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História A garota e o mundo - A vida te obriga a seguir em frente


Escrita por: MalloryHathaway

Notas do Autor


Hellooo!!!!
Mais um capítulooooo!!!!
Vocês devem estar se perguntando o porquê de eu ter sido tão malvada com o capítulo anterior, mas tudo tem um motivo e logo logo coloco meu verdadeiro plano em prática...😏

Capítulo 13 - A vida te obriga a seguir em frente


Fanfic / Fanfiction A garota e o mundo - A vida te obriga a seguir em frente


Fiquei estática. Naquele momento tudo congelou e era só eu e meu choque do lado. 
 "Eu não acredito. Tudo só foi uma aposta?", sussurrei e então a ficha caiu e uma lágrima solitária desceu o rosto.
 Outra mensagem apareceu na tela.
Amor: Amorzinho, quando vamos nos ver de novo? Pode ser hoje no seu apartamento, depois que você voltar do jantar com a japinha? Diz que sim! E outra coisa, seus pais nem fazem ideia que o meu Paulinho apostou aguentar aquela feia por um tempo e descolar aqueles amassos que só você sabe dar, para ganhar o título que seus amigos te ofereceram... Então dá logo o seu jeitinho e acaba com isso, porque até os pais dela você conheceu.
 Aquela mensagem foi a gota d'água. Aquela chata que enfrentou com a Bru e a Liv e que chamou o Paulo de: "Meu Paulinho" naquele dia, era a namorada dele! A Ananda...
 "E então, decidiu o que vai pedir?", ele voltou sorrindo. Como pode?
 "Eu não acredito que você fez isso", me levantei e corri para fora.
 "Ayumi, o que aconteceu?", ele me alcançou.
 "Ainda você tem a coragem de me perguntar o que aconteceu?!", perguntei indignada. "Foi tudo só uma aposta não é? Da próxima vez, avisa a sua namoradinha para tomar mais cuidado nas mensagens que ela manda para o amorzinho dela. Nunca ouviu falar em criptografia ou você só sabe apostar em namoros e corações partidos?! Mas quer saber de uma coisa Paulo?", me aproximei dele e depois e cruzar os braços, levantei a cabeça e dei um sorriso falso, "eu não vou ser mais uma na sua coleção meu bem. Felicidades aos dois", me virei e saí andando e só então as lágrimas caírem copiosamente. 
 Sabe quando você imagina e se apaixona por uma pessoa e... você descobre que ele não queria nada com você. Era só uma aposta. Uma aposta. Não tinham sentimentos, as palavras eram ocas e vazias e tudo o que eu sentia era correspondido por um garoto sem coração.
 Este é o resultado para quem não ouve aquela parte que sempre está certa. 
 E percebi o que eu tinha feito. Eu tinha que concertar tudo o que eu fiz. Primeiro, era a Ananda; por isso quando cheguei no prédio, mesmo relutante, espontaneamente em vez de bater na porta para minha mãe abrir e eu dar um abraço nela e chorar, eu me dirigi para a porta do lado e toquei a campainha.
 "Ayumi?", a Amara me olhou surpresa.
 "Oi Mara. A Ananda está?", passei a mão no rosto para limpar o rosto. Ainda bem que não passei muita maquiagem, não gostaria de imaginar o estrago.
 "Sim. Entre", ela me guiou até o quarto da filha, "Anandinha, a Ayumi quer conversar com você", ela me encarou surpresa depois de desgrudar os olhos do notebook. A Amara saiu e me deixou em pé plantada esperando.
 "Oi. Pode se sentar", ela abaixou a tela do notebook e se levantou.
 "Oi", me sentei na cama.
 "Você está bem?", ela me analisou e eu voltei a chorar.
 "Desculpa", nem dei tempo para ela pensar, "eu sou uma boba mesmo. Desculpa, você estava certa. Só foi uma aposta, ele apostou algum título com os amigos... e..."
 "Calma. É claro que eu desculpo você. Mas, me explica direito o que aconteceu. Você está falando coisa com coisa."
 "Tá", respirei fundo e parecia que era a primeira vez que eu respirava em horas. E eu expliquei tudo em detalhes e no fim eu estava chorando de novo e ela de boca aberta.
 "Eu não acredito! Eu devia ter dado uns bons tapas naquele Paulo, quando vi ele com aquela chata. Uma pergunta Ayumi. Você está chorando por que gosta dele e ele tem namorada e blá, blá, blá ou por que você está se sentindo igual uma boba por tudo?" 
 "A segunda opção", falei sem nem pensar. 
 "Que alívio. Isso mesmo, não é para sofrer por garoto e ainda mais que você nem ama de todo o coração."
 "E o Mário? Como ele está?", a expressão dela mudou. O sorriso se desfez. "O que foi? Ele está bem?", ela engoliu em seco.
 "Com tudo o que aconteceu, ele não te falou", ela fechou os olhos.
 "Falou o quê? Ele não está doente ou algo do tipo não é?", a Ananda começou a rir, "não é para rir! O que foi?!"
 "Ayumi, por que você é tão exagerada? Agora analisando a realidade, está tudo perfeito. Olha, a empresa lá da família do Mário sabe?"


 "Sim. E..."
 "Decidiram ampliar os negócios para SP. O Mário e a família dele estão se mudando para lá. Neste momento, falta...", ela olhou no relógio, "35 minutos para ele partir..."
 "Vamos até lá. Eu preciso me desculpar e... não sei", me levantei e puxei ela pelo braço.
 "Como?"
 "Vou pedir para minha mãe", peguei o celular e disquei. Tentei explicar de maneira clara e rápida do que eu precisava e o porquê. Na verdade, ela só ficou meio histérica com o fato de que eu havia feito as pazes com a Ananda e quando disse que precisava fazer o mesmo com o Mário, ela não pensou duas vezes. 
 "Avisei os meus pais e eles nem se importaram tanto, já que insistiram em eu me despedir."
 "Tá. Não temos tempo", corri até o carro e a minha mãe tentou ir em um flash para o aeroporto e foi uma desvantagem morar longe do mesmo. Estava com tanta adrenalina que me esqueci e explicar o término do encontro terrível.
 Mais essa? Por que a vida e o destino gosta de ser tão... Eu estava me sentido como se fosse uma marionete e as pessoas que me controlavam estavam adorando me ver nessa situação. E não é desde hoje ou ontem, é desde aquele dia que aquele garoto resolveu aparecer no meu caminho e me atrapalhar... completamente tudo!!!
 "Chegamos. Eu vou estacionar e encontrar vocês."
 Estava tão desesperada que bati a porta na cara da Ananda. 
 "Ainda tempo. Faltam 20 minutos."
 Corremos até o check-in dos passageiros e o aeroporto estava tão lotado que o Mário iria parecer um formiga no meio daquela multidão.
 "Aqui estão os horários de embarque... Ali!", a Ananda apontou para a TV. "Eles devem estar esperando em frente à sala de embarque."
 "Como você sabe?"
 "É uma questão de lógica. Pensa, faltando pouco tempo e na televisão indicando que em breve começará o embarque... é só ligar os pontos."
 "Sabia que você está parecendo o Millard?"
 "Ele é meu peculiar favorito", ela falou como se eu estivesse a elogiando e estava com um pouco de ironia.
 "Lá estão eles. Mário!!!", gritei. Ele se virou e piscou umas dez vezes seguidas. 
 "Que bom que te encontramos", a Ananda parou e estava ofegante.
 "O que estão fazendo aqui?"
 "Vim pedir desculpas", falei, "olha, eu nunca deveria ter sido tão dramática... foi minha culpa. E agora, você vai se mudar e não vou ter tempo de... Quero dizer aos dois que tudo o que eu disse naquele carta foi uma mentira."
 "Então, aqueles seus elogios eram mentiras?", o Mário falou brincando.
 "Não. Me desculpa por ser uma péssima amiga..."
 "Ei, tudo bem. Na verdade, eu e a Ananda queríamos ter conversado com você de novo, mas ficamos sabendo que você estava no hospital."
 "E, todos acharam melhor darmos um tempo para você", a Ananda completou.
 "Mário", a mulher que reconheci ser sua mãe o chamou, "temos que ir."
 "Tá. Só vou me despedir", ele se virou para nós duas. "Tchau. Até logo. Eu sempre vou voltar", ele falou rindo.
 "Tchau", a Ananda o abraçou e eu nunca vi ela chorar ou ter algum resquício de lágrimas, mas eu vi o quanto ela não gostava de despedidas. Mas quem gosta?
 "Tchau. Eu quero que venha nos ver logo", o abracei e eu voltei a chorar. Ele acenou e entrou na sala e embarque.
 É meio peculiar você descobrir com apenas 13 anos que apenas alguma reação, sentimento ou atitude possam ter diversos aspectos. Igual uma mesma palavra ter inúmeros significados. As lágrimas do começo da noite eram de decepção misturados com raiva em que eu seria capaz de fazer aquele ser humano desaparecer da minha frente. Depois aquele choro no apartamento da Ananda, eram de arrependimento e vergonha. Já a do aquele momento é o pior. São as lágrimas de tristeza em ter que ver seu amigo ir embora e depois que ele entra naquela sala de embarque, você sente o vazio e sabe que quando precisar dele, ele não estará ali. Seriam os quilômetros de distância que separariam mais que é distância de um continente ao outro.
 "Ayumi... ele vem nos visitar."
 "Eu já estou com saudade", falei entre soluços.
 "Eu também. Sua mãe está nos esperando."
 "Querida... o Mário sempre irá vir visitar você e a Ananda", 
ela me abraçou e deu um beijo no meu rosto.
 "Eu sei", tentei encorajar a mim mesma para parar de bancar a chorona.
 Durante o caminho de volta, contei tudo à minha mãe sobre a minha decepção amorosa. Porém, olhando e analisando a situação, eu só quero distância do Paulo. Não necessito de ficar depressiva, chorar e se lamentar por alguém daquele tipo. Foi uma ilusão. Foi um falso amor. 
 "Boa noite."
 "Boa noite Ananda", eu e minha mãe falamos juntas.
 "Agora a senhorita se arruma e vai dormir. Eu conto para seu pai tudo com meu jeitinho. Boa noite."
 "Boa noite", entrei no quarto e fiquei parada com os olhos fechados. Quase tudo estava estava no lugar novamente, mas ainda faltava algo a se fazer.
                               ^-^
 Olá mundo!!!
 Eu estou de volta e acho que vocês devem estar pensando que eu viajei para Marte e só agora voltei para dar notícias e que depois vou voltar para morar lá. 
 Então, eu acho que devo uma explicação, porém vai ser o resumo dos resumos senão você passaria lendo um texto enorme sobre tudo o que aconteceu. E sei que muitos vai pulando e nem lê direito o que eu estou escrevendo.
 Basicamente, eu fiquei sem inspiração e então começou acontecer várias coisas atrás das outras. Problemas atrás de problemas. E adicionando isso com a minha falta de inspiração, eu parei de escrever. 
 Hoje, neste exato momento estou com meus saltos jogados do meu lado e eu estou horrível depois de descobrir que eu gostava de um garoto muito idiota; depois de eu ir atrás para concertar os meus erros de adolescente e da minha despedida com meu amigo. Foi horrível! Eu já estou com saudades e estou chorando por dentro.
 E acho que com esta redoma etérea, o que melhor se encaixa é uma crônica. Antes de você começar a ler e eu escrever (acho que se você já chegou até aqui, não tem nenhum problema eu escrever mais uma coisa). Se lembram do meu primeiro post? Quando eu era leiga com tudo isso? Então, se vocês encontrarem o meu eu no passado andando por aí, avisa para mim que eu cresci. Não sou mais tão inocente e boba. E que eu consegui realizar alguns dos meus sonhos.
 Tenho certeza que se você disser isso o meu eu vai ficar com os olhos arregalados te achando uma maluca que toma remédios para louquice, maluquice, doidisse e por aí vai, e até mesmo você não deve estar entendendo. Simplificando, se você quiser até viver em Netuno, saiba que você é capaz. Sempre há alguma saída e uma maneira de fazer acontecer. O problema é que os seres humanos não criaram ainda uma maneira de viver ou ir até lá.
 Ah, antes que eu me esqueça. Avisa para ela que se cruzar com um garoto a elogiando, dê uns bons tapas nele e diga que ninguém é brinquedo.
 E agora, sem mais delongas... uma crônica para meus leitores.
 Acordei naquele dia parecendo uma morta-viva. E com uma pergunta "por quê?"
 Por que eu fui tão burra? Por que eu tive a coragem de fazer tudo aquilo? Por quê? 
 Fazia uma semana que eu havia descoberto que o garoto que eu julgava ser meu príncipe simplesmente achava que eu era qualquer uma em sua coleção. Foi uma ilusão. 
 Eu costumava quando era pequena, pegar vários cobertores e formar uma barraca provisória e eu ficava durante horas sonhando acordada. O mundo não era páreo para mim. Eu sentia que podia flutuar e que sempre eu voltaria pelo mesmo caminho.
 Porém, você apareceu. Primeiro, você me roubou de mim mesma, apagou minhas pegadas para não conseguir voltar para casa e colocou pesados sapatos de chumbo para não conseguir mais voar. 
 Olhar para você, me fazia sentir nas nuvens, mas era uma falsidade . Eu estava olhando para um garoto que queria tudo, menos me amar de verdade.
 Você me iludiu, me prendeu até acabar com seu show e ir embora sem mais nem menos. E agora, eu só me sinto mal, como se fosse só uma casca de mim. Onde está o meu eu?
 Eu deveria ter ouvido aquela parte que nunca erra: o meu pressentimento. E sabe o que ele me dizia? Que eu estava errada. E eu estava.
 Mas quer saber? Depois de perguntar "por quê?" pela milésima vez, aquela mesma voz interior que só fala a verdade me respondeu: "Você nunca 
amou ele de verdade. Deixe ir."
 Abri os olhos e eu havia me libertado. Andei até as estradas de areia e descalça mesmo eu comecei a correr. Correr para o infinito. Era o momento de seguir em frente.
 Uma garota de palavras se despedindo... xxx





Notas Finais


Aquelas partes em que a Ayumi menciona um tal de Millard e tal... são para os entendedores.
Mas eu vou explicar. Ele é um dos personagens da série "O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares", de Ransom Riggs. E te digo para tu que ainda não leu, ir correndo para a próxima livraria conprar o livro que já se tornou um longa-metragem nos cinemas como "o lar das crianças peculiares". Meus créditos a ele que inventou um invisível nerd.
~Ayumi xxx


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