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História A Garota Que Ninguém Reparou - The first time.


Escrita por: agirlwithscars

Notas do Autor


Oi, pessoaaaaaaaal! Me perdoem por não ter postado semana passada! Com a chegada das provas finais eu tenho tentado aproveitar o máximo de feriados que a vida me dá, rs. Espero que entendam e aproveitem esse capítulo, QUE ESTÁ BOMBÁSTICO!!!!
Boa leitura!
~agirlwithscars.

Capítulo 12 - The first time.


Fanfic / Fanfiction A Garota Que Ninguém Reparou - The first time.

Em um certo momento em sua vida, sua jornada de evolução é colocada a prova. Na maioria das vezes é quando vivenciamos um período mortal, e toda nossa vida passa bem diante de nossos globos oculares. Eu estava sentindo-me exatamente desse jeito, como se algo puxasse-me para um lugar bem ao longe, para eu poder rever toda a minha história, relembrar os bons momentos e a apagar os maus. Era isso que Christopher significava: morte. A morte de meu espírito, a morte de minha liberdade, a morte de minha felicidade e a morte das pessoas que eu amava. Estava nítido minha escolha e minha única opção sábia, sempre fora meu dever dar minha vida pelas pessoas que eu amo, o que mudaria é que Christopher preferia ter-me viva. Arrisquei virar-me e olhar mais uma vez para o rosto sereno de Daniel, ele estava tão calmo e em paz que por um breve momento eu havia esquecido do ocorrido minutos antes. Eu nunca negara mas também nunca afirmara em voz alta minha antiga paixão por Daniel. Lembro-me que sentira-me atraída por sua compaixão e beleza incomum quando enfrentou Christopher pela primeira vez. Eu com minha jovialidade e total inocência acreditei que Daniel sempre estaria ali ao meu lado para proteger-me, mal sabia eu que nem Daniel seria capaz de tal ato, ninguém seria, Christopher sempre iria prevalecer um fantasma vingativo que eu carregava em minhas costas. Deitei-me na maca de Daniel ao seu lado e colei nossos rostos.

- Eu amo tanto você. – sussurrei contra seu corpo adormecido. – Perdoe-me.

Antes que alguma lágrima se apoderasse de meu corpo, toquei as maçãs do rosto de Daniel e concentrei-me nas linhas de seu queixo e seu pescoço, desenhando-as com meu dedo indicador. Toquei seus lábios levemente avermelhados e entreabertos. Eu devia aproveitar os últimos momentos de liberdade e felicidade que Christopher proporcionara para mim. Colei meus lábios aos lábios de Daniel e deixei-me levar por todas as vezes que ele libertou-me das garras de Christopher, por todas as vezes que ele olhou por mim e por todas as vezes que ele havia cuidado de mim. Senti o corpo de Daniel movimentar-se e abri os olhos. Ele estampava um sorriso torto e jovial nos lábios recém beijados, seus olhos estavam semicerrados e sua mão subia por minha cintura.

- Danny. – sussurrei, sem fôlego.

- Ei. – ele murmurou, com a voz rouca de quem havia acabado de acordar. – O que foi isso? – ele perguntou, apontando para seus lábios.

Eu não precisava nem ao menos perguntar à Daniel, estava claro que meu rosto estava vermelho como um pimentão.

- N-nada. – gaguejei. – Daniel, você precisa descansar.

- Me obrigue. – ele disse, puxando-me pela nuca e juntando nossos lábios.

Beijar Daniel soava como algo impossível de acontecer há algumas horas antes, mas o que poderia acontecer? Sem dúvida, eu amava Daniel com todas as células do meu ser e se eu fosse morrer por alguém, seria ele, mas e quanto a Jesse? O que realmente acontecia entre nós? Nesse momento eu mal me importava, só estava interessada em desfrutar esse ato de paixão com a pessoa que amo.

- Daniel... – sussurrei, assim que nos separamos.

Ele colocou o indicador entre meus lábios e puxou-me para deitar-me sobre o seu corpo e assim que o fiz, seu rosto contorceu-se em uma careta de dor.

- Daniel, você precisa descansar. – o repreendi.

- Acho que eu já descansei bastante. – ele disse, puxando meu rosto com as duas mãos para perto do seu. – Não irei desperdiçar nem mais um valioso segundo.

Abri minha boca para protestar mas Daniel foi mais rápido, capturou meus lábios em um beijo feroz e ardente, fazendo minhas entranhas chacoalharem de êxtase. Deitei-me em cima de seu corpo e sua mão que até então prendia minha cintura, começou a vaguear por meu corpo.

- Ai! – ele grunhiu, jogando a cabeça para trás e fazendo uma careta.

- Daniel, desculpe-me. – disse, levantando-me e pegando meu celular que estava no braço da poltrona.

- Amélia! – ele gritou, e colocou uma mão sobre a barriga.

- Perdoe-me – sussurrei, e corri em direção a porta do quarto.

Corri perdidamente pelos corredores do hospital, sem hesitar e sem olhar para trás. Bastava um simples movimento da minha cabeça e eu desistiria de fazer o que estava planejado. Era estranho sentir meu coração borbulhando por meu irmão. Puta merda, Amélia! Sua idiota! Você beijou seu irmão! Você é repugnante. Fechei meus olhos por um instante, apenas inspirando e expirando e sentindo meu sangue pulsando em meus ouvidos, essa poderia ser a última vez em que eu corria contra o tempo, fazendo meus cabelos voarem sobre meu rosto e meu coração acelerar. Talvez eu nunca mais chegasse a ver a luz do céu, ou sentir o cheiro das panquecas doces que Daniel fazia na manhã do meu aniversário. Essa é uma causa que exige sacrifícios e eu não irei demonstrar fraqueza, irei enfrentá-la com toda a minha força.

Empurrei as portas de metal frio da entrada do hospital com os meus ombros e arrependi-me segundos depois, quando eles começaram a doer. Merda! Idiota! Apoiei-me no muro e apertei meu ombro. Eu poderia ter deslocado o ombro ou até quebrado a clavícula, mas nem isso iria impedir-me de salvar Daniel, Jesse, Angel e minha mãe. Eu tinha um propósito agora e todos estavam contando comigo.

- Amélia? – alguém chamou-me ao longe.

Aquela voz era tão nítida quanto uma colher de café em um copo cheio d’água.

- Jesse. – murmurei, levantando-me e me arrependendo profundamente de tê-lo feito.

- Você está bem? – ele perguntou, arregalando os olhos e encarando minha mão agarrada ao meu ombro.

- Estou ótima.

- Tudo bem, então. – ele disse, acenando e virando-se para ir embora.

- Jesse! – chamei-o. – Espere!

- Sim?

- Se tudo aquilo que eu havia lhe dito no colégio fosse mentira... – disse, aproximando-me e encarando-o nos olhos. – O que você faria?

- Eu provavelmente a beijaria várias vezes naquela sala, mesmo. – ele disse, contornando-me e parando para sussurrar em meu ouvido: - E faria coisas com você que você iria desejar nunca mais sair de lá.

Meus joelhos começaram a tremer e cada parte do meu ser gritava para ele jogar-me em seus ombros e tirar-me daqui. Mas que diabos! Eu acabara de ter admitido minha aparente paixão pelo meu irmão postiço! Que porra eu estou fazendo, pensando em Jesse dessa forma?

- Claramente, não foi isso o que houve. – disse, evitando seu olhar de predador atrás da caça. – Obrigada por esclarecer minha dúvida, Jesse.

- Foi um prazer. – ele disse, beijou minha têmpora e tomou seu caminho.

Pelo breve momento em que seus lábios tocaram minha pele, senti-me congelada e instantaneamente fechei meus olhos. Permaneci imóvel até perceber que ele já havia ido. Senti a parte de trás da minha calça vibrar e já estava começando a me perguntar que merda Daniel e Jesse estavam fazendo para com meu corpo, quando lembrei-me que havia colocado o celular no bolso. O número de Clarissa piscava diversas vezes na tela. Mas, eu não tenho o número da chefe do Daniel. Merda, merda, merda! Eu havia pego o telefone de Daniel por engano! Como sempre, eu estou estragando tudo. Ver o número de Clarissa pulsando no celular de Daniel, trouxe-me uma memória esquecida em meu subconsciente.

Três dias haviam se passado desde que papai havia mudado completamente e batido em mim com seu cinto. Minha costas estava um pouco melhor, apesar da vermelhidão e a ardência na hora do banho. Mas apesar de tudo eu estava feliz. Daniel havia ligado para sua chefe Clarissa dizendo que precisaria ficar em casa por um tempo indeterminado para cuidar de mim, apesar de eu não entender muito porque ele queria ficar cuidando de mim, uma vez que mamãe estava em casa conosco, mas não irei negar, Daniel mimando-me era a melhor coisa que poderia acontecer-me naquele momento. Eu estava deitada no sofá – de lado para não machucar a costas – vendo algum desenho aleatório na TV, enquanto mamãe tricotava alguma-coisa-que-eu-não-fazia-ideia-do-que-era azul. Daniel estava na cozinha, de pijama e cabelos bagunçados, discutindo com sua chefe pelo telefone.

- Clarissa, você não entende! – ele dizia. – Ela precisa de mim!

Ele calou-se por um tempo, acredito que estava ouvindo o que Clarissa tinha a dizer. Seus olhos vasculharam a cozinha e acharam os meus sobre o braço do sofá. Acenei para Daniel e abri meu sorriso simpático que dizia “vai ficar tudo bem”.

- Tudo bem, Clarissa. – ele concluiu. – Voltarei amanhã.

Ele desligou o celular e o jogou em cima da bancada da cozinha. Bufou e passou a mão pelo cabelo. Aproximou-se do sofá e sentou-se entre mamãe e eu.

 - O que você está fazendo, mãe?

- Uma meia. – ela disse. – Eu acho.

Daniel e eu rimos, uma risada que não dávamos a dias. Era bom ouvi-lo rir, sua risada era como uma música nova que você escuta e gosta tanto que passa dias e mais dias ouvindo-a sem parar, de novo e de novo.

Ele passou o braço sobre meu ombro e sussurrou em meu ouvido:

- Você vai ficar bem, meu anjo?

- Eu vou sempre ficar bem, Danny.

Ele fechou a cara.

- Eu falo sério.

- Eu também! – murmurei. – Estou melhor.

- Ótimo. – ele suspirou, aliviado. – Pode me prometer uma coisa?

- Mais uma? – provoquei.

- Amélia. – ele repreendeu-me.

- Diga.

- Me prometa que você não irá deixar boas oportunidades escorregarem de suas mãos.

- O que isso quer dizer?

- Quando você estiver prestes a perder algo que você dá valor... – ele disse, colocando uma mecha do meu cabelo que estava em meu olho atrás da orelha. – Vai entender a não desperdiçar chances.

O baque da memória fez-me pensar mais do que eu gostaria. Pela primeira vez, as memórias que eu tinha de Daniel não eram só seguras e reconfortantes, eram conselhos. Ele estava certo, eu deveria aproveitar cada chance que o universo depositar em minhas mãos, e a poucos minutos atrás, uma dessas chances tinha um cabelo loiro, olhos azuis e um sorriso torto encantador, mas ele havia ido embora, ele havia escorregado de minhas mãos.

Cliquei em “responder a chamada” no celular de Daniel.

- Daniel?! – Clarissa berrou do outro lado da linha.

- Clarissa, é a Amélia.

- Amélia! – sua voz fora de grave para suave em instantes. – Querida, como você está? A febre já passou?

Febre? De que merda Clarissa estava falando?

- Eu estou bem. – eu disse, - Eu acho. – respirei fundo e tentei retomar o assunto principal ao qual eu havia atendido a ligação. – Clarissa, Daniel sofreu um acidente.

- Oh, meu Deus! O que houve?

- Eu não sei muito bem. Não me deixaram acompanhá-lo porque sou menor de idade. – menti. – Você poderia ficar com ele por alguns dias?

- Claro, querida! Mas... E quanto a sua mãe?

- Viajou. – hesitei. Essa desculpa não seria boa o suficiente. – Nossa tia morreu e ela foi até a Alemanha para o funeral. – menti mais uma vez. – Clarissa, preciso ir. Até mais. Tchau. – as palavras saíram atravessadas da minha boca.

Desliguei o celular e o coloquei de volta no bolso da calça. Agora, tudo o que eu precisava era fazer valer a pena as poucas horas que me restavam. Sinalizei para um táxi parar, e um dos muitos que passavam em alta velocidade respondeu. Entrei no táxi e o motorista perguntou qual era o destino, e eu lhe dei o endereço de Jesse.

**

Paguei o taxista e desci do carro, andei até a porta da casa de Jesse e fiquei encarando-a por um tempo, tempo necessário para o sol desaparecer no horizonte e a noite aparecer, até que finalmente juntei uma miséria de coragem e toquei a campainha. Jesse abriu a porta e arregalou os olhos para mim, surpreso. Ele usava apenas uma calça de moletom cinza com um elástico branco.

- Amélia, o que faz aqui?

- Jesse. – aproximei-me do seu peitoral totalmente nu e mordi o lábio inferior. – Faça coisas comigo que irão fazer-me desejar nunca mais sair daqui.

Ele não conteve o riso e olhou-me desconfiado.

- Amélia, você andou bebendo?

Não, mas estou prestes a me embriagar. – pensei.

Pulei em seus braços e coloquei minhas pernas em volta de sua cintura, fazendo-o cambalear para trás. Ele segurou minha cintura com firmeza e encarou-me nos olhos. Acho que eu já estava começando a ficar embriagada, porque podia jurar que seus olhos estavam brilhando.

- Você tem certeza disso? – ele perguntou.

- Não vou mudar de ideia tão cedo, Jesse. – tentei transmitir uma voz rouca e sexy em seu ouvido. Acho que deve ter funcionado, porque ele atacou meus lábios em uma ferocidade notória que fez-me parar de sentir as pernas. Ele andou até o canto da sala e prensou-me contra a parede.

- Você não vai sair daqui. – ele disse. – Nem se implorar.

Aquela voz rasgada meio sussurrada contra meu corpo fez-me arrepiar por inteira. Então era assim que mulheres excitadas sentiam-se. Ele sugou meu lábio inferior e prendeu minhas mãos no topo de minha cabeça e começou a trilhar beijos por toda a extensão do meu pescoço. Ele desceu sua língua suavemente até meu colo e plantou um chupão em minha clavícula. A sensação dos lábios de Jesse sugando minha pele fez-me derreter em seus braços. Joguei a cabeça para trás e arfei. Ele apertou-me ainda mais contra sua cintura e pude sentir seu membro totalmente ereto sobre a calça de moletom, o que fez-me sorrir maliciosamente. Ele começou a andar em direção a escada e subiu a mesma, logo em seguida entrou – comigo ainda em seu colo – em seu quarto e trancou a porta atrás de si. Ele deitou-me em sua cama e começou a desabotoar minha camisa jeans, lentamente, beijando cada parte do meu tórax que ficava à mostra quando o botão escapava da casa.

- Você é tão linda. – ele sussurrou quando chegou ao último botão.

Senti meu ventre vibrar com toda a tensão no ar. Eu precisava de Jesse, precisava dele agora, nesse momento, provando para mim que não fora um equívoco meu escolher passar minhas últimas horas com sua companhia.

Ele tirou minha camisa completamente e jogou-a em um canto qualquer do quarto. Seus olhos não desgrudavam dos meus um momento sequer enquanto abria meu sutiã. Respirei fundo e fechei os olhos, tentando diminuir os meus batimentos cardíacos. Claramente, uma tentativa falha. Ele jogou meu sutiã no chão e beijou meu seio, o que fez-me gargalhar.

- Acha isso engraçado? – ele perguntou, erguendo as sobrancelhas. Seus olhos estavam dez tons mais escuros.

- Sim. – respondi, ofegante de tanto rir.

Ele puxou-me pelos joelhos, deixando nossos rostos da mesma altura.

- Vou fazer você gargalhar. – ele disse, em tom sério.

Abri a boca para protestar e gargalhar mais um pouco, mas em ao invés disso, minha costas arquearam-se assim que Jesse abocanhou meu seio. Senti sua boca abrir-se em um sorriso contra minha pele nua, e seu hálito de hortelã perfurou minha pele fina, fazendo-me soltar um som abafado. Ele começou a beijar minha barriga e desceu até minha intimidade e, demoradamente, retirou a única peça de roupa que mantinha meu corpo totalmente nu. Era estranho estar totalmente nua e à mercê de uma pessoa que eu mal conhecera, mas eu não sentia-me assim na presença de Jesse. Ele voltou a observar-me, procurando qualquer falha na minha feição que o fizesse parar, mas eu acenei e ele voltou aonde havia parado. Ele empurrou meus joelhos para lados opostos, fazendo-me ficar – se ainda era possível – mais exposta do que já estava. Seus lábios desceram até minha intimidade e fizeram coisas com diversas partes de meu corpo que eu jamais havia ouvido falar que existiam. Enquanto ele brincava com meu corpo, um calor quente percorreu minha virilha e minha barriga.

- Jesse. – disse, ofegante.

À medida que ele aumentava ou diminuía o ritmo meu corpo respondia com espasmos. Estava começando a ser frustrante essa terrível tensão que estava sendo criada no meio das minhas pernas, até que ele parou e ergueu-se na cama. Ele retirou a sua calça de moletom, jogou-a no chão e deitou-se sobre mim. Ele começou a beijar-me docemente, carinhosamente, como se estivesse ninando-me. Ele empurrou-se contra mim e pude senti-lo. Realmente senti-lo. Soltei o gemido mais alto que soltara em toda minha vida e ele voltou a beijar-me manhosamente. Ele entrelaçou suas mãos nas minhas e colocou-as ao lado de nossos corpos, e começou a fazer movimentos lentos, como se não houvesse pressa de terminar o que havíamos começado, como se não quisesse deixar-me sair daquele lugar. A tensão entre as minhas pernas aumentou e fechei os olhos com força. Jesse deve ter percebido porque aumentou a velocidade dos movimentos e sussurrou em meu ouvido:

- Relaxe, Amélia.

E assim eu o fiz. Relaxei e meu corpo começou a ter reflexos do que eu imagino ser um orgasmo. O mesmo acontecera com Jesse, e logo depois ele desabou-se sobre meu corpo. Ele aninhou seu rosto em meu pescoço e eu abracei-o. Eu podia sentir o calor que seu corpo emanava em meu coração que palpitava sem parar. Ele levantou o rosto e beijou meu nariz.

- Espero que isso a faça não ir embora nunca mais.

Sorri, apesar de saber que nada daquilo duraria mais de uma hora.

- Podemos dormir agora? Estou cansada. – fingi um bocejo.

- Claro. – ele disse, tirando os cabelos que ficaram grudados em meu rosto.

Ele deitou-se no travesseiro e eu fiz o mesmo, virada de frente para ele. Ele sorriu e logo adormeceu. Certifiquei-me que ele realmente estava dormindo e enrolei-me no lençol que estava caído no chão. Levantei-me devagar para evitar ruídos e não acordar Jesse e andei até o banheiro. Parei em frente ao espelho para observar meu reflexo pós-sexo. Eu nunca imaginara que meu rosto ficaria tão corado, ou que meu cabelo ficaria tão desgrenhado. Desci um pouco o lençol nos ombros e pude ver o chupão que Jesse me dera, marcado em minha clavícula. Provavelmente ficaria marcado por uns dias. Abri a torneira da banheira e a enchi com sais de banho que achara no armário. Entrei na banheira e afundei na água morna. Eu não havia me dado conta de quanto tempo ficara debaixo d’água, mas soube que foi tempo o suficiente quando comecei a ficar com falta de ar. Apesar da ideia de suicidar-me na banheira de Jesse depois do que aconteceu só para fugir das garras de Christopher fosse tentadora, eu não me atreveria. Meu corpo involuntariamente imergiu a superfície, fechei os olhos e comecei a chorar baixo, para que Jesse não acordasse. Assim que realmente me recompus, levantei-me da banheira e enrolei-me no roupão branco felpudo que estava pendurado em uma barra de metal próxima a banheira. O roupão tinha cheiro de Jesse, todo o meu corpo agora havia absorvido seu cheiro, seu calor, sua alma.

Vasculhei as gavetas do banheiro à procura de uma tesoura e a achei na terceira gaveta. Separei uma mecha do meu cabelo, coloquei a tesoura entre os dedos e a fechei sobre a mecha de cabelo. O que restara da mecha deslizou sobre o roupão e caiu no piso frio. Separei outra mecha e fiz o mesmo, e de novo, e de novo e de novo. Cortei a última mecha e meu cabelo estava reto, na altura da orelha e uma lágrima quente escorreu pela maçã do meu rosto. Formei uma concha com as mãos e juntei os restos de cabelo e os joguei no lixo. Guardei a tesoura na gaveta, saí do banheiro e do quarto de Jesse. Desci as escadas, decidida a ir até o quarto de hóspedes – quarto onde havíamos ficado a última vez que eu viera aqui – procurar por uma roupa de Angel que me servisse, mas assim que desci o último degrau da escada, avistei a mesma tomando um copo de leite gelado e comendo algumas bolachas recheadas.

- Amélia! – ela disse, engolindo as bolachas. – O que faz aqui? Você é a namorada do Jesse? Você vai vir morar com a gente? Você ama ele?

Engoli em seco, boquiaberta, ainda sem reação. Eu estava totalmente equivocada ao imaginar que sair de fininho da casa de Jesse seria fácil.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, até semana que vem.
Boa semana para todos! Beijos,
~agirlwithscars.


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