História A girl to stay - Just a nightmare

Jolie's pov

- Como vocês tem tanta certeza? – Meu pai – obviamente – não estava acreditando em nada dessa historia.

- Eles não são amigos de vocês? – Questionou Angie.

- Não. – Jasmine respondeu. - Pelo menos da minha parte.

- O Luke era meu colega, nunca fomos muito amigos. – Disse Kian. - O único motivo dele ficar andando atrás da gente era a Jasmine.

- Porque eles fariam isso? – Minha mãe se levantou e cruzou os braços bem na minha frente.

- Olha só pra nós quatro. – Apontei pros meus amigos sentados ao meu lado. - Acredito, que depois de tudo aconteceu, não podemos duvidar de mais nada.

- Ela tem razão. – Angie concordou comigo.

- Já pararam pra pensar que ele pode ter família? – A pergunta veio de Jasmine. - Ele disse que faria qualquer coisa pra ter o que quer, entre essas coisas, ele chamou quase todos bandidos da cidade, então pode ser possível que ele também tenha chamo alguém...

- Da família. – Completei. - É claro que é possível.

- Pior que elas estão certas. – Meu pai finalmente começou a me intender. - Acho que posso dar um jeito de descobrir isso.

- Eu posso ajudar. – Sugeriu Peter.

- A gente prefere que você fique cuidando da Jasmine. – Disse Angie.

- É mais seguro também, vocês são só crianças. – Tava demorando pra dona Erynys mandar uma dessas.

- Então é isso. – Afirmou meu pai. - E enquanto estamos investigando, nem pensei em se interferir.

- Foi um indireta? – Perguntei.

- Sim, isso foi exatamente pra você Jolie Murdock. – Todos riram da minha cara, e depois meu pai se retirou.

- Ótimo. – Bufei.

- Relaxa, aposto que nem vai demorar. – Disse Kian.

- Eu poderia fazer isso mais rápido do que eles.

- Ah é? O que você ia fazer? Chegar pro Luke e pergunte se ele é parente de algum bandido muito perigoso? – Jasmine perguntou.

- Muito engraçada. – Sorri irônica.

- Mas é verdade Jolie, sem falar que temos que nos preocupar com as coisas da escola. – Disse Peter.

- A minha melhor amiga está correndo perigo e você quer que eu me preocupe com coisa da escola? – Perguntei me botando de pé. - Me polpe.

- Credo, acordou de mal humor. – Jasmine reclamou.

- Vocês não intendem.

- Intendemos sim! A gente intende que você é meio sem noção as vezes e acha que sabe fazer tudo. – Disse Kian.

- É melhor você calar a boca se não quiser apanhar.

- Vocês sempre brigam assim? – Perguntou minha mãe.

- Não, só a Jolie e o Kian que se provocam as vezes. – Disse Peter. - Mas é normal, vindo deles.

- Não é nada de mais. – Afirmou Jasmine.

- Tem que ser a Jolie. – Ela e Angie riram e se retiraram em seguida.

- Vocês me irritam. – Olhei pra eles.

- E o que não te irrita? – Jasmine riu se levantando.

Quando eu era pequena, minha mãe sempre me ensinou a me cuidar sozinha e cuidar das pessoas que eu amava. Modéstia parte, eu sempre fui muito boa nas duas coisas, principalmente em defender quem eu amo. Dez que me conheço por gente Jasmine é minha melhor amiga. Sempre fomos como irmãs, inseparáveis. E agora, mais do que nunca, ela precisa de mim.

Precisa da minha ajuda.

E é por isso que eu não vou ficar esperando do meu pai só pra descobrir um coisa tão simples como esta. Eu posso muito bem fazer isso sozinha, e ninguém precisa ficar sabendo. Acho até que vai ser fácil demais, é só eu dar um desculpazinha pra me aproximar do Luke, sem os outros saberem – claro – e ai pronto.

E a melhor parte é que ninguém vai perceber.

Jasmine's pov

Pesadelos e mais pesadelos. Eu estava quase considerando a ideia de não dormi mais, ou pelos menos, até essa confusão terminar. Era eu deitar minha cabeça no travesseiro que mais flash da minha mãe machucada, tentando se aproximar de mim voltavam a tona. Pela primeira vez, eu conseguia me ver naquela situação. Uma garotinha assustada que chorava muito, e isso calçava uma enorme destruição ao seu redor, mas ela não fazia ideia que estava machucando as pessoas.

Já perdi as contas de quantas vezes acordei chorando no meio da noite, com o coração acelerado, suando com a respiração ofegante. Alem dos flashbecks, eu sonhada com Peter, Kian e Jolie. Era como se nós estivéssemos no alto de um prédio, o céu estava claro. Eu estava numa ponta e eles em outra. Quando tentavam se aproximar, um vento muito forte jogava eles de volta pra trás, e quando eu tentava me aproximar, uma forte nevasca surgia do nada e dificultava as coisas. Por mais que eu tentasse se aproximar, mas eles ficaram longe.

Era desesperador.

Acordei meio zonza de novo. Olhei no meu celular e ainda marcavam 3h da manha. Bufei. Me levantei, andei até a varanda e olhei pra rua. Era incrível como New York é movimentada praticamente o tempo inteiro, não importa as horas nem o clima, sempre terá pelo menos umas vinte pessoas andando numa mesma rua.

- O que tá fazendo ai? – Tomei um baita susto com o Peter parado do outro lado da varanda.

- Eu que pergunto. – Falei depois de me recuperar. - São quase 4 horas da manha.

- Eu sei. – Ele pulou pra minha varando e tirou a mascara. - Não consegue dormir?

- Não. – Bufei de novo. - Já faz um tempo.

- Porque?

- Pesadelos.

- Hm, então não vou nem pedi pra você me contar. – Ele me fez rir fraco.

- As vezes eu fico pensando, é muita loucura um garoto de 16 anos fica por ai salvando New York.

- O que tem de mais?

- Sei lá, é que a gente vê isso todos os dias por ai né. – Falei ironicamente e Peter começou a rir. - Um garoto vestindo um colante vermelho e azul, pendurado numa teia, salvando as pessoas. Super normal.

- Sim, é muito normal mesmo. – Nós dois rimos. - Ainda bem que esse garoto tem a melhor amiga mais legal do mundo.

- Ah é verdade, dai enquanto ele tá aprontando nas ruas, ela fica em casa morrendo de preocupação.

- Você se preocupa comigo? – Olhou pra mim.

- Imagine se não Parker? Você é maluco. – Falei lhe fazendo rir.

- Eu só faço a minha parte.

- Queria conseguir fazer isso também. – Olhei pra baixo. - Quem sabe um dia.

- Você já faz a sua parte. – Falou e eu o olhei. - Você cuida de quem você ama.

- Ok, mas o que você faz aqui mesmo?

- Te vigiando.

- Amanha temos aula cedinho.

- Não tem importância. – Deu de ombros. - A sua segurança é mais importante.

- Peter, você não precisa fazer isso, você sabe.

- Preciso sim. – Olhou pra mim. - Não vou conseguir dormir sem saber se você estava bem.

- Não era mais simples mandar um mensagem perguntando? – Me segurei pra não rir.

- Não, não é tão simples assim.

- Ok, eu preciso tentar dormir de novo. – Olhei pra dentro do quarto. - E você também.

- Tá, eu já vou embora. – Disse sem olhar pra mim.

- Se cuida? – Dei um beijo na sua bochecha. - Promete?

- Sempre. – Sorriu antes de botar a mescara. - Te vejo mais tarde.