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História A Gata - Verdades Ocultas


Escrita por: KayaSheffield

Notas do Autor


Olá gente!
Capítulo atrasou, mas ta aí.
Espero que gostem e...
Boa Leitura! ❤

Capítulo 25 - Verdades Ocultas


Fanfic / Fanfiction A Gata - Verdades Ocultas

Muitas vezes coisas boas nao são ditas por medo de falar, e o que devemos aprender é que devemos apreciar as pessoas enquanto vivem.

 

 

Entramos lado a lado na mansão Wayne. Não consegui alcançá-lo naquela corrida, maldito Bruce! Sabe como usar os objetos a seu favor e até como desvencilhar-se de mim por detrás de uma simples lixeira. Mas confesso que foi divertido, não paramos de rir durante o caminho. Ao entrarmos na sala ambos não conseguíamos nos conter, bastava olharmos um para a cara do outro que tudo recomeçava.

-Quando vamos parar de rir? -perguntou-me ele.

-Não sei! -coloquei as maos sobre a barriga enquanto tentava conter a gargalhada. -É só você não me olhar que eu paro. -respondi enquanto finalmente conti-me.

-Certo. -ele tentou ficar sério, mas parece que desta vez estava sendo difícil. Mesmo assim, fechou os lábios forçando-se a nao prosseguir. -Mas, me dê a coruja...

Ah sim, a coruja! Já havia me esquecido disso. Peguei a bolsa e a abri enquanto colocava a coruja sobre a pequena mesinha de centro.

-O que pode haver de importante nela? -Bruce a pegou, tentando examiná-la.

-Bom, é... -eu não conseguia chegar a nenhuma conclusão. -Por que tinha uma coruja em um cofre tão importante? 

-Isso com certeza é um mistério. -assentiu. -Bem, então vamos...

-Deixe-me ver! -disse enquanto tentava pegar a coruja.

Mas antes mesmo que eu pudesse segurá-la, Bruce a soltou. Apavorei-me ao ver aquela estátua deslizar da mesa e cair em direção ao chão. Quando ela partiu-se em pedaços sobre o tapete, tomei um leve susto e encarei Bruce apreensiva. Se ela inteira já era um mistério, imagine agora, nunca conseguiríamos desvendá-lo.

-Ah, não! -Bruce balançou a cabeça de forma negativa.

-É... Eu acho que dá para concertar. -esfreguei as maos nervosa, pois fora minha culpa esse "pequeno" acidente.

-Patrão Bruce, ouvi um barulho. Os senhores estão bem? -Alfred apareceu na porta preocupado.

-Ah, tá tudo certo, exceto que a estátua quebrou. -respondi ironica e com raiva de mim mesma enquanto revirava os olhos.

Bruce foi pegando os cacos espalhados na sala, sua mao ficou cheia de cal, pois a estátua era de mármore.

-Quer ajuda Patrao Bruce? -Alfred perguntou.

-É... Pegue uma vassoura para varrermos essa sujeira! -falou Bruce concentrado em catar cada pedaço.

-É pra já, Senhor! -ele retirou-se da sala.

Quando Bruce começou a retirar os maiores pedaços por de cima dos menores, inclinei-me para enxergar melhor. Mas o que eu estava vendo agora nao era somente poeiras brancas, haviam pérolas separadas, espalhadas entre o cal do mármore. Não entendi aquilo, mas Bruce pareceu bem surpreso.

-Não! -ele atirou-se caindo sentado no chao.

-O que foi? -perguntei.

Alfred apareceu novamente na sala com uma vassoura e uma pá entre as maos, mas assim que viu aquela cena nao foi capaz de entender nada, então ficou em silêncio. Eu abaixei-me também enquanto analisava a expressão de Bruce.

-É o colar de pérolas da minha mãe! -ele levantou o seu olhar confuso para mim.

-C-Como? -perguntei ainda mais surpresa.

Quem colocaria um colar dentro de uma estatua? Quer dizer, até pode ter gente que pense em loucuras como esta, afinal nada tem feito sentido nos últimos dias.

-Malditos! -ele pegou um pedaço da estatua quebrada e a atirou ao chão, fazendo ela partir-se ainda mais em pedaços.

-Patrão Bruce, tenho certeza que podemos analisar mais de perto. -Alfred tentou acalmá-lo.

-Não tem o que analisar. -retrucou. -Agora tenho certeza que quem atirou em meus pais naquela noite é membro da corte das corujas. 

-Eu vou arrumar isso, Senhor! -Alfred aproximou-se com a vassoura que certamente pegara na cozinha.

Eu levantei-me e depois Bruce fez o mesmo, sentando-se novamente ao sofá.

Agora ele estava sério e, ainda mais preocupado que em outrora. - Pegou o controle remoto e ligou a televisao, eu o observei durante alguns segundos, Bruce não estava nada bem, podia perceber isso a uma longa distância.

-Você está legal? -perguntei.

-Eu to bem. -ele respondeu sério.

Balancei a cabeça. Não, definitivamente ele não estava.

-Olha, eu...

-Espera! -interrompeu-me enquanto aumentava o volume da televisão, parecia ser uma notícia importante.

 

"Notícia urgente, pacientes fogem do Asilo Arkham e abandonam Indian Hill..."

 

Quando Bruce abaixou o volume da televisao novamente, fiquei surpresa e um pouco assustada. Uma notícia como essa vinda de repente é de desinstabilizar qualquer um. Como eles conseguiram fugir?! Teríamos loucos por todos os cantos dessa cidade agora? Porque é provável que eles venham para Gotham.

-Isso com certeza não pode ser bom. -balancei a cabeça.

-A cidade está cada vez mais perdida. -comentou Alfred carregando os poucos cacos sobre a pequena pá enquanto retirava-se da sala.

Quanto as pérolas, ele as havia colocado numa pequena caixinha antes de sair.

-Jim terá muito trabalho por agora. E é melhor nós termos cuidado. -Bruce cruzou os braços.

De repente ouvimos o barulho da campainha.

Bruce levantou-se atravessando o corredor e eu o acompanhei. Quando ele abriu a porta percebi que ao outro lado havia um homem que aparentava ter mais ou menos sessenta anos de idade, os cabelos já estavam brancos e ele apoiava uma de suas maos em uma bengala.

-Olá Bruce! -cumprimentou o homem de forma imponente.

-Dr. William? -perguntou enquanto apertava sua mao.

Dr. William?! Bruce nao havia dito que esse homem era o pai de Marcus e sócio do cabaré em que trabalhei? Ah, merda! Não podia ser verdade! - abaixei a cabeça tentando evitar o contato visual.

-Seja bem vindo a minha casa! -falou ele de forma gentil. -Entre por favor! -o convidou.

Eu andei alguns passos de costas tentando afastar-me de ambos, eu só tinha que pegar a droga da mochila e cair fora dali.

-Esta é Selina, minha amiga. -ao ouvi-lo me apresentar para aquele homem senti minha pele arrepiar, virei-me para os dois de forma educada, com um sorriso torto, esperando que ele nao advinhasse quem eu era.

-É um prazer. Dr. William ao seu dispor! -ele apertou a minha mao e eu apertei a dele novamente de forma educada. -É, Selina do que mesmo?...

Era tudo o que eu menos queria ouvir, não queria ter que pronunciar meu sobrenome, assim ele descobriria tudo. Mas quando olhei para Bruce que estava confuso, senti que deveria contar, todavia se ele tivesse que saber que soubesse por agora.

-É Kyle. Selina Kyle. -soltei a mão dele de leve.

-Selina Kyle? -ele olhou-me desconfiado. -A que bateu no meu filho no banheiro da festa? A prostituta mais procurada?

Baixei a cabeça sentindo meu sangue congelar, podia imaginar o olhar de Bruce confuso sobre mim.

-Como assim? -Bruce aproximou-se. -Prostituta?!

-Oh, ela não te contou... E você não sabia?

Não conseguia olhar para cima, tudo o que eu sentia era vergonha, Bruce jamais podia saber e agora ele descobriu da pior forma possível. Eu devia ter contado, mas nao achei que fosse importante.

-Eu acho melhor falar com você em outra ocasião. -o maldito William riu.

-É, eu ia mesmo pedir isso, hoje não foi o meu melhor dia. -Bruce pronunciou-se de forma seca, aquilo fez minha alma se reprimir.

-Tudo bem. Eu ligo depois marcando o horário. -o velho direcionou-se até a porta. Bruce o acompanhou até a saída. -Tenham uma boa tarde! -falou ele irônico enquanto saía da mansão.

Com raiva da situação, corri até a sala e fechei minha mochila a pegando entre as maos e a colocando nas costas o mais rápido possível. Mas quando direcionei-me para a saída da sala quase me bati contra Bruce que de forma imediata impediu meu caminho, fechando a porta de correr com bastante força. Recuei um passo atrás, dando as costas para ele.

-Selina, isso é verdade?! -perguntou com a voz pesada.

-Isso não é um interrogatório. -virei-me para ele. -Eu não devo nada a você. 

Tentei passar pelo seu lado, mas ele me agarrou pela cintura me puxando para perto dele, após segurando meus braços com força e os pressionando contra seu peito, obrigando-me a olhá-lo nos olhos.

-Por que escondeu isso de mim, Selina? Por que você quis ser como essas mulheres de vida fácil?! -ele pareceu aterrorizado com a situação, aquilo deixava-me ainda mais desconfortável.

-Eu não quis! -retruquei tentando soltar-me de seus braços. -E eu nao quero lembrar, entao, me deixa! -falei segurando as lágrimas.

-Eu esperava tudo, menos isso de você. -ele soltou-me como se estivesse com muita repulsa.

Então abaixei a cabeça, aquilo partiu meu coraçao. Agora Bruce me desprezava por isso, naturalmente qualquer pessoa frágil se suicidaria de uma ponte, ou sei lá, se jogaria de um predio. Mas repeti a mim mesma "Eu sou forte!", e como pessoa forte nao podia baixar a guarda. Ergui a cabeça e o encarei.

-Você não sabe nada sobre mim, não vou permitir que me julgue Bruce, porque um dia, quando souber da história inteira, vai ter se arrependido das palavras que disse de forma precipitada. -passei por seu lado, esbarrando em seu ombro propositalmente.

Mas quando abri a porta da sala, parei e virei-me para ele uma última vez.

-Ah, -levantei o dedo. -Pelo menos agora você sabe que porque não sou digna de ser a Sr. Wayne. -continuei em passos largos.

Eu sabia que não deveria ter voltado a ficar perto dele, ter retornado a essa mansão... Tudo parece dar errado entre a gente, eu nao estou disposta a sofrer por Bruce, desde que nasci tenho sofrido por motivos piores, não é um garoto que vai me deixar em péssimo estado. É verdade que o coração dói e as lágrimas querem sair a quase todo o momento, mas, é mais fácil fingir que nada aconteceu e esquecer os problemas mantendo afastado as lembranças. É como se lida com a dor, é como eu lido com ela. No momento eu só estava me sentindo sem rumo, não sabia o que fazer, tudo parecia suficientemente tedioso para mim. Mas tinha certeza que isso iria melhor.

-Morra, idiota! -ouvi uma voz próxima a um beco.

Aproximei-me curiosa, vi uma mulher espancar um homem com um pedaço de madeira violentamente. - arregalei os olhos surpresa. - Mas logo a reconheci, os cabelos loiros já diziam tudo, tinha certeza de que era Barbara. -sorri de canto. - Eu tinha uma ideia em mente, entao aproximei-me dela.

-Bárbara! -chamei.

Ela encarou-me com uma expressão de raiva, mas após dar-se conta de quem se tratava, sua expressão tornou-se alegre.

-Docinho, como vai? -perguntou-me soltando o pedaço de madeira por sobre o peito do homem desmaiado ao chão.

Ela nao ia parar mesmo de me chamar de docinho, nao é? - Isso realmente era irritante!

-Eu aceito o seu plano. -a encarei nos olhos. -Eu te ajuda a acabar com o Cobblepot!

Sorri para ela e ela me retribuiu com um sorriso ainda mais maníaco.



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