História A garota sem alma - A marca do mal

A garota sem alma cap.8

   Assim que todos entram pelas portas de madeira pichadas, se encontram em um corredor com 4 portas de madeira de cada lado, todas com adesivos de anúncios ou mais pichações ofensivas, o chão de madeira estava mal polido e sujo, e o papel de parede só ia até a metade do corredor, mas mesmo assim coberta de rabiscos e sujeira, mofo em seu todo.

 -Onde fica o quarto? - Pergunta Cristofer, como se o lugar horrível não o afetasse- Eu poderia mesmo carrega-la, mas com todos esses cacos de vidro em suas pernas, não vai adiantar ficar em meu colo- Diz ele olhando para Marcelle com um olhar doce e preocupado, Marcelle olha para ele, e não consegue desviar o olhar, aquela maneira dele olhar para ela, a afetou, ela nunca havia sido olhada daquela maneira, e nenhum deles cogita interromper o olhar, até ouvirem Sophia pigarrear para interromper os olhares bem pessoais-É no fim do corredor- diz Sophia acenando com a cabeça, enquanto procurava algo nos bolsos.

 Então Cristofer ruboriza novamente e segue até o final do corredor, assim que chegam, se deparam com uma porta, quebrada até a altura de seus tornozelos, e era coberta por linhas abstratas que formava uma espécie de desenho, era até bonito, comparada as outras portas.

  Então enquanto os dois esperavam que Sophia tirasse uma chave, na verdade ela tira um pedaço de arame enrolado, e o coloca na lateral da porta, e com um movimento, derruba algo fazendo um som atrás da porta. Então a mesma, se abre sozinha, mostrando um lugar que dava a sensação de mudança de espaço, o lugar era mal iluminado, mas era limpo e razoavelmente organizado, exceto pelas garrafas de bebidas por todos os lugares, e finalmente Cristofer reage aquele lugar, ele faz uma careta de desaprovação, que Sophia finge não perceber.

- O banheiro fica por aqui- Diz Sophia andando até a porta também rabiscada, era impressão de Marcelle ou os desenhos eram iguais? –É aqui que você vai embora –Diz ela com aquela expressão mandachuva, ela fica bonita com essa cara pensa Marcelle, ruborizando, o que eu acabei de pensar? Sophia parece perceber, por que pisca um olho para ela –Porque eu iria embora? –Pergunta Cristofer com o que parecendo ofendido, ele demonstra emoções tão fácil, pensa ela, e dá uma risada baixa, e ela se pega rindo novamente, ele é incrível pensa ela.

 -A não ser que você queira dar um banho nela, você não vai ficar –Diz- E outra, eu não gosto de você, - nossa pensa Marcelle essa foi direta, mas Cristofer apenas ri da situação, o que há entre eles? –Eu achei ela, eu tenho os curativos, eu vou ajuda-la, não preciso dar banho nela para isso, mas deixe que a moça decida –Diz ele olhando com expectativa para Marcelle, enquanto caminha para senta-la no sofá. A situação fica assim por um tempo, todos observavam ela, até ela finalmente se lembrar de como falar –Meu nome é Marcelle –Diz ela com a voz falha –Eu não ligo dele ficar –Ela continua –Mas ninguém dará banho em mim. Sophia se finge de decepcionada, finge muito bem, bem até demais.

  Então Marcelle caminha até o banheiro com uma pinça que receberá de Cristofer, já que ela se negava em ser tocada, Marcelle abre a torneira da banheira e volta até o espelho, haviam cortes em seu rosto e suas roupas estavam ensanguentadas, ela se começa a se despir de suas roupas, e se encara nua no espelho, ela tem nojo de si, nojo de sua história... E, de suas cicatrizes, que cobrem grande parte do seu corpo, pequenos cortes e marcas de queimadura, e abaixo do seu peito, a marca do mal, um símbolo redondo e escuro, ela sentia, era de lá que toda sua maldição emanava, de sua marca do mal.