Eu virei todas as cidades para te encontrar, e girei meio mundo só para te achar. Não va embora não, fique aqui, o mundo muda, você é meu remédio para permanecer sao...
Parece idiota, mas me senti insegura ao entrar novamente em Gotham. Como se algo permanecesse sempre a desprender-se de mim, como se nao bastasse eu ter crescido mentalmente ou mudado minha forma de agir, ou pensar. Eu continuava sendo alguém sem um lugar fixo e isso me incomodava.
Caminhei durante horas desde minha última parada em um hotel de classe média. Lancei meu diário ao mar e afoguei todas minhas esperanças. Eu nao sou mais aquela garotinha estúpida, está na hora de agir, por muito tempo esperei, mas esperar nao adianta de nada.
Tenho dinheiro o suficiente para alugar uma casa, dá para viver na boa por algum tempo, mas nao voltei para ter uma vida confortável, eu voltei para descobrir o lance sobre aqueles caminhões misteriosos. Não sei como irei fazer para descobrir algo deste tipo, porém terei que pensar em algo que se encaixe, a última peça do quebra-cabeça, e então eu darei o xeque mate.
Bruce com certeza poderá me ajudar e sei que não exitará, ele deve conhecer o Ed. Em minha opinião, ele e o novo prefeito estão em um complô, fazendo melhorias na cidade, oferecendo possibilidades ao povo de Gotham, mas, eles não estão tirando dinheiro do próprio bolso, estão certamente roubando de empresas vizinhas que fazem parceria com as do Cabblepott. Acho que consegui desvendar a charada, bom, nao foi tão difícil quanto imaginei.
Andei alguns quilômetros, procurando a empressa do novo prefeito. Ao posicionar-me em frente ao predio pude concluir que era bastante amplo e, quando virei meu rosto para o outro lado da praça deparei-me com um comício, aproximei-me do lago e parei, observando aquela cena. Pobre povo que acredita nessas falsas palavras. Segui meu caminho ainda com minhas suspeitas em mente, entao quando senti-me estranhamente perdida ao meio daquela cidade, pois ja nem parecia conhecer mais aqueles prédios. Ergui o olhar e acabei por me deparar com um apartamento, aquele maldito apartamento do qual fui expulsa pelos pais de Henry, no qual também nós dois nos amamos tantas vezes. - senti um frio percorrer meu corpo. - Eu nao queria ter lembrado, não que fosse um incômodo, as lembranças que possuia dele em minha mente eram bonitas demais, mas, as coisas que prometi a ele e sabia que nao poderia mais cumprir, o relógio de bolso que era a única lembrança viva que tinha dele e o tiraram de mim. Eu prometi que seria uma pessoa boa, que tentaria ser honesta e vencer de maneira justa, só que, todas essas coisas desapareceram com ele, eu sei que não deveriam, mas desapareceram. Eu tentei ignorar as palavras e as lembranças, mas pareciam ser inevitáveis, os meus olhos quase transbordam de lágrimas de novo.
Mas aí, quando dou meu último salto na lembrança, ouço uma porta fechar-se e passos atras de mim vindos em minha direçao. Nao sinto receio, viro-me valente encarando antes o sapato social e depois todo o resto do corpo, a vestimenta elegante e o colete. Quando levanto meu olhar dou de cara com um rosto que ja me era familiar e entao tenho certeza que trata-se de Bruce Wayne. Não mudou quase nada, exceto que desta vez possuía uma barba rala. Eu nao sinto nada, nem ódio, nem amor, nem felicidade, ou tristeza. Eu estou bem pararada a sua frente e apenas há alguns minutos finalmente consigo sentir-me confortável e calma. Como se todo seu silêncio acalmasse minha alma, mesmo que não gostasse do quieto. Ele sorri para mim, mas nao o faz com empolgação, é meio que um sorriso disfarçado, do seu jeito "Wayne" de ser. Mas eu, eu nao consigo conter o riso contente, apesar de tudo, gostei de novamente te-lo visto.
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