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História A Gata - O Pior de Mim - Part. 2


Escrita por: KayaSheffield

Notas do Autor


Olá gente!
Mais um capítulo pra voces, espero que gostem!
E boa Leitura! ❤

Capítulo 23 - O Pior de Mim - Part. 2


Fanfic / Fanfiction A Gata - O Pior de Mim - Part. 2

Eu já não sei mais quem sou. Ontem eu era eu, hoje eu sou ela. Tudo o que eu sei é que acabei gostando de mim, agora eu gosto ainda mais de mim mesma.

 

 

Levantei-me com uma enxaqueca brusca, minha cabeça parecia estourar de dentro para fora. Quanto eu bebi ontem a noite? Muito, provavelmente. Estou tonta, mal consigo ficar em pé. Nem sei como consegui chegar até em casa, lembro-me que o porteiro teve de me acompanhar até o quarto, depois apaguei. - Mas agora vejo o relógio de Henry e fico satisfeita por tê-lo recuperado. Só não entendo porque ele estava com Marcus, quer dizer, não ha uma explicação lógica e eu nem quero pensar em nada. Acho que posso desmaiar se forçar minha mente.

Porém, ele também tinha uma chave, com um chaveiro de coruja na ponta. O que isso significa? Estou curiosa, seria a chave da porta de sua casa? Ficaria satisfeita se descobrisse que ele dormiu para fora ontem. Bom, eu nao tenho muito para fazer agora. Acho que caminhar um pouco nao vai me fazer tao mal assim, só preciso tomar um banho.

Após ter tirado todo o suor de meu corpo com um bom banho. Sai de meu quarto, peguei o elevador e passei pela portaria. Dei bom dia ao porteiro em forma de agradecimento e entao me afastei do prédio. O dia estava nublado, portanto suportavel para uma boa caminhada. - Ainda penso o que aconteceu comigo ontem, eu nunca fiquei tao valente assim antes. Confesso que fiquei assustada, mas tambem confesso que adorei a sensaçao de vingança. 

Rodei a cidade por algumas horas, parei na praça, comprei sorvete, me diverti um pouco. Mas quando me dei conta, já estava em frente a mansão Wayne, um lugar que até então, eu deveria evitar completamente. Eu não podia continuar perto de Bruce, não agora. - Abaixei a cabeça e prossegui, até que uma voz me parou.

-Então é isso, vai continuar me evitando?

Olhei para trás, vinha do portao da casa. Bruce estava na varanda de sua mansão, senti como se um espinho fosse colocado contra minha garganta. Depois ele se aproximou das grades e abriu o portao.

-Eu nao estou te evitando. -assenti.

Era difícil encará-lo, ainda mais agora, depois de todas aquelas confissões.

-Ah, não? Soube que esteve ontem na festa, por que nao veio falar comigo?

-Eu nao sabia que você estava lá. -falei, fazendo parecer verdade.

-Alfred te viu, ele disse que voce olhou para a gente...

Maldito velho estúpido! - pensei.

-Ah, você não é muito social pelo o que eu sei. -dei de ombros.

-Mas sabe que sou educado e que apareço nesses eventos por educação. -ele pareceu ferido ao pronunciar as palavras.

Acho que ele nao havia me perdoado ainda.

-Tanto faz. Eu não vou me aproximar até que você pare de sentir o que sente por mim. -suspirei.

-Por que acha que meu sentimento por você vai mudar se se afastar?

-Dizem que o tempo é o melhor remédio.

-Discordo. Eu nunca o vi curar ninguem. -ele encostou-se ao portao e estavamos muito perto agora.

-Eu acho que preciso ir. -falei tentando continua a caminhada, mas Bruce puxou meu braço de forma gentil.

-Você não precisa, não. -assegurou. -Selina, eu podia dar tudo a você.

-Eu nao aceito. -retruquei enquanto me desvincilhava dele.

-Eu ja percebi. -ele pareceu descepcionado.

Eu abaixei a cabeça, vontade nao me faltou de aceitar.

-Eu sei porque faz isso, Selina. -permaneci sem coragem de encará-lo. -Voce nao me ama, nao é?

Ah, ele nao sabia nem da metade.

-Não. -falei ainda olhando para o chão.

-Pode dizer isso me encarando? -ele ergueu meu queixo com seu dedo indicador.

Eu apenas me afastei, peguei aquela chave que carreguei comigo no bolso e comecei a girá-la.

-Eu nao costumo repitir o que eu digo. -assenti.

-Eu ja esperava por essa resposta.

Sorri de canto, enquanto continuava a girar o chaveiro.

-Espera! Onde conseguiu isso? -ele pegou o chaveiro de minha mão, como se estivesse muito desesperado.

-Com um garoto, um tal de Marcus. -contei.

-Marcus? O filho do Dr. William?

-Hã, Dr. William? -perguntei não reconhecendo este.

-Sim, quer dizer, ele era um médico quando mais jovem, hoje é um grande empresário. Inclusive, ele gerencia um dos mais famosos cabarés que fica em uma cidade vizinha, próxima a Gotham.

Engoli em seco, senti uma leve tontura e quase caí, nao fosse Bruce estender os braços para eu me apoiar nele. - Então era isso, talvez Burton vendeu o relogio de Henry a este tal de Dr. William a fim de pagar uma divida. Meu Deus! Isso faz sentido. Mas nao posso deixar Bruce descobrir sobre meu passado.

-Você está bem, Selina? -perguntou ele preocupado.

-Estou. -falei me recompondo.

-Se importa se eu ficar com isso? -ele perguntou apontando para a chave.

-Por que você quer ela? -perguntei intrigada.

-A ave do chaveiro é uma coruja. -respondeu. -Isso significa que isso pertence a corte das corujas.

-Corte das corujas? -perguntei confusa.

-Sim, é uma associação. Estou perto de descobrir quem matou meus pais. -falou ele esperançoso.

Bruce nao desistia mesmo de toda essa coisa de descobrir o assassino de seus pais, ao falar nisso, por vezes, ele parecia bastante obsessivo, até mesmo chegava a me assustar.

-Mas eu quero ficar a par de tudo. -falei.

-Isso não deveria te interessar, Selina.

-Mas estou curiosa. -sorri, curvando um pouco a cabeça. -Sinto que vai precisar de mim. 

-Está bem. -ele concordou. -Mas nao queria se manter afastada de mim? -perguntou irônico.

-Não fale muito se não mudo de ideia. -sorri atravessando o portao.

Não imaginei que entraria novamente na mançao Wayne, mas ao entrar senti uma leve nostalgia. Depois me concentrei, ainda lembrava onde era a sala.

-Srta. Selina. O que faz aqui? -perguntou Alfred vindo atrás de mim.

-Vou ajudar, Bruce. -sorri enquanto sentava-me sobre o sofá.

-Tudo bem, Alfred. -Bruce apareceu logo atrás dele. -Ela tem uma peça chave, literalmente, sobre a corte das corujas.

-E do que se trata essa peça chave, Senhor? -ele sentou-se em uma das poltronas.

-Um chaveiro que indica que esta chave é da corte. -ele colocou a mesma sobre a mesa.

Alfred demorou alguns segundos para digerir aquela informaçao. Eu permaneci confortavel, com a perna cruzada enquanto observava a opinião de Bruce.

-Tenho um livro, muito antigo. -ele direcionou-se até a estante. -Onde mostra cada chave que a corte das corujas possui e para que serve cada uma delas. -continuou.

-Como conseguiu isso? -perguntei curiosa, sobre o livro que ele carregava.

-É uma longa história. -afirmou. -Só preciso achar o significado dessa chave. -tocou na chave novamente e a colocou sobre a mesa mais uma vez.

-Deixa eu te ajudar. -me aproximei sentando-me ao seu lado enquanto ele fazia uma expressão séria ao olhar para aquelas paginas.

-Bom, se precisar de alguma coisa, Patrão Bruce. É só me avisar. -Alfred levantou-se com um sorriso largo, retirando-se do cômodo.

Eu sabia o que aquilo significava, ele queria nos deixar a sós, como se alguma coisa fosse rolar entre nós.

Enquanto tentava ler o texto do livro, Bruce começou a me encarar e aquilo me deixou desconfortável a principio. Mas depois me acostumei, porém era estranho ve-lo daquela forma.

-Você está perto demais, Selina, sabia disso? -ele riu.

-Eu sei. -sorri.

-Gosta mesmo de me provocar?

-Desde que te conheci isso se tornou um robbie para mim. -tentei me concentrar mais no livro desta vez. 

Bruce apenas sorriu enquanto me via ler.

**************

Algum tempo depois e Bruce estava impaciente, andando de um lado para o outro na sala. Eu apenas o observei seria, ele estava bastante irritado, pois ainda não havia conseguido encontrar nada sobre a tal chave.

-Não tem nada! -retrucou. -Esse livro nao serve para nada!

Ele pareceu bastante estressado. 

-Mas talvez essa não seja uma das chaves da corte das corujas. -falei.

-Mas ela tem um chaveiro indicando uma coruja! -Bruce praticamente gritou.

-Mas as outras chaves do livro. -apontei. -Elas não tem um chaveiro de Coruja. Elas tem um emblema na chave com seu lugar designado.

-Merda! -falou lançando alguns objetos da escrivaninha no chao.

-Espera! Eu já volto! -disse saindo da sala.

Acabei de ter uma ideia. Fui até a cozinha e encontrei Alfred preparando algum tipo de comida.

-Srta. Selina? Não esperava te ver aqui. -falou.

-Sabe onde tem vinagre? -perguntei.

-Vinagre? -perguntou-se num sussurro. -É claro que sei, Srta. -afirmou enquanto abria a geladeira e o pegava.

-Para que a Srta. precisa disso? -questionou.

-Voce vai ver!

Peguei um copo da pia e enchi com um pouco de água, depois acrescentei um pouco de vinagre.

-Vou mergulhar a chave nisso. -falei para Alfred. -Talvez ela possua algum vestígio, uma marca, ou sei lá.

O mordomo pareceu surpreso com meu raciocínio. Então sai da cozinha e me direcionei para a sala novamente, onde Bruce muito bravo estava jogando os livros da estante ao chão. Eu apenas o encarei, era incrivel como ele ficava irritado facilmente.

-Cheiro de vinagre... -ele falou ao inclinar a cabeça para o lado. -O que vai fazer com isso?

-Eu mergulhei a chave no copo. -contei me aproximando dele.

-Estamos falando de uma chave muito antiga, Selina! -respondeu de forma estupida. 

Ja estava cansada daquela grosseria toda dele.

-Sabe, eu nao sou estúpida! -retruquei. Em seguida larguei o copo na mesa o batendo com força. -Quando estiver mais calmo, me avisa para a gente continuar. -falei saindo da sala em passos largos.

Ao sair da mansão, bati a porta fortemente. Quando olhei ao redor já estava escurecendo, então tentei me apressar para chegar em casa. Peguei a estrada a direita, caminhei um pouco e já estava quase chegando ao meu apartamento, faltava apenas uma esquina para virar, quando não reparei muito por onde estava indo, ao levantar o olhar, encarei dois pares de olhos azuis, recuei um passo atrás.

-Olá docinho!

Revirei os olhos, tudo o que eu menos queria era me encontrar com Barbara novamente, mas ali estava ela, inacreditável.

-Estava me perseguindo? -perguntei enquanto semicerrava os olhos.

-Não nescessariamente...

Ela passou a mao pelas pontas de meu cabelo.

-O que você quer? -perguntei me afastando.

-Já não te disse? Quero que seja minha nova parceira e me ajude a conquistar tudo o que eu preciso. -ela piscou para mim.

Antes mesmo que eu pudesse responder algo, continuou:

-Sabe, eu tinha uma amiga, que se chamava Thabita. Mas aí o maldito do Cabblepot a matou por causa do estúpido do namorado dela. Eu quero vingança! -gargalhou com os olhos arregalados.

Certo, ainda tinha medo dessa sua reação.

-Não! Você quer alguém que a subistitua. -reafirmei.

-Também! -balançou a cabeça para si mesma.

Entao percebi que elacaminhou de costas, como se escondesse algo muito importante atras dela.

-O que está escondendo, Bárbara? -perguntei curiosa.

Ela sorriu e respirou fundo antes de me responder.

-O objeto que minha amiga costumava usar. -assentiu. -Se você quiser me ajudar, vai ter que usá-lo também.

Ela lançou o objeto para frente e por um momento pensei que fosse deixá-lo cair. Mas somente quando escutei um som de estalo ao chao que me dei conta que o objeto não era nada menos que um chicote.

Ela gargalhou por eu ter dado um pulo de susto a princípio.

-E por que usaria isso? -perguntei apontando para o objeto.

-Para se parecer com Thabita, é claro. E porque é uma arma bem eficiente, acredito eu. 

Curiosa peguei o chicote e o testei no chao.

-Não é tão difícil. -falou. -Só tem que treinar mais.

De repente vi homens nos segurar por trás, nos arrastando até um beco. Barbara e eu tentamos nos soltar, mas era inútil, eles eram muito fortes. Podiamos gritar se eles não tapassem nossas bocas com suas maos sujas. Depois que entramos no beco eles nos jogaram contra a parede e senti o peso da parede contra elas. Aqueles cretinos eram muito fortes, mas creio eu que eles só representavam ser brutos porque nos pegaram desprevinidas.

-Olá Barbara, de novo nas ruas? -perguntou um dos encapuzados.

Ela apenas resmungou, parece que eles a conheciam bem.

-O que querem com a gente? -perguntei.

-Fomos mandados para torturá-las, como um atencioso aviso do Sr. Nygma. -revirei os olhos.

Já estava farta de ouvir esse maldito nome.

Eles eram apenas três, acho que dava para sair dali tranquila, só estava esperando a ordem de Barbara, pois sabia que ela não deixaria barato.

-Você... -um daqueles homens se aproximou de mim com uma navalha. -Soube que foi muito valente com ele ontem, vai ser assim comigo também? -eu não reagi, enquanto fossem apenas palavras tava beleza, mas se eles me atacassem...

Não demorou muito e ele começou a passar a navalha pelo meu pescoço e descer até o meio de meus seios, seu outro comparça fazia o mesmo com Barbara, enquanto o outro ria. Entao vendo que ele estava passando dos limites e tentando tocar meus seios, segurei sua mao que carregava a navalha, forcando minhas unhas contra sua pele.

-Você tem unhas fortes. -ele riu. -Adoraria ver como seria você arranhando minhas costas enquanto delira de prazer. -começou a gargalhar mais alto.

Eu apenas cuspi em sua face, tentando acalmar minha respiraçao.

-Vadia burra! -ele segurou meu pescoço com sua outra mão livre após ter limpado seu rosto.

Minha voz ficou diferente, pois mal dava para respirar direito, sua mão era muito pesada.

-Sério? -perguntei com uma voz estranha, por conta de ele estar me sufocando. -Nunca ninguem me chamou de burra antes! 

Ele afastou-se com a navalha, largando meu pescoço. Dei uma leve tossida e depois tentei respirar tranquilamente de novo.

-Já chega! -ouvi um dos homens dizer. -Vamos ao que interessa... -eles se olharam, já afrouchando os cintos das calças.

Eu olhei para Barbara com aquele olhar que dizia: "É agora!". E ela me retribuiu com o mesmo olhar.

-Espera! -falei. -Voces sabem qual é a principal caracteristica de um gato? -perguntei.

-Sei lá, que eles ronronam?... -respondeu incerto o da direita.

-Não! -sorri. -Eles são traiçoeiros!

Terminei de falar enquanto pegava o chicote e dava uma rasteira no homem da esquerda. Depois o do meio veio para cima de mim e o outro para cima de Barbara. Eu dei um chute em seu maxilar com minha perna e dando um giro dei um chute no nariz daquele que já estava caído no chao e ele acabou por desmaiar. Quando o do meio veio me dar um soco, abaixei-me e aproveitei para pegar o chicote novamente e o impulsionando para trás, acertei o lado esquerdo de seu rosto.

-Aí! Meu rosto! -ele gemeu enquanto caia sobre a parede.

Olhei para Barbara e percebi que ela tinha deixado o terceiro homem em um péssimo estado. Prossegui até a saída do beco com o chicote entre uma das maos, até que eu gostei daquilo, foi fácil.

-Sequestradores de merda! -ela resmungou vindo até mim.

-Foi divertido, Bárbara. -confessei. -Mas, por agora chega! Eu ainda nao estou preparada para lutar contra algo maior.

Larguei o chicote que tombou no chao, sorri e virando-me de costas para ela prossegui em passos curtos para fora do beco.

-Você ainda vai voltar. -ela confirmou baixinho, mas pude escutar.

Balancei a cabeça para mim mesma e saí dali. Naquele momento escutei Barbara testar o chicote contra o chao e uma leve garoa acompanhar meus passos.


Notas Finais


~Olha, acho que essa Barbara tem razão. Selina ainda vai voltar a usar o chicote. Por que será nao é mesmo? Kkkkkkk ❤


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