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História A Gata - O que é, o que é


Escrita por: KayaSheffield

Notas do Autor


Olá mores, finalmente o capítulo saiu!
Depois de mil tentativas com o navegador... Vamos glorificar em pé! hashuasha
Se houver algum erro, por favor me desculpem, escrevi mais ou menos com presa, mas garanto que tá muito bom!
Espero que gostem!
BOA LEITURA! ❤

Capítulo 15 - O que é, o que é


Fanfic / Fanfiction A Gata - O que é, o que é

Você consegue advinhar? Esta é a minha especialidade. Vocês gostam de deixar pistas, mas eu também gosto. Você consegue advinhar? Muito bom, ganhará um prêmio.

 

 

No outro dia, eu me levantei com anseio. Apenas tinha alguns minutos para me arrumar para o expediente, mas a verdade era que eu estava intrigada, eu queria achar a garota da noite passada, ainda carregava seu medalhão comigo. Passando pelo corredor, vejo entre as pequenas aberturas das cortinas que as garotas já se aprontam, eu sei, deveria estar fazendo o mesmo. Caminhei até o ultimo quarto do corredor -era como um acampamento árabe, todas dormíamos ao chao e no lugar de portas haviam cortinas, mas ainda assim tudo era muito confortável. -olhando para a esquerda, encontrei uma cortina com o nome Ivy Pepper, devia ser o quarto dela. Bati na parede de leve aguardando uma resposta, mas nao obtive nenhuma. Então repiti a mesma ação novamente. 

-Vá embora! -uma voz chorosa gritou de dentro.

Eu afastei a cortina e com passos cautelosos entrei no quarto, vi que ela estava a beira da cama chorando com o corpo curvado. Era uma garota ruiva com os cabelos totalmente compridos, semelhante a da foto, só que agora ela estava com um pouco mais de idade. 

-Desculpa, eu precisava...

-Quem é você? -ainda com lágrimas nos olhos ela se atreveu a virar-se para mim com certa fúria. 

-Alguém que quer lhe ajudar. -assenti.

-Eu nao preciso de ajuda! -retorquiu.

-Já disse essa frase bastante vezes.

Ela deu um longo suspiro. Pensei que fosse dizer algo, mas nao o fez, então tomei frente do assunto.

-Eu encontrei isso! -disse levantando o medalhão.

-Meu medalhao! -ela tentou pegá-lo, mas o tirei de sua direção.

-Por que nao conversamos mais um pouco? -disse enquanto me sentava a beira da cama.

-Eu nao quero conversar com ninguém! -retrucou.

-Por que está agindo assim? -perguntei enquanto escondia seu pingente. -Aqui todas somos amigas! -cruzei as pernas enquanto dava um sorriso.

-Nossa que lugar amigável...  -continuou irônica.

-Não fale assim. Não nos sacrificamos uma pela outra,  é verdade, mas nós compartilhamos a mesma dor. 

-Eu acredito que não. Acho pouco provável que possa me compreender. -ela virou-se para mim. 

-Posso tentar. -assenti.

-Já ouvi isso antes, não funcionou...

-Ivy... Você é uma garota incrível! -eu queria reconfortá-la.

Via o quanto ela estava sofrendo, havia caído em um buraco escuro do qual talvez não houvesse saída. Sr. Burton nunca me tocara, mas sabia o que ele fizera com ela, aquele velho me dava asco.

-Ah é? -ela apertou o olhar. -Porque aquele homem me fez sentir como uma perfeita idiota! 

Percebi o quanto ela lutava contra o choro, era doloroso demais ter lembranças, sabia bem.

-Garotos vão te fazer se sentir uma idiota a vida inteira. Voce só tem que ser esperta e descobrir que o problema nao é você. Entao é quando aprende que se é única! -conclui.

Será que estava fazendo a coisa certa? Dizer que vai haver uma luz ao fim do tunel sem saber se realmente existirá uma. Dar falsas esperanças parecia ser algo horrível, mas dizer a verdade, ainda mais.

-Isso... Tudo o que aconteceu, não é nem um pouco justo. -cruzou os braços enquanto se aproximava de mim.

-Se sonha com um mundo justo, sinto em lhe informar, mas está se iludindo. Não há justiça! -afirmei.

Essa era uma das coisas da qual deixei de acreditar: na verdade e na justiça. Sabia que já nao valia mais a pena.

-Como vocês conseguem, fazer isso? -ela sentou-se ao meu lado.

-Simples! -bati as maos. -Pense em um cachorro fofo e grite um pouco alto, mas sem parecer desesperada. Solte alguns gemidos, mesmo que nao sinta prazer. Eles gostam disso, acham que são um máximo! -fiz um "ó" com os dedos.

-Eu sinto nojo daqui. -assegurou.

-Bem vinda ao mundo! -sorri.

Dei meia volta e me encaminhei para a saída.

-Nao deixe que Burton saiba! -falei enquando deixava o medalhao sobre um gaveteiro que encontrava-se perto a parede ao lado da cortina. -Ele pode trocar por uma de suas mercadorias, ou querer pagar uma de suas dividas! Acho que deve ser importante pra voce. -conclui.

Dei alguns passos a frente, mas fui interrompida por sua voz.

-Como você se chama?

Voltei-me para ela, e no momento em que o fiz deparei-me com uma ponta de esperança, uma pequena fagulha de otimismo em seu olhar e profundamente estremeci. De tal maneira que um nó se formou em minha garganta, era uma pergunta simples, mas parecia que as palavras ficaram enroladas em minha lingua.

-Selina... Selina Kyle! -dei um sorriso e saí dali, na verdade, o mais rápido que pude.

Tentei nao dar atenção a nossa conversa de a pouco, corri para o quarto e me aprontei. Baguncei o cabelo, coloquei as roupas curtas e me maquiei. Ao descer as escadas tentei nao me desequilibrar, só espero que esses homens estúpidos sejam bem mais generosos por hoje, eu tô afim de ganhar uma boa quantia de dinheiro. Era incrivel a quantidade de homens que ja estavam dispostos pela manha. Quando entrei no salao tive de ver mais uma vez todos aqueles olhares voltados para mim. É, nao eram os melhores olhares, afinal o que eu esperava? Era apenas uma meretriz. Tentei passar por um grupo de homens que assobiava e davam alguns sorrisos maliciosos para mim, e tentei também não me intimidar com os olhares para as minhas pernas, é verdade que ja faziam seis meses que eu estava ali, já devia estar mais que acostumada, mas sei lá, eu sempre me incomodei com isso. Inclusive, alguns deles até decidiram cheirar meu cabelo, e que horrível! Estavam com um péssimo cheiro de álcool!  Fui até o balcão da recepçao, avistei Tynna, ela cuidava dos dinheiros e raramente fazia algum tipo de programa, porem, ela sabia de tudo por ali, o que era ótimo em momentos de distrações.

-Tynna! -chamei por seu nome. 

Ela virou-se atentamente para mim enquanto mascava um chiclete.

-Sim?

-Sabe se já chegou algum cliente para mim? -cocei a garganta, confesso que estava nervosa.

Eu estava muito preocupada com Ivy e com o que aqueles homens podiam fazer a ela. Mas eu sabia que não podia fazer nada, apesar de tudo.

-Aquele cara! -ela apontou com a cabeça, eu me inclinei para ver, era um homem de cabelos escuros e ele estava sentado de costas.

-Certo. Eu vou lá, entao... -tentei convencer a mim mesma.

Ajeitei o busto e realinhei minha postura, me dirigi até o homem que Tynna havia indicado. Ainda nervosa, dei uma leve tossida a fim de que ele percebesse minha presença e aparentemente funcionou. Ele largou o copo e olhou para mim.

-Oi! -o cumprimentei sorrindo enquanto sentava-me ao seu lado.

-Olá! -disse enquanto deslizava uma mão a outra.

-Soube que estava esperando por mim! -enrolei uma mecha de meus cabelos em meu dedo.

-Me disseram que você é a melhor de todas por aqui, Selina! -ele sorriu enquanto tomava mais um gole de wiski.

-A melhor de todas? -franzi a testa. -Ora, que gente exagerada! -sorri.

-Ou talvez não! -aproximou-se de mim enquanto repousava a mao sobre o sofá. -Estou aqui para descobri.

Sorri.

-E quanto está disposto a pagar? -passei a mao pela parte exposta de meu busto, confesso que sempre fui muito direta, a parte mais interessante pra mim era o dinheiro.

-O quanto for necessário pagar para passar uma noite  inesquecivel com você! -senti uma de suas maos tocar minha barriga.

Ele podia ser qualquer um: o selvagem, o tímido, ou o carente. Mas tudo o que eu menos queria por hoje era um garoto pedindo conselhos sobre sexo, ou um divorciado contando problemas de sua vida. Sim, ja fiz programas com caras deste tipo.

Ele sorriu e aproximou seu rosto do meu, seus olhos possuíam algo de estranho, como... É difícil de explicar, pareciam possuir algum tipo de insanidade.

-Selina?

Uma voz interrompeu que ele prosseguisse com sua ação, olhei para trás e curioso ele fez o mesmo. Olhei para cima e encontrei o rosto de Ivy. Estava vestida como uma verdadeira mulher, nem parecia ter quinze anos, da mesma maneira que eu nao aparentava ter dezesseis. - Ah, mas ela não devia estar aqui, por mais que me sentisse aliviada ao ve-la, ela não devia interromper meus programas.

-Ivy? -inclinei a cabeça.

-Olha, mas que delicinha! -disse ele ao olhá-la de cima a baixo, percebi o quanto ela ficou constrangida. Eu queria protege-la e ajudá-la, mas devia acordar para a realidade, olha onde estavamos! Nao podiamos reclamar de tais tratamentos por aqui.

-Não é uma boa hora...

-Quanto vocês pagam por serviço duplo? -ele interrompeu.

Confesso que senti pavor, não por mim, mas por ela. Aquele era o primeiro dia de Ivy. Quero dizer, não se faz isso, mandar uma garota como ela beijar outra se nem ao menos parecia estar acostumada a beijar homens com bastante frequência. 

Precisava livrar Ivy dessa situação, minhas maos estranhamente começaram a tremer.

-Bom, Sr...

-Edward! Edward Nygma! -completou ele enquanto virava-se para mim novamente. Em seguida, beijou minha mao. -Mas pode me chamar de Ed! -novamente aqueles olhos estranhamente maniacos me encararam e senti pavor.

-Bom, Ed! -tentei sorrir apesar do nervosimo que sentia. -Ela está reservada especialmente para o chefe por esta manhã, não vai querrer contradizê-lo, não é mesmo? -meu coração pulsava rápido, não dava para esconder a respiraçao ofegante.

-Oh, eu nao sabia...

-Esta tudo bem! -disse ao me levantar com empolgação. -Agora voce pode ir, Ivy! -a empurrei para longe.

A vi sumi entre o amontoado de homens. Não sei de onde tirei tamanha mentira, se Burton descobre que fiz isso, ele me mata. Serviço duplo é mais caro, portanto, mais dinheiro; afinal, sua furia seria ccompreensível. Tornei a sentar-me na poltrona e agir o mais normal possível.

-Garanto que dou conta do recado! -o puxei para perto enquanto dava uma pequena piscada.

Quase fiz seu óculos de grau cairem de seu rosto.

-Não tenho dúvidas disso! -ele sorriu, em seguida o retirei de seus olhos.

E me tomando entre seus braços ele me beijou. Parecia mais fazer o jeito tímido a princípio.

Bom, eu me senti estranha. Só havia uma coisa na qual pensava: O que foi que acontecera por essa manhã?


Notas Finais


~Ivy tão inosentisinha, nem consegue advinhar o proprio destino. Se acostuma porque vai beijar varias bocas ainda!
~Selina se compadecendo? Parece que ela realmente sentiu um carinho especial pela Ivy! OBS: Carinho de irmã, claro! rsrs
~Como assim o Nygma pegou a mulher do Batman? Bruce Wayne vai ficar muito puto!
~E Selina, so digo uma coisa: PARA DE SER BURRA E FOGE LOGO DAÍ! hahsuaha
~Será se Nygma vai comentar algo interessante com a Selina? Hum,próximos capítulos... kkk


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