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História A Garota Que Ninguém Reparou - I'm A Slave 4 You.


Escrita por: agirlwithscars

Notas do Autor


Olá, pessoal!
POR FAVOR, NÃO ME ODEIEM. Eu sei que demorei muitíssimo pra postar, eu sei! Por isso, vim apesar do sono e terminei o capítulo e irei postá-lo para vocês.
AVISOS: Tem hot, sim! O primeiro hot da fic. Tem balada, SIM! Tem bebidas, SIM! Tem palavrões, SIM! Me inspirei muito na minha playlist da Britney S. no finalzinho desse capítulo, espero que gostem.
Enfim, boa leitura.
~agirlwithscars.

Capítulo 7 - I'm A Slave 4 You.


Fanfic / Fanfiction A Garota Que Ninguém Reparou - I'm A Slave 4 You.

POINT OF VIEW: BÁRBARA FIELDS.

- Se você me deixar montar na sua moto eu te levo até ela. – eu me aproximei mais dele e passei minha mão em seu abdômen definido. – A propósito, meu nome é Bárbara.

- E se eu não te deixar montar? – disse ele, com um sorriso perverso no rosto.

- Oh, querido... – disse manhosamente. – Você irá me deixar montar.

- Talvez sim. – disse ele, passando seu dedo indicador no meu lábio inferior, fazendo minhas pernas tremerem de excitação. – Talvez não. – ele deu um passo para trás e subiu na moto. – Mas, estou generoso hoje.

Fui em sua direção, minhas botas de salto alto ecoando na calçada. Subi na moto e colei nossos corpos o máximo que consegui e coloquei meus braços em sua cintura e pude sentir seus músculos tencionando. Assim que ele acelerou, saímos rua afora e quando paramos por conta do sinal vermelho, desci minha mão para sua virilha e ele gemeu baixinho.

- Não faça isso. – ele me repreendeu com uma voz sexy e rouca.

Passei minha língua no lóbulo de sua orelha e depois a mordi.

- Eu faço o que eu quiser. – sussurrei em seu ouvido e ele estremeceu.

**

Jesse estacionou sua moto no estacionamento privado para pacientes do hospital. Ele desligou o motor, descemos da moto e andamos em direção ao elevador privado no estacionamento que dava acesso à recepção do hospital. Apertei o botão e ficamos esperando o elevador por alguns segundos enquanto eu mordiscava meu lábio inferior. Uma campainha tocou assim que o elevador chegou ao estacionamento. Quando o elevador subiu ao primeiro andar, apertei o botão de segurança, o elevador tremeu e uma buzina soou duas vezes.

- O que você fez?! – Jesse perguntou, puxando meu pulso para longe dos botões do elevador.

- A pergunta certa é: o que você vai fazer? – perguntei, virando-me para ele e abrindo o meu sorriso mais malicioso.

Ele arregalou os olhos e olhou-me confuso. Coloquei ambas as minhas mãos em seu peito, empurrando-o contra o elevador. Peguei seu rosto com as mãos e o beijei ferozmente. Depois de um momento ainda atordoado, ele retribuiu o beijo. Nossas línguas pareciam estar brigando furiosamente. Sua língua percorrendo minha boca, meus lábios, um imenso calor irradiando em meu corpo, uma enorme tensão entre minha virilha.

Afastei-me dele, interrompendo o beijo e recuperando o fôlego.

- Me. Foda. Aqui. Agora. – disse, pausadamente, olhando fundo em suas pupilas dilatadas de desejo.

Ele puxou minhas coxas para cima, forçando-me a colocar minhas pernas em volta de sua cintura, permitindo-me sentir sua ereção sobre minha calça de couro preta. Virou-me contra o elevador, e segurou meus pulsos ao lado da cabeça, fazendo-me ficar imóvel. Seus dedos começaram a percorrer minha coxa e chegaram ao botão da calça. Ele puxou minhas calças até a altura do meu joelho e começou a esfregar seus dedos contra meu sexo.

- Como você quiser, senhorita. – ele sussurrou em meu ouvido, segundos antes de penetrar-me.

**

POINT OF VIEW: AMÉLIA JONES.

Acordei por conta da imensa claridade que atravessava a janela de vidro – agora, com a cortina presa na armação da janela. Levanto o meu corpo o mais calmamente e delicadamente possível, pois ainda está dolorido devido aos eventos dos dias passados. Olho para o lado e observo atentamente Daniel em seu sono profundo. Ele está todo encolhido sobre a poltrona, formando uma bola com seu corpo, seu cabelo está totalmente desgrenhado e um fio de cabelo rebelde pende em cima de seus olhos, a palma de minha mão coça para arrumá-lo. Desço lentamente da cama e carinhosamente passo minha mão direita em seus cabelos, ajeitando-o. Ele remexe-se manhosamente e resmunga algo indecifrável. Lentamente ele levanta suas pálpebras e passa a observar-me atentamente, e logo abre um sorriso torto.

- Bom dia, querida. – sua voz sai rouca pelo fato de ter acabado de acordar.

- Bom dia, querido. – sorrio de volta.

Ele abre os braços e acena com as mãos em sua direção, chamando-me para sentar em seu colo.

Aninho-me em seus braços enquanto ele passa um dos braços em volta de minha cintura e o outro sobre meus cabelos e minhas costas, acarinhando-me. Dobro os joelhos e apoio meus pés no braço da poltrona, enquanto apoio minha cabeça em seu peito. Por algum motivo ao qual não faço ideia, sua respiração está acelerada.

- Você está bem? – ele pergunta.

Aceno com a cabeça e apoio uma de minhas mãos em seu peito.

- Estou.

Ele apoia sua testa na minha.

- Dr. Reynalds disse que gostaria de falar conosco hoje.

Arqueio as sobrancelhas, surpresa. O que há de tão importante que ele precise me dizer? – penso.

- Você sabe o por quê? – pergunto, ansiosa.

Ele dá de ombros.

- Talvez para alertá-la sobre os remédios que vêm tomando, ou... – ele engole em seco. – perguntar onde e como você se machucou daquele jeito.

Encolho os ombros.

É claro que Dr. Reynalds não poderia saber o que casou-me o acidente, ou melhor, quem. Não seria a primeira e muito menos a segunda vez que eu diria alguém o que passei e pelo jeito, virei a passar com os vícios de Christopher, a única coisa que aconteceu com a intrusão de pessoas foi o modo como ele tornou-se mais explosivo, descontando sua força dez vezes maior em meu corpo e minha mente.

- Ei. – Daniel desperta-me de meus devaneios e levanta meu queixo com sua mão, para que eu passe a encarar seus imensos e inebriantes olhos verdes. – Não vou contar a ele.

- Sei que não vai. – respiro fundo e fecho os olhos.

- Tudo vai ficar bem, Ames. Sei que vai. – ele diz, e passa o polegar sobre minha bochecha, secando uma lágrima que teimou em cair sem meu consentimento.

**

Estávamos na recepção do hospital, na sala de espera atrás do balcão de mármore. Três moças morenas e altas atendiam os pacientes nos guichês, que eram organizados por numeração e senha. Bem acima da cabeça da segunda atendente estava pendurada uma cruz de madeira, o que fez meu estômago revirar. Nunca havia reparado em um hospital que pregava a palavra de Deus.

Coloquei minhas mãos no colo e comecei a limpar abaixo de minhas unhas repetidamente, fazendo barulhos agonizantes. – é uma certa mania minha.

- Ames, pare. – disse Daniel com uma voz autoritária, colocando sua mão sobre a minha.

- Não consigo. – choraminguei. Por favor, lágrimas, não caiam.

Ele tomou minhas mãos nas suas em forma de concha e beijou cada um de meus dedos, delicadamente.

- Sim, você consegue. – ele respirou fundo, sua quente expiração tocando a ponta de meus dedos. – Sei que consegue.

- Senhorita Amélia Jones! – uma enfermeira no canto da sala de espera, que não devia ter mais que 1,50m de altura, com o couro cabeludo já grisalho, gritou.

Levantei-me imediatamente, passando a mão sobre meu macacão jeans, tentando parecer o mais apresentável possível.

- Aqui! – gritei, com a mão levantada, indo em direção a mulher. – Estou aqui.

Ela assentiu assim que cheguei mais perto, com Daniel logo atrás de mim.

- Eu vejo. – ela tirou um papel do bolso, desamassou e o leu. – Me acompanhe, senhorita.

Meus dedos começam a tremer e sinto que Daniel percebe, pois ele toma minha mão na sua e entrelaça nossos dedos, lhe dou um sorriso tímido como agradecimento e ele assente.

Seguimos a enfermeira em um corredor comprido com inúmeras portas brancas em ambos os lados com um pedaço de vidro preso em grampos prateados com letras azuis escuras. Paramos em frente à uma porta, escrito:

Consultório 23.

Dr. Liam Reynalds.

Neurologista/Neurocirurgião.

A enfermeira nos encarou por alguns segundos e depois abriu a porta, sinalizando com a mão para que entrássemos. Adentrei o quarto com um certo frio na barriga. – desde que acordara, havia escutado rumores sobre esse tal de Dr. Reynalds, um homem milagroso que salvou uma adolescente da morte, mas, eu não o conhecia de verdade.

A sala não era muito grande, as paredes cor de gelo destacavam a mesa branca e brilhante no centro. Um homem – atraente – estava sentado atrás da mesa, em uma cadeira de aço cromado giratória. Ele era mais alto do que eu, com cabelos negros cor de carvão ainda úmidos – talvez, do banho – que caíam sobre seus olhos que eram de um castanho claro incrivelmente delicado.

- Senhorita Jones! – cumprimentou-me.

- Dr. Reynalds? – minha voz saiu mais como uma pergunta do que uma afirmação.

- Exatamente. Sente-se. – ele disse, apontando para duas cadeiras à sua frente de acrílico transparente forrada com almofadas brancas.

Sentei-me e sinalizei para Daniel sentar-se a meu lado.

- Seu namorado? – perguntou Dr. Reynalds.

- Não! – minha voz saiu alta demais. – É meu irmão.

- Irmão postiço. – Daniel corrigiu-me em voz baixa.

- Certo. – ele inspirou fundo e entrelaçou as mãos em cima da mesa. – Senhorita Jones, você está ciente do porquê sua presença nesta sala é necessária?

- Não, senhor. – minha voz saiu como um sussurro.

- Senhorita Jones, quando a senhorita chegou ao hospital... – ele desviou o olhar e respirou fundo mais uma vez. – seriamente machucada, pedi que os internos, residentes, atendentes e até as enfermeiras fizessem todo tipo de exames existentes na senhorita. Porque, ao que tudo indicava, não havia explicações para o seu desmaio depois de uma leve pancada na cabeça.

Leve? Ele não sabe de nada. – pensei.

- E? – Daniel disse.

- E... – Dr. Reynalds continuou. – depois de sair o resultado da sua RM, detectamos um aneurisma cerebral.

- Um o quê? – Daniel e eu soamos em uníssono.

- Um aneurisma. É apenas um vaso sanguíneo cerebral que enfraquece e se enche de sangue, mas, no seu caso é quase impossível dele romper.

Meus pulmões soltam o ar que prendiam desde que adentramos a sala.

- E eu vou ficar assim para sempre? – pergunto.

Dr. Reynalds retorce as mãos em cima da mesa e baixa o olhar em direção ao chão.

- Tecnicamente, sim. – ele levanta a cabeça e seus olhos estão encarando os meus. – Mas, com a medicação certa e tomada de acordo com a minha prescrição, você nem irá se lembrar que possui um aneurisma.

- Certo. Onde consigo esses remédios?

- Aqui mesmo. Irei lhe passar algumas amostras grátis.

- Mas? – Daniel está a falar novamente.

- Mas?! – direciono-me à Daniel, incrédula. – Não tem mas! As coisas já estão bastante difíceis do jeito que está.

Dr. Reynalds pigarreia e acena com a cabeça. Merda!

- Dr. Reynalds? – choramingo. – Por favor, diga-me que não há mais.

- Sinto muito, senhorita Jones, mas... você deverá parar de tomar os remédios que seu psiquiatra receitou.

O quê?! Eu não poderia! Passei anos enjaulada com minha mãe dentro de casa, mutilando-me, tentando suicidar-me mas sem coragem de deixá-la sozinha e depois de dois anos de frustração, finalmente juntei coragem suficiente para ir a um psiquiatra, e desde então os remédios são as únicas drogas que me mantêm estável.

- Não posso fazer isso! – esbravejo. – Eles que me mantém em controle!

Lágrimas caem dos meus olhos e sinto uma forte pontada no lado direito do meu crânio. Levo minha mão a cabeça e fecho os olhos.

- Ames? – Daniel acaricia a minha bochecha com o polegar.

- É o aneurisma. – murmura Dr. Reynalds. – a cada um dia que você passa sem medicar-se, ele tem uma certa possibilidade de crescer e piorar.

Lentamente a dor se esvai e consigo abrir meus olhos.

- Preciso tomar esses remédios para sempre?

- Talvez. – Dr. Reynalds dá de ombros. – Teremos que acompanhar seu caso de perto.

Balanço a cabeça, assentindo. O que mais eu poderia dizer?

- Amélia. – o tom de voz de Dr. Reynalds torna-se sério, ele não me chamara de Amélia até agora. – é importante que você mantenha uma saúde perfeita. Alimente-se bem, coma frutas, beba muita água e principalmente... você não deve ingerir bebidas alcóolicas.

- Certo. Eu nunca bebi, mesmo. – dou de ombros.

- Bom. Vocês já podem ir agora. – ele levanta da cadeira e abre a porta para nos retirarmos.

- Obrigada, Dr. Reynalds. – digo.

**

Estou terminando de arrumar a mala com roupas que Bárbara trouxera para mim, quando alguém bate levemente na porta.

- Entre. – digo.

Bárbara aparece radiante diante da porta. Usando uma de suas muitas calças rasgadas e um cropped preto com estampa de flores coloridas, um salto alto e os cabelos loiros estão presos em um rabo de cavalo.

- Oi. – ela murmura.

- Oi, Babs.

Ela anda lentamente em minha direção e abraça-me carinhosamente.

- Está melhor? – pergunta.

- Sim.

Ela nota minha mala em cima da cama e arqueia uma sobrancelha.

- Pra onde vai?

- Para casa.

Ela vira-se para mim e arregala os olhos.

- Ames, ele pode estar lá.

- Eu sei, Babs. Eu sei. – sorrio tristemente. – Mas o que eu posso fazer? Não tenho para onde mais ir.

Ela balança meus ombros e começa a pular freneticamente.

- Venha para o meu apartamento! – grita.

- O quê?!

- Claro que não é grande... – diz ela, vagando em seus pensamentos enquanto anda em círculos. – Mas tem um banheiro, cozinha, um quarto e um quarto de hóspedes. – vira-se para mim e abre um largo sorriso. – Perfeito para nós duas!

Balancei a cabeça em negação, Daniel jamais me deixaria ficar sozinha com Babs por mais de 24 horas.

- Não posso, Babs.

Ela colocou a mão no peito e sua boca formou um grande “O”, como se eu tivesse acabado de contar uma fofoca absurdamente insana.

- É por causa do Daniel? Posso dar um jeito nele. – ela disse, mordiscando a ponta do dedo indicador.

- Não é Daniel... – comecei, mas ela interrompeu-me levantando uma mão.

- Ele não é seu pai, não é seu irmão, muito menos seu dono. Você vai deixá-lo te controlar?

- Não! – gritei. – Claro que não! É que... ele se preocupa comigo.

- E eu não?! – ela perguntou-me, incrédula.

- Tudo bem. – digo, indo em sua direção e segurando seus pulsos. – Eu fico com você.

Ela soltou-se de minhas mãos e começou a pular freneticamente batendo palmas.

- Viva! – gritou.

**

O quarto de hóspedes na casa de Bárbara não era grande coisa, na verdade, não era mesmo. No quarto havia uma pequena cama de solteiro de madeira descascada e um colchão desgastado. O quarto fedia a mofo e algumas manchas de limo formavam um abstrato grotesco na parede branca. Uma pequena cômoda envernizada sem uma das portas ficava em frente à cama.

- Puxa! Cinco estrelas. – murmurei para mim mesma.

- Ames! – chamou Bárbara.

- Oi!

Ela subiu as escadas correndo apressadamente, segurando uma sacola preta embaixo dos braços.

- Trouxe um presente. – ela disse, entrando no quarto e retirando o embrulho do braço.

- O que é? – pergunto, enquanto ela leva o embrulho as minhas mãos.

Abro cuidadosamente com receio de rasgar o pacote e o que ele contém. Dentro da sacola está um lindíssimo – e totalmente de puta – vestido tubinho vermelho sangue. Não é bem a minha cor, nem o meu estilo, nem feito para meu tipo físico, enfim... não é pra mim, mas é um lindo vestido.

- Isso é pra mim? – pergunto, com um tom sarcástico na voz.

- Claro, bobinha!

- Em que planeta eu irei usar isso?

- No planeta Terra daqui uma hora. – ela diz, impaciente.

Dou uma gargalhada. Eu? Em um vestido desses? De jeito nenhum!

- O que é engraçado, Ames? – ela pergunta, colocando as mãos na cintura.

- Você! – digo, ainda rindo.

- Eu? – ela está séria. Porque ela está séria?

- Você acha mesmo que eu vou usar isso?

- Você vai, querendo ou não. E vai usá-lo hoje à noite. Nós vamos sair. – ela diz e sai do quarto, batendo a porta atrás dela.

Uau! Alguém acordou com o pé errado hoje.

**

Tomo um banho quente e demorado, aproveitando para lavar meu cabelo. Saio do chuveiro e enrolo-me em uma toalha macia e branca. Seco meu cabelo com os dedos, fazendo leves cachos despojados. Faço uma maquiagem básica: lápis preto, rímel, blush rosa para dar uma cor às bochechas e um batom vermelho matte. Coloco o vestido que Bárbara forçou-me a usar e calço um salto alto prateado com glitter que ela emprestou-me. Olho atentamente para o espelho atrás da porta, certificando-me de que sou eu mesma. Eu nunca imaginei-me vestida e maquiada dessa forma, se minha mãe estivesse aqui ela com certeza me chamaria de puta.

- Está pronta? – Bárbara emerge na porta com um visual perfeito: um vestido de cetim cor de ameixa e saltos altos de verniz na cor bege.

- Estou.

- Ótimo! – ela diz, irradiando alegria.

**

A música eletrônica do lugar faz meu coração saltitar na batida. Luzes em neon dançam em torno das pessoas dançando loucamente no centro da pista de dança. O DJ desliza suas mãos sobre a mesa de som com tanta leveza que quase nem se vê seus dedos se movimentando. Ao meu lado esquerdo, um balcão preto com algumas luzes piscando em verde, rosa e azul se estende, cercado por homens e mulheres. Um homem em especial, está se afogando em uísque, eu acho, é uma garrafa transparente que contém um líquido cor de caramelo. Sou péssima quando o assunto é bebida, deve ser por isso que eu não bebo e nem posso beber.

- Ames! – Bárbara grita para eu escutá-la. – Eu vou dar um alô para uma amiga e já volto!

- Ok! – grito de volta.

Meus olhos circundam o lugar e param instintivamente onde o homem que estava afogado em sua bebida irreconhecível, que retribui meu olhar. O canto de sua boca se contrai, formando um sorriso triste. Eu coro e levo meu olhar para o chão. Vou andando lentamente na direção de Bárbara havia tomado, espremendo-me entre a multidão, sentindo algumas mãos apalparem minhas coxas, o que me deu náuseas. Assim que vi os lindos cabelos loiros esvoaçantes de Bárbara, gritei seu nome. Ela não respondeu, então andei até ela. Meus pés cravaram no chão e eu congelei. Bárbara estava beijando Jesse. Não qualquer beijo, um beijo louco, selvagem, algo que eu nunca havia feito ou presenciado. MAS QUE PORRA ESTAVA ACONTECENDO?

Girei meus calcanhares para o lado oposto e marchei até o balcão do barman. Se Bárbara podia se divertir, eu também podia.

Um homem negro, calvo e com grandes músculos usando roupas pretas surgiu atrás do balcão.

- O que vai querer, linda?

Meu rosto contorceu-se de raiva. Olhei ao redor e mais uma vez meus olhos perceberam o triste homem na ponta do balcão afogando suas mágoas.

- O que ele estiver tomando. – disse, e apontei para o homem.

O barman assentiu e sorriu.

- O que foi? – murmurei.

- É... hm... forte.

- E qual o problema de ser forte?

- Não acho que seja uma boa para a senhorita.

- Por que você não toma conta da porra da sua vida e me deixa beber em paz?! – esbravejo.

Ele assente mais uma vez e corre para fora de meu campo de visão. Poucos minutos depois, ele coloca um copo pequeno à minha frente e o enche com o líquido da mesma garrafa que o homem bebia.

- Deixe a garrafa. – digo.

Ele coloca a garrafa na mesa delicadamente e deixa-me sozinha. Viro o pequeno copo com o líquido de cor engraçada e sinto minha garganta queimar. Pego a garrafa e encho o copo novamente. Viro o conteúdo direto em minha garganta e o gosto parece melhor. No quinto copo, posso afirmar que o líquido tem gosto de morango e está mudando de cor. A viciante melodia da música I’m A Slave 4 You de Britney Spears ecoa pelo lugar e começo a balançar a cabeça de um lado para o outro no ritmo da música. Pego a garrafa e tomo direto do gargalo um grande gole. A música chega no refrão e eu arranco meus saltos e os jogo para longe. Subo no balcão e tomo mais um gole da bebida. Começo a balançar minha cabeça e meus quadris, passo a mão pelo meu corpo, e um homem sentado no balcão começa a assoviar. Sorrio e continuo a dançar desse jeito, cada vez mais descendo minhas mãos, fazendo-me agachar no balcão.

- Amélia Jones! – alguém chama.

Abro meus olhos e faço um beicinho. Quem me tirou do meu momento de diva?

Olho para baixo e Jesse está debruçado sobre o balcão com os braços cruzados, essa imagem faz-me rir.

- Jesse!

- Desça. – seu olhar é fulminante.

- Obrigue-me. – murmuro.

Ele puxa-me pelas canelas fazendo-me escorregar sobre seus ombros.

- EI! – grito. – Me solte! – fecho minhas mãos em punho e começo a acertá-lo nas costas.

Ele coloca-me no chão, fazendo-me deslizar em seu corpo.

- Feliz?! – ele esbraveja, colocando suas mãos no quadril. Uau! Jesse fica sexy quando está bravo. – Vem, vou te levar pra casa. – ele diz, pegando meus pulsos com força e puxando-me.

- Me larga! Agora!

Ele vira-se pra mim, seus olhos arregalados.

- O que foi?

- O que foi?! – pergunto, incrédula. – O que foi é que enquanto você esfregava sua língua na garganta da minha melhor amiga, eu estava tendo um momento de diva!

Ele ri.

- O quê?

- Isso mesmo!

- Eu não estava com a Bárbara. – ele diz, sério.

- Você estava. Eu vi.

Puxo meus pulsos para baixo, libertando-me. Pego meus saltos que estão alinhados no chão no pé do balcão e direciono-me à saída.

- Amélia! – Jesse grita, puxando-me pela cintura.

- VAI SE FODER! – grito, e saio em passos largos.


Notas Finais


Mais uma vez, perdões pela demora.
Mas, me digam: o que acharam? Estão gostando? Críticas? Sugestões?
E, para quem não entendeu, o POV da Bárbara foi continuação do POV do Jesse quando eles se conheceram. Essa é uma breve explicação pelo fato do Jesse ter aparecido todo desarrumado na hora de visitar a Ames!
Enfim, espero que tenham gostado. Aproveitem o fim de semana.
Beijos,
~agirlwithscars.


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