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História A Gata - Acho Que Estamos Bem


Escrita por: KayaSheffield

Notas do Autor


Ola!
Espero que gostem desse capitulo!
Boa Leitura! ❤

Capítulo 7 - Acho Que Estamos Bem


Fanfic / Fanfiction A Gata - Acho Que Estamos Bem

Lembro de todos os momentos que tivemos, tantas conversas, tantos sorrisos. É estranho pensar que eu nao sei onde vocês estão. Mas eu sei que quando encontrar vocês, nao terei muito o que falar. E o pior é que isso não dói, não dói.

 

 

De: Selyna Kyle

Para: Bruce Wayne

 

Oi! 

Como você está?

Espero eu que esteja bem!

Você deve estar se perguntando o que esse pedaço de papel está fazendo entre suas contas, não é mesmo? Eu recuperei meu diário que deixei sob umas das latas de um dos lixoes da esquina dessa cidade e agora que o tenho de novo, pensei: "Por que nao arrancar umas das folhas dele e escrever uma carta para o Bruce?" . Eu sei, é insignificante, mas precisava escrever.

Primeiramente gostaria de pedir desculpas a você pelo incidente na sua casa. Eu sei, já faz uma semana desde entao, mas nunca mais nos vimos. Henry fez um escândalo, não é? Eu também fui culpada, afinal não é qualquer garota que escorrega e cai por cima de um garoto sem que ao menos pareça culposo. -só espero que a sua namorada não esteja lendo com você está carta. - Fiquei sabendo que ela foi solta da cadeia, mas nao livre de culpa. Acredito na inoscencia dela e espero que encontrem o verdadeiro culpado. Bom, eu tambem escrevi para que saiba que estou bem, sei que se preocupa pelo fato de eu roubar coisas. 

Então  devo avisa-lo que parei de fazê-lo, Henry supri todas as minhas nescessidades e estou feliz ao lado dele. Eu sei que você vai se lembrar do que eu disse sobre: "Detesto depender de homens!" e bla, bla, bla... Maldita hora em que disse isso! Fique tranquilo, não vai me ver tao cedo nas ruas como antes, não preciso mais roubar e vender joias para conseguir alimento, ou conseguir dinheiro para em uma casa morar. Eu sei que te incomodei bastante, eu nao sei porque, simplismente tínhamos algo contrario que nos obrigava a discutir e talvez essa fosse a nossa forma de nos relacionar. 

Digo isso porque sempre soube a maneira secreta como se incomodava ao me ver furtar, mesmo que isso fosse para minhas necessidades pessoais. Eu sei que nunca aprovou e tudo bem, eu tambem não me aprovava nesse quesito, apenas o fazia para sobreviver. Agora espero ser uma outra pessoa, alguém que não rouba e alguém de cara limpa, estou tentando, sabe? E acho que vou conseguir.

Agora sei que Henry me ama verdadeiramente, e espero que Michelle esteja te fazendo feliz. Eu nao sei nem o que escrever mais, mas faço questão de deixar essa carta longa só para que você a leia até o final achando que tem algo de importante aqui. Acho que a única coisa importante nela são meus sentimentos, sim, eu os possuo, não venha com suas gracinhas dizendo que eu nao tenho um coração.

Quero te agradecer por ter me acolhido aquele dia na sua casa, sei que causei muitas confusões, mas se nao tivesse o feito, eu teria passado a noite numas daquelas ruas frias correndo perigo como em todas as outras. Do fundo do meu coração espero que algum dia alguém retribua as coisas boas que você faz, você é um homem justo Bruce. Um garoto chato, mas continua sendo o Bruce, sério, mas ainda é o Bruce, calado, mas esse é o Bruce!

Entao que algum dia a gente ainda se esbarre por aí...

Atenciosamente...

     Selina Kyle.

 

 

Fico perguntando-me se Bruce já leu aquela carta, três dias após o conflito na sua casa eu a enviei, e agora já se passaram uma semana. Estou bem. Toda aquela besteira que Henry inventou de cada um seguir sua vida, era tudo faixada. Ele disse que verdadeiramente se apaixonou por mim e demonstrou isso constantemente, estou feliz por meu primeiro amor ter dado certo. Ele é uma ótima pessoa, um ótimo advogado, só nao esperava que ele se apaixonasse por mim, pois eu era apenas mais uma de sua lista, no entanto, acabei virando a única. Eu moro em seu apartamento, parei de roubar. -e estou muito feliz com isso. -Não é como se fosse algo que eu gostasse de fazer. Agora terei chances para ser alguém da alta sociedade, não tanto quanto Bruce, mas terei alguns privilégios extras.

Henry comprou um guarda roupa inteiro para mim, e está pensando em comprar uma casa na praia para passarmos as férias lá, vai ser interessante aproveitar um pouco mais do tempo ao seu lado. Temos tudo planejado. 

Estava me olhando ao espelho, quando de repente o telefone tocou, corri em direçao a ele, sentando-me sobre a cama peguei o mesmo e o atendi.

-Alô! -uma voz rouca ao outro lado da linha disse.

-Oi?

-Selina?

Ei, esse homem conhecia o meu nome! 

Não, espera, ah meu Deus! Era a voz de Bruce...

-Bruce?

-É, sou eu. O Henry está aí?

-Não. -respondi. -Ele acabou de ir para uma reunião.

-Ah, que seja. Gostaria de propor uma coisa.

-Se for assuntos para se tratar com um advogado acho então que deve falar diretamente com ele. -sugeri.

-Nao, é, isso envolve os dois.

-Nós dois? -perguntei me colocando em pé.

-Sim. -assegurou. -Gostaria de convidá-los para um jantar aqui em casa, faz algum tempo que nao nos vemos.

Fiquei paralisada.

Um jantar na casa dele? Rever Bruce? Ah, não é todo dia que recebemos um convite desses.

-Tem razão! Conte com nossa presença.

-Perfeito! -ele pareceu contente.

-Só não sei se chegaremos na hora, pois depende de que horas Henry vai chegar.

Olhei para o relogio de bolso de Henry que permanecia sobre o bidê.

-Está tudo bem. Nós os esperaremos. 

-Tudo bem, então. Tchau! -desliguei o telefone ao me despedir.

Aí, meu Deus! Estava tão animada com a ideia...

*********************

Henry chegou em casa dentro do horário, o avisei sobre a proposta e ele a aceitou gentilmente. Todo o ciúme que ele sentira a uma semana atrás de mim com Bruce havia passado e ele também aprendeu a confiar mais em mim, estava gostando disso nele. A noite havia caído depressa, passei a tarde toda escolhendo um vestido, mas optei pelo preto de qualquer forma, não sei explicar, mas é uma cor que me favorece. Coloquei os brincos e ajeitei a gravata de Henry. Em seguidas fechamos o apartamento e entramos no carro, ele colocou uma musica lenta, Henry adorava musicas clássicas. Eu apenas relaxei olhando para o vidro, sabia que o trajeto seria longo. 

Alguns minutos depois e chegamos, Henry estacionou perto da calçada, eu desci do carro e em seguida ele fez o mesmo, agarrei seu braço e então caminhamos pela estrada de tijolos, depois ele apertou a campainha. Esperamos alguns minutos até que Alfred atendeu.

-Sejam bem vindos! -disse abrindo passagem para nós.

-Como vai Alfred? -perguntei a ele antes mesmo de entrar.

-Bem Srta. Kyle. Por favor, sintam-se a vontade. -Ele nos acompanhou ate a divisória da sala. -O Patrão Bruce os aguarda na sala. -ele apontou 

-Obrigado Alfred. -Henry agradeceu e logo ele se retirou.

Quando entramos na sala nos deparamos com Bruce sentado frente da lareira, Michelle estava sentada sobre sua coxa, parece que eles estavam aquecendo-se. Henry tossil propositalmente para avisá-los que já estavamos aqui. Michelle levantou-se primeiro e em seguida Bruce fez o mesmo. Eles vieram até nos, estava feliz por revê-lo.

-Ah, que bom que chegaram. -ele começou. -Selina, esta é a Michelle. -ele a apresentou, sorri para ela, bom, estava bem diferente de quando a vi na cadeia, ao menos o cabelo estava mais hidratado.

-Michelle, essa é a Selina. -ele me apresentou a ela. -E creio que você ainda se lembra do Henry.

-Claro!

-Nós ja nos conhecemos! -disse.

-Como? -Bruce pareceu confuso.

-Aquele dia na prisão, nós nos vimos naquele dia... -sorri.

Bruce pareceu surpreso.

-Sendo assim, por que não vamos todos para a mesa? -ele sugestionou.

-Mas é claro! -Henry concordou. -As damas primeiro!

Ele fez sinal para nós passarmos, eu e Michelle nos entreolhamos, mas fui a primeira a tomar atitude de dar um passo a frente.

Entao nos sentamos em volta a mesa, alguns minutos depois Alfred nos trouxe o jantar. Ficamos nos entreolhando por alguns milessimos segundos, eu nem sabia o que dizer.

-Então Henry, sucesso no trabalho? -perguntou Bruce.

-Incrivelmente estou tendo sucesso em tudo! -ele falou rindo. -E quanto a você? -perguntou.

-Posso dizer o mesmo! -eles tomaram o vinho.

-Sempre desejei conhecê-la em circunstâncias melhor, Selina. -disse Michelle atenciosamente. 

-Sim, acho que esse convite foi uma boa proposta. -afirmei.

-Fiquei sabendo que você... Bem, que você era uma ladra. -ela disse com certo desprezo, pareceu querer me alfinetar.

-Michelle, por favor, não devemos falar sobre isso. -Bruce pareceu envergonhado, porem falou isso sorrindo para não transparecer, ele segurou nas maos dela no intuito de faze-la parar. 

-Tudo bem, Bruce. -assegurei sorrindo sarcasticamente. -É verdade sim, eu era uma ladra. -a encarei séria, em seguida tomei meu vinho.

-Há alguma possibilidade de corrermos o risco de vermos coisas desapareserem por aqui? -ela questionou tentando me provocar.

Bruce continuou envergonhado, ele estava incomodado com os comentários maldosos da namorada.

-Não. -afirmei sorrindo. -Mas há o risco de alguém desaparecer acidentalmente. -afirmei ironica.

-Bom, e como vai seu tio Michelle? -vi que Henry tentou mudar de assunto para que nós nao tivessemos que entrar em uma breve discussão.

A noite toda foi assim. As vezes Michelle e eu nos encaravamos, sorrimos meio que educadamente, mas ela não disse nada mais sobre mim. Estava certa sobre ela desde o princípio, estava certa em dizer que a odiaria para sempre, Michelle era como aquelas Senhoras da alta sociedade, aquelas bem metidas e nojentas. Ela gostava de rebaixar gente que nao era da sua classe e isso percebia-se ap longe. Só sentia profundamente por Bruce, ele podia ter achado alguem melhor, alguém de acordo com a personalidade dele.

 

Na saída tive de dar um beijo de rosto em Michelle para parecer educada, mas sabia que ambas nao queriam ter feito aquilo e nao viam a hora de entrar para dentro de casa e limpar o rosto. Depois, quando fui me despedir de Bruce, o abracei felizmente, quando pensei em me afastar ele me segurou e sussurrou em meu ouvido:

-Eu li a sua carta. 

-Ah é? -perguntei -Acho que já tenho a resposta da pergunta. -encostei meus lábios ao seu ouvido.

Claro que Henry e Michelle estavam distraídos, pois do contrário já teriam nos separado, francamente, ambos pareciam ser bastante ciumentos.

-O que quer dizer? -ele pareceu confuso.

Suspirei e ele pode ouvir minha respiração profunda.

-Acho que estamos bem. -assenti.

Em seguida me afastei dele.

Ele continuou intrigado, com certa dificuldade em entender.

É claro que aquilo era mentira. Talvez eu ficasse bem, mas ele, tinha certeza que ele não estaria bem perto dela. Eu tinha certeza de que Henry era a minha esperança, mas  ainda continuava a achar que ela era a sua perdissão.

Aquilo não estava certo, Bruce nao estava e nem estaria bem ao lado dela (por mais que achasse isso), ninguém estaria... Nao quando tratava-se da Michelle, é o tipo de pessoa com quem nao se pode conviver por muito tempo ou acaba se contagiando. Esperava sinceramente que isso nao acontecesse com Bruce, ele já estava bom do jeito que estava.


Notas Finais


~Tentei trazer nesse capítulo mais a vida pessoal atual de cada um dos dois (Selina e Bruce), mas os próximos capítulos focarao em mistérios, seguindo o assunto do assasinato do carinha que acusaram a Michelle de ter matado e etc.
~Percebemos claramente que Selina não é boba e sabe perfeitamente bem sair de situações em que a deixam "contra a parede". Mas ela ainda possui algo de bom, ela ainda tem ilusões e noção do que é certo, será que ela vai perder isso futuramente? Haha Continuem acompanhando!
~Espero que tenham gostado e bjs! 😘


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