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História A Gata - Novamente Nas Ruas


Escrita por: KayaSheffield

Notas do Autor


Trouxe mais um capitulo pra voces, mores!
Espero que gostem e Boa Leitura! ❤

Capítulo 12 - Novamente Nas Ruas


Fanfic / Fanfiction A Gata - Novamente Nas Ruas

Você tinha tudo e de repente está desmoronando. Não foi o suficiente... Não, nao é o suficiente. Eles falam que nao vale a pena o preço, por isso é melhor deixá-los pra lá. Mas você sabe que nao pode, você sabe que nao vai. Nao é facil, nao. Encontrar palavras pra dizer, quando você está se sentindo perdido e não consegue encontrar um caminho. O mundo está tão errado e as vezes isso te deixa frio. E é dificil quando você não encontra o fogo que te guie até em casa. Os demônios vao assombra-lo e tentar roubar o que você sabe. Mas os anjos que te trouxeram, vao sergurar voce. Eles veem o medo em seus olhos, coraçao afunda como uma pedra, porque quando se esta com medo, ele pesa em sua alma. Mas quando todos se forem, permaneça no seu caminho.

 

 

7:00 AM

Escutei alguém bater na porta do apartamento, abri meus olhos, era muito cedo ainda. Dormi com o relógio de bolso entre as maos, a única coisa que efetivamente me fazia lembrar de Henry, mais do que qualquer retrato. A noite passada eu encontrei seu testamento, o qual ele havia deixado sobre o guarda-roupa, chorei ao ler. Havia algo que ele jamais me contara, ele confiou a mim toda sua fortuna, toda... Nem deixou um centavo sequer para outra pessoa, disse que eu merecia, que eu era a única pessoa que o amava, e talvez estivesse certo. No fundo Henry sabia, as falsas amizades e as falsas promessas de um mundo de negócios, ele sabia quem era a única que se manteria até o fim ao seu lado, que não estaria interessado em seu dinheiro, apesar de que eu precisasse muito dele, eu fiquei ao seu lado simplismente porque eu o amei. E fui a unica verdadeiramente a amá-lo.

Corri para abrir a porta, me embrulhei em um roupao e esfreguei os olhos tentando nao ficar com uma cara de grogue. Abri a porta, logo deparei-me com uma senhora de mais ou menos cinquenta e três anos de idade, porém de aparência jovial, o rosto quase nao possuía rugas, a maquiagem favorecia seu olhar, o cabelo cacheado amendoado preso com um grampo. Ela veio acompanhado por um homem de quase mesma idade, cabelos grisalhos e aparencia importante, certamente seu marido.

-Olá! -sua voz parecia incerta. -Desculpe, é aqui que morava o Sr. Henry D'onovan?

Apesar de toda sua aparencia conservada, seu olhar carregava arrependimento e magoa, muita magia.

-Sim. -assegurei. 

Pensei em dizer mais alguma coisa, mesmo assim, nao consegui.

-Você é a nova moradora? -o homem se atreveu a perguntar.

-Não, sou a ex namorada do Henry. -disse com o coração apertado.

-Ah, ele nos falou sobre você. -ele passou as maos pelo cabelo. -Selina, nao? Somos os pais do Hery. -ele estendeu a mao.

Fiquei surpresa, não esperava por essa visita. 

Na hora, meio que sem saber o que dizer apertei a mao de ambos e então os convidei para entrar.

Eles pareceram surpresos com o tamanho do apartamento, como se estivesse acostumados com coisas maiores. Pareciam incomodados com a situação, nao sei se o que mais os irritava era a minha presença, ou a nossas fotos juntos, ou até o espaço do quarto. Mas por um momento parei e os encarei, minha vontade era perguntar porque eles nao compareceram ao velorio, ou entao ao enterro; tinha vontade em perguntar: "Por que nao puderam fingir ao menos uma vez que se imporavam com ele?", mas nao podia, nem devia. Bom, afinal que espécie de pais eles eram? 

-Então, estamos aqui pelo testamento. -assegurou o homem que logo foi repreendido pela esposa.

-O que?! -perguntei surpresa, nao pude controlar a rigides com que a minha voz saiu. -Vocês nem querem saber como ocorreu, ou como ele estava em seu último momento de vida?! Só querem saber da droga do dinheiro! -deixei escapar.

Sr. D'onovan suspirou.

-Vamos ser sincera, filha. -disse ao levantar-se. -Nessa vida nada mais importa a nao ser os negocios e o dinheiro. -ele deslizou os dedos fazendo juz a ultima palvra.

Ele estava tão proximo a mim que senti vontade de dar um tapa em seu rosto, como ele podia dizer aquilo? Por pouco meus olhos não encheram-se de lágrimas.

-Isso não é verdade. -abaixei a cabeça.

-Vamos ser sinceros. Você é apenas uma meretriz barata...

Aquelas palavras ecoaram em meu pensamento, podia ouvir meu sangue pulsar ao ouvido, quem ele pensava que era para me humilhar daquela forma?

-Eu nao sou quem você julga conhecer. -cuspi essas palavras. -E mesmo que fosse, fui a unica ao ficar do lado dele ate seu ultimo momento.

-Porque sabia que ganharia alguma recompensa. -ele colocou as maos no bolso.

-É mentira! -retruquei.

-Ora, nao tenho tempo para discussões infantis! -ele afastou-se de mim. -Vamos! Mostre-me o tratamento!

Ele virou-se procurando pelo quartinho.

-Está aqui! -apontei com certo nojo.

A Sra. D'onovan olhava com um olhar distante, como se nao prestasse atençao no que estava acontecendo ali.

Estava com os braços cruzados, o pai de Henry folheava o testamento como se quisesse achar a parte que pertencia a ele e a esposa.

-Mas o que significa isso? -perguntou histérico, seu rosto ficou palido.

-O que houve querido? -a Sra. D'novan pareceu acordar de seus pensamentos distantes ao ouvir a voz do marido.

-Aqui diz claramente que o Henry deixa toda a sua fortuna para essa... prostituta! 

-Prostituta nao! -disse quase indo para cima dele, mas fui impedida pela mao da Sra. D'onovan. -E eu tenho todo o direito! -repliquei.

-Mas você não tem direito nenhum! -ele elevou a voz.

-Não é isso o que o testamento diz! -retruquei.

-Olha que eu faço com esse testamento...

Então, diante de meu olhos, ele rasgou o papel que Henry deixara. Gritei e fui em direçao dele disposta a batê-lo, mas Sra. D'onovan me afastou, com uma força que desconheci. Ele pisou sobre a pasta furioso.

-Como pode fazer isso?! -perguntei irritada.

-Você não vai receber coisa alguma! -disse com desprezo. -Quem é você para receber tudo aquilo? -perguntou referindo-se ao dinheiro.

Fiquei encostada ao canto da porta, como um felino furioso querendo atacar novamente. A raiva se aprofundou de mim, quase não conseguia respirar por conta do nó feito em minha garganta.

-Você tem uma hora para pegar suas coisas e sair daqui! -ele apontou para o guarda roupa e ajeitou o cabelo antes de sair.

Segurando a bolsa contra o peito, Sra. D'onovan acompanhou o marido.

Assim que ouvi a porta fechar, caí ao chao desolada, meu coração que estava quebrado parecia ter multiplicado os pedaços. Eu tinha uma fortuna inteira em minhas maos, a chance de mudar meu futuro. -não que aquilo me importasse mais que Henry, porque milhoes de montanhas de ouro nunca valeriam sua presença. Mas ja que tinha de ser assim, ja que ele partira, tenho certeza que o mesmo deixara esse dinheiro para que eu pudesse reconstruir minha vida, para que eu nao passasse nescessidades. -Mas agora estava tudo perdido. Eu voltaria a ser a gata das ruas? Por que não estava preparada para isso! Ah, por que tinha de ser assim? Cada vez mais me decepciono com as pessoas, é certo que eles nao precisam disso, nao mais que eu. E mesmo assim, de nada adianta agora, com o papel rasgado eu ja nem tenho direito a nada. -chorei e lamentei, o que mais podia fazer? Meu peito rasgou-se, ja nao havia esperança pra mim. - O que faria agora de minha vida? Por que sinceramente eu nao sabia...

Alguns segundos depois e vi a campainha tocar, enxuguei as lágrimas, quando atendi percebi que tratava-se de um jovem simpático, ele falava sobre a entrega da casa na praia. Eu peguei os documentos, e não sei porque os peguei já que nao fazia mais parte de sua vida. Quando o entregador foi embora eu me reencostei a porta, pressionando o documento contra o peito. Tinha a intenção de ir, mas não de ficar. Já tinha em mente o que faria, pois nao podia ficar naquela casa desfrutando das melhores coisas, os senhores D'onovans logo me achariam e me expulsariam, mas nao os daria esse gosto. Eu nao ficaria com a casa, mas eles tambem nao, tenho ideia de como uma casa na praia é cara, e ja sei o que vou fazer quando chegar lá.

Poucos minutos depois, quando parei de chorar, arrumei uma mala, peguei minhas roupas, as guardei de forma organizada. Dos pertences levaria apenas fotos e o relógio de bolso. -sempre sorrio ao ver o pequeno objeto de ouro entre as maos. -Também meu diário, que além das roupas é muito importante pra mim.

Poucos minutos depois e estava fora daquele apartamento. Não queria nunca mais ver o rosto dos pais de Henry, ele me disse que nao eram boas pessoas, mas não pensei que fossem tão mals. Continuei caminhando por alguns quilômetros, a casa na praia realmente ficava distante. Por um momento sentei na calçada e deitei-me a beira do asfalto. Eu estava decidida, quando chegasse a praia, minha vida devia mudar por completo.


Notas Finais


~Selina, sus louka, ja ta na hora de parar de sofrer! Haushahsu


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