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História A garota mais legal da turma - Capítulo Único


Escrita por: AnnyGrint

Notas do Autor


É uma das ones que mais gosto, porque tem uma Lily muito especial e engraçada.
Aproveitem a Leitura.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Eu a odeio.

 

 

 

E não é um ódio sem motivo como as pessoas acreditam que seja, eu a odeio porque ela está tirando de mim a melhor parte que eu possuía. Ela está tirando ele de mim.

 

 

 

Eu sei que isso pode parecer exageradamente dramático, mas essa é a realidade. Aquela garota de cabelos curtos e desfiados de uma maneira muito malfeita, diga-se de passagem que ela deveria arrumar outro cabeleireiro, porque esse é péssimo. Enfim, aquela garota que se sente a bruxa pós-moderna com suas mexas coloridas e olhos mal maquiados está tentando roubar o meu sorriso, o meu ar, e a minha vida.

 

 

 

E o pior. Ela está conseguindo.

 

 

 

Com suas idéias inovadoras sobre o que é ser bruxo e como as coisas trouxas são incríveis. Eu também acho coisas trouxas incríveis, bom pelo menos os filmes deles são lindos e românticos e completamente envolventes, não posso assistir “PS, eu te amo” sem ficar mal por três dias seguidos. Ele normalmente ri de mim quando peço para vermos o filme novamente e me convence a mudar de idéia. Ou pelo menos ele fazia isso antes daquela garota aparecer e ele passar o tempo todo com ela.

 

 

 

Eu tente pintar meus olhos daquela maneira, mas olhei no espelho e comecei a chorar de desespero, estava parecendo uma aberração de outro planeta, e preciso colocar um aviso em todos os livros de poções: Se você é ruivo não tente fazer mechas coloridas, já tem o cabelo colorido o suficiente para querer mais cor. Eu tentei o roxo, o verde, e até o azul, mas o resultado foi uma garota chorando enquanto sua prima estupidamente mais inteligente ria e desfazia o arco íris em que meu cabelo tinha se transformado.

 

 

 

Sei que não é fácil lidar comigo. Eles dizem que sou um pouco mimada, muito chiclete e ciumenta. Mas eu não acho que ser a filha mais nova seja lá a melhor coisa do mundo, sempre me protegem mais do que necessário, e na realidade eu sou bem forte. E não sou chiclete, só demonstro carinho diferentemente dos meus parentes fechados e teimosos, e me chamar de ciumenta é um erro dos grandes.

 

 

 

Se eu fosse ciumenta teria tentado jogar algum feitiço naquela garota, ei... espera... eu tentei, mas não deu certo pegou no pobre do Lorcan que também não desgruda mais dela. Oh Meu Deus, eu sou ciumenta mesmo. Mas... Eu posso sentir um pouquinho de ciúmes, ele é parte de mim não é? Eu sinto que é. Ele deveria sentir também. Eu acho que estou ficando louca. Seria péssimo para a reputação da família ter uma louca tão jovem quanto eu.

 

 

 

— Hei... tem alguém ai dentro? — Uma mão com unhas bem feitas ficou se agitando em minha frente. Lindas unhas, compridas, afiadas, com uma cor que lembrava aquela bebida trouxa que é doce e muito boa, qual mesmo o nome da bebida? Alguma coisa com V... Hum, a cor é linda eu acho que não tentei essa cor ainda. — Acho que é uma casca vazia.

 

 

 

— O que? — Minha voz saiu meio estranha, eu estava distraia e não vazia. Essa idéia de vazio me perturba muito. Tipo seria como perder a alma? Eu só digo uma coisa para isso: Medo.

 

 

 

— Estou falando com você há vários minutos e você não respondia. — O que essa garota quer falar comigo. E agora entendi porque estava pensando em quanto o cabelo dela é estranho, o quanto a maquiagem é mal feita e o quanto eu a odeio. Ela estava parada em mim frente. Agora tudo faz sentido. — Hei Potter, está tudo bem com você?

 

 

 

— É Lily... — Odeio quando me chamam pelo sobrenome, é aquele peso de “ela é uma Potter”. — Falando comigo? Sobre o que mesmo?

 

 

 

— Preciso da sua ajuda... — Ela sorriu, o sorriso da garota é bonito e ele ama sorrisos, pelo menos uma vez deixou escapar que amava o meu sorriso.

 

 

 

— Para que? — Minha ajuda? Mas ninguém pede minha ajuda. Normalmente pedem ajuda para meus irmãos ou primos.

 

 

 

— Lily você é a única garota que pode me ajudar. — Meu Deus o que ela vai querer que eu faça? Não mato ninguém, bom a não ser que seja por uma boa causa, não, não, não mato nem barata quanto mais pessoas. Acho que estou fazendo minha expressão de interrogação e ela está preste a falar. — Estou... Bem... Gostando... De um garoto... — O que? Não faça isso... Não... Não... — E me sugeriram um encontro a quatro, e como você é a garota mais legal da nossa turma. — Sou a garota mais legal? Oh, claro que sou. — Você poderia me ajudar?

 

 

 

— Encontro a quatro? — Perguntei um pouco confusa, mesmo eu sendo a garota mais legal da turma e não uma louca compulsiva como sempre achei que me denominariam.

 

 

 

— Isso... Eu, você, Hugo e Lorcan. — Ela disse com um sorriso enorme. E eu não acredito que ela está pedindo minha ajuda para conquistar... Não... Não... Eu não quero ajudar ela. — Então Lily? Me ajuda? — Sabe ela parece alguém legal, mesmo me pedindo para ajuda-la com...

 

 

 

— Tudo bem... — Suspiro cansada. Ser alguém superior, era isso que minha mãe ensinava. Ajudar quem precisa, ser boazinha, solidaria... Uma garota legal Lily, uma garota legal.

 

 

 

— Obrigada! Você é a mais legal mesmo, nunca me ofendeu por causa do meu visual e agora vai me ajudar... — E os braços dela me envolveram em um abraço forte e contente. É muito difícil ser a garota mais legal da turma, mas eu consigo. E pelo menos nunca a ofendi sem ser mentalmente. Sou quase o que os trouxas chamariam de anjo.

 

 

 

— Quando é esse “encontro”? — Eu preciso ao menos me prepara para quando ela sorrir e ele pegar na mão dela e os seus rostos se aproximarem e então... Eu não quero vomitar na frente de ninguém, e nem começar a chorar. Lily Potter não chora em frente às pessoas, a não ser na frente dele.

 

 

 

— Hoje! — Hoje? Mas o que? — Quando o castelo estiver vazio, depois que todos forem dormir, na sala Precisa. — O que? — Eu te encontro em frente ao retrato da Mulher Gorda, tá? — Eu digo novamente: O que?

 

 

 

— Tá...

 

 

 

— Obrigada Lily... — Ela está indo embora e eu ainda estou perguntando: O que?

 

 

 

XXX

 

 

 

Eu não deveria ter aceitado essa idéia maluca de encontro na sala precisa, no fim da noite, isso é totalmente estranho. Meu Deus e se estiverem planejando uma festa de troca de casais? Éca. Eu não estou nem formando um casal, só vou porque sou a garota mais legal da turma.

 

 

 

Eu ainda estou encantada com o meu titulo: Garota mais legal.

 

 

 

Sou quase uma Diva dessas de musicais trouxas que a tia Hermione ama assistir.

 

 

 

“Sou gata, sou mais, sou tão fabulosa que dói

 

Sou vício, um amor,

 

Eu te mostro como eu sou

 

Não ligue se você é inferior

 

É só porque eu sou superior

 

Não chore, não mais, não tente, jamais!”

 

 

 

 

 

Eu estava saindo pelo retrato da mulher gorda, linda e deslumbrante cantando a música que combinava exatamente com o meu título de “Garota mais legal da turma” quando me lembrei de que tinha esquecido de passar meu super gloss que brilha mais que as estrelas, criado exclusivamente por Rose Weasley como presente de aniversário para sua prima preferida. Eu.

 

 

 

Me olhei no espelho a ultima vez, e eu estava horrível. Minha calça jeans com o all star roxo e a camiseta da ultima temporada de Lances da Vida não combinavam em nada, mas eu amo essa camiseta e quando eu ver os dois se beijando vou me lembrar em como Brooke superou o fato do Lucas ter preferido a Peyton desde sempre, e em como no final ela teve um lindo romance com o Julian. Camiseta perfeita. Meu cabelo preso no alto da cabeça em um rabo de cavalo deixava bem claro que eu estava apenas indo por ser legal e não por realmente esperar um encontro a quatro.

 

 

 

Ótimo. Eu estava horrível. Mas estava confortável e preparada psicologicamente para o pior. Perdê-lo de vez. E isso era algo obvio, fazia quase duas semanas que não conversávamos, que não riamos juntos, que ele não tirava a mexa do cabelo que insistia em cair em meus olhos. Não vou chorar... Não vou chorar... Eu estou chorando.

 

 

 

Respirei fundo três vezes e engoli o choro. Eu não posso ficar triste, se ele está feliz é o que importa e eu posso muito bem tirar minha mexa sozinha, e eu posso conversar comigo mesma, como de fato faço frequentemente, e eu posso rir sozinha. Se Hugo está feliz é o que importa e eu não vou ficar triste, nem vou chorar, vou aproveitar o encontro e ajudar eles, enquanto fico rindo do Lorcan contando coisas engraçadas sobre como foram as férias com a tia Luna.

 

 

 

Isso Lily. Seja a garota legal que eles esperam que você seja. Sorria, e fique feliz com os sorriso deles. É assim, seja como a Brooke e supere. Eu adoro seriados trouxas eles são tão inspiradores.

 

 

 

Finalmente sai do salão comunal da Grifinória e encontrei ela parada me esperando, parecia ansiosa em sua roupa bonita. Olhei para minha camiseta e calça e me senti completamente mal vestida. Ela com seu vestido preto tomara que caia até os joelhos não parecia aquela garota de cabelo tingido que usava o uniforme errado.

 

 

 

— Como estou? — Ela sorriu animada enquanto andávamos rapidamente esperando que ninguém nos encontrasse, ou estaríamos enrascadas.

 

 

 

— Deslumbrante. — Eu tive que dizer, ela estava mesmo. Hugo iria se apaixonar instantaneamente. E eu realmente iria perder meu primeiro amor, pelo menos o primo sempre seria parte de mim.

 

 

 

— Obrigada... — Ela sorriu satisfeita. — Até mesmo eu gosto de me arrumar em momentos assim.

 

 

 

— Está ótima... — Digo fracamente. Ela estava linda e me senti mal por todos os meus pensamentos anteriores, ela era perfeita para ele e ainda por cima não tinham parentesco algum o que facilitava todos os sentimentos. Hugo seria feliz, eles seriam.

 

 

 

— Você também está. — Ela disse sorrindo, e eu tinha que dizer: Essa garota é muito legal, bem mais legal que eu.

 

 

 

— Obrigada.

 

 

 

Demos mais poucos passos antes de chegarmos finalmente em frente a sala precisa. Eu conhecia pelas histórias sobre a guerra, e pelo fato de fugir com Hugo para assistirmos filmes aqui. Só não sabia como entraríamos já que era nítido que nem meu primo e nem o Lorcan estavam esperando por nós.

 

 

 

— Chegamos cedo? — perguntei confusa.

 

 

 

— Não... Eles estão lá dentro... — Ela disse.

 

 

 

— Como vamos entrar? — Questiono confusa, custava terem esperado? Falta de consideração.

 

 

 

— Deixa comigo...

 

 

 

— Tudo bem, eu não faço idéia mesmo. — Espero enquanto ela passa três vezes enfrente a parede e a porta aparece grandiosamente como esperado. — Uau, sempre me encanto com isso. — Sempre me encanto mesmo.

 

 

 

— Vai na frente... — Ela disse sorrindo muito mais do que de costume, mas eu fui à frente e rápido antes que alguém nos encontrasse ali.

 

 

 

A sala estava meio escura e cheia de velas. Ótimo. Um jantar romântico, mas o que eu esperava de um encontro na sala precisa? Bom na verdade eu esperava qualquer coisa menos vela, luz baixa e aquela sensação de querer sair correndo. Escutei a porta batendo atrás de mim e me virei para questionar sobre aquele ambiente quando na verdade não encontre ninguém atrás de mim, a não ser a porta.

 

 

 

— O que? — Perguntou completamente atormentada. — Não vão me deixar aqui sozinha, com essas velas, e se a sala pegar fogo? Sou muito jovem para morrer, e não quero queimar minha camiseta preferida... SOCORRO! SOCORRO!

 

 

 

— Lily se você não quer as velas é só mentalizar que elas somem... Sala precisa, se lembra? — Eu conheço essa voz, eu sempre reconheceria mesmo daqui mil anos, e eu odeio essa risadinha metidinha dele.

 

 

 

— Hugo, o que é isso? — Questiono, mas não sem antes me livrar de todas aquelas velas apavorantes e de pedir luminárias muito mais modernas e coloridas.

 

 

 

— Um encontro. E você está linda...

 

 

 

— Eu sei, um encontro a quatro, mas não estou vendo as outras pessoas... Hei... Disse que estou linda? — Ótimo ele me deixou feliz e ao mesmo tempo constrangida, como ele está lindo também, de camiseta azul marinha.

 

 

 

— Sim disse que está linda, mas não é um encontro a quatro... É apenas um encontro. — Ele está coçando a cabeça constrangido. Um encontro? Hei... Eu estou aqui. Ele está aqui. Nós estamos aqui. Um encontro. OH MEU DEUS. Um encontro.

 

 

 

— Mas...

 

 

 

— Sarah é uma ótima amiga, mesmo que eu não entenda como ela se apaixonou pelo Lorcan... Enfim...

 

 

 

— Sarah e Lorcan? — Sarah e Lorcan! Sarah e Lorcan! E não Sarah e Hugo! A vida é bela, sim ela é. Cadê os fogos de artificio? Hei brincadeira sala precisa, brincadeira.

 

 

 

— Não percebeu? Eles vivem juntos...

 

 

 

— Vivem né... — Eles vivem juntos, Lorcan e Sarah... Melhores amigos de Hugo, os dois vivem juntos porque são um casal, um lindo e adorável casal, um estranho casal. Mas Sarah e Lorcan! Vou fazer campanha para eles serem rei e rainha do baile. Hei, não temos bailes e nem reis e rainhas... O que é uma droga. Foco Lily.

 

 

 

— Lily? Você está bem? — Ele está vindo para perto de mim. E é lógico que estou bem, Sarah está com o Lorcan e não com ele. Como eu poderia não está bem? Quero gritar! Nossa tinha esquecido como acho o Hugo bonito com suas sardas e com os olhos brilhantes dele. E nossos cabelos combinam. Ele está tão perto. É um encontro. Um encontro entre Hugo e Lily. E eu sou a Lily. Como mesmo que se para de sorrir? — Lily?

 

 

 

Eu sei que a garota tem que esperar o menino beijá-la, mas... Eu estou aqui na sala precisa tendo um encontro com o meu primo, que na verdade é bem mais que isso. Estou na sala precisa em um encontro com o meu amor, e não poderia fazer outra coisa a não ser jogar meus braços em seu pescoço e juntar nossos rostos. Seus lábios macios se envolveram com os meus assim como nossas línguas passaram a fazer movimentos lentos e sincronizados e eu senti tudo que as outras garotas diziam não sentir. Eu senti meu coração batendo forte e rápido quase saindo de dentro de mim. Eu senti como se o mundo tivesse parado e nada pudesse nos atingir. Eu senti como se finalmente estivesse fazendo a coisa certa. Hugo segurava minha cintura e me puxava para junto de si, e quando terminamos o beijo não dissemos nada, e eu continue a sorrir.

 

 

 

— Lily...

 

 

 

— Hugo...

 

 

 

Nós rimos juntos. E de novo. E o barulho da risada era tão gostoso que eu toquei o rosto dele decorando cada centímetro da expressão que ele tinha.

 

 

 

— Surpresa! — Ele disse meio sem fôlego.

 

 

 

— Senti sua fala nesses dias Hugo, achei que o encontro era entre você e Sarah... — Suspiro finalmente. — Eu só vinha para ajudar, porque se você ficasse feliz isso bastava.

 

 

 

— Como se eu pudesse ficar com outra garota... — Ele sorriu segurando o meu rosto. — Eu precisava de ajuda para poder fazer isso aqui...

 

 

 

Ele se afastou mostrando com as mãos um enorme telão, que estava de frente a um tapete completo de almofadas grandes, fofas e aparentemente muito confortáveis.

 

 

 

— Alguém disse que queria assistir “PS, eu te amo” pela milionésima vez. — E ele sorriu. O seu melhor sorriso, o sorriso que fazia meu sol brilhar.

 

 

 

— Hugo... Eu quero ver ainda... — Digo o abraçando enquanto ele me leva até as almofadas e nós nos sentamos juntos, abraçados esperando pelo começo do filme, esperando pelas minhas lágrimas e pelas gracinhas que ele faz para me fazer parar de chorar.

 

Quando as primeiras falas do filme começaram, ele me abraçou forte e juntou seus lábios em meu ouvido me fazendo sentir um arrepio. Quando achei que era somente um beijo que ele daria, ele suspirou.

 

 

 

— Lily...

 

 

 

— Hum...

 

 

 

— PS, eu te amo.

 

 

 

Eu devo dizer que foi a melhor frase que já ouvi na minha vida, e que tive que juntar nossos lábios novamente, e quando finalmente nos separamos eu senti seus braços em volta de mim me apertando em um abraço assim que comecei a lacrimejar com o filme. E posso dizer algo que nunca achei que diria: Sarah é a garota mais legal da turma. E preciso me lembrar de agradecer a ela pela ajuda.

 

 

 

The End.


Notas Finais


Venham conversar comigo, adoro bater papo e saber o que acham das histórias...
Beijos


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