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História A garota do trem - Camren - Amar requer coragem


Escrita por: swe3tgirl12

Notas do Autor


Oi amores, voltei. desejo uma boa leitura a vocês

Capítulo 17 - Amar requer coragem


Fanfic / Fanfiction A garota do trem - Camren - Amar requer coragem

Camila bem que tentou dormir, mas não conseguiu, a cena do acontecimento passado ainda estava em sua mente. virou para um lado, para o outro, e nada de conseguir conexão com o sono. então levantou e foi até o banheiro, lavou o rosto e prendeu os cabelos. suspirou. caminhou até a porta do quarto e o abriu, estava tão silencioso, e ela não sabia como Lauren aguentava morar ali antes, sozinha, sem ter com quem conversar, apenas um grande vazio e silêncio. A latina caminhou em passos lentos para a sala, e avistou ela no sofá, dormindo tranquilamente. sorrateiramente se aproximou mais e ficou de joelhos perto do estofado. observou o rosto pálido da professora, mesmo sem nenhuma camada de maquiagem, ela conseguia ser incrivelmente bonita, e seus lábios eram muito bem desenhados, assim como todo e qualquer detalhe do seu rosto e corpo. suas pernas estavam descobertas, então Camila tratou de cobrir com o lençol, fazia um pouco de frio.

— me explica o que aconteceu, porque eu não consegui dormir pensando naquilo?

disse baixinho, como se Lauren estivesse acordada fitando seus olhos. ela encostou seu dedo indicador no queixo dela, e deslizou para a maçã do rosto. ela se mexeu e a latina parou com o carinho para não acordá-la. Camila sentia seus lábios formigarem e uma estranha vontade de aproximá-los dos de Lauren, e ela fez isso, inconscientemente. já sentindo o calor da respiração dela, Lauren abriu os olhos.

— eu sabia que você queria me beijar

então conectou os lábios nos dela, e Camila sentiu seu coração acelerar

— está tudo bem?

queria se afastar dela, mas não conseguia, sua mente alertava para fazer, mas era como se uma força maior estivesse no controle.

— Camz? ei, acorda

Sentiu as mãos frias em seu braço e se assustou, empurrando a mulher que esbarrou no criado mudo

— ai!

bateu o joelho na madeira, sentou no chão gemendo de dor.

— ai meu Deus, Lauren!

Camila levantou da cama, só então percebendo que não foi real, que aquilo fora fruto de sua imaginação, apenas um sonho.

— e-está tudo bem, não foi nada

Os olhos dela se encheram de lágrimas, doeu a batida.

— me desculpa, eu estava tendo um sonho...

— outro pesadelo?

— sim, quer dizer, não... eu, eu não sei dizer, só foi estranho

— você quer me contar?

ela negou com a cabeça e olhou para a janela percebendo que o dia já havia amanhecido. recordando-se então que demorou para pegar no sono, pensando no que quase aconteceu, e talvez por isso, tenha sonhado com aquilo.

— eu vou pegar gelo pra você

— eu estou bem

— eu pego mesmo assim, a culpa foi minha

— eu ia te chamar pra tomar café da manhã, já são quase 09:30. você está brava comigo? ontem, não foi nada tá? eu não faria nada pra te machucar

— eu sei, está tudo bem, me desculpe se fui grossa, é que parecia que você ia me beijar, e eu fiquei assustada

Lauren levantou e sentou na cama, passando a mão no joelho, com certeza ia ficar roxo.

— eu... não faria isso sem a sua permissão, desculpe a proximidade

— não vamos mais ficar nos desculpando tá? não estou brava

— só não quero que pense que eu de alguma forma, tentei me aproveitar de você

— eu sei que não, estamos bem lolo... e eu vou saber lidar com essa nossa diferença

— qual?

— de você gostar de garotas, e eu de garotos

— somos humanamente igual, esquece os rótulos tá bom?

levantou da cama e caminhou até a porta

— aonde você vai?

— vou colocar gelo no meu joelho. vou esperar que tome banho, não quero ficar aqui dentro e te deixar pensando que vou desejar o seu corpo apenas por ser lésbica

— Lauren... eu não quis ser pr...

— tudo bem, eu sei, eu vou esperar na cozinha, para tomarmos o café

Camila não teve tempo de falar mais nada

— droga!

Pov Lauren J.

Desde que perdi a minha esposa, foi como se o meu coração tivesse se trancado para o amor, e eu nem se quer cogitava a ideia de colocar alguém no lugar de Selena, até porque ela é insubstituível, mas como sempre me falam, eu tenho que seguir, mesmo que sem ela, mas eu não havia encontrado a pessoa que fizesse meu coração acelerar, da forma que ela fazia, até o dia que entrei no trem e vi Camila. foi incontrolável, eu não tive domínio, e sentimentos são dessa forma, você não decide quando vai ou não gostar de alguém, simplesmente flui. Uma garota de 17 anos, grávida, confusa, e cheia de preconceitos, e ainda assim, foi por ela que meu coração despertou. eu falo despertou, porque foi como se antes dela aparecer, tudo em mim estivesse adormecido. E agora tenho que fingir não sentir nada, tenho que fingir que não desejei com cada átomo do meu corpo, beijá-la noite passada, e eu senti que ela também queria, mas ela está uma bagunça, e eu não sei o que se passa em sua mente, e isso é o que me mata.

Fui até a geladeira e coloquei gelo em um paninho. eu não sabia o porque da minha proximidade parecer tão tóxica pra ela, porque não havia motivos para que ela me empurrasse daquela maneira tão brusca, como se eu fosse atacá-la, sendo que eu apenas toquei seu braço par acordá-la. o meu joelho doía, mas a rejeição doía mais, eu só queria me conectar, de ficar mais próxima dela, queria que ela confiasse em mim, e me deixasse ajudá-la a enfrentar seus demônios internos, assim como estou aprendendo a lidar com os meus, depois que ela apareceu na minha vida, porque está mais fácil, na solidão, era bem mais difícil. 

A campainha tocou e Lauren foi até lá atender, era Normani.

— Oi Mani, entra

— não precisa, eu só quis avisar que a noite eu e Dinah vamos fazer um churrasco, convidei a Ally, e gostaria que viesse, pode levar a sua visita. vocês estão ficando?

— não, ela, é só minha amiga

— vocês pareciam bem juntas, pelo que eu vi, quando chegaram em casa ontem a noite

— gostaria que ela pensasse dessa forma

— hétero né

— ela se rotula assim

— apenas deixe as coisas acontecerem, sentimentos são coisas que não podemos controlar, é muito mais além desses rótulos ai

— é o que estou tentando fazer ela entender

— uma hora ela vai notar isso por si própria, você vai ver

— espero que sim, e como estão as meninas?

— estão bem, no momento fazendo uma bagunça no quarto, inventaram de pintar, e Dinah está junto a elas, ai já sabe né? bagunça na certa

— ela é uma boa mãe, mas de fato é bagunceira

— e juntando-se com as nossas filhas... eu vou lá pra evitar que elas derrubem a casa

— exagerada — Lauren riu — eu irei sim, obrigada pelo convite, vou falar com Camila

Normani saiu em seguida e eu fechei a porta, dando de cara com Camila, já de banho tomado e vestindo uma de minhas blusas, com um shortinho.

— preciso de minhas roupas com urgência, para não ficar pegando as suas

— não tem problema, mas eu irei cuidar disso, vou ligar para um amigo, e pagarei para que ele faça a mudança, para trazer suas coisas pra cá

— acho que mal pode esperar para dormir em sua cama de novo né? no sofá deve ser muito desconfortável

— você tem dormido bem?

— sim

— então é o que importa pra mim, que você e a neném, fiquem bem

— é um menino

— é uma menina, eu sinto que é

— o seu joelho... está vermelho

— nem está doendo mais, estou bem

Menti, estava doendo sim.

— vamos comer, a mesa já está arrumadinha, acordei cedo, e mais tarde, tem um churrasco para irmos, ninguém merece passar o dia inteiro de domingo em casa

— onde?

— vizinhas, lembra do casal que te falei? Normani e Dinah

— lembro

— elas vão fazer um churrasco e nos convidou. vai ser bom pra você, sair e fazer novas amizades

— tudo bem, eu irei sim com você

Fomos então para a mesa, eu havia colocado pera, bananas, uvas, fiz dois tipos de suco, coloquei biscoitos quentinhos, torradas. uma variedade de coisas, pois não sabia ainda de tudo que ela gostava de comer, a não ser pelas bananas. ela pareceu satisfeita, pois se alimentou bem.

***

Um pouco mais tarde Lauren ligou para John, ele fazia mudanças, escreveu o endereço da casa dos Cabello's em um papel e pediu para que ele fosse buscar as coisas de Camila. ligou para Sinu pelo telefone fixo, avisando sobre a chegada do homem para pegar as coisas da latina. Sinu contou que Guilherme estava muito bravo, mas que felizmente no momento não estava em casa, e isso seria bom, o rapaz poderia fazer seu trabalho sem ter problema em se meter em confusão. Sinu implorou para que Lauren cuidasse bem de sua filha e ela assegurou que faria isso, e que assim que houvesse possibilidade, iria ajudá-la também, mas para que isso acontecesse, a mulher teria que desapegar de Guilherme, que só estava fazendo ela perder as coisas que ama, e uma delas era sua única filha.

A tarde elas dedicaram a arrumar as coisas da latina, colocou tudo no quarto de hóspedes que estava uma bagunça, mas foi faxinado, John montou a cama, colocou as coisas no lugar, e elas finalizaram o serviço, guardando as roupas e alguns poucos objetos de Camila. entre elas, estava o livro da Jane, Orgulho e preconceito, que Lauren havia dado de presente a ela. passou a ponta dos dedos na capa, a latina tinha saído do quarto apenas para beber um pouco de água, e quando voltou viu Lauren com o livro na mão.

— você guardou ele, achei que talvez nem fosse guardar

— como eu poderia me desfazer de um presente assim? seria ingratidão

— fico feliz por ter guardado

Sorriu e voltou a organizar as coisas.

— Lauren...

— Oi

— se eu te pedisse algo, você faria? é algo que pra você, talvez seja um pouco difícil de lidar

— o que? eu posso tentar, por você... quer dizer, eu... só me diz o que é

— você e eu nos encontrávamos no trem, porque você voltava do colégio que leciona, e eu porque voltava do hospital do câncer que ia visitar

— sim, exato, mas o que tem?

— eu sinto falta de ir lá, e eu não queria ir sozinha, entende? você iria comigo? eu sei sobre como Selena...

— ei, tudo bem, é claro que eu vou, irei adorar conhecer as crianças e te ouvir cantar pra elas

— mesmo?

— claro, é só marcar o dia, logo os alunos entram de férias e eu vou estar livre durante todo o dia, mas enquanto ainda está tendo aula, se quiser ir pela manhã, é só marcar

— tudo bem, eu irei ver uma data para irmos

— ótimo, elas vão gostar de você

— acha mesmo?

— sim, você é legal, e parece ter muito jeito com crianças, afinal, trabalha com crianças né — sorriu de lado

— é, eu sempre gostei, e estou até ansiosa para ver a sua pequena Cabello

— tudo bem, não vou mais teimar com você dizendo que é um menino

— melhor, pois nem vai adiantar, eu sei que estou certa. mas me diz, algum nome em mente?

— ainda não, que tal Oliver?

— eu acho muito comum, mas é bonito. gosta de Clary?

— é bonito, mas eu não estava pensando em nomes femininos

— é melhor pensar — riu fazendo Camila revirar os olhos — Jasmine, Maya, Katie, Alyssa, Rosie...

— eu gostei de Rosie, ou Lana, mas eu acho Lana um pouco comum demais

— Rosie soa bem

— eu vou pensar direitinho, mas guardarei na memória esse nome, para caso for menina. me ajuda com nome de meninos?

— uh, deixe-me pensar...

colocou o dedo indicador no queixo, e a latina achou fofo o bico que ela fez

— Elliot, Henry, Jonathan, Sebastian, Nicholas

— hum, eu não gostei de nenhum desses

— você ainda tem tempo pra pensar nisso Camz, pode ficar tranquila

— eu fico pensando, não seria o certo eu contar ao Shawn?

— sim, mesmo ele sendo um babaca, mas você achou melhor não. acha que tem possibilidade dele assumir?

— não faço ideia, mas acho que não, só que talvez eu deve tentar, acho que devo isso ao meu filho, porque quando ele nascer e crescer, e fizer alguma pergunta sobre o pai, estarei de consciência limpa

Lauren levantou e pegou o celular do bolso.

— aqui está, ligue pra ele então, peça para que venha aqui, conversar

— na sua casa?

— será melhor, eu estando por perto, porque se ele tentar algo, pra te machucar, ou querer te fazer tirar o bebê, ele vai ter uma conversinha com a minha mão, que vai parar na cara dele

— eu vou ligar então

Ela pegou o celular e saiu do quarto, mas dentro de poucos minutos retornou.

— o que ele disse? — tentou ler a expressão no rosto dela

— ele chega em 30 minutos

— você está nervosa? você, por acaso... ainda sente algo por ele?

— me julgaria se eu falasse que sim? eu não sei direito mais de nada, eu sei que ele é um babaca, imbecil, mas ele foi meu primeiro namorado, a minha primeira paixão

— falou certo, paixão, e não amor Camila, porque se fosse amor, ele não teria feito o que fez com você, te engravidar e pular fora

— eu sei, e eu não pretendo voltar com ele, ou algo assim, não seria doida em pensar em um futuro assim para o meu filho, eu farei o que é melhor pra ele, e estar aqui, em segurança é o melhor. eu só estou confusa, eu odeio ele, mas ao mesmo tempo, as vezes eu lembro de nossos momentos juntos, de quando ele era bom comigo

— isso é normal, lembrar... não quer dizer que ainda esteja apaixonada

— e como eu vou saber quando, eu estiver amando alguém? você amou Selena, então sabe me responder, certo?

— sim, será um sentimento único, sentirá como se tivesse borboletas na sua barriga, como se elas estivessem em festa dentro de você, tentando sair. suas mãos vão ficar frias, e seu coração acelerado, com um simples olhar ou toque, e você vai desejar a felicidade dessa pessoa, mais que tudo, mesmo que não seja com você

— mas isso não faz sentido, se você ama alguém, vai querer estar com essa pessoa certo?

— sim, mas e se ela não quiser estar com você? a única forma que tem é libertar, deixar que seja livre e que seja feliz

— mas isso iria doer

— sim, mas ao menos a pessoa amada estaria feliz

— eu acho que não ia conseguir fazer isso, abrir mão, eu seria egoísta, e lutaria por esse alguém

amar requer coragem, e se você tem coragem de lutar por alguém que tanto quer ter, eu te admiro por isso

— você não teria? não se interessou por mais ninguém depois de Selena?

Lauren olhou para as próprias mãos, não podia negar olhando nos olhos castanhos de Camila, não conseguiria.

— não... ainda não

O celular de Lauren vibrou. Camila viu o nome que apareceu na tela.

— pretendentes é o que não falta, né?

levantou do chão e caminhou até a porta

— eu vou deixar você sozinha, para ter mais privacidade

— não precisa, ela é só a minha colega de trabalho

— ela quer você. vou esperar Shawn na sala

Saiu do quarto e a Jauregui suspirou, antes de atender.

— Oi

— podemos tomar um café juntas?

— agora?

— pode ser daqui a uma hora

— eu tenho visita em casa, uma amiga

— oh, está saindo com alguém?

— Rosalie, eu falei amiga

— tudo bem. eu só quero sair com você, só tomar um café, você pode até levar a garota

— eu vou falar com ela, e te mando uma mensagem depois

— vou aguardar

— tenho que desligar agora

— beijo

Desligou e colocou o celular no bolso. olhou ao redor, vendo o quarto já organizado. ouviu a campainha e foi para a sala, Camila tinha acabado de abrir a porta, e entrou um rapaz com os cabelos bagunçados, o mesmo apagou um cigarro e jogou no lado de fora. foi logo sentando no sofá sem nem ser convidado.

— você deve ser o Shawn

— eu mesmo, e você, quem é?

— apenas alguém que vai garantir que não machuque a Camz depois que souber sobre uma coisa

Shawn olhou para a latina que passou a mão em sua barriga, o gesto seria mais fácil do que falar. Shawn então ficou mais pálido do que já era.


Notas Finais


o que dizer sobre o capítulo? me deixem saber suas opiniões. xoxo!

obs: quem prestou atenção que no começo estava em itálico nem se iludiu achando que era real kkkk.


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