História A Garota Normal e o Astro do Pop - Tive uma ideia

Pov. Cameron

Nem acredito ainda que tive coragem de fugir de casa e virar um cara normal que faz coisas normais. Só não sei quanto tempo isso vai durar. Tenho medo de voltar, tenho medo que tudo volte a ser como era antes, pelo menos a  Emily me trata como um cara normal. Espero que um dia eu possa recuperar o tempo perdido. Nunca quis que as coisas chegassem a esse ponto mas acho que foi inevitável.

—quando você usar o banheiro por favor não deixe a tampa levantada. Obrigada de nada.

— como é? A tampa da privada abaixada ?

— sim, meu quarto minhas regras.

— agora com licença que eu quero trocar de roupa e tomar um banho

— quer que eu vá com você —disse arqueando as sobrancelhas

— não, você é doente? Olha, você saiu de casa ou te expulsaram dela?

— eu sai —disse meio desanimado

— menos mal, se você  tivesse sido expulso eu não deixaria você viver aqui em casa

—que seja, já foi mesmo —disse sendo com cautela

— agora... se comporte bem e você não será expulso

—como quiser... senhorita —disse fazendo reverencia de cavalheiro

— para se não eu vomitar —disse ela sendo irônica —agora é serio —ela abriu  closet e começou a pegar as roupas dela pro banho, ela pegou um pijama e uma toalha

— e as minhas roupas? —disse

— ah, acho melhor irmos comprar amanhã. Você tem dinheiro não é? —ela se virou pra mim quando ela terminou de pegar as suas roupas e me encarou

— sim tenho! Acha que eu andaria por aí sem dinheiro?

— sim acho, você disse que desapegaria de tudo, então... por que não do dinheiro também?

— é você tem motivos pra achar que eu não teria dinheiro, mas mesmo assim me preveni. —ri e ela também e foi tomar banho.

— ah —ela voltou— relaxa, eu vou pegar uma roupa do meu pai, e depois vemos como você fica. Até amanhã chegar, você vai ficar com a roupa dele. —ela riu

— as roupas do seu pai não são tão ruins assim... né? —fiz uma careta

— não claro que não. De jeito nenhum  —ela fez sendo expressiva, e logo depois foi pro banheiro tomar seu banho.

 Fiquei no quarto analisando tudo, as coisas que haviam em cima da mesinha dela

tinha tantos filmes, tantas peças. Mas na verdade acho que ela na quer ser atriz ela parece focar em alguma coisa próximo disso.

Tinha uma foto dela e da família dela quando ela era mais nova, tinha uma garota junto com ela, achei que deveria ser sua irmã.

Fui dando mais umas voltinhas no quarto e achei na parede, um quadro com várias anotações estava escrito o nome de várias pessoas: Shawn Mendes, One Direction , Bruno Mars, Katy Perry, Fifth Harmony,Little Mix, Taylor Swift e tinha tantos artistas ali, quando eu olhei um papelzinho menor, tinha o nome Cameron Dallas. Eu fiquei até pasmo, ela é minha fã sim aquela mentirosa.

— Cameron será que você poderia pegar minha.... —ela viu que eu estava olhando as coisas dela— o que você está fazendo?

— eu?... nada —saí de perto das coisas dela —só estava dando uma olhada

— sai de perto desse quadro —disse ela revoltada e saindo do banheiro com a sua roupa de dormir

— foi mal, mas por que você ficou brava? —arqueio a sobrancelha

— não é da sua conta, você vai tomar banho ou não? —disse ela

— sim vou, estressadinha —imitei voz de mulher

— VAI LOGO  —ela ficou mesmo com raiva

—onde está a toalha?

— ah! Desculpe você vai ter que usar isso —dei um roupão pra ele

— é o que? rosa?

— sinto muito —ela ri —é temporário até eu ir pegar a roupa do meu pai pra você  usar

— haha teve muita graça — fingi — olha, como eu sou bem educado eu vou aceitar na boa — vou caminhando pro banheiro.

—não use a água toda, aqui a gente paga a água caso não saiba, e a água é d caixa, se acabar ACABOU

— eu não sou idiota não sabia? —fiz uma careta

— não, obrigado por me avisar —ela enxugava o cabelo na toalhinha. Apenas voltei pro banheiro e comecei a tomar um banho relaxante

...

Depois do banho, voltei pro quarto com aquele roupão ridiculo que a Amy havia me emprestado até ela pegar  a roupa do pai dela.

— aqui —ele estendeu a mão com a roupa que havia a roupa que era do seu pai —não sei se vai servir, mas, foi a única que eu arranjei — disse ela sendo delicada

— obrigada, qualquer coisa menos esse roupão —disse pegando a roupa dela, mas a mesma revidou e segurou ainda o roupão

—não fale assim dele, ele tem sentimentos —eu ri

— fala sério?

—não ria, é sério —ela falou séria

— ta bom —fiquei sério também—e ele tem nome?

— sim, se chama chão

— é o que?

— é uma coisa lá do meu país, brasileiros vão entender a referência

— que?

— é um jeito fofo de chamar Shawn —disse ela me entregando a roupa do pai dela

— ta bom, como quiser, vou retirar o que eu disse, ta bem “chão” ? —eu comecei a falar com a roupa

— hey,seu nível de tapadismo subiu muito —ela disse

— e o seu nível de beleza subiu com seu cabelo molhado —a elogiei

— ta, agora se troca logo que eu to morta de sono —disse ela, e eu comecei a tirar  o roupão

— ôw ôw ôw o que você está fazendo? —disse ela fazendo gesto de “para”  com as mãos

— trocando de roupa

— tem um banheiro ali sabia? —ela apontou pro banheiro

— tem razão, ia me esquecendo —disse indo pro banheiro trocar de roupa

...

—é parece que ficou bom —disse. Mas acho que ela não ouviu ela estava deitada e parecia que estava dormindo —Emily? —ela nem respondeu, então ela estava mesmo dormindo

Fui caminhando até o meu colchão, e arrumei tudo. Foi aí que eu apaguei a luz do abajur e peguei no sono.

[...]

Dia seguinte...

 Pov. Amy

Nem tinha visto a hora que tinha ido dormir, mas eu tava tão cansada que devo nem ter percebido quando eu tinha caído no sono.

Abri meus olhos levemente, via tudo como um vulto. Piscava muito os meus olhos e aí eu bocejei. Eu me virei pro lado, e como eu não estava muito no meio da cama, cabei caindo

—Ahhhhhhhh —gritou alguém —garota você é louca?

— Meu Deus, então não foi um pesadelo —disse saindo de cima dele —você ta mesmo aqui

— fala como se você achasse ruim

— e por que eu acharia bom? — comecei a me limpar

— hãn...por que eu sou Cameron Dallas  talvez!?

—mas você é mesmo muito convencido não? —disse com cara de repugnância —levanta daí —joguei um travesseiro nele — aqui não é a casa da mãe Joana pra você dormir até quando bem entender

— calma estressadinha

— para de me chamar assim —disse apontando o dedo —levanta, acho que tenho uma idéia

— idéia? pra que?

— você não pode viver aqui pro muito tempo sem meus pais descobrirem, mesmo que eles sejam ausentes, não quer dizer que eles nunca venham aqui no meu quarto.

— não, espera! Como é? Você  vai me entregar? E se alguém descobrir? Como eu fico?

—fica calmo, você vai ficar bem. Eu prometo

— promete? E o que vale a sua promessa?

— muito mais do que as que você faz nos seus palcos —disse sendo meio grosseira, ele fez uma cara não muito feliz com aquilo — com licença, vou escovar os dentes

Saí dali ainda pasmada com o que eu havia dito pra ele, será que ele se ofendeu?