeu com você. Resumindo, ela continuou me pertencendo até alguns minutos atrás. Até eu a vender.

Antes mesmo que ele abrisse a boca pra falar mais alguma merda, os seguranças entraram no local e, com uma postura calma que assustava até a mim mesmo, eu me virei pra Kellan, que guardava o celular no bolso. Ele havia os chamado, e não podia ser em hora melhor. Eu teria hora certa pra surtar. 

Vicent olhou apreensivo pro dobro de homens que rendia os seus e os fazia ficar de joelhos com as mãos atrás da cabeça. Eram amadores e os mais bundões que eu já vi. Eles, que estavam sendo rendidos por simples pistolas e tinham fuzis nas mãos. Certo, agora era a hora de surtar. Com um único chute nas costas, empurrei o gordo contra uma das pilastra e ferro que tinha no meio do bar, o fazendo bater a testa. Antes mesmo que tivesse tempo de revidar pegando a arma em sua cintura, dei uma chave de pescoço e bati seu pulso no ferro, que largou a arma no chão e eu chutei pra longe. 

— Pra quem você a vendeu?! - Seu rosto sujo estava contra o ferro, e mesmo a poucos segundos pra que morresse, ele ria. 

— Então é verdade. O rei está nas mãos de uma mulher. Você é mesmo um moleque, não é garoto? 

— Responde a porra da minha pergunta! - Na minha cabeça, eu estava entre quebrar seu pescoço ou atirar pra explodir seus miolos. 

— Justin. - A voz do meu pai me fez virar o rosto e olhar pra ele. — Filho, pensa no que vai fazer.

— Você ouviu o que ele disse? Ele vendeu a minha garota! - Passei meu olhar que só podia ser de pura incredulidade e até mesmo, medo, pra Kellan ao seu lado. Os dois estavam com as armas abaixadas e pareciam não entender o problema disso tudo. Mas foda-se, ninguém tinha que entender nada. — Pra quem você a vendeu?! - Travei e destravei a arma encostada na sua cabeça.

— Não está carregada. - O tiro que eu dei pro alto disse o contrário, fazendo ele se assustar. 

— Pra quem você a vendeu, responde ou eu estouro a sua cabeça. - Eu já não precisava mais gritar, a essa altura do campeonato eu já estava com a minha típica cara de assassino. — O nome, eu quero que você fale o nome do infeliz! 

— Paollo.......Paollo Cornélio Longhini. 

Meu corpo tinha gelado por completo, mas eu mantive a postura que eu estava. Quanto mais eu ficava ali, parado, mais o medo e o desespero tomava conta de mim. Tínhamos que sair da cidade o mais rápido possível, e iríamos. Pra minha sorte, eu já tinha a desculpa perfeita pra isso. 



POV. Sienna 


Como eu havia imaginado, Jess aprovou a minha escolha pras roupas da noite e eu fiquei mais orgulhosa ainda de mim mesma por não ser um total fracasso. Foi necessário muito pouco tempo pra mim já ter uma noção de como uma mulher se vestia. Não que eu não fosse uma, mas eu tinha dezenove anos e me vestia como se tivesse quinze. Agora eu tinha um namorado, um puta de um namorado, e eu queria mostrar pra ele que ele levantou a uma mulher do lado dele, não uma garotinha. 

O amor fazia coisas estranhas com a gente, como por exemplo, me fez guardar meu amado Vans no fundo do guarda-roupa.

— Não sabe o quanto me enche de alegria saber que você não vai mais usar essa coisa feia. - A loira fazia uma falsa cara de comoção e eu a empurrei de leve pro lado. 

— Você é uma coisa feia. - Estávamos a caminho do quarto dela, pra que a magia da maquiagem pudesse acontecer. 

Já passava das cinco da tarde e o leve tom laranja já aparecia no céu. Justin não mandou mais mensagens, e eu nem tive vontade de olhar o celular e acabar me deparando com alguma que não fosse desejada. Ele tinha prometido voltar a tempo. Ele iria voltar a tempo. Seria nosso primeiro encontro como casal e seria perfeito, tão perfeito que eu iria esquecer qualquer coisa que eu estivesse tentando esquecer. Eu faria um breve joguinho de ciúmes pra ele admitir que sentia ciúme e enfim todas as paranóias que eu tinha iriam sair da cabeça. Depois de hoje tudo iria ficar bem.

— Onde vão hoje a noite? - Jess perguntou assim que começamos a atravessar o corredor até as escadas. Estávamos no meu quarto e em meus braços eu levava a roupa da noite.

— Jantar, cinema e depois um dos apartamentos dele. Assim como planejamos no começo da semana. - Abri um sorriso me lembrando da noite em que tudo ficou diferente, melhor.

— Que meigos. - O meu sorriso tinha ficado trinta vezes maior. — Eu já transei em um cinema. Não faça isso, é muito desconfortável e você não pode gritar. 

— Onde você ainda não fez sexo? - Ela fez uma cara de pensativa e eu não sabia se dava risada ou ficava preocupada. 

— Acho que eu nunca transei em um elevador...Ah, já transei sim. - Ela sorriu e depois deu risada da minha cara de assustada. Ela era completamente fora da casinha.

Estávamos paradas no meio das escadas quando a porta da frente foi aberta, e Kellan e Justin entraram super sérios e com armas nas mãos.

— Jess. - Kellan a chamou enquanto entrava em uma porta do outro lado da pequena sala no Hall, que eu nunca percebi estar ali. Jessica foi no mesmo segundo e assim que pisquei Justin já estava me arrastando até o final do corredor do segundo andar.

— O que tá acontecendo? - Sua mão estava entrelaçada na minha, com força, como se não fosse pra se soltar.

— Nada, tá tudo bem. - Ele abriu a porta do quarto e me colocou pra dentro. — Consegue arrumar suas coisas em uma hora? 

— Arrumar as minhas coisas? 

— É. Uma hora.

— Pra quê? 

— Viajar.

— Viajar?

— Sim, daqui uma hora.

— Pra onde?

— Montreal.

— Hoje? - Eu não estava entendendo nada, principalmente a tranquilidade que do nada ele estava transparecendo. Quando ele entrou, eu via a inquietação no seu rosto e se eu não estivesse errada, preocupação também. Ele estava péssimo, como se não dormisse a dias e com olheiras abaixo dos olhos. 

— É, linda, hoje. Eu e você vamos na frente e o pessoal vai na semana que vem. - Ele levou a mão até o meu rosto e eu relaxei os ombros. — Qual o problema? 

— Tínhamos um encontro hoje. - Tentei não demonstrar minha chateação, mas não pude deixar de pensar se as coisas entre nós seriam sempre assim.

— Eu sei, e vamos ter assim que chegarmos lá, eu prometo. Teremos uma semana inteira pra ficarmos juntos. - Ele me beijou na testa e eu sorri. Beijo na testa pra mim parecia tanto "Eu cuido de você." 

— Uma semana inteira? - Eu arqueei uma das sobrancelhas e ele assentiu. 

— Uma semana inteira. - Antes que eu pudesse contestar, Justin me roubou um beijo e se virou pra sair do quarto. — Uma hora.

— Justin. - Ele olhou pra mim e eu sorria. — Minhas coisas não estão aqui. - Depois de olhar pro closet todo confuso, ele voltar a olhar pra mim, como se não entendesse. — Esse não é o meu quarto. 

— Ah. - A cara de desconforto dele era a coisa mais fofa que eu já tinha visto. Saber que na cabeça dele, mesmo que tivesse esquecido por breves dez segundos que aquele quarto também era meu, fazia meu coração dar pulinhos. 

— Uma hora. - Passei por ele e beijei seu rosto. 

Uma semana inteirinha só eu e ele. Longe de todas as coisas que pudesse nos atrapalhar. Seria praticamente uma lua de mel e eu me sentia muito.....nervosa. Uma semana inteira, eu e ele em um quarto de hotel ou em uma casa. O tempo inteiro, só eu e ele. Eu precisava de ajuda.




— Você vai ficar uma semana inteira com Justin Bieber e tá nervosa? - Jess, ela era a minha ajuda. Começando pelas malas que eu tinha que fazer.

— Se coloca no meu lugar, se você fosse ficar uma semana inteira sozinha com o Kellan você também não iria surtar? O que você iria fazer?

Todas as roupas do guarda-roupa branco estavam amontoadas em cima da cama, e metade do que Jess colocava na mala eu tirava.

— Eu faria muito, muito sexo. - Ela disse sorrindo e eu bufei revirando os olhos. — Ai qual é, você tá nervosa por nada. É só o Justin. - Olhei pra ela com uma das sobrancelhas arqueadas e ela pareceu se tocar. 

Era O Justin. 

— Tá, pelo o que conheço dele ele nunca foi dos mais românticos. E não deixa ele dormir de barriga pra cima, ele ronca, e alto! - Eu dei risada e voltei a dobrar as peças pra dentro da mala.

— Mas é muito carinhoso, e tem sido um fofo até mesmo por mensagem. - Sorri me lembrando da nossa conversa de mais cedo e peguei o celular no bolso de trás, abrindo a conversa e passando o celular pra Jess ao meu lado. Na mesma hora uma mensagem nova tinha chegado, dele.


"Nossa primeira foto juntos." 


A foto era da noite anterior, de quando eu estava quase caindo e ele me segurou, abrindo aquele sorriso lindo que quase o fazia fechar os olhos. Como duas menininhas, fizemos um dueto de "awwwwn".

— Eu não acredito que você mudou ele da água pro vinho. - Eu sorria olhando nossa foto e com a cabeça e o coração nas nuvens. 

— Eu que não acredito. - Do que eu estava com medo e nervosa? Seria uma semana incrível com o meu amor incrível.

Parecia que a vida, quando me via feliz, vinha e dava um jeito de acabar com tudo. Justin não podia me mandar uma mensagem, que aquele ser vinha e mandava também, pra me atormentar, pra me assombrar. A mensagem também veio com foto. E aquela foto foi como se tivesse quebrado as minhas pernas, me obrigando a sentar na cama. Na foto, estava eu, minha mãe e um homem, porém o seu rosto estava completamente embaçado. O homem me segurava no colo e eu estava rindo pra ele, com minha mãe logo ao seu lado também rindo. Eu não devia ter nem sete anos nessa foto, e sabia muito bem que era eu pelo meu cabelo estar preso bem no alto da cabeça. Minha mãe arrumou meu cabelo desse jeito até os meus dez anos. 

— Sienna... - A voz da Jessica me fez erguer o rosto pra ela. Assim que pisquei, as lágrimas que nem senti se formarem escorreram uma atrás da outra.

— Eu não me lembro disso. - Olhei outra vez pra tela do aparelho e um nó se formou com a mensagem que chegou logo depois.


"Você era tão pequena minha Vick. Nossa Vick. Minha e de sua mãe. Que saudades da minha Elena. Mas e você, sente falta do papai?"


Eu não me lembrava disso, por quê eu não me lembrava? Tudo ao redor naquela foto era familiar. A blusa vermelha com bolinhas brancas da minha mãe, o sininho que se mexia com o vento pendurado na frente da porta, a sandália que brilhava toda vez que eu pisava no chão. Por quê eu não lembrava? Depois dos meus seis anos eu já lembrava das coisas, então por quê não conseguia lembrar desse rosto? Se eu já estive com o meu pai, a pessoa que eu perguntava todos os dias pra minha mãe, por quê eu não ia me lembrar dele?


"Se lembra de mim?"


— Sienna, me dá esse celular.


"Vai se lembrar em alguns dias." 


O celular foi tomado da minha mão e fiquei de pé no mesmo segundo. 

— Me devolve. - Fui atrás dela quando a mesma deu a volta na cama, mexendo super rápido nas funções do aparelho. — O que é que você tá fazendo? 

— Bloqueando todo o tipo de número que já não esteja salvo. - Ela jogou o telefone na cama e eu olhei pra ela, que suspirou, vendo a minha provável cara de derrota. — Você tem que falar com o Justin.

— Eu vou resolver isso sozinha. - Não sei como, mas eu daria um jeito.

— Como? - Ela cruzou os braços e eu dei de ombros. — Você nem sabe o que vai fazer! Sie, você só tá deixando um completo estranho machuque você! Fala pro Justin, ele vai te ajudar, ele vai até atrás desse cara!

— Não é um estranho, é o meu pai, Jessica. - Ela suspirou e eu sentei de novo na cama. Foi a minha vez de suspirar, porém o que ela disse ficou na minha cabeça. — Você acha que ele iria atrás dele? 

— O quê? - Ela parecia nervosa, andava de um lado pro outro e encarava meu celular como se ele pudesse explodir a qualquer minuto. 

— Você acha que o Justin pode me ajudar a encontrar o meu pai? 

— É claro que ele vai te ajudar, Sienna. - Ela sentou do meu lado e segurou a minha mão. — É só você começar a falar sobre isso que da pra ver o quanto te faz mal. - Ela estava certa. Eu sempre soube ser indiferente a esse assunto, mas de uns tempos pra cá, ele estava sendo muito presente, quebrando todo o muro que eu construí afastando qualquer coisa relacionada ao meu pai. — E é exatamente por isso que ele iria ajudar você, porque ele te ama e não quer.... não quer te ver sofrer. 

— Por quê você fez uma pausa? - Ela ia responder, mas a batida na porta a atrapalhou.

— Sienna? - Era Simon. — O Justin já está te esperando no carro.

Olhei a hora no celular e Jessica e eu nos encaramos espantadas. Ficamos uma hora inteira fazendo vários nada enquanto tínhamos uma semana inteira em roupa pra colocar dentro de uma mala. Em dois pulos já estávamos separando tudo o que era tipo de roupa. De sair, pra não sair, pra não ficar igual uma desleixada, pra não sair e ficar arrumada, lingeries que a Jess fez a maior cara de maliciosa por ser uma iniciativa minha e pra minha curiosidade, ela sugeriu que eu levasse um vestido de gala. Como eu não tinha muitos, ela foi correndo no quarto dela e trouxe um preto maravilhoso com um corte nas pernas. 

No total eu tinha três malas, duas de roupas e uma só pra sapatos, e eu mal podia acreditar que a algumas semanas atrás eu estava indo pros Estados Unidos apenas com uma mochila com várias coisas nada a ver.

— Ainda não entendi o porque do vestido. - Eu empurrava as malas de pé uma presa na outra até a porta da frente, enquanto Jessica ainda trazia mais uma mala de mão com coisas de beleza, que sozinha eu jamais iria conseguir usar.

— Nunca se sabe, é sempre bom ter um desses na mala, ainda mais nós que sempre vamos em eventos de gala. - Fazia sentido. — Agora me promete que não vai tentar passar maquiagem sem me consultar antes. - Paramos em frente à porta e um Bieber sem paciência buzinava de dentro de uma Land Rover Evoque preta com detalhes em vermelho. 

— Não prometo cagar a minha cara toda. - Ela fez cara de impaciência e me entregou  bolsa de mão, enquanto eu ria.

— Desse jeito a gente só vai semana que vem. - Justin apareceu pegando as minhas malas de uma vez só e indo pra atrás do carro, pra guardá-las. Ela estavam pesadas, e com só um braço ele as tinha pegado.

— Ele usa essa força toda com você? - Eu não podia brigar com Jess e sua cara de malícia pura. Eu estava com a mesma cara, ainda mais quando ele levantou a barra da camisa pra passar no rosto. — Não vai me responder não? 

Eu já estava abrindo a porta pra entrar no carro, quando me virei pra Jessica e coloquei o cinto de segurança olhando pra ela ainda com a mesma cara de antes.

— Você me deve uma bolsa. - Ela que pensasse o que quisesse, eu não falaria nada a mais.

— Tá de brincadeira. - Claro que não durou três horas, se tivesse durado eu nem andando ia estar.

— Até semana que vem, Jess. - Justin fechou a janela do meu lado e já saiu arrancando com o carro. A cara de malícia tinha congelado no meu rosto, e eu tentava ao máximo esconder isso. 

— Estavam falando sobre o que? - Ele repousou a mão livre no meu colo, com os dedos abertos pra mim entrelaçar os meus, que assim fiz.

— Nada. Coisa de menina. - Encostei a cabeça no banco e pude notar seu olhar sobre mim de canto, enquanto eu olhava pela janela.

Estava tudo indo muito bem, e essa semana juntos seria perfeita. Toda vez que eu parava pra pensar nas coisas, mais delas me vinham na cabeça. Estávamos na avenida principal da cidade, onde a quase dois meses atrás eu cruzei o caminho do homem que hoje estava segurando a minha mão e dizia que me amava. Em questão de segundos ele teve acesso a várias informações da minha vida. Ele já me conhecia, quer dizer, sabia do tudo o que eu passei, mas não sabia das coisas que eu gostava. Já eu, não sabia nada sobre ele além de que era um traficante, o maior do país. 

Iríamos ficar sozinhos uma semana toda, e acho que não era tarde pra mim saber quem era o Justin Bieber de verdade. 


Notas Finais


Meninas, outra vez, pedindo imensamente desculpas antes, eu digo que esse capítulo não foi tudo o que eu queria e esses dias todos foram corridos pra mim. Estou oficialmente de férias, portanto quero assumir a RESPONSABILIDADE DE PISTAR UM DIA SIM E UM DIA NÃO, na tentativa maior de não faltar com vocês.
Sei que é chato esperar, e acho que algumas de vocês até desistiram da história, e isso me chateia muito em saber que a culpa foi minha.

Esse foi o último capítulo que eu postei em partes, em pipocos, porque quem já tá cansada disso sou eu, e vou mudar isso.

Estou postando agora pra no meu maior esforço, postar o próximo sábado de madrugada, depois que eu voltar da DANGEROUS WOMAN TOUR SP. EU VOU. EU TÔ SURTANDI, ALGUÉM ME AJUDA.

E mesmo depois de estar anestesiada com o timbre de Ariana Grande nos meus ouvidos após um Greedy bem alto e gostoso nos ouvidos, ainda vou tentar postar.

Enfim, sem lamurias e desculpas aqui dessa vez, só peço e espero que estejam comigo, e tenham paciência mais uma vezinha.

O "Fucking Jealous. - Part 2" Vai ser o próximo capítulo, já que a coisa em si vai ser nele.

A capa da segunda temporada tá pronta. Tá linda. Tá maravilhosa. Estou com três capítulos prontos. Falo mais nada.

Que não tenham desistido de mim. Amo vocês. 💔❤💔

Por aqui é só! Até o próximo! Beijo ❤

Meu insta: isjulha

Meu tt: isjulha

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Xoxo ❤


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