História A girl to stay - I know everything

Peter's pov

Quase cai da cama quando o despertador tocou. Levantei rápido e olhei no relógio. Troquei de roupa e sai do quarto pra tomar café.

- Bom dia querido. – Tia May me olhou sorrindo. - Dormiu bem?

- Mais ou menos. – Me sentei pegando um copo.

- Como está a Jasmine? Ligou pra ela ontem? –

- Ela tá bem, já está na casa dela. – Respondi.

- Ah, isso é ótimo. – Ela se levantou, ouvi falar no telefone com alguém, e depois voltou com um pequeno buque de tulipas amarelas nas mãos.

- O que é isso? –

- São flores. – Respondeu como se fosse obvio. - Você vai levar pra Jasmine.

- O que? – Quase me afoguei com o leite.

- Infelizmente não vou ter tempo de levar pra ela, então você vai levar. – Ela afirmou me entregando as flores.

- Não posso levar isso na escola. –

- Pode sim! E você vai. – Arrumou a pequena cartinha que havia no meio das flores. - Diga que são minhas e suas, ok?

- Tá brincando né? –

- Peter, você vai levar sim. –

- Eu nem sei se ela vai na escola. – Dei de ombros.

- Ela vai, acabei de falar com a mãe dela pelo telefone. – Afirmou e eu bufei.

- Tudo bem tia May. – Me rendi.

- Muito obrigada. – Ela bagunçou meu cabelo e saiu sorridente.

Acho que nunca viram flores antes na vida. Todos me olhavam, davam risadinhas, e cochichavam escondidos enquanto me viam passar pelo corredor. Não sei qual é o problema do povo dessa escola, o que tem de mais um garoto segurando um buque de flores?

- Bom dia. – Jolie começou a rir logo me viu. - Não me diga que você vai dar isso pra Alicia.

- É claro que não! – Afirmei. - São pra Jasmine.

- Isso tudo é um pedido de desculpas? –

- Na verdade, foi minha tia que mandou. – Expliquei.

- Um pena. – Jolie riu. - São muito lindas! Ela adora tulipas.

- Eu sei. – Ri ao lembrar o quanto Jasmine ama tulipas, de todas as cores.

- Bom dia. – Kian apareceu, juntamente com Jasmine, que por algum milagre não brigou comigo. - Pra quem é isso?

- São pra ela. – Me aproximei lhe entregando as flores. Ela pegou e observou atentamente o buque e depois sorriu fraco.

- Foi sua tia que mandou né? – Perguntou. Fiquei surpreso, ela realmente falou comigo?

- Foi, mas é de nós dois pra você. – Falei.

- Obrigada. – Sorriu pegando a cartinha. Deu risada de alguma coisa e entregou pra Jolie.

O que será que a tia May escreveu nela afinal?

- Sua tia é demais, eu adoro ela. – Jolie riu olhando pra mim.

- O que ela escreveu ai? – Perguntei.

- Nada de mais. – Jolie me deu as costas com a cartinha na mão.

- Jasmine!? – Luke apareceu meio desesperado bem a nossa frente. - Eu soube o que aconteceu! Como você está? Se machucou muito?

- Eu estou bem Luke. – Jasmine riu do desespero dele. - Só bati o braço com força, não foi nada de mais.

- Fico feliz que você esteja bem. – Ele sorriu aliviado. Vi Kian e Jolie revirar os olhos.

- Obrigada por se preocupar. – Todos fomos pra sala.

Jasmine's pov

Não consegui prestar atenção na aula e dessa vez não foi porque eu estava com sono. Na verdade, eu quase não consegui pregar os olhos a noite toda. Toda vez que eu fechava meus olhos aquela cena voltava na minha cabeça e eu ia ficando cada vez mais confusa.

Então Peter era o Homem-Aranha?

Fazia todo sentido. Os sumiços dele, as vezes que ele aparecia machucado ou chegava super atrasado na escola. Esse segredo que ele tanto se esforçou pra esconder de mim. Agora tudo fazia sentido. Mas mesmo assim eu não queria acreditar nisso.

Enquanto eu estava reclamando, querendo mais atenção, Peter estava ajudando as pessoas. Estava fazendo exatamente tudo o que eu queria fazer, mas não consigo. É ridículo o quanto eu fui egoísta com ele. Mas agora o que devo fazer? Como vou viver agora, sabendo que o meu melhor amigo é o Homem-Aranha? E se acontecer alguma coisa ruim com ele?

- Srt. Gomez? – Alguém me chamou, me tirando de meus devaneios. - Está tudo bem? – A professora de geografia perguntou. Só ai notei que todos da sala estavam olhando pra mim.

- Tá sim. – Respondi.

- Ótimo, então vamos continuar com a aula... – Ela se virou pra lousa novamente.

[...]

- Onde você estava durante a aula? – Luke perguntou assim que saímos da sala pro intervalo.

- Hm? –

- É que você estava tão distraída, longe... – Jolie explicou. - Tá tudo bem?

- Claro. – Afirmei. - Estou bem.

O resto do intervalo foi normal, as ultimas três aulas também. Eu estava louca pra chegar em casa logo e dormir, mas antes eu tinha que resolver as coisas com Peter. Quando o sinal tocou, como de costume, Peter sempre sumia, mas dessa vez eu consegui falar com ele antes.

- Peter? –

- O que foi? – Ele me olhou preocupado.

- Eu preciso conversa com você, será que você pode aparecer lá em casa mais tarde? – Perguntei.

- Claro, hm, umas 17h eu apareço por lá, ok? – Ele sorriu.

- Tá bom. – Topei, ele me lançou uma piscadela e saiu.

- E ai? Decidiu do nada desculpar ele? – Jolie perguntou ajeitando sua mochila nas costas.

- É, isso mesmo. –

Fui embora o mais rápido que consegui. Eu estava morta, a primeira coisa que fiz quando cheguei foi se jogar na minha cama e dormir. 

Quando foi umas 16 horas eu me levantei. Meu braço ainda estava um pouco dolorido e os meus curativos ainda estavam no meu rosto. Fui até o banheiro verificar isso, tomei um banho, tirei os curativos do rosto e fiz outro em meu braço. Eu apenas estava com faixa por ainda esta um pouco inchado.

Fui pra sala e ouvi a campainha tocar. Corri até a porta e abri, era Peter.

- Oi. – Ele sorriu tímido.

- Entra ai. – Falei lhe dando espaço pra passar. Eu estava nervosa e com tanto medo de falar sobre isso.

- Você queria falar comigo... – Ele se sentou no sofá. - Decidiu me perdoar?

- É, praticamente isso. – Falei se sentando ao seu lado. - Acho que descobri o que você tem escondido de mim, aliais, o que você tem escondido de todos em New York... – Eu pude perceber a expressão de Peter mudar na hora, ele até ficou mais pálido.

- Como assim? –

- Peter, eu já sei de tudo... – Eu tinha ensaiado na minha cabeça como iria dizer isso, mas esqueci de tudo. - Eu sei que você é o Homem-Aranha.

- Hm? – Ela arregalou levemente os olhos, e riu em seguida. - É claro que não! Eu não...

- Agora eu intendi todo aquele historia de bandeira dos Estados Unidos. – Falei. Ele ficou me olhando em silencio por alguns minutos, como se estivesse pensando na próxima desculpa.

- E você está com raiva de mim? –

- Porque eu estaria com raiva de você? – Perguntei. Peter seria a última pessoa que eu teria raiva nesse mundo. - Peter, me desculpe por ter te tratado mal no hospital, eu não fazia ideia...

- Eu não podia ter contado pra você. – Ele segurou minha mão. - Você ia ficar preocupada, depois ia pirar, e eu sei bem como você é...

- Relaxa. – Eu ri. - Tive muito tempo pra pensar sobre isso também.

- Mas como descobriu? Andou me seguindo? – Perguntou rindo.

- Na verdade, por um acaso, te vi num beco ontem prendendo uma bandido na parede. – Expliquei. - Aquele negocio sai de dentro do seu corpo?

- Você é mais esperta do que eu pensei. – Ele riu. - Você já sabe o que faço né, e tá tudo bem pra você?

- E eu tenho escolha? –

- Era exatamente isso que eu estava temendo. – Ele riu. - Você não precisa se preocupar comigo...

- Aham, e depois temos que ter uma conversa muito seria sobre isso. – Falei, enquanto ele continuava rindo.

Era bom ter Peter por perto.

- Hm, quem será? – Ouvimos a campainha tocar novamente. Me levantei e fui até porta e abri.

- Luke?