História A girl to stay - Find her

Jolie's pov

A droga da policia não queria me deixar passar pra dentro, assim como meus pais. Muitas pessoas estavam sendo trazidas pra fora carregadas, tinha gente tossindo muito e outras já desmaiadas. Resumindo tudo, estava um caus dentro daquele aeroporto. Quando a noticia do atentado saiu da TV viemos imediatamente pro local. Os voos foram cancelados, ninguém viajou. De acordo com a policia, os bandidos só soltaram as bombas de gás e foram embora sem levar nada. Ou pelo menos era o que eles pensaram no começo. Algumas horas depois foi confirmado o desaparecimento de alguns pessoas, entre elas uma certa adolescente. Obvio que na hora a gente já soube quem era.

- E ai? – Kian e Peter apareceram ao meu lado, perto da grade de proteção.

- Não vimos Angie, mas temos quase certeza que... – Não conseguia nem falar sobre isso. - Vocês sabe.

- Não é possível que a gente nunca vai ter paz. – Kian reclamou. - Temos que saber mais.

- Mas como? – Perguntei.

- Eu vou ir lá. – Afirmou Peter.

- Fazer o que? – Eu e Kain perguntamos juntos.

- Você não acabou de falar que temos que saber mais? – Peter nos olhou como se fosse obvio. - Eu vou ir até lá ver se descubro mais alguma coisa sobre as duas.

- Faça isso Peter. – Disse minha mãe. Peter assentiu e logo saiu dali.

Eu sei que não sabia de noticias nenhum sobre minha amiga, mas meu coração já sabia. Alguma coisa de ruim acontecer com ela, eu sei. O que me resta agora era rezar pra que não machuquem ela ou tentem fazer alguma coisa que vá botar a vida dela em risco.

Anos atrás, quando parei pra pensar porque minha mãe insistia tanto em me treinar e me obrigar a me defender sozinha, sempre achava esse tipo de coisa super normal. Eu sabia que minha melhor amiga era uma mutante, assim como eu herdei alguns dons do meu pai, que é geneticamente impossível, já que ele não nasceu com tal habilidade. Quando Peter se revelou homem-aranha, não fiquei surpresa por saber que ele era igual a gente, mas porque ele sempre esteve ao meu lado e eu nunca desconfiei. Sempre estive consciente da existência de seres mutantes por todo mundo, mas achava raro. O fato é que, existem tantos mutantes por ai, talvez mais poderosos que Jasmine, porque o rei do crime tem que perseguir bem minha amiga?

- Jolie, você tem que comer alguma coisa. – Minha mãe disse pela milésima vez essa noite.

- Não estou com fome mãe! – Afirmei novamente bufando. - Da pra parar?

- Jolie Murdock, você precisa se alimentar! – Exclamou impaciente.

- Me obrigue.

- Jolie! – Meu pai me repreendeu. - Não fale nesse tom com a sua mãe.

- Eu só quero que ela intenda que eu não estou com fome! E não é por causa da minha amiga desaparecida, é porque eu REALMENTE não estou com fome. – Tentei explicar de um jeito pra deixar bem claro pra todo mundo, que por mais terríveis as circunstancias, eu ainda não fiquei louca e tenho consciência do que faço, e no momento eu não sinto fome.

- Tá tudo bem aqui? – Angie apareceu na sala. Ela esteve dormindo quase que o dia todo, por causa dos calmantes.

- Tá, o Jolie que é uma teimosa.

- Tive a quem puxar. – Disse baixo o suficiente pra ninguém ouvir, apenas Angie.

- Deixa disso. – Ela se sentou ao meu lado. - Sua mãe só está preocupada.

- As vezes ela se preocupa demais. – Falei vendo ela rir.

- Só você pra me fazer rir mesmo.

- Não se preocupe, acharemos a Jasmine. – Afirmei. - Não vai acontecer nada com ela.

- Eu sei disso. – Sorriu esperançosa.

- Eu vou ir me encontrar com Peter e Kian. – Falei me levantando.

- Na onde? – Pergunta minha mãe.

- Sei lá, vamos andar por ai. – Respondi vestindo meu moletom. - Até mais tarde.

- Jolie. – Chamou meu pai antes de eu conseguir abrir a porta. - Tome cuidado.

- Pode deixar. – Afirmei saindo.

Combinamos de nos encontrar numa praça, coisa que nós nunca fazíamos. Queria aproveitar a caminhada pra distrair um pouco a cabela. O clima lá em casa ficou meio pesado depois do acontecido. Entre todos nós, o Peter era de longe o que ficou mais abatido. Tirando a Angie. Na noite anterior a tia do Peter ligou desesperada pergunta se soubemos onde o mesmo estava, que de acordo com ela havia sumido. Algumas horas depois, quase 4 da manha ele pareceu, dizendo que só queria ficar sozinho. Fiquei com pena da May, ela não fazia ideia do que realmente estava acontecendo, mas no fundo a gente intendo o Peter.

- Você demorou. – Disse Kian quando me viu se aproximando.

- Demorei mesmo, e dai? – Dei de ombros sentando ao lado de Peter. - E ai Perker? Como você está? – Forcei um sorriso, e o Peter nem pra fazer o mesmo. Ele simplesmente me encarou sério e deu de ombros.

- E então, o que faremos? – Kian começou.

- Bom, o que já sabemos é que com certeza eles estão aqui na cidade. – Digo. - Não tem como sair do país com uma garota sem documentos.

- O que sugere então? – Perter olha pra mim. - Sair procurando pela cidade inteira?

- Tem uma ideia melhor?

- Não estou dizendo que essa ideia é ruim. – Ele bufa. - Vou fazer o que for preciso pra trazer ela de volta.

- Apesar de ser meio loucura sair procurando por uma adolescente por New York inteira. – Disse Kian, nos fazendo lhe encarar. - Desculpa, eu só estou sendo racional.

- Então não seja. – Diz Peter. - Se não ajuda, também não atrapalha.

- Nossa Peter.

- Que isso Peter, relaxa. – Kain da de ombros. - Eu também quero encontra-la tanto quanto você.

- Não parece.

- Cala a boca vocês dois, agradeço. – Digo impaciente. - Vocês estão me deixando mais loca ainda.

- Eu só fico imagino como ela deve estar agora. – Peter encara o chão. - É tudo culpa minha! Eu devia ter cuidado dela melhor!

- Não é culpa sua Peter, até uns tempos atrás você não fazia ideia que ela tinha poderes. – Falei abraçando ele de lado.

- Ela é uma garota forte, vai sair dessa. – Disse Kian.

- Nós precisamos acha-la logo! – Afirma Peter.

Jasmine's pov

Acordei deitada em cima de alguma coisa dura. Minha cabeço estava doendo muito, e eu não conseguia abrir os olhos direito por causa de uma luz bem a minha frente. Virei minha cabeça de lado, e consegui abrir os olhos. Eu não fazia ideia da onde estava, e nem que tipo de lugar era aquele. Olhei pro outro lado e tudo igual, escuro, sem nenhum móvel, ou algo do tipo. Tentei me mexer, mas não consegui. Meus braços estavam presos, assim como minhas pernas.

- Pensei que nunca acordaria. – Ouvi uma voz conhecida e meu corpo estremeceu.

- Me solta Luke! – Me sacudi um pouco, tentando manter a calma.

- Não vai dar. – Ele apareceu ao meu lado com um sorriso sínico no rosto. - Pensei que você fosse mais forte, ficou quase por 24 horas desacordada.

- Onde é que eu estou? – Perguntei me sacudindo novamente. Só ai notei que estava presa num tipo de maca, só que me metal.

- Você não ia querer saber.

- Porque está fazendo isso comigo?

- E você ainda pergunta? – Ele riu.

- Para com isso Luke! Você não quer fazer isso! – Tentei fazer ele ceder.

- Não estou fazendo isso só por mim.

- Tá fazendo isso só porque o seu avô mandou, não é? Isso é ridículo Luke, você não pode fazer o que esse bandido manda.

- Esse bandido é meu avô Jasmine! – Ele falou um pouco mais alto. - Eu não escolhi isso.

- Eu também não escolhi ter esses poderes! – Disse vendo ele se calar. - Você acha justo comigo?

- Você acha justo o que fez comigo? – Perguntou se aproximando um pouco mais. - Eu sempre tentei te fazer gostar de mim.

- Você tem que intender que nem tudo é como a gente quer.

- Eu ia dizer o mesmo pra você. – Riu. - Nem tudo é como você quer.

- Sabe que o que você tá fazendo é loucura, não sabe? Vai se arrepender depois.

- Me responde uma coisa. – Ele fez um breve carinho no meu rosto. - Você acha que o aranha vai conseguir te achar aqui?

- Eu garanto que sim! – Afirmei fazendo ele rir.

- Pois eu garanto que não.

- Por favor Luke, não faz isso. – Implorei de novo. - Por favor.

- Não sou eu que vou fazer. – Me deu as costas e vi um homem desconhecido vestindo um jaleco branco se aproximar de mim. Eu tentei fazer alguma coisa, mas estava fraca depois, e quando resolvi gritar, o mesmo homem tampou minha boca. O panico começou a tomar conta de mim quando mais alguns homens entraram, e foi ainda pior quando vi uma siringa em suas mãos.

- Você fez um ótimo trabalho, não vai se arrepender. – Ouvi alguém dizer. Ergui minha cabeça vendo Luke conversa com um homem alto e gordo um pouco longe de mim. Quando viram que eu estava olhando fizeram questão de rir.

Se eu estivesse solta agora, eu juro que poderia matar esses dois!

Senti algum segurar minha perna, e depois meus braços. Comecei a me bater novamente, tentando controlar o choro. Meu corpo começou a ficar mais e mais fraco, e minha visão embaçar. Pensei na minha mãe, como ela devia estar preocupada. Tentei imaginar o que Jolie e Kian deveria estar fazendo essas horas. Talvez brigando. E no Peter, o que será que ele pensou em mim hoje?

- Pode relaxar. – Ouvi o mesmo homem que conversava com Luke dizer. - Só vai doer um pouquinho.