A gente se encontrou, coisa do acaso. Mas tinha que rolar, destino traçado. Custei a acreditar, num lance de fato, um filme de ação, a gente protagonizou. O desejo aumentou no primeiro contato, dei o papo. De presente ganhou o meu beijo roubado.
Cheguei em casa toda ensopada, a chuva conseguira me abordar durante o trajeto. Peguei uma toalha e me sequei e em seguida vesti uma roupa diferente. Enquanto fechava o guarda-roupas ouvi o barulho de batidas na porta, eu nao estava esperando por ninguém, então aquilo surpreendeu-me. Nenhuma pessoa sabia sobre o meu paradeiro, a nao ser Jim Gordon, entao devia ser ele, ou nao, aposto que ele ficou sabendo da surra que dei em Marcus na noite do baile. - é divertido lembrar. -Abri a porta e na verdade surpreendi-me com aquela visita, era Bruce Wayne, eu nao pensei que ele fosse vir atras de mim, menos ainda após nossa discussão.
-Bruce? -perguntei.
-Selina, encontrei a resposta! -ele sorriu para mim e entrou no meu apartamento sem nem mesmo esperar minha permissão.
Carregava uma mochila, um notebook e um copo de vidro. Logo o vi descarregar aquelas coisas sobre a pequena mesinha da sala e a mochila sobre o sofá. Fechei a porta e fui até ele, sentando-me no outro sofá, a sua frente.
-Então... -esperei por sua resposta.
-Você tinha razão, Selina. -ele retirou a chave de dentro do copo, só agora percebi que aquele fora o mesmo copo que pegara antes para fazer o experimento. -A resposta apareceu. -assentiu.
-Ah é? -perguntei.
-Sim. Essa chave verdadeiramente pertence a corte das corujas. -contou enquanto a limpava. -Não pelo chaveiro, mas sim pelos traços de coruja esculpidos na chave. -ele a entregou para mim. -E outra coisa...
Ele abriu o pequeno computador enquanto eu o observava, deixei a chave novamente sobre a pequena mesinha. E ele começou a digitar algo, aguardou por alguns segundos e depois virou a tela para mim, inclinei-me para enxergar melhor.
-Tem um site sobre as chaves da associação.
-Por que diabos alguem compartilharia algo tao secreto em um site? -perguntei estranhando.
-Porque as chaves são raras para se encontrarem. E ainda que as pessoas saibam de tudo isso, elas não tem o mais importante, que são as chaves. -esclareceu.
-Eu nem sabia que essa chave era importante, eu apenas a peguei por pegar. -falei encarando o pequeno objeto.
-Eu nao acredito muito em acaso, se você a pegou é porque tinha um motivo. -assentiu
-Então, o que vamos fazer? -perguntei.
-Vamos? -questionou irônico. -Ja está se incluindo na missao?
-Você mesmo permitiu que eu fizesse parte. -cruzei as pernas encostando minhas costas no sofá.
-Sim, bom, mas antes há algo a mais sobre essa chave que preciso contar...
-E o que é? -perguntei enquanto enrolava a ponta de uma mecha de meus cabelos.
-Ela tem três dígitos impressos nela. -ele pegou a chave e a virou, ainda que muito pequenos eu consegui vê-los. -Eles estavam apagados até ontem, mas graças aos meus equipamentos consegui recuperá-los e... -tossi raspando a garganta, ele devia ser mais direto, francamente, Bruce Wayne enrolava muito quando queria falar algo. -Bom, descobri que é a combinação de um cofre.
-O que?! -realinhei minha postura curiosa.
-Sim. E eu já localizei onde ele fica. -ele fechou o notebook. -Eu e Alfred estavamos pensando em invadi-lo e descobrir o que há la dentro, mas...
-Não. Espera aí! Você? Bruce Wayne? Invadindo um cofre? Quer dizer, sério? -comecei a rir.
-É por este motivo. -retomou. -Você é especialista em roubos, achei que se me ajudasse talvez eu pudesse oferecer algo em troca pra você. -o encarei por alguns segundos. -Algo muito valioso. -completou.
-Por que será que pessoas sempre vivem querendo me oferecer "algo" valioso? -perguntei ironica. -Certo. Eu quero ajuda-lo Bruce, mas acha mesmo que conseguiremos assaltar um cofre, eu nunca assaltei um banco ou algo parecido antes...
-Como? Mas o cofre nao está em um banco. -ele interrompeu-me.
Fiquei surpresa, ainda assim adoraria dizer que não, mas a verdade que a proposta me excitou muito. Alem disso, ja havia me oferecido mesmo.
-Bom, sendo assim, tudo bem. Mas precisamos nos preparar. -falei.
-Sim, foi o que Alfred disse. -contou.
-Começamos amanhã? -perguntei.
-Amanhã! -concordou.
*******
1 Semana Depois...
Nessa última semana passei a maior parte de meu tempo na mansão Wayne. Quem diria? A casa que eu disse a mim mesma que deveria evitar, a qual prometi ficar afastada, por que eu tenho essa sensação de que não consigo cumprir nada do que eu prometo no calor do momento? Não é algo que eu gostaria de fazer, afastar-me de Bruce, era nescessario, mas, também era difícil manter-se afastada dele por tanto tempo e mesmo que eu estivesse, meus pensamentos nao estariam. Nesses últimos dias, Alfred se mostrou um verdadeiro lutador, apesar da idade e dos cabelos brancos ele era bastante forte. E posso dizer o mesmo de Bruce, parece ter amadurecido, também estava mais forte que de costume. Eles passaram o tempo lutando e treinando habilidades. Fiquei feliz ao vê-los animados e interagindo juntos, Bruce Wayne nao era totalmente órfão, ele ainda tinha uma família, Alfred era a sua. Eu treinei minhas habilidades também, principalmente a "arte" de se esquivar, Bruce disse que seria nescessario, tanto quanto o equilíbrio. Eu superei-me durante esse tempo, apesar de ja saber lutar e saber todos esses outros ataques de artes marciais, consegui melhorar, e tudo graças ao Wayne que insistiu para que eu o fizesse. Sempre quando voltava para meu apartamento, por vezes encontrava com Jim Gordon, ele estava bem com sua carreira policial e parece que a segurança de Gotham tem sido reforçada, mas ainda assim o número de assassinatos nao diminuiu tanto. Afinal uma Gotham completamente tranquila nao é uma Gotham normal. E estranhamente depois daquele dia que passei no beco, Barbara nunca mais me procurou, creio que ela esteja se escondendo dos policiais, ja que a proteçao pelas ruas aumentou. No fim, acabei até me divertindo com tudo isso, nao deixei de achar menos arriscado todo esse plano, mas é como sempre digo, se nao houver perigo, não há graça.
Subimos várias vezes em cima de um prédio perto de onde o tão aguardado cofre estava e escondidos observamos constantemente durante esses dias todas as pessoas que o guardavam com segurança e pareciam não terem percebido nossa presença. É incrível como os "guardioes" dessa tal associação das corujas nao retiram suas mascaras nem sequer por um segundo, eles realmente são fiéis a sua indentidade, não estão dispostos a serem descobertos facilmente. Tendo os horários de saída e entrada decorados, as chaves em maos e os lugares por onde entraríamos planejados, ja podiamos agir, e era o que faríamos dentro de minutos.
-Você está bem? -perguntou Bruce acordando-me de meus pensamentos.
-Estou. -disse ao encará-lo.
A verdade é que não, eu nao estava. Mas tinha certeza que não era nervosismo, pois ja tinha feito isso tantas vezes que aquilo era algo comum para mim. Tambem nao estava com medo, nem queria recuar. Porem senti como se estivéssemos sendo observados por alguem, podia ser apenas pressao momentânea, mas tentei nao dar importancia àquilo.
-Sério mesmo? -Bruce pareceu desconfiado, como se conseguisse decifrar meus sentimentos por detrás de meu olhar. -Não está nervosa? -ele pareceu preocupado.
-É mais fácil você estar. -disse enquanto me afastava dele e me aproximava de Alfred.
-Bom, acho que temos de tudo para isso dar certo. -Alfred virou-se para nós. -Peço que sejam cuidadosos e quando eu disser abordar é abordar. -ele jogou um walk talk para Bruce.
-Certo. -confirmou ele.
Alfred entrou no carro, o mordomo seria aquilo que chamamos de "isca", sem ofenças ao velhote.
Eu e Bruce corremos pela rua traseira do prédio, tínhamos de conseguir subir no terraço do predio vizinho ao que queriamos assaltar. Eu o analisei com cautela, nao iriamos morrer se pulassemos de um edificio para o outro, embora minha ideia fosse muito maluca, mas tenho certeza que Bruce Wayne topava de tudo para descobrir sobre os assassinos de seus pais.
Ao entrar pela recepção, pegamos a escada e começamos a correr o mais depressa possível para cima. Talvez a recepcionista houvesse estranhado um pouco nossa atitude por conta de nossa euforia, mas nao deu tanta importancia por conta de sermos dois adolescentes. Momentos antes haviamos consultado o elevador, mas ele já estava oculpado, então o jeito era fazer a moda antiga, pegando as escadas que para piorar nossa situação ia em uma longa espiral. Finalmente havíamos chegado até o térreo, havia uma pscina com algumas cadeiras de praia e um guarda-sol, nada que ocupasse muito espaço.
-Certo, você disse que essa parte fazia parte de um plano seu, então, qual é o plano? -Bruce respirava ofegante.
-Talvez você deteste isso, porque é uma verdadeira loucura. -respondi da mesma forma.
-Eu detesto loucura! -disse enquanto tentava recuperar seu fôlego.
-Eu devia imaginar. -suspirei. -Temos de pular. -apontei.
-Ah, isso eu ja imaginava, vai ser fácil. -ele pareceu seguro de si. -Não vamos morrer. -assentiu.
-Não, eu quis dizer, temos de pular e cair dentro da primeira janela.
Ele arregalou os olhos enquanto associava meu plano.
-Nós vamos morrer! -falou contrariando sua opiniao anterior.
-Temos que agir rápido. Eu vou primeiro e você me segue. Eu não vou deixar que caia. -assenti.
-Uma vez você me disse que nao devia confiar em você. -ele sorriu.
-Esqueça isso. -pisquei para ele.
-Tudo bem, vamos la!
Coloquei as maos na cintura enquanto acalmava os ânimos, depois tomando certa coragem, peguei impulso e comecei a correr pela cobertura. Senti meu coraçao pulsar mais forte a medida que eu aproximava-me do beiral, quando percebi que o chão estava acabando, saltei tentando inclinar meu corpo em direção a janela. Naqueles poucos momentos nao pensei em nada, apenas uma louca adrenalina se apoderou do meu corpo. Vendo que obteria sucesso impulssionei meus pés para frente caindo corretamente dentro do corredor, a janela ja estava aberta o que facilitava o serviço. Olhei para trás e observei Bruce pular, ele parecia-me um tanto desajeitado e sua expressão ainda que seria estava também bastante preocupante. Por um momento senti meu coraçao parar ao ver que seus pés nao alcançariam a janela, debrucei-me sobre ela com a genuina esperança de pegá-lo, mas por sorte nao precisei e nem sei se conseguiria. Ainda que de forma desajeitada ele segurou-se ao parapeito da mesma e isso facilitou de trazê-lo para dentro.
-Você está bem? -perguntei ao levanta-lo.
-Estou. -respondeu ainda aflito.
Começamos a caminhar de forma sorrateira, precisávamos observar o lugar antes de qualquer coisa, pois não tínhamos a completa certeza sobre o prédio estar vazio. Passamos por um corredor, as portas estavam semiaberta e todos os cômodos do primeiro andar eram quartos. Descendo para o segundo andar logo fomos atraídos por uma luz vermelha até uma sala, essa parecia bem mais espaçosa e abrimos a porta que estava semiaberta e esta parecia maior que as anteriores. Demos de cara com um sistema de alarme ativado, com as luzes entrelaçadas ao chao e em um dificil zingue-zague, já esperávamos por algo parecido. Ambos estavamos com uma mochila nas costas. Bruce abriu a sua e pegou uma arma que atirou uma corda que se prendeu ao outro lado.
-Acho que você é a mais leve. -ouvi Bruce dizer.
E entao naquele momento eu senti medo, medo de fracassar, de por em risco nao somente minha vida, mas tambem a de Bruce.
-Você é realmente forte? -perguntei um pouco insegura.
-Eu tento ser. -ele sorriu de canto.
-Não me solta! -atrevi-me a dar-lhe um beijo na bochecha.
Percebi que seu rosto enrubeceu, entao gravei sua face uma última vez em minha mente e tentei focar no plano. Bruce abaixou-se tentando esforsarsse ao maximo.
"Selina, não é hora de vacilar." -repeti a mim mesma.
Coloquei um de meus pés sobre a fina corda e elevando meu pensamento em Bruce concentrei-me depositando o outro pé sobre a mesma. Tremi a princípio e suspirei, mas logo abrir os braços para manter o equilíbrio.
-Não me solta! -repiti em forma de sussurro, mais para mim do que para ele.
Minha respiração estava quase que inaudível, eu estava gélida, mas nao podia nem pensar em coisas negativas. Pensei em Bruce e prossegui, olhei para frente, não conseguia olhar para o chão. Então olhei para um ponto imaginário, até sentir meus pés tocar a pequena plataforma a frente do cofre. Desci da corda e acalmei minha respiraçao, meu coração começou a retormar as batidas normais. Em seguida concentrei-me no cofre, tirei a chave do bolso, a mesma que Bruce me entregara antes de começarmos toda essa missão. Olhei o número que estava impresso nela coloquei-a no buraco indicado e digitei os três dígitos. Imediatamente o cofre abriu-se e foi tão fácil... Curiosa afastei a porta e ao encarar aquele objeto, senti minha ansiedade desaparecer. Era apenas uma estátua mediana de uma coruja alva. Olhei para Bruce que também ficou surpreso ao ver tal objeto que parecia tão simples para se estar num cofre bem guardado, após alguns minutos parados, ele balançou a cabeça fazendo um curto "sim", entao conclui que deviamos levar a coruja, afinal já haviamos chegado até ali mesmo.
A coloquei na minha mochila que estava praticamente vazia. Prendi minha mochila em minhas costas e encarei aquela corda novamente. Era hora de voltar e mais uma vez senti medo de não conseguir. Bruce possicionou-se e eu suspirei encorajando-me a prosseguir. Quando vi as luzes desaparecerem e o alarme de segurança ser desarmado. Levantei o olhar surpresa, um homem com máscara de coruja aproximou-se de Bruce.
-Bruce! -gritei pulando no chao, tentando alertá-lo.
Ele olhou para trás, mas fora acertado com um soco antes mesmo de reagir, o que o fez soltar da corda, sorte eu ter pulado antes.
O homem mascarado veio até mim, logo coloquei-me em posição de luta e ergui meu pé para dar um chute em seu rosto, mas ele segurou meu pé e o virou, me fazendo rolar no chao. Bruce jogou uma pequena bonbinha inofensiva que explodiu perto dele, aproveitei sua distração para correr. E acabou que no calor do momento Bruce pegou minha mao tentando me guiar para fora dali, tentamos descer as escadas o mais rápido que podiamos, conseguíamos ver Alfred no andar de baixo. Assim que ele pegou uma arma e apontou em nossa direçao cobri meu rosto com a minha mão livre tentando me defender e soltei um leve grito de desespero.
Mas ao olhar para tras percebi que Alfred não tinha a intenção de nos machucar, mas sim ao mascarado que estava atrás de nós e, embora o tiro houvesse pegado em seu ombro ele parecia nao ter feito efeito, ele nem sequer sentiu dor. Estávamos quase alcançando o primeiro degrau quando ele pulou a nossa frente agredindo Alfred que caiu no chao. Bruce soltou minha mao correndo em direção ao mordomo tentando ajudá-lo, mas o homem que possuia a máscara de coruja pareceu nao se importar, ele queria mesmo agredir Alfred.
-Saiam daqui! -o mordomo gritou ainda deitado no chao.
-Vamos! -puxei o braço de Bruce, mas ele se negou a prosseguir.
-Nao! -gritou. -Alfred! -ele chamou mais uma vez pelo velhote e tentou bater no homem que estava por cima dele.
Desesperei-me por não saber o que fazer. O mascarado revoltou-se e foi para cima de Bruce e apesar do Wayne ser bem resistente nao conseguiu lutar por muito tempo contra o outro. Entao vi o mascarado derrubar Bruce no chao. Ele começou a socar seu rosto e em um devaneio peguei o vaso que estava sobre a pequena mesinha ao lado da escada e bati com ele contra a cabeça do homem que estava por sobre Bruce e ele caiu desacordado para minha surpresa.
-Você está bem? -perguntei a Bruce e logo em seguida estiquei minha mao para ele o ajudando a levantar-se.
-Estou. -assentiu. -Alfred? -ele olhou para trás enquanto via o mordomo se levantar apoiando-se contra a parede.
-Estou bem, Patrão Bruce! -falou enquanto tocava em sua testa e quando afastou sua mao dela, viu o sangue sobre seus dedos.
-Vamos sair daqui. -disse.
Atravessei a porta correndo e vi eles fazerem o mesmo, apesar de muitos cansados me seguiram. Pressisavamos achar o carro que ficara do outro lado da rua. Mas nao ouvi mais os passos deles atras de mim, entao voltei-me e os vi parado na calçada tomando folego. -revirei os olhos, eles nao podiam ter aguentado só mais um pouco?
-Vamos gente! -os chamei.
Comecei a andar devagar e eles puderam me acompanhar, já conseguíamos ver o carro e então faltava pouco para retornarmos a mansao com aquela... Coruja? Sinceramente esperava encontrar inúmera barras de ouros naquele cofre, mas fui desapontada. -suspirei. -Olhei Bruce que já estava me encarando, mas nao hesitou afastar o olhar, assim nos proporcionando um contato visual.
-O que foi? -perguntei.
-Nunca pensei que fosse dizer isso, mas, você é pesada. -concluiu irônico.
Dei um soco em seu braço.
-Seu babaca! -retruquei enquanto afastava meu olhar do dele.
Eu estava de bom humor por isso não fiz algo pior.
-Você vai me bater de novo se eu fizer algo muito estúpido em relação a sua pessoa? -questionou.
-Como assim? -perguntei confusa enquanto cruzava os braços.
Ele tomou coragem para se aproximar de mim novamente, e então inclinou seu rosto, fazendo-me olhar em seus olhos ainda mais de perto. Aproximando nossas respirações senti ele pressionar seus lábios contra os meus. Surpreendi-me com tal atitude e ainda com os olhos abertos permiti passagem com a língua, mas nao senti nada quando ele fez aquilo, pelo fato de ter me pegado de surpresa. O beijo fora curto, nao chegava a ser um selinho, mas tambem nao chegava a ser um beijo longo. Ele afastou-se sem medo de me encarar.
-É melhor correr, patrao Bruce! -Alfred disse acelerando o passo.
Foi só entao que percebi que o mordomo nos observava, senti um pouco de vergonha por isso.
-Boa ideia Alfred! -ele sorriu enquanto corria.
Entao era assim? Ele achava que podia me beijar e correr? Eu alcançaria aquele filho da mãe!
-Seu... -interrompi-me antes de ter que chingá-lo.
Apesar de ter sido algo inesperado, confesso que gostei do beijo. Um beijo roubado, quem diria... E eu que costumava ser a ladra.
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